Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Gente, acabei de chegar do infer... cof cof... faculdade. Passei pra postar rapidinho porque prometi. Responderei os comentários de todo mundo amanhã... Jogo, folga haha. Sim, senti falta de um montão de gente nos comentários :( cadê vocês? Quero conversar oras. Não me abandonem.

Well, boa leitura!



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POV Narradora

Mariana, a qual simplesmente não se podia juntar com um cartão de crédito, pois dava ruim, comprara não só uma roupa para seu encontro do dia seguinte, como também alguns pares de sapatos que provavelmente não usaria, mas eram extremamente necessários e mais, estavam em promoção!

Cansada, feliz, e ainda ansiosa, parou pra comer alguma coisa. Foi até a praça de alimentação, ocupou uma mesa e jogou algumas sacolas em cima desta. Outras ficaram em baixo, protegidas pelos pés da garota. Depois de organizar tudo, Mari se lembrou de que precisava ir até a lanchonete pedir alguma coisa ou morreria de fome esperando. Num suspiro, juntou todas as sacolas novamente e tomou impulso para se levantar, quando algo lhe chamou atenção. Mais precisamente, alguém. O garoto de cabelo loiro escuro e braços fortes era totalmente inconfundível. O que ele estaria fazendo ali? E... com aquela... Espera. Quem era aquela?

Mari se deixou cair na cadeira, curiosa, atenta e boquiaberta.

– Patrícia... – sussurrou para si mesma.

Do outro lado da praça, Patrícia alisava o braço de Marcelo, enquanto este a explicava pela milésima vez o plano que tinha em mente.

– Será que dá pra parar com isso? – bufou por fim, impaciente.

Patrícia apenas riu, provocando o loiro ainda mais. Ela não tinha culpa se o achava completamente sexy.

– Desculpa, amorzinho. Não vai mais acontecer. – jurou com os dedos cruzados.

Marcelo deu de ombros. Observou ao redor, se atentando a algum movimento suspeito. Lembrou-se que Anna estava em horário de aula, assim como o seu amiguinho idiota. Sentiu um arrepio ao se lembrar da cara do indivíduo, e do que Patrícia falara. “Eles estão tendo um caso”. Era simplesmente impossível acreditar naquela estupidez. Respirou fundo, recuperando a sanidade. Devia guardar a raiva para o momento certo.

Patrícia o sacudiu, fazendo com que voltasse àquele momento. Marcelo então retomou a sua atenção à morena enjoada a sua frente. Era necessário paciência quadriplicada ao se juntar com Patrícia. O que não chegava a ser um problema, pois ele sabia muito bem como se controlar.

– Relaxa. – tranquilizou a parceira e a si mesmo. – E então, o que você tem em mente?

Patrícia riu, obviamente divertida com aquilo tudo.

– No momento, você.

Marcelo suspirou. Contou até três. Coisa que aprendera com Anna. Achava-a tão linda quando perdia a própria paciência e então começava a contar. Lembrar-se dela o deixava automaticamente mais calmo.

– Sobre Luiz... – ele complementou.

Patrícia murmurou um breve “hum”, como se estivesse entendendo apenas agora.

Ajeitou-se em sua cadeira, dessa vez séria.

– Como eu disse, devemos provocar Anna. Posso atingi-la facilmente. – garantiu com uma certeza que despertou a curiosidade de Marcelo.

– De que maneira?

– Isso pode deixar por minha conta, querido. Por enquanto o trabalho “árduo” – com direito a aspas debochadas no ar – é somente seu.

Marcelo arqueou uma sobrancelha.

– Continue.

Patrícia se apoiou na mesa, ficando próxima ao rosto de Marcelo.

– Fácil. Seja o namorado perfeito, que toda garota sonhou. Trate-a bem, e-

– Espera aí! – Marcelo protestou. – Eu a trato bem!

– Melhor do que já faz, então. – continuou Patrícia em um tom provocante.

Marcelo concordou com a cabeça e deslizou pela cadeira, irritado e conformado.

– Presta atenção! Você tem que fazer isso direito. Deixá-la mais apaixonada do jamais foi por qualquer outro garoto.

– Ela já está mais apaixonada do que foi por qualquer outro garoto. – falou confiante, porém com rastros de dúvidas na voz.

– Sei. Tanto que está lá com outro. – acusou zombeteira, com uma tapa de alerta na testa de Marcelo.

Este, não gostando do gesto, segurou o pulso da garota, fazendo uma pressão desnecessária. Patrícia soltou um gritinho, atraindo alguns olhares. Marcelo, que não gostava de chamar atenção, logo a soltou.

