Até As Últimas Consequências escrita por Juliana Rizzutinho


Capítulo 1
Réquiem para Edgar Ashenbert


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aí está a minha segunda fanfic para Hakushaku to Yousei. Bem, essa história surgiu depois que terminei O Rapto do Filho do Conde. Mas, ela pode ser lida perfeitamente para quem não acompanhou (apesar que há alguns personagens que aparecem na fanfic anterior).Sem mais delongas, vamos lá!



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“Tudo que fiz foi para salvar meu grande amor, Edgar. Passei por provações inimagináveis, enfrentei todos os tipos de obstáculos com o peito aberto. Encarei infernos, fiz pactos, provoquei, abaixei minha cabeça em sinal de respeito e tive que sujar as minhas mãos… Agora o resultado disso não sei onde irá parar. Sei que posso arcar com as mais diversas consequências, mas não me arrependo nem um minuto. Faria tudo de novo… sem sombra de dúvida.”

Trecho do diário de Lydia Carlton Ashenbert

Sugestão de trilha: K. 626- Réquiem de Wolfgang Amadeus Mozart - Introitus

Eram as primeiras horas do crepúsculo. O pôr do Sol era um mix entre o dourado, o cinza e o vermelho, que instigava de alguma maneira o emocional de Lydia. Uma agitação crescia de forma violenta dentro do seu coração, sentia que algo muito, muito ruim estava para acontecer, mas não sabia como evitá-lo.

— Mamãe, essa flor é pra você! – o seu filho pequenino segurava uma flor-de-íris, provavelmente, roubada de um dos jardins da mansão.

— Obrigada, meu querido! – e o beijou carinhosamente.

Ela sentiu um vento frio passar pelo corpo. “Oh, Deuses, o que será isso?”, pensou assustada. E então, Lydia em um impulso o abraçou. O menininho beijou sua face, e disse:

— Te amo, viu?

— E te amo mais, viu? – respondeu com a voz meio embargada.

Por mais que abraçasse o filhinho o tormento não a deixava. Balançou a cabeça diversas vezes para afugentar essa sensação.

O sentimento de algo terrível estava para acontecer cresceu. Foi quando escutou a chegada da comitiva de Edgar, seu coração pulou aos saltos.

“Preciso proteger Edgar!”. Queria correr até ele, agarrá-lo como fosse para protegê-lo de qualquer maldade que podia golpeá-lo.

Sugestão de trilha: K. 626- Réquiem de Wolfgang Amadeus Mozart – Kyrie ou Dies irae

Lydia desceu a imensa escada da mansão, onde com uma mão segurava a saia longa de seu vestido azul-marinho e com a outra, o corrimão. Quando tinha chegado ao último degrau, ela viu Tompkins ao pé da soleira esperando pelo conde.

Chegou mais perto e viu Edgar abrir-se em um sorriso caloroso do qual ela já estava acostumada. Então, de repente, ouviu-se um estampido surdo e cruel e tudo mudou de cena. Ela sentiu o chão fugir dos seus pés. O olhar vivo e alegre do marido transformou-se em surpresa e horror. A fairy doctor pôde ver que uma mancha de sangue tingia com veemência o peito de Edgar e esse fato parecia a afirmação da inquietação que sentiu durante todo dia.

Ela saiu correndo até ele. Enquanto isso, o conde foi amparado pelos assessores. Raven, que estava atrás de Lydia para recepcioná-lo, saiu em disparada, impulsivamente, atrás daquele que foi o autor do disparo que acertou em cheio o peito do seu mestre.

A condessa empurrou todos em desespero e colocou o conde em seus braços. Enquanto isso, aos berros, ela pediu um médico o mais urgente possível. Ela o aninhou como fosse Aurthur e, inconscientemente, tentava de modo desesperado estancar o sangue com a mão.

— Edgar resista!! Edgar resista!! Vamos!! – suplicava ela.

— Ly, está doendo muito! Está doendo muito!!

Ele apertou o braço dela com mais força, a respiração ficava mais ofegante a cada minuto.

— Fica comigo, Edy! Fica comigo!!!

O sangue brotava de tal maneira, que escorria pela mão e já começava a infiltrar a manga do seu vestido. “Não é possível!! Isso não!!”, era só que pensava.

— Vamos!! Alguém chame um médico! Rápido, por favor! – ela gritava desesperadamente.

— Ly, me ajuda!! Me ajuda!! Não quero morrer!! Não agora!!

 

— Não fala isso!! – ordenou Lydia – nós prometemos que iríamos morrer velhinhos, lembra-se?? Os dois juntos!! E assim que vai ser!!

— Ly! Ly! Está ficando tudo escuro! Tudo escuro… – dizia com voz débil.

Lydia começou a chacoalhá-lo e dizer:

—Por favor, Edy!! Resista!! Resista!!!!!! Fica comigo!! Fica comigo!!

Mas, o corpo cedeu e sua respiração que ficava fraca a cada segundo, cessou.

— Edgar!!! Fica comigo!!! Fica comigo!!!

Os olhos cor de malva-acinzentado, que ela amava tanto, agora, fitavam o céu, sem vida.

E ela gritou em plenos pulmões:

— EDGAR!!!!!!

Edgar estava morto.


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Notas finais do capítulo

Triste, né? Bem, francamente, chorei horrores enquanto escrevia o capítulo. Sério! Bem, sou uma das fãs de Edgar, então já viu, né? Bem, já deveria ter postado ontem à noite (sexta-feira). Mas... Devido a chuva, minha internet tirou "férias".Vou atualizá-la, por volta de uma semana. Então, até lá!