–Meu anjo, é um menino. Um menininho. –León não conseguia esconder a felicidade que o tomava naquela hora. Eu sei que ele ficaria da mesma forma se fosse uma menina, mas acho que o fato de ser um menino, e de ele poder ensinar ele a jogar futebol e fazer coisas de menino o deixou muito animado.

–Sabe o que me deixa mais feliz? –Eu disse.

–O que? –Ele perguntou me olhando.

–Ver você feliz. –Eu disse e ele abriu aquele sorriso que encanta qualquer um. Eu disse enquanto nós caminhávamos para fora da clínica.

–Eu te amo sabia? Eu já disse isso hoje? –Ele perguntou.

–Deixa eu ver. Acho que não, mas se disse pode dizer de novo, não me canso nunca de escutar. –Eu disse.

–Violetta Castillo, eu te amo. Te amo, te amo, te amo. –Ele dizia enquanto me dava selinhos, já estávamos na rua caminhando em direção ao estacionamento, às pessoas deviam nos achar loucos.

–Eu amo você também. E muito, mas se controle estamos na rua. –Eu disse.

–E o que tem? GENTE EU AMO ESSA MULHER. ELA ME FAZ O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO. TODOS OS DIAS. –Ele só podia ser louco ele gritava isso para quem quisesse ouvir, as pessoas que passavam na rua nos encaravam, umas riam, outras achavam fofo, outras faziam cara de tipo o que esse pessoal bebeu.

–León, amor eu fico morrendo de vergonha quando você faz essas coisas. –Eu disse escondendo meu rosto no peito dele.

–Isso amor, é para eu dizer o quanto eu te amo, e também para você ver que eu posso mesmo te pedir em casamento no meio da rua. –Ele disse e riu.

–Não sei para que. –Eu disse.

–Primeiro porque você sempre foge de mim, toda vez que eu toco nesse assunto você disfarça e sai. E segundo é para não correr o risco de você me dizer não. –Ele disse.

–Eu seria louca se te dissesse não. –Eu disse e ri da expressão confusa que ele fez.

–Então porque você foge? –Ele perguntou.

–É complicado León, as vezes eu tenho medo de ser um sonho sabe, e de repente você encontrar alguém e deixar de me amar. Casamento é uma coisa muito séria, pelo menos para mim, porque quer dizer que a gente se ama tanto que vai ser capaz de dividir uma vida. –Eu disse.

–Meu anjo, você foi embora durante quatro anos, e quando você voltou o amor era o mesmo. Eu fiquei sem te ver, sem te beijar, sem te tocar durante quatro anos e o amor não morreu, por que você acha que isso aconteceria agora? –Ele perguntou.

–Ai amor, parece que toda vez que a gente está feliz de verdade vem alguma coisa para estragar. –EU disse.

–Prometo para você que nada, nem ninguém vai estragar o que a gente tem me ouviu? Nós vamos casar, você vai ter o nosso filho e nós vamos ser muito felizes. Eu, você, Elena e o nosso bebê. –Ele disse e me deu um selinho.

–EU confio em você. –Eu disse.

–Então me promete que vai parar de fugir de mim. –Ele disse.

–Mas amor, se eu não fugir eu deixo de ser eu. Lembra que eu fugia antigamente. –Eu disse rindo.

–Sim, eu me lembro bem disso. Que quando eu fui te pedir em namoro eu tive que te trancar dentro de uma sala do Studio. –Ele disse e eu gargalhei.

–Maldade amor. –Eu disse ainda gargalhando.

–Maldade comigo, eu louco para ter você só para mim e você fugindo. Ai Violetta, que trabalho que você me dá. –Ele disse sério.

–Você mudou muito sabia. –Eu disse.

–Mudei muito como assim? –Ele perguntou.

–O seu jeito de agir antigamente, você era mais calmo, pensava muito antes de agir, e não falava metade dessas besteiras que você fala hoje. E não era tão tarado. –Eu disse rindo.

–Isso é verdade. Eu cansei um pouco de ser trouxa sabe, depois que você foi embora eu levei muito da vida. Perdi um emprego bom que eu tinha arrumado, cai de moto, não me machuquei antes que você surte, mas tive um prejuízo enorme sabe. Voltei a morar com os meus pais e eles disseram que iriam me ajudar com minha faculdade. Foi quando eu entrei lá que eu fiquei mais esperto, passei a desconfiar mais das pessoas, a confiar só depois de muito, muito tempo e aprendi que nem todos que dizem querem o meu bem. –Ele respondeu.

–Entendi. Você cresceu. –Eu disse.

–Sim, e o fato de eu ser tarado. Garanto que você adora. –Ele disse.

–Não reclamei, só comentei. –Eu disse e ele riu. Quando percebemos estávamos parados na porta do estacionamento.

–Bom vamos para nossa casa agora. –Ele disse.

–Temos que ligar para a Elena. –Eu disse.

–Sim, ligue no carro, quero ver o que ela vai dizer. –Ele disse e nós entramos no carro.

Ligaçao on.

–Alô. –Fran.

–Fran é a Vilu, é um menininho amiga. –Violetta.

–Sério. Que bom Vilu, você vai ter um casalzinho. –Fran.

–Sim, o León está todo bobo. –Violetta.

–Imagino. –Fran.

–Deixa eu falar com a Elena. –Violetta.

–Claro. Deixa eu chamar que ela estava jogando vídeo game com o Diego. –Fran.

–Oi mamá. –Elena.

–Oi bebita. Como você está? –Violetta.

–Bem, eu estava jogando vídeo game com o Tio Diego. –Elena.

–Hum, que legal. Eu já sei o que o bebê é filha. –Violetta.

–E o que é mamá, menino ou menina? –Elena.

–Um menino. –Violetta.

–E papai vai ensinar a gente a jogar futebol. –Elena.

–Claro que sim bebita. –Violetta.

–Então está bem mamá, eu vou voltar a jogar porque eu estava ganhando. Um beijo para você e fala para o papai que eu amo muito ele. –Elena.

–Beijo filha. Eu falo sim. Te amo. –Violetta.

Ligação off.

–E o que ela disse? –León perguntou quando eu desliguei o celular.

–Disse que você vai ensinar eles a jogarem bola. E me pediu para dizer que te ama muito. –Eu disse e vi León abrir um sorriso gigante.

–Ela é perfeita. –Ele disse.

–Claro, sabe quem é a mãe dela? –Eu disse.

–Sei sim, uma mocinha muito convencida, e linda. Se eu pudesse queria ter ela só para mim. –Ele disse.

–E por que não pode? –Perguntei.

–Porque eu não sei se ela iria querer. –Ele respondeu.

–E por que você não pergunta a ela? –Eu disse.

–Eu devo? –Ele disse.

–Sim, você deve. –Eu disse rindo. Senti que ele jogou o carro para o acostamento e o parou. Virou um pouco de lado e passou um tempo me encarando, depois ele pegou minhas duas mãos e deu um beijo em cada uma delas.

–Quer ser minha para sempre? –Ele perguntou.

–Eu já sou. –Eu disse.

–É sempre bom saber disso. –Ele disse.

–Por quê? –Perguntei.

–Porque eu te amo, e sou seu também. –Ele disse e sorriu. Aquele sorriso. Eu devia ter feito algo muito bom em outra vida porque ter alguém como León era um tipo de benção, alguém gostava muito de mim lá em cima.

–Eu amo você. –Eu disse e senti os lábios dele encostarem nos meus, ele não aprofundou o beijo ficamos naquele selinho durante alguns segundos e depois e me deu um beijo na testa e voltou a se sentar direito no banco ligando o carro novamente.