– Chega de falar nisso! – ordenou ele, sem poder controlar a raiva.

Patrícia resolveu obedecer pela primeira vez.

– Ai, tá bom. Não está mais aqui quem falou. – bufou, também irritada. – Mas depois não venha me dizer que não avisei! – deixou escapar sem querer, e, vendo o rosto do outro ficar vermelho instantaneamente, tratou de mudar de assunto: - Olha, já disse que não ganhamos nada brigando.

Marcelo tomou fôlego. Patrícia tinha razão. Eles precisavam se unir e não o contrário.

– Certo. – respondeu com um suspiro. – Vou fazer o que você disse. Embora não veja como poderia ser melhor pra Anna do que já sou.

Patrícia se controlou para não rir. Já o tinha provocado o bastante pelo dia. Ou talvez não. Mas naquele momento achou melhor ficar quieta.

– Difícil tarefa mesmo... – comentou sarcástica, porém escondendo o sarcasmo para si.

Marcelo, sem perceber o deboche, afirmou com a cabeça. Não estava mais naquela conversa, estava distante. Sua cabeça já armava mil maneiras de deixar Anna ainda mais presa a ele. Pensava no que poderia fazer para não perdê-la.

Patrícia, observando a cara de paisagem do colega, resolveu que já havia passado bastante tempo desde a última provocação.

Tomou a mão dele, que pareceu nem notar, e beijou a palma.

– Não se preocupe, eu te mostro como fazer.

Mari, ao longe, assistia à cena. Perdera apenas alguns instantes da peça que acontecia ali, pois não se aguentava de fome. Após pedir uma porção de batata frita, um milk-shake – grande –, um hambúrguer e uma coca – diet –, se sentou novamente para contemplar o espetáculo de camarote. Deu uma olhadela para a bandeja, se sentindo culpada por alguns segundos. Alguns míseros segundos mesmo. A culpa passou após a primeira mordida naquele hambúrguer divino. Mari imaginou se aquela carne era retirada dos próprios deuses...

Levantou o olhar e repreendeu a si mesma.

“Foco, Mariana, foco”.

Engraçado como aquela frase precisava ser repetida milhões de vezes na vida de Mariana DeLucca.

Balançou a cabeça, e, voltando a abrir bem os olhos, deu um gole no refrigerante. Aquilo estava divertido.

Até que a assanhada da Patrícia pega a mão do Marcelo e a beija! Que história era aquela?! Marcelo podia ser o idiota que fosse, mas ainda namorava sua melhor amiga!

Mari estava pasma. Esperava a próxima ação com pelo menos quatro mordidas do sanduíche na boca.

No local onde acontecia o “show”, assim denominado por Mari, Marcelo finalmente nota o gesto de Patrícia. Com um olhar de desgosto, se livra da mão da morena.

– Porra, já disse pra parar com isso! – vociferou furioso, se levantando da cadeira.

Patrícia, dessa vez, se assustou com a reação, e não soube o que fazer. Marcelo então não a deu chances de tomar qualquer atitude. Em dois tempos estava longe dela, deixando-a sem cerimônia plantada na mesa.

Mari quase cuspiu o milk-shake ao ver aquilo. Tossiu algumas vezes, para desengasgar. Não podia acreditar no que vira! Marcelo dera um fora em Patrícia, e a deixara lá... Desamparada. Desprotegida. Abandonada.

Claro que a expressão da menina não era essa. Parecia apenas um pouco surpresa, mas logo se recompusera e por fim deixou a mesa.

Mesmo assim, o que fora aquilo?

Mas, primeiro de tudo, como eles se conheciam?! Marcelo e Patrícia! Que ironia.

Então Mari se lembrou do dia em que Luiz contou a ela sobre a briga que tivera com Marcelo....

Eles se conheceram ali, Mari por fim recordou.

Certo. Primeira pergunta respondida. Próxima:

O que estariam fazendo ali?

Porque, pelo que Mari sabia, Marcelo podia ter dado um fora em Patrícia apenas naquele dia. Nos outros podiam muito bem estar aprontando todas pelas costas de Anna. Será que tinham um caso?

E, pior de tudo: devia contar aquilo à amiga?

Se sim, o que falaria...? Que vira o namorado dela com a ex de Luiz?

Talvez as perguntas de Anna a acabassem levando a revelar o que realmente acontecera no dia da briga entre os rapazes.

Oras, seria tudo tão mais fácil se aquele frouxo do Luiz já tivesse contado a ela! Agora sobrava tudo nas costas da pobre Mari. Sempre assim.

Mari resolveu deixar o assunto de lado por um momento e se concentrou em suas batatinhas. Era simplesmente muita coisa a se pensar. E Anna nem sequer a atendia! Será que ela estava na aula, ou... Talvez com...

***

POV Anna

– Luiz! – gritei para que ele parasse, empurrando-o com ambas as mãos.

Luiz se afastou ofegante, me dando tempo de respirar um pouco. Ainda me olhava desapontado, ou frustrado... Ainda não conseguia discernir o que era.

– Você começou... – ele respondeu por fim.

Olhava-o, sem entender a situação. Continuava em dúvida se ele gostara daquilo ou não. E, pior: tudo o que eu conseguia pensar era em como ainda não o tinha beijado durante todo aquele tempo.

– Penso em como não fiz isso antes. – Luiz afirmou, agora com um riso debochado, para a minha surpresa.

– Sério, tem algum chip no meu cérebro que te transmite todos os meus pensamentos? – perguntei indignada.

Luiz dessa vez riu intensamente, me deixando nervosa de raiva e ansiedade.

Bufei, irritada. Não tinha tempo para as brincadeirinhas de Luiz. Cruzei os braços, sem conseguir imaginar outra reação possível.

– Vem aqui. – pediu, cessando o riso. Levava apenas o sorriso cínico de sempre. Um sorriso que sempre me hipnotizara... Principalmente quando se transformava periodicamente ao seu também característico sorriso honesto, confortante e afetuoso. E isto estava acontecendo naquele momento. Sua expressão mudou em dois segundos, e com a mudança veio o arrepio por todo meu corpo.

Luiz ficou sério. Levou a palma da mão direita às minhas costas, e me puxou para si. Sua mão era gentil, e vagarosamente deslizou por baixo da minha blusa, tocando minha pele. Senti aquilo mil vezes mais profundamente do que jamais pensei que poderia sentir. A outra mão descansava em meu pescoço, e os dedos acariciavam preguiçosamente o meu rosto. Imitando meu gesto de anteriormente, levou o polegar até meu lábio inferior e o pressionou. Minha boca automaticamente se entreabriu, pronta para receber a dele. Porém, seus lábios tocaram inicialmente minha testa, em seguida meus olhos fechados, meu rosto. Levantou minha cabeça e foi a vez do queixo, pescoço. Um, dois, três beijos, me provocando calafrios a cada um deles. Senti uma inquietação, então abri os olhos para ver a sua expressão. Ainda irreconhecível.

Com um suspiro do que parecia ser impaciência, arrastou a mão que antes estava no meu pescoço até minha nuca, e a que antes pousava delicadamente nas minhas costas, agora pressionava minha cintura com o domínio de há poucos minutos.

Notei que ele persistia em continuar paciente, mas paciência passava longe naquele momento. Nem eu podia mais me conter, o calor já me tomava por completo. Copiei seu movimento habitual e tomei boa parte do seu cabelo, provocante. Não contive o sorriso com o semblante que o preencheu, provavelmente de surpresa. Resolvi que já era hora de me vingar, e o fiz puxando sua cabeça para trás, deixando seu pescoço livre para mim. Senti sua mão me apertar cada vez mais a cada estimulação. Larguei os cabelos e pus uma mão em cada lado do seu rosto. Ele apenas observava, com os olhos gritando de prazer. Era interessante produzir isso. Com o polegar no seu queixo, abri relativamente sua boca pra brincar com seus lábios. Tentava-o com a língua, me divertindo com sua reação.

– Chega de brincadeira, Anna. – anunciou de repente, me afastando pelos ombros. Com o olhar de desejo mais intenso que até então eu jamais havia visto naqueles olhos, aproximou-se outra vez impetuosamente, com os dedos, é claro, entrelaçados nos meus cabelos, beijando meu pescoço e me arrastando até o sofá.

– O que você faz comigo? – foram suas últimas palavras desesperadas, até que nenhum de nós pudesse pensar em mais nada.


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Notas finais do capítulo

Gostaria muito de saber a opinião de vocês de como a fic está indo... Então, perguntinhas: Acham que a demora prejudicou em algo na história? O que estão achando do rumo da mesma? O que esperam para os próximos capítulos? Quantos capítulos vocês ainda conseguem aguentar? Rs. Respondam uma... Ou todas... Talvez todas.

E vi que algumas pessoinhas novas começaram a acompanhar a fic. Não peguem a preguicinha da tia Jessie e mandem ao menos um oi jovens. Quero conhece-los, povo.

Até quinta, eu acho... Depende do meu nível de inspiração. Beijinhos S2