Meu Idiota escrita por marishaya


Capítulo 1
Meu café desagradável.


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, pessoinhas, humanos, humanidade!
Bem-vindos todos á nova fic MI, começando aqui, só vou avisar que há
muito xingamento e outras coisinhas então amadas pessoas santas não
leiam: se você não é uma santa, bravo, pois eu também não sou...
Começar logo aqui,smile :)



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Era sempre tão bom dormir em minha cama quentinha depois de um dia cansativo, me sentia calma, controlada (o que é bem difícil de acontecer quando estou acordada), o caso é que esses momentos eram pouquíssimos quando se tem um jegue como vizinho, principalmente quando o mesmo está ouvindo Iron Maiden até o último volume -nada contra a banda, e só que acordar com solos de guitarra não é algo muito bom-.

Levantei da cama sentindo meu corpo estremecer a cada acorde, droga, só 3 horas de sono. Fui ao banheiro e lavei meu rosto, e logo em seguida me olhando no espelho com raiva, eu teria vários problemas para arrumar o meu indomável cabelo. Escovei os dentes, coloquei o uniforme ridículo e peguei meus óculos escuros.

Eu não estava com nenhuma vontade de ir à escola pelo fato de ontem não ter estudado para prova de geometria e,como sou péssima, sabia que ficaria para recuperação novamente, o que resultaria uma bela bronca dos meus velhos.

Mas a única coisa que me preocupava no momento era meu estômago roncando.

Cheguei à cozinha encontrando minha mãe fazendo panqueca e papai lendo um jornal amaçado, a campainha tocou e por um momento meu corpo tremeu. Ah não.

–Verônica, vá atender a porta - ordenou mamãe feliz pelo nosso visitante. Fiz minha melhor cara de poker face. E abri a porta me deparando com meu vizinho-jegue que eu conhecia e odiava até o fundo do meu fígado.

–Ual - disse fazendo cara de assustado. –Não encontrou o pente hoje, vírus? Se quiser eu busco lá em casa pra você.

Henrique era o ser mais desprezível que eu já conheci. E ainda tem este apelido idiota: Vírus. Eu ainda não entendia este apelido, ainda mais o quê raios ele achou.

Eu iria mesmo tomar café com este coiso na minha frente? Terrível realidade.

Só eu mesmo para tomar café com meu inimigo.

–Seria bom você se preocupar com este teu cabelo de gay e deixar o meu que dele eu cuido -exclamei com mau-humor matinal.

Só que de gay Henrique não tem nada, é extremamente vaidoso com sua beleza, ok, não é só este motivo por chamá-lo de gay, e mais para deixá-lo puto. Além do mais, eu não podia discordar de sua masculinidade depois dos gemidos femininos que saiu de sua casa está noite, não fora só uma mulher, foram duas.

Ele ia com certeza ia responder a altura se não fosse minha mãe gritar:

–Venham tomar café! –nós olhamos mortíferos e ele entrou em casa.

Meu inimigo entrando no meu campo de batalha!

Quanta desonra da minha parte.

Ele se sentou do lado de meu pai, enquanto eu sentei bem longe dele.

Sabe eu não suporto estas manhãs que Henrique vem em casa tomar café, culpe minha mãe por tal castigo. Vou-lhe explicar por que tudo isso: Minha mãe ama o Henrique, tipo desde a primeira vez que o viu, ele é o filho que ela sonhou ter (aí eu nasci, menina, e com problemas sérios), depois que Amélia soube que Henrique era nosso vizinho ela enlouqueceu, se a mulher não fosse casada eu jurava que o amava!

Ela (totalmente drogada, o único motivo para essa loucura) propôs ele tomar café aqui todo santo dia e ele aceitou!

Por quê? Porque ele sabe que eu iria ficar puta da vida e eu fiquei, tanto que taquei a tarde inteira tomate em sua janela -sou uma criancinha- em troco o mesmo me deixou sem dormir por quase uma semana trazendo aquelas “amiguinhas” dele.

Isto é punição do capeta por eu ter nascido.

–Então, querido, como estão às notas? –disse mamãe puxando assunto com ele. Dona Amélia não pergunta isso para mim, ela sabe que minhas notas são horrendas. E sim, eu tenho ciúmes de minha mãe com Henrique.

–Estão maravilhosas, tia Amélia -é claro que estão ele sempre foi inteligente, o melhor da turma,presidente do grêmio estudantil.

E eu?

Pergunto-me isso todo dia, eu devo ser só um Zé ninguém, e muito dramática também.

–Porque suas notas não podem ser iguais de Henrique, Verônica? –falou mamãe se referindo a mim de um modo desaprovador, Henrique me deu um olhar superior e zombeteiro. Que legal, sendo julgada pela própria mãe na frente do babaca.

–Hã, eu estou ocupada demais tentando ser o menos desagradável possível -falei sem desinteresse, sou uma peça difícil,admito.

E eu novamente cortei o clima deixando todos calados de repente, eu comia minha panqueca, dona Amélia arrumava a louça, o idiota mexia no celular e papai continuava com sua cara de pouco caso lendo aquele jornal entediante.

É assim um café aqui em casa!

–Henrique, se não for incomodo poderia, por favor, levar Verônica para escola? -perguntou mamãe derrepente fazendo eu e Henrique soltamos os talheres e a olhamos incrédulos.

–NÃO! –exclamamos juntos. Eu, mais, Henrique, mais, carro, sozinhos, resultado: Confusão. E estou de mau-humor maldito que se Henrique me insultasse eu o jogaria para fora do carro e também não queria estragar minha reputação (que reputação?), além de que eu não queria respirar o mesmo oxigênio que Henrique novamente, muita coisa me dizia que ele também não.

–Porque não? –perguntou Amélia levantando a sobrancelha. Isso mãe, estraga tudo logo!

Nós olhamos procurando respostas.

–Er...por que, eu vou ter que antes ir ao clube treinar para competição-Presidente do grêmio estudantil, jogador de futebol e nadador. Todos o bajulavam, acho que por isso o idiota tem um ego enorme, e eu tinha a obrigação de deixá-lo menos metido.

–Ah, verdade, e quando vai ser a competição? –perguntou mamãe. Henrique sorriu, ele estava feliz com todo a atenção.

–Sábado - disse com um sorriso vitorioso, todos sabiam que ele iria vencer.

–Eu e Verônica estaremos lá - engasguei com o pão. Isso Verônica morra logo, sua pé frio!

Meu querido pai foi o único que me ajudou gentilmente me dando tapinhas nas costas, já os outros dois estavam ocupados falando sobre a competição. Olhei no relógio e percebi que deu minha hora.

–Tchau pai e mãe - falei com a voz rouca me recuperando, não dei o trabalho de me despedir de Henrique, fazendo minha mãe reclamar da falta de educação. Peguei minha bicicleta da Barbie e saí em disparada para escola.

Ao chegar, eu encontro várias BMW’s e Mercedes, e me sinto deslocada com minha simples bicicleta velha. Coloco-a junto com outras bicicletas, logo que a tranco com cadeado encontro Carie Cabot me olhando asquerosamente.

Vocês devem estar imaginando uma loira peituda que é líder de torcida...mas estão enganados, Carie Cabot era pior que isso; também a presidente do grêmio estudantil, a certinha da escola, a garota mais inteligente e a inspetora do colégio.

E junto com Henrique, ser que me infernizava todo dia desta vida miserável, acho que os dois foram criados pelo diabo a parte só para atarazanar minha vida.

–Atrasada pela terceira vez na semana, Dafoe? –disse com sua voz enjoada.

Eu não posso bate - lá, eu não posso bate – lá, repeti em minha mente. Se eu não tivesse sanidade mental eu já teria partido a cara desta certinha desde a 4º série, se um dia perder esse pingo de sanidade pode ter certeza que parto a cara dela no meio, ninguém conseguiria me deter, nem se papa me benzesse.

–Eu só me atrasei duas vezes semana passada! –me defendi entre dentes. –E está semana só uma.

