Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oiiii lindinhas, tudo bem?
Desculpem não ter postado no sábado! Mas aqui está...
Espero que gostem



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– Ei. - a chamei, mas ela me ignorou

Mariana está andando na minha frente, em direção ao colégio. Está com seus habituais fones de ouvido, mas sei que ela consegue me ouvir.

– Qual é a porra do seu problema? - perguntei, irritado, a puxando pelo braço, fazendo com que ela se virasse e ficasse de frente para mim

– Eu tenho vários. De qual deles você está falando, exatamente? - ela perguntou, sarcástica

– Mas que merda, Mariana. O que foi?! O que aconteceu?

– Aconteceu que o cara mais babaca e galinha do colégio admitiu que está apaixonado por mim. E o pior, é que eu acho que também estou. Mas isso não devia acontecer.

– E por que não?!

– Porque eu to apaixonada por um babaca! Uma hora ou outra, você vai me machucar, Rafael, não tem jeito. Não to dizendo que vai ser de propósito, mas faz parte de você ser estúpido e usar as garotas. Eu sei que vou sair mal dessa. Por isso, eu não poderia ter me apaixonado por você.

Eu não sabia o que responder. Ela tinha admitido que estava apaixonada por mim, mas ao mesmo tempo, disse que não deveria estar.

Foda-se. A puxei para mim e grudei nossos lábios. A princípio, ela resistiu e tentou me afastar, mas minhas mãos estão em sua nuca e em sua cintura. Ela acabou cedendo e envolvendo meus ombros com seus braços. Senti suas unhas em minha nuca enquanto apertava sua cintura. Ela começou a ofegar e passei meus lábios para seu pescoço, dando beijos e mordidas.

– Rafa... - ela gemeu em meu ouvido e eu apertei mais sua cintura

– Droga, por que sempre temos horário? - resmunguei ainda em seu pescoço

Ela riu e me abraçou. Enterrei o rosto em seus cabelos e respirei fundo sentindo o cheiro de laranja. Senti suas mãos em minhas costas por baixo da camisa e me arrepiei.

Meu celular começou a vibrar no bolso de trás da calça.

– Alô? - atendi sem nem sequer olhar no visor para saber quem era

– Cara, desistiu da escola? - ouvi a voz de Gabriel do outro lado

– Que horas são?!

– Hora de você já estar aqui, sentado atrás de mim, fingindo prestar atenção na aula. Mas tudo bem, se decidiu ser pontuado por atraso, beleza.

– Que bosta, velho. Já to indo.

– E fala pra Mari que ela também vai ser pontuada se não chegar em cinco minutos.

– Como você sabe que eu to com ela?

– Você não ta aqui, ela também não. É meio óbvio que estão juntos.

– Aff. Já estamos indo. - falei já puxando a Mari atrás de mim, quase correndo em direção ao colégio - Estamos atrasados. - comentei com ela

– Tudo bem. Não tem problema.

– Pra você talvez não, mas pra mim tem. Já tenho ponto pra dar e vender, mais um vai me fuder.

– Putz, tinha esquecido que você não é um aluno exemplar. - ela falou e riu

– Fazer o que né... Não sou prodígio tipo certas pessoas. - comentei sarcástico e recebi um tapa no braço - Ai! É mentira?

– É, não sou prodígio. Só estudo. Não é assim, tão difícil.

Bufei e ela riu. Chegamos ao colégio em três minutos. Recorde. Fomos correndo até a sala e entramos um segundo antes de o professor fechar a porta.

– Ah, achei que tivessem cagado pra aula! - Gabriel nos zoou

– Estávamos resolvendo coisas mais importantes. - Mari respondeu, apertando minha mão antes de soltá-la

Nós nos sentamos em nossos respectivos lugares e prestamos atenção na aula. Quer dizer, ela prestou. Minha atenção está totalmente nela. No movimento de sua mão escrevendo, nos seus cabelos caindo como uma cascata sobre suas costas, no movimento que seus ombros fazem quando ela ri, nos seus lábios quando ela se vira para falar com Cintia... Essa coisa de estar apaixonado é foda.

"Dá pra parar?"

Recebi uma mensagem no meu celular, vinda dela.

"Parar com o quê?"

Respondi, inocentemente.

"De me encarar. Posso sentir seus olhos claros em mim!"

"Então é melhor você parar."

"Parar com o quê?!"

"Parar de ser linda, princesa."

Vi seus ombros se mexerem novamente com sua risada silenciosa e ela se virou para me olhar e movimentar os lábios em um "idiota" sem som. Ri também e respondi, também silenciosamente, "eu sei".

Ela sacudiu a cabeça ainda sorrindo, voltou a se virar para frente e guardou o celular no bolso da calça.

Não sei quando eu decidi isso, nem se eu decidi, mas continuei mandando mensagens para ela. De letras de musicas, dessa vez.

"Say my name like a scripture, keep my heart beating like a drum"

A vi se remexer na cadeira para pegar o celular que tinha vibrado com a minha mensagem. Ela leu e demorou uns dois minutos para responder, mas assim que meu celular vibrou, li sua resposta.

"Legendary lovers, we could be legendary"

Sorri e guardei o celular, assim como ela.

O sinal demorou a bater, mas assim que bateu, levantei correndo pro intervalo. Fui direto para um corredor deserto a caminho da cantina, sabendo que Mari vai passar por ali. Dito e feito. Ouvi sua voz de longe e me preparei.

Assim que ela passou do meu lado, a puxei e a prensei contra a parede, a prendendo com o meu corpo. Senti seu corpo tremer contra o meu, não sei se de excitação ou se ela estava rindo. Colei meus lábios logo abaixo da sua orelha.

– Você gosta de me torturar, né? - ela sussurrou, com a voz falhando

– Isso é tortura? - perguntei, ingenuamente, passeando por seu pescoço

– Uhum. - ela estremeceu e riu

Passou sua mão por meu braço e me puxou pelo queixo para beijar meus lábios. Sorri e segurei seu quadril. Senti seus dentes em meu lábio inferior e gemi baixinho, mas alto o suficiente para que ela sorrisse, vitoriosa.

– Você é má. - sussurrei em seu ouvido enquanto ela mordia o lóbulo da minha orelha e arranhava minhas costas por baixo da camisa

Escorreguei minhas mãos por seu quadril e as encaixei nos bolsos traseiros de sua calça.

– Você é um idiota, sabia? - ela falou, rindo

– Eu sei, princesa. - respondi, rindo também

– E louco.

– Crazy for you, crazy for you. - cantei a música da Adele, sussurrando em seu ouvido

– I keep trying fighting these feelings away, but the more I do, the crazier I turn into. - ela respondeu, também cantando

Rimos juntos e eu adorei a sensação de ter seu corpo roçando no meu. E, pelo visto, meu amiguinho também. Droga, eu tenho que me controlar. Não posso simplesmente ficar de pau duro no meio do colégio.

– Ta animadinho, é? - ela perguntou, se esfregando mais em mim, me provocando

– Não faz isso. Não me fode mais, Leite.

– Bom saber que eu te deixo assim, Gutenberg. - ela sussurrou em meu ouvido, de uma forma extremamente sensual e saiu de perto de mim, não sem antes dar aquela piscadela básica, claro

Fiquei mais um tempo no corredor, me acalmando. Pensando em outras coisas, até que broxei. Nunca fiquei tão feliz por ter broxado.

Fui para o refeitório e achei a mesa em que meus amigos estão sentados. Assim que Mari me viu, ela arqueou as sobrancelhas e riu. Sentei-me ao seu lado, passando o braço por seu ombro.

– E aí? Se resolveram? - Gabriel perguntou, fazendo Mari corar e abaixar o rosto

– É, pode-se dizer que sim. - respondi, rindo

– Então, o que? São um casalzinho feliz agora? - ouvi a voz de Jéssica perguntar

– Menos, Jess, bem menos. - Mari respondeu

– Se não ta feliz com ele, Mari, pode me devolver.

– Eu quis dizer pra você ser menos ciumenta. To feliz sim, obrigada por se preocupar.

Uh, Mariana 1 x 0 Jéssica.

– Estão namorando?

– Não.

– Ainda não. - respondi

– Eita, já ta planejando coisas?!

– Gabriel, pára de me zuar! - ele riu e eu o acompanhei

– Se resolveu bem lá, sozinho? - Mari sussurrou em meu ouvido, me sacaneando

– Não bato uma há anos, e não vou voltar a fazer isso agora, princesa.

– Ah, então você é broxa? Ok, bom saber.

– Cala a boca, Mariana.

– Ui, nervosