Gêmeas Em Chamas. escrita por giovanacanedo
POV Cato:
— E qual é o plano pra descobrir quem é esse desgraçado? - Gale disse.
Fiquei em silêncio. Não fazia ideia de como descobrir quem era.
— Não sei... - eu disse por fim.
— ÓTIMO! - Gale disse.
Estávamos no fundo da sala, bem afastados de Clove. Peeta disse quase num sussurro:
— Eu sei...
— Fala. - Gale disse.
— Mas, vocês não vão gostar da ideia... - Peeta excitou e começou a enrolar.
— FALA DUMA VEZ! - Finnick disse.
— Talvez a gente pudesse pedir ajuda... - Peeta ainda estava excitando.
— E pra quem... ? - Eu disse.
— Pra... C-Clove... - Finalmente desembuchou.
— HÁ! BELA PIADA! Agora fala sério. - Gale disse.
— Tá brincando, né?!!!! - Finnick disse incrédulo.
— Daqui a pouco o povo vai chegar perguntando um monte, inclusive pra ela, já que nenhum de nós vai responder. Melhor ela dizer que não ouviu nada e nos ajudar do qu...
— Tá. E como você acha que ela vai nos ajudar? - Gale disse rindo.
— Ela nos enganou aquela vez, talvez ela pode dar um jeito de enganar esse cara, nos ajudando numa emboscada.
— Ela nos enganou porque superestimamos ela e subestimamos a nós mesmos. Além do Finnick não ter reparado que ela só tava tirando uma com a nossa cara... - Eu disse.
— NINGUÉM AQUI REPAROU, CATO! Todo mundo aqui caiu! - Finnick disse praticamente gritando.
— Você realmente acha que ela vai fazer algum tipo de armadilha infalível e o cara vai cair? E mesmo que conseguisse, o que faria ela querer nos ajudar? - Gale disse.
— Até porque o Finnick resolveu se vingar espalhando aquela notícia, ela vai rir da nossa cara. - Eu disse.
— Talvez a gente possa negociar com ela... - Finnick disse.
— Negociar o quê? Ela não precisa de nada. - Gale disse.
— Talvez ela, não. Mas a irmã ou as amigas... - Finnick disse.
— A escola praticamente está aos pés delas. - Peeta disse.
— Não a escola inteira... - Finnick disse.
— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - Gale gargalhou - é a sua cara fazer de TUDO pra ficar com umas vadias, Finnick. Mas eu NUNCA fico aos pés delas, de nenhuma, na verdade.
— E quem disse que estamos incluindo você, Gale? Alias, elas devem te achar insuportável.
— Pera aí. Não entendi direito, Finnick. O que a gente vai fazer... ? - eu perguntei.
— Nós vamos... alias, VOCÊS vão dar abertura a elas. Eu sempre dou abertura pra todo mundo. Eu sou legal. Vocês são fechados demais. Não se misturam...
— A Clove também é assim. - Gale disse.
— É por isso que é com ela que nós vamos negociar.
— Seria mais fácil negociar com a Annie. - Gale disse.
Então nos aproximamos de Clove. Ela estava lendo algo no livro de artes e dava para ouvir um pouco da música de tão alta nos fones. Peeta fez um movimento e ela deixou suas coisas de lado.
— A gente... - Peeta não conseguia dizer, parecia um pouco constrangido, e não era a toa. Então desembuchei e disse na lata:
— Queremos sua ajuda.
Ela me olhou com um olhar tipo WHAT e disse:
— Sobre química?
— CLARO QUE N... - Cortei Gale de dar uma resposta rude e disse:
— Assunto nosso.
— E desde quando vocês compartilham os assuntos de vocês com estranhos?
— Desde que esse estranho se mostrou bem articulador. - Finnick disse irônico.
Clove deu um leve sorriso e disse:
— Uma hora vocês querem se vingar, outra hora querem que eu ajude vocês com o assunto de vocês. Vocês são indecisos demais.
Explicamos o lance e ela ficou um pouco pensativa e disse:
— Não entendo porquê implicar por algo tão pequeno...
— Ele quebrou as regras. Não se deve usar capacete durante as corridas. - Eu disse.
— Pelo menos ele não quebraria o pescoço. O que vocês se permitem. - ela disse num tom zombeteiro.
— Se você soubesse como é, veria que sem capacete é muito melhor. Mais liberdade. - Peeta disse.
— Pelo visto vocês não se importam de arriscar a vida. E se descobrirmos quem é, vocês vão dizer ''tira o capacete!''?!!!! - novamente avacalhando.
— A gente quer saber quem é pra impedir de participar da corrida. Quebrou 2 vezes as regras. Se lascou. - Gale disse.
— Claro, não se pode vencer só um, outros tem o direito de vencer... - disse sorrindo.
— Vai ajudar ou não? - eu disse por fim.
— Vou.
O sinal tocou. Ouvimos algumas vozes do lado de fora para destravarmos a porta. Assim que abrimos praticamente a sala inteira veio até nós. Mas nenhum de nós não disse nada.
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