Hollow Spirit - Tudo termina onde começou escrita por SEPTACORE


Capítulo 15
Dazer.




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No dormitório, Letícia não sabia, mas iria dividi-lo com suas amigas. Porém, uma delas não era sua amiga, e nem seria. Pelo simples fato de ela já ser uma conhecida de Letícia de uns anos atrás na escola de Spooderith. – Essa garota era Ana, a mesma que chegara junto a Luiz na Universidade. – O fato era que as duas não se gostavam desde a época do colégio, já que Ana sempre fora muito colada com Luiz, e Letícia que é a sua namorada, não concordava com essa amizade. E com uma mera coincidência do destino, as duas caíram na mesma irmandade, e no mesmo quarto.

Na universidade de Hollow Spirit, os alunos podiam decorar seus quartos da forma que quisessem. – O quarto delas era grande, havia dois guarda-roupas grandes, que logo seriam divididos entre quatro garotas. E apenas quatro camas. A principio as paredes eram beges, mas logo poderiam ser decoradas de acordo com as alunas que residiriam ali.

Jaimara é a primeira a chegar à entrada da mansão, e a aparência da casa não negava muita coisa, era sim a irmandade Dazer. Na entrada do lado esquerdo encontrava-se uma garota – que usava um casaco preto com botas de tachinhas pratas.

– Ei, tampinha. – A garota diz se referindo a Jaimara. – Você pertence à Dazer, né? Mesmo não aparentando – ela da uma risada maliciosa. – Aqui esta o seu horário, o número do seu quarto e nome das meninas que você o dividirá. – Jaimara encara a menina, enquanto arranca o horário da mão da mesma,então sobe as escadas, e vira aesquerda entrando no quarto 394.

Ao adentrar ao quarto ela percebe que estava sozinha, e se vê na liberdade de escolher a sua cama, ela pega a cama do lado direito que fica ao lado da janela. Mas logo chega uma menina – e essa menina é a Ana, mas Jaimara não sabe – as duas se encaram e Jaimara lança um olhar mortal a ela, que a mesma a ignora e segue em direção à cama que Jay havia escolhido.

–Ei, não sei se você viu, mas essa cama é minha.

– Não me lembro de ter visto seu nome nela.

– Mas eu cheguei primeiro, e a cama será minha, com meu nome escrito nela ou não. – Mesmo antes de Ana rebater, um barulho estranho chama a atenção delas. – Duas garotas – Stefani e Letícia – entram rindo no quarto fazendo com que o clima tenso que pairava sobre o ar sumisse por enquanto.

Mas quando os olhos de Letícia se encontraram com os de Ana, fora como um flashback. E ela se lembrara de tudo que passara na escola e no mesmo momento não estava acreditando que, com tantos dormitórios na universidade, essa garota tinha que cair exatamente no mesmo que o seu.

– Jay! Eu te procurei em todos os lugares possíveis e impossíveis. – Letícia diz olhando diretamente para Jay sem tirar os olhos dela.

– Se você tivesse procurado lá no latão de lixo, talvez você encontrasse. – Ana diz.

– Não me lembro de ter dirigido a palavra a você, que eu me lembre, a única Jay que existe nesse cômodo, está bem diante de mim, e não é você. – Letícia diz. – Jay, essa é a Stefani.

– Olá. – Stefani diz e Jay sorri para ela. Jay vai até a cama que até alguns minutos atrás pertencia a ela, então pega a bolsa de Ana e a joga em seus pés. E logo se joga na cama que agora pertencia 100% á ela. O resto da tarde não passara de encaradas, vindo de Letícia a Ana e de Jay a Ana. E Stefani só observava.

***

No quarto ao lado, as meninas reagiam bem melhor do que no quarto 002. De início, Ingrid não havia ido muito bem com a cara de Rose. Mas logo viram que seus “gostos” se pareciam e começaram a conversar. Já Daniela e Barbara, se gostaram só pelo fato de Daniela usar uma blusa da banda System of a Down. As duas já pareciam amigas de infância.

– Então Bah, meu sorvete preferido é o de milho, embora meu irmão prefira o de uva. – Dani conversava com Barbara.

