Tudo Aconteceu em Um Inverno - Dramione escrita por Grind
Tudo Aconteceu em Um Inverno – Dramione / Capítulo 3 – Apenas... Eu e ela
POV Hugo Malfoy
– E, infelizmente pra vocês... Eu bati
Pai colocou as cartas sobre a mesa, bufei em frustração. Rose jogo a cabeça pra trás inconformada, Scorpius jogou as cartas na mesa de qualquer jeito. Meu pai estava prestes a jogar na nossa cara que tinha vencido quando ele ficou sério de repente.
– Pai? – Rose perguntou.
Ele inclinou ligeiramente o rosto para o lado em direção a porta.
– Ouviram isso? – Sussurrou.
– O quê? – Rose perguntou sem entender.
Ficamos todos em silêncio.
– Eu não estou ouvindo nada. – Resmunguei
Ele inclinou mais a cabeça em direção à porta.
– Esse perfume...
Scorpius franziu o cenho.
– Pai, você tá bem? – Scorpius cruzou os braços confuso.
– Masculino – Sussurrou quase que para si mesmo e saiu bruscamente do quarto.
– Mas o que aconteceu? – Rose perguntou ainda mais confusa.
– O que foi isso? – Scorpius apontou em direção à porta.
– Prazer, Peter. – Escutamos alguém falar animadamente no andar de baixo.
Entreolhamos-nos e foi automático, nos levantamos o mais rápido possível.
Meu pai estava parado no corredor pouco antes da escada, de forma que quem estivesse no andar de baixo pudesse vê-lo visivelmente. Infelizmente para nós o quarto onde estávamos era no fim do corredor então não fazíamos ideia de quem poderia estar no andar de baixo.
Ele sorriu falsamente e desceu as escadas com rapidez.
Andamos procurando não fazer barulho, e paramos pouco antes da escada, mas de modo que pudéssemos ver o suficiente sobre os acontecimentos no andar de baixo. Mamãe ria alegremente com um homem no hall de entrada. Papai terminou de descer as escadas e voltou com o sorriso mais falso que eu conhecia.
– Prazer, Peter – Voltou a repetir o desconhecido estendendo a mão.
Ele olhou para o braço diante dele e em seguida para o cara. Ele colocou uma das mãos no bolso da calça jeans e a outra em volta da cintura de minha mãe.
Franzi o cenho confuso, tinha alguma coisa errada.
– Malfoy, Draco Malfoy – Pronunciou sombrio.
Quando meu pai se apresentava pelo sobrenome era por que ele tinha um objetivo. Isto é, o nome Malfoy era mundialmente conhecido, tanto no mundo bruxo quando no trouxa.
– Malfoy! Eu já ouvi falar de você. Um empresário famoso, que prazer conhecê-lo.
O sorriso dele se alargou.
Mamãe revirou os olhos como se já tivesse visto esta parte da história antes.
Scorpius e Rose sorriram.
– Eu sou o marido dela.
– Ex
– Nos separamos recentemente.
– 5 Anos – Sorriu cínica.
Pai olhou para ela com um olhar assassino “não está colaborando” ele deve ter pensado. Peter franziu o cenho confuso
– Espera, mas se me permitem me perguntar o que...
– Acho que isso não é da sua conta não é?
Mãe se afastou dele indignada, pisando em seu pé sem cerimônia nenhuma. Peter riu, disse que tinha mais coisas a fazer e saiu a pressas, provavelmente ele deve ter percebido o clima pesado que se instalara ali quando meu pai chegou, esse felizmente era esperto.
Assim que a porta fechou, mamãe o empurrou com brutalidade. O sorriso dele se desfez.
– O que pensa que está fazendo?
– O que eu estou fazendo? – Esbravejou – Quem é esse?
Rose cutucou a mim e Scorpius gesticulando que era pra voltarmos pro quarto.
Negamos com a cabeça e ela revirou os olhos.
– Não é da sua conta! O que está fazendo aqui? Era para estar no quarto com as crianças!
Controlei-me – assim como Scorpius – pra não gemer de dor quando Rose nos puxou pelo cabelo
– Pro quarto – Sussurrou – Agora.
Balançamos a cabeça em positivo e voltamos a passos leves enquanto a discussão continuava.
POV Draco Malfoy
– Como espera que eu jogue enquanto você fica de risadinha com outro homem aqui em baixo?!
– Outro homem? Risadinha? – Riu sarcástica – Olha Malfoy, não vou desperdiçar-me com você, eu tenho mais o que fazer.
Ela se dirigiu a escada, mas eu a segurei pelo braço antes.
– Não me vire as costas Granger - Disse entre dentes.
– Olha só quem fala, quantas vezes você já não me virou as costas? – Jogou o braço livre pro alto revoltada.
– Isso não vem ao caso agora.
– Naturalmente, quando estamos pertos um do outro nenhum dos nossos problemas vem ao caso – Debochou. Eu a soltei e ela franziu o cenho.
– Posso subir senhor?
– Faça o que bem entender Herms – Ela estremeceu ao escutar eu chama-la pelo antigo apelido – Não precisa me chamar de senhor se quiser.
Eu comecei a caminhar na direção da sala em passos desanimados.
– Malfoy?
Eu parei suspirando.
– Pois não?
– O que deu em você?
– Nada
Ela caminhou a passos apressados parando na minha frente com um olhar preocupado. Fazia 9 anos que ela não olhava para mim daquele jeito.
– O que foi que eu fiz? Disse alguma coisa errada?
– Como assim? - Balancei a cabeça confuso.
– Porque eu tinha certeza que depois que eu pedisse pra você me soltar, você teria tentado me provocar com beijos e falando pra eu pedir, por favor, ou coisa do tipo, afinal, você é Draco Malfoy - Revirou os olhos. Tentei esconder um sorriso com o seu comentário coçando o queixo.
– E o que tem demais?
Ela deixou os ombros cair desanimada.
– Ah sei lá – Resmungou esfregando os próprios braços com frio – Vai ver eu já me acostumei
Ri, e ela logo em seguida.
– Mas é verdade.. –Ela cruzou os braços fazendo beicinho. – A culpa não é minha, é do seu jeito de ser.
Cruzei os braços com um sorriso perverso.
– Se Giny ou Blás nos visse agora nem dava pra dizer que estamos divorciados.
Ela sorriu e mordeu o lábio inferior
– É, nem dava... - Suspirou com os pensamentos longe.
– Quer jogar 21? – Ergui uma sobrancelha esticando o braço
Ela olhou para mim e depois para a escada.
– É, talvez.
Eu a abracei de lado e subimos a escada juntos a passos lentos. Ah como eu gostava desses momentos nossos em que não discutíamos, apenas conversávamos que nem gente grande sem preocupação alguma, apenas...
Apenas...
Apenas...
Apenas eu e ela, esquecendo a existência do mundo a nossa volta.
Era isso que importava.
Só eu e ela.
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