Ela me olhou com os olhos estreitados,parecia ela uma policial e eu a marginal que estava em sentença do seu ato.

Talvez no futuro isso aconteça.

–Detenção! –disse e se virou levando consigo seu nariz empinado.

Maldita Carie!

Eu ainda vou arrebentar sua carinha no meio, ah se vou.

Meu dia estava indo totalmente pior do que já é. Eu só posso ser uma pé frio mesmo.

Entrei na escola, já encontrando Henrique se agarrando a Brianna (agora sim: uma líder de torcida morena sem cérebro que só perde o tempo comprando roupas), era tão nojento ver uma cena dessas! Eu não curto ver línguas dos outros entrelaçadas.

–Que baixaria -disse uma voz conhecida do meu lado, me virei encontrando Êvan encostado no meu armário dando uma tragada em seu cigarro, usava naquela manhã um Jens preto rasgado e sua camiseta do Slipknot com a jaqueta de couro por cima. Típico.

Êvan Dolse era meu amigo há muito tempo, nós conheceram numa clínica de reabilitação (não sou drogada, minha avó que é), era o típico cara de foda-se tudo.

Minha mãe não aprova a amizade, mas nem ligo, parece que minha mãe não gosta de nada que vem de mim.

–Vê se pode chegar de manhã e encontrar uma cena dessas - fiz cara de nojo.

–Por que você não viu na festa Noah -disse enojado, - parecia que um era o oxigênio um do outro.

Finge vomitar e peguei o livro de geometria no armário indo para sala, eu não queria ficar mais naquele corredor vendo Henrique trocando saliva.

A sala estava vazia me fazendo suspirar, Êvan se sentou na minha frente e apagou o cigarro.

–Porque essa cara de cú? –perguntou de repente

–E a única que eu tenho -falei

Sou um poço de carinho.

–Educação mandou saudades - falou irônico

–E eu mandei um ‘vai se fuder’ – respondi revirando os olhos, Êvan percebeu que não queria conversar e se calou, catei meu caderno de desenhos e comecei folhear sem interesse.

Os animais, digo, alunos começaram a entrar e sentar nas suas respectivas carteiras, o professor -um gordo asqueroso careca- de geometria começou a falar sobre a matéria do povo, pra mim uma grande de baboseira.

Coloquei meus fones de ouvido, e me desliguei do mundo automaticamente.

***

A hora do intervalo era (para mim) como se fosse uma sina a ida ao inferno. É tenso, parece um bando de cadelas e cachorros no cio, e eu tinha um prazer de ficar longe de todo: eu andava pelos corredores, com meu fone de ouvido ouvindo Sex Pistols, aconchegada no chão e fechei os olhos, me sentindo calma pela primeira vez no dia!

Palmas, eu, Verônia Dafoe, em plena segunda-feira está calma...

Já podem me dar um prêmio Nobel.

Mas, como este mundo magnificamente incorreto, fazia de tudo para ser contra a mim. Ouvi meu nome ser chamado:

–Verônica!

Quase vi fumaça sair do meu ouvido como desenho animado.

–Henrique animal, pra quê atrapalhar minha paz? –eu, quase me sentindo um touro, gunhi -Você quer o que, morrer antes da hora?

Ele parou do meu lado, com um sorriso debochado, como ainda não esfolei essa cara no chão?

–Pare de fazer careta, já é feia normalmente... -ele não continuou pois taquei meu livro de geometria em sua cara, mas ele desviou.

–Tá chega de tentar me deformar –disse e se suspirou, ele parecia meio inquieto.

Minha mente estava em alerta: LÁ VEM TRETA

–Preciso da sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

eae povo deste mundo que me habita, o que acharam? Começo agitado, sim sim
Quero agradecer a tesão da Angel (u/346830/) que me ajudou no primeiro
capítulo ♥ Espero que gostem e sejam bonzinhos com minha
alma, e que Hades não me castigue por ter postado numa hora que falei que
não iria nunca postar.
Ok, então...
Até o próximo