– Eu não sou muito fã de sorvetes, prefiro escutar música. – Barbara responde.

– Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? – Dani pergunta confusa.

– Não sei, mas eu gosto. – E então as duas caem na gargalhada. Quando receberam suas malas, começaram a arrumar e decidir quem dividiria o que com quem. Acabou que, o guarda-roupa 1 ficara com Ingrid e Rose. E o 2 com Barbara e Daniela.

– Eu fico com essa parte do guarda-roupa, Rose. – Ingrid diz.

– Não, eu cheguei primeiro.

– Você vai ver quem vai chegar primeiro no seu rostinho – Ingrid diz e ri junto com Rose.

***

No quarto 003, residiam apenas três garotas – porém haviam chegado apenas duas. – As duas já conversavam. – Garotas da Dazer são brutas e difíceis de lidar, mas quando o relacionamento acontece entre elas, é mais fácil.

– Você gosta de automutilação? – A garota, baixa, cabelos enrolados bem pretos e usava óculos.

– Não acho que seja muito a minha praia. O meu negócio é torturar mesmo, Ellen. – A outra garota, cabelos pretos e lisos, meio alta, usava roupas pretas e batom também.

– Me chame de Ellen novamente e eu te torturo também. – Ellen ri.

– Então não me chame de Isadora.

– Quites.

– Então é aqui que ficarei? – Outra garota chegara, usava os cabelos presos e não aparentava ser da Dazer de forma nenhuma. Mas ninguém sabia que o lado maligno dela estava guardado para o momento certo.

– Aparente que sim. – Isa diz. – Você é a Jamille, né?

– A própria. – Ela confere no papel. – E você é a Ellen? – Aponta pra Isa.

– Não. – Ela diz. – Ela é. – Aponta pra Ellen. – Só que a chame de Elli se não quiser ser torturada.

***

Felipe chegara até a entrada da mansão, onde um garoto totalmente de preto com rímel nos olhos estava parado atrás de uma pequena mesa na entrada do lado direito. Assim que Felipe vai se aproximando, ele percebe a enorme casa e não poderia ser outra, a não ser a mansão dos Dazer.

– Garoto, se você pertencer a Dazer, venha até aqui. – O menino de preto fala olhando para Felipe.

– Se eu estou aqui, parado na sua frente deve ser porque eu pertenço, né. – Felipe fala se aproximando mais do garoto.

– Aqui esta o seu horário, o número do seu quarto e o nome dos outros garotos que você terá que dividir o quarto. – Felipe pega os papeis bruscamente das mãos do garoto, e segue em frente. – Um obrigado seria bem educado, não acha?

– Você não esta fazendo mais que a sua obrigação. – Felipe fala dando de ombros.

Felipe sobre as escadas, e então entra no quarto 003, mas assim que adentra no quarto percebe que não estava sozinho, pois tem um garoto estirado na cama do canto. De relance Felipe não liga, mas assim que ele coloca suas malas em cima da cama ao lado da do garoto ele vê algo que chama a sua atenção. – uma embalagem de toddynho jogada ao chão. – Fazia tempo que Felipe não vira uma daquela, a última vez que ele vira, foi no orfanato nas mãos de seu antigo amigo, Augusto.

– Ah, desculpe não sabia que tinha mais alguém aqui. – O menino fala percebendo a presença de Felipe. – Eu sou o... – Mas antes que ele consiga terminar de falar, Felipe se aproxima dele.

– Augusto? É você mesmo?

– Sim, você por um acaso virou vidente?

– Sou eu, Felipe! Lembra-se de mim?

– Felipe? – Augusto parece estar confuso por um instante, mas logo reconhece Felipe. – Ah, não acredito! O menino do frango. Você ainda come frango com as mãos?

– Ah, claro, velhas manias nós nunca perdemos o costume.

– E o seu Megazord cadê ele?

– Ah, esse foi decapitado em uma briga, onde eu só consegui salvar a sua cabeça, e então fiz um chaveiro. – Felipe fala mostrando o chaveiro a Augusto. - Guut, quanto tempo, e vejo que mesmo com todo esse tempo, você nunca abandonou o seu fiel Toddynho. – Felipe fala ao mesmo tempo em que abraça Augusto. Mas o momento de reencontro é interrompido quando outro garoto – magro, alto, cabelos castanhos, usava uma jaqueta de couro vermelha – chega. Mas este assim que entrou jogou suas malas no chão, e se jogou em uma das camas, sem dar a mínima para os outros garotos. Felipe vira grifado em sua mala de verde,“André” e pensara que iria reencontrar todos os seus amigos do orfanato, mas vira o sobrenome “Galdino” e decidira deitar-se um pouco.

***

Já ao quarto do lado, a paz reinava, pois os dois garotos que ali se encontravam, estavam dormindo. O último a chegar usava uma blusa do Linkin Park, e tinha o cabelo todo bagunçado. Olha em sua volta e vê os nomes grifados de verde nas malas que foram colocadas a frente das camas, João Vitor, e Pedro Antônio, mas percebe que os mesmos estão dormindo, ele faz o mínimo de barulho, e segue o mesmo exemplo, se joga na cama e dorme.

***

O resto da noite passara rápido, vários Dazers haviam descansado, mas outros nem pregavam os olhos. Quando a manhã se sucedera todos foram chamados a o que seria uma reunião dos Dazers. Ao se sentarem em uma sala plana, com uma decoração monótona e a maioria das coisas eram pretas e sem vida, o silêncio reinou até que uma mulher – usava um vestido preto com uma meia calça quase do mesmo tom que o vestido – entrara e ficara em pé na frente de todos.

– Olá Dazers, sou a representante de vocês, Mia – ela diz. – As aulas começam daqui duas semanas e entregaremos os horários agora. As aulas serão divididas em oito aulas por dia. Três pela manhã, e cinco pela tarde. As aulas dependem do curso que irão seguir, e a dificuldade também, é claro.

O tempo passara rápido, quando a representante entregara todos os horários, todos foram dar um passeio pelo campus, ou fazerem o que fazem de melhor, maldade.

***

Duas semanas se sucederam na dazer, muitas amizades se tornaram mais fortes e outras nem chegaram a se tornar. Ana estava muito irritada com o fato de Luiz estar tão afastado – não só dela, mas de Letícia também. – Era sábado e estavam livres no campus. Ana decide de última hora, "invadir" o dormitório de Luiz, porque ele não estaria em nenhum lugar além dali. – Como ela manjava do assunto "invadir", aquilo fora como brincadeira de criança, ao subir as escadas e abrir a porta, Luiz estava deitado olhando pro nada.

– Lembrou que tem uma amiga? – Ana diz parada na porta e Luiz continua encarando o teto.

– Não.

– Preciso falar com você – ela vai até perto do baú de Luiz e joga sua calça na cara do mesmo. – Se veste, estou te esperando aqui fora.

Depois de longos cinco minutos, Luiz saíra desanimado e seguira Ana pelo campus, os dois estavam no ginásio e andavam um ao lado do outro - Ana batia no ombro de Luiz e hoje usava outro moletom, ainda maior do que ela. - O silencio reinava, mas ela queria dizer tanta coisa.

– Você mudou - diz Ana. Luiz a para colocando suas mãos em seus ombros, fazendo-a olhar em seus olhos.

– Olhe no fundo dos meus olhos - ele diz. - Eu continuo o mesmo. - Ana retira suas mãos do ombro dela e abaixa a cabeça, balançando-a negativamente.

– Você e a Letícia. Aconteceu alguma coisa! Vocês dois mal conversam ultimamente, tudo bem que não gosto muito da sua namorada, acho-a nojenta, mas vocês precisam voltar com todo aquele romance de vocês, faça alguma coisa.

– O que eu posso fazer? - Ele pergunta.

– Chama a atenção dela! Só faça alguma coisa! – Em questão de segundos, Luiz a puxa com força fazendo com que Ana fique nas pontas dos pés e mete-lhe um beijo. Ana não entendera nada, apenas retribuíra aquilo, ali, agora. O que eles não sabiam, mas estavam sendo observado o tempo todo por Tico.

Tico não sabia o que fazer. Se contar ou não à Letícia, se passava ou não por fofoqueiro, mas enfim decidiu contar, pois não poderia permitir esta traição pelas costas de Leti. Portanto, deixou os dois lá e saiu correndo atrás de Leti.

– Leti! Leti! - Tico diz ofegante. - Acabei de ver o Luiz beijando a Pfeifer. - Letícia não sabia de onde viera tanta raiva, mas apenas viera.

– Essa eu não perco por nada. – Felipe diz se levantando.

– Nem eu. – Jay ri. Letícia se levanta e anda o mais rápido que pôde.

– Onde, TICO? – Letícia grita.

– No ginásio.

Ao chegar lá, Letícia vira o que ela menos esperava, os dois estavam agarrados e a raiva só subia.

– MUITO BONITO! MUITO BONITO! – Letícia diz assustando Luiz e Ana.

– Sabemos fofa. – Ana diz.

– Então é isso que vocês fazem nas minhas costas?! – Ela diz.

– Isso e muito mais. – Ana provoca. Luiz se afasta e Letícia parte pra cima de Ana em fração de segundos metendo-lhe um soco na cara. Quando Ana se recuperara pulou em cima de Letícia lhe enforcando, a mesma estava perdendo os sentidos quando jogara Ana para o lado lhe dando um chute. Ana levantara e chutara a barriga de Letícia. A roda formava rápido, vários alunos de outras irmandades e até mesmo Felipe e Jay, colocavam pilha na briga.

De muito longe, encontravam-se Barbara, Ingrid e Dani, ao avistarem a rodinha correram para lá e quando viram Letícia em cima de Ana, Barbara e Dani as separaram.

– ME SOLTA, DANIELA! – Ana grita.

– NÃO TRISCA EM MIM! DEIXE-ME DAR A LIÇÃO QUE ESSA VADIA MERECE. – Letícia grita.

– NÃO POSSO FAZER NADA SE VOCÊ NÃO SATISFAZ O LUIZ! – Ana disse, e aquilo fora demais para Letícia e ela, por incrível que pareça, conseguira se soltar de Barbara partindo pra cima de Ana novamente. Ao se jogar por cima dela, Dani caíra no chão junto com Letícia e Ana. Quando Ana imobilizara Letícia a prendendo com o pescoço, Letícia dera uma cotovelada em sua barriga, quando a briga poderia chegar á um ponto em que todos queriam ver – sangue ou até mais – Barbara e Daniela separam as duas novamente.

– Eu queria ver mais do que sangue. – Ingrid diz. – Sem-graça vocês.

– Deixa eu te pegar sozinha, você vai ver. – Letícia dissera e Dani a segurava dessa vez.

– Vou esperar. – Ana diz. Luiz pede a Dani que segure Letícia, mas a mesma o encara com um olhar mortal.

– Chegue perto de mim, e você perde o que você chama de grosso. – Letícia diz e Barbara olha pra seu rosto, a mesma estava com o nariz e a boca sangrando. Já Ana, tinha somente o nariz sangrando, mas tinha um olho inchado.

Stefani chegara correndo, não sabia o que estava havendo, mas quando vira Letícia machucada, se desesperou.

– Muito bonito pra sua cara, Jay. Colocando pilha na briga. – Stefani diz. – Eu amo briga, mas não quando envolve uma amiga minha e eu fico apenas olhando.

– Você não viu o que a Ana fez, ela mereceu. – Jay diz.

– Não importa.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? – A voz que surgira com certeza pertencia ao diretor. – Sigam-me, AS DUAS! – Ele aumentara o tom de voz. Ana e Letícia o seguiram. Ambas olhando para frente e não mudando o foco.

Quando adentraram a sala do diretor, o mesmo as mandou sentar. Victor estava lá também, apenas observando.

– Segundo dia na universidade e vocês já me causam problemas?

– É o que parece. – Letícia diz.

– A irmandade Dazer vem me trazendo problemas há anos, não é porque vocês são de uma irmandade assim, que deverão se comportar como idiotas.

– Você não sabe o que aconteceu, diretor. – Ana diz.

– Nem quero saber.

– Perguntei se queria?

– Vocês duas estão de detenção, irão passar a limpar a cozinha durante um mês. – Ele diz e todos conseguem escutar a risada de Victor.

– Limpar a cozinha? Acha mesmo que essa garota sabe fazer alguma coisa? – Letícia diz se referindo a Ana.

– Se não sabem, aprendem. Bom, vocês começam amanhã. Boa sorte. – A risada de Victor ainda estava presente no ar. Ao se levantarem, Ana se aproxima de Victor, o perto o bastante, como se fosse o beijar.

– Ria de mim novamente, e eu faço a sua cara de bola de basquete.

***

POV MICHAEL

O dia foi corrido, liguei para a Universidade e passei meus dados. Wallace não conseguira e Julius também não, mas eu consegui. Quanto a eles, fiquei meio chateado. Mas eles conseguirão em outra universidade, até mais perto de casa.

Hoje eu iria para a Hollow Spirit, atrasado, mas iria.

– Cuidado, hein. – Julius diz.

– Sua blusa de TBBT está segura comigo. – Wallace diz.

– Você a tirou da minha mala? – Digo.

– Tirei. – Ele ri.

– Cuide bem dos meus filhos. – Digo me referindo aos meus discos.

Quando saí pelas ruas, todos me olhavam como: Um garoto perdido com uma mala. Quando entrei no ônibus que parava na Avenida Netil, demorei um pouco pra chegar, quando marcara umas cinco horas no relógio, desci do ônibus e me dei de cara com um prédio enorme. – Era aquela a minha nova casa. – Havia uma moça parada na porta, então me aproximei.

– Olá! – Digo. – Sou Michael, novo aluno da Universidade, cheguei atrasado, eu sei. Mas aonde eu vou, o que eu faço?

– Entre e pegue seus dados com aquela moça ali. – Ela aponta pra uma mulher e sigo até ela.

– Olá, sou novo aluno da Universidade.

– Novo? Siga-me. – Ela andou até um balcão e tirou uma ficha. – Nome.

– Michael Blake.

– Sim, Sr. Blake, aqui estão seus dados, você pertence à irmandade Dazer, o número do seu quarto e o nome dos garotos que você dividirá. Siga para frente, quando você sair no final do corredor, terá uma rua imensa onde serão os dormitórios. Boa noite. – Segui reto e saí na rua. Eram casas enormes e todas decoradas de uma forma diferente, quando cheguei ao final da rua, vi a última, com o nome Dazer e antes de entrar, um cara estava na porta.

– Eu cheguei atrasado também, e sabe o que aconteceu? Eu virei porteiro. – O cara diz e eu solto uma risada irônica. – Suba as escadas e vire no primeiro corredor a esquerda.

Subi e entrei em um quarto, ele aparentava estar vazio, mas só aparentava. Havia três garotos em uma espécie de roda, parecia mais uma iniciação de macumba, o que me assustado. Mas assim que abri a porta, já fui falando.

– Oi pessoal. Ok, eu sou novo. Meu nome é Michael. – Fechei a porta e me virei, dois deles me encaravam como nunca e eu já havia visto aquele dois em algum lugar.

– Michael? Michael Blake? – O garoto que acabara de jogar +4 diz.

– Sim... – Digo confuso.

– Cara, quanto tempo, sou eu, Felipe. Conhecido mais como dono do Megazord, bambu e o garoto que come frango com a mão. – Seu rosto não negava, era mesmo Felipe e estávamos no mesmo dormitório, na mesma irmandade e na mesma faculdade.

***

No dia seguinte todos estavam no ginásio, exceto Michael, que fora fazer a iniciação atrasadamente. Lyn estava triste, e Matheus percebera.

– O que há com você, Lyn? - Diz Matheus.

– Nada. Só que esse menino com o chaveiro do Megazord lembra o meu irmão - diz ela, triste - só que ele era mais novo e não era pálido.

– Irmão? - Matheus não entendera, porque pelo que ele se lembra... Lyn não tem irmão.

– É. Nunca contei pra você que tenho um irmão? Ou tinha, até ele fugir de casa com 11 anos.

– E como ele era?

– Era pequeno, pele bronzeada e tinha um Megazord que nunca largava.

Uma luz se acende na mente de Matheus, e ele acha que pode ter descoberto algo.

– E qual era o nome dele? - Pergunta.

Felipe.


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Notas finais do capítulo

eitaaaaaaaa



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