O Chamado escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 4
Coisas que dão medo




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A casa estava completamente silênciosa,eu estranhei, a essa hora minha mãe já deveria ter chegado junto a meu pai e a meu irmão caçula.

–Mãe? (Eu chamei)

Não ouve rosposta,dei um pulo quando a televisão da sala ligou sozinha em algum canal de culinaria,peguei o controle e a tratei de desligar.Eu escutei passos lá em cima,achei que talvez meus pais já estivessem durmindo,era possivel depois de um dia exaustivo de trabalho.Subi as escadas tentando fazer o minimo de barulho possivel.

–Mãe? (Eu chamei aos sussuros)

–Rose.. (Alguém sussurou meu nome)

Eu me virei,meu coração acelerado,minha imaginação criando mil e uma possiblidades diferentes,aquela não parecia ser a minha mãe.

–Rose.. (Alguém chamou de novo)

Eu me virei novamente,no fundo do corredor eu a vi.Ela estava de costas mais eu sempre a reconheceria,seus cabelos castanhos estavam iguais ao que eu me lembrava,ela encarava algo fora da janela.

–Ana. (Eu disse)

Minha voz carregada de uma emoção não contida,e então ela se virou,e meu sorriso logo se trasformou em algo parecido a pavor,eu dei alguns passos para trás,aquela não era a Ana que eu conhecia,a pele de seu rosto estava deformada com uma ferida grande e sangrenta,ela tinha olheiras pretas abaixo dos olhos e parecia bem mais pálida do que aparentava ser antes, e então algo estalou em minha mente,Ana havia sofrido Mutação.
A mutação genética que deformou os humanos,sempre imaginei como uma pessoas infectada deveria ser,mais minhas coragem de conhecer um acabou se evaporando no instante em que vi o rosto de Ana.

–Rose. (Ela falou)

Eu dei alguns passos para trás e ela veio caminhando até mim.

–Não. (Eu disse)

Coloquei as mãos em frente de meu corpo,meu coração parecendo que iria sair pelo minha boca a qualquer momento,eu fechei os olhos e contei mentalmente até 3.

–Abra os olhos. (A voz de Ana soou)

E então eu os abri.

Eu não estava no corredor com Ana,eu estava no meu quarto deitada na minha cama e com as articulações doendo por tanto apertar o edredom.Respirei profundamente,esses eram os meus piores tipos de pesadelo,aqueles em que você está dentro dele e não consegue destinguir se é somente um sonho ou algo real.Fechei meus olhos e puxei todo o ar que podia e logo o soltei,tosse imrrompeu atráves de meus pulmões e logo tive um acesso exagerado de tosse.
Eu me levantei tentando ir a cozinha para beber um copo d´água mais ao passar pelo espelho eu me olhei,um liquido vermelho escorria por meu nariz.
Peguei na cama o primeiro lençou que vi e o enrolei tentando estacar o sangue,a tosse já havia parado mais parecia ter invocado uma emorragia nasal,eu tentei gritar por ajudar mais escorria tanto sangue agora que eu não conseguia.Minhas pernas ficarão bambas,sem forças, e então eu sentei no chão antes que caisse,juntei o pouco de força que tinha e derrubei a cadeira da minha mesa de estudos,o baque foi alto o suficiente para se alguém estivesse lá embaixo na sala escutar.Meus olhos ficarão pesados derrepente,e eu fiquei tão cansada que não consegui mais sustentar a pressão do pano no meu nariz até que o deixei cair,tudo ficou tão lento como se estivesse em camêra lenta.

–Rose! (Minha mãe gritou)

Ela havia entrado no quarto e agora gritava,gritava muito,mais eu não conseguia entender o que ela estava gritando,eu queria entender mais não conseguia,meus olhos pesarão e então eu me rendi a escuridão.

–--

Foi comprovado por cientistas que quando você morre parte de seu cérebro continua funcionando por mais 7 minutos, e é essa parte que mostra na sua cabeça um filme com os melhores momentos da sua vida.Eu via agora,eu com 2 anos,mesmo que minhas lembranças daquela época fossem escuras eu podia ver,minha irmã Tasha brincando com uma barbie,podia ver nós duas nos melecando de sorvete na cozinha,podia ver meu irmão Erick com alguns meses de vida,pode lembrar quando meu primeiro dente de leite caiu,quando eu cai pela primeira vez e ralei o joelho e minha mãe disse "Vai ficar tudo bem",pude lembrar de quando minha mãe me abraçava e me apertava forte dizendo que me amava e que nunca me esqueceria,pude lembrar de meus últimos desejos de vida que um dia eu havia dito a minha mãe,eu gostaria de ser cremada e que minhas cinzas fossem jogadas em um lugar muito bonito,nada de caixão,nada de cimitério.
Porém eu ainda não podia ter certeza se eu estava morta.Eu contei 375 tic tacs do relógio,455 passos um pouco longe dali,e 855 batimentos cardiacos que eram anunciados por um Bip irritante,afinal,eu ainda não havia morrido eu estava em um hospital.

–Ha,que ótimo ela está acordando. (Alguém disse)


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Notas finais do capítulo

Comentem! que eu posto o próximo amanhã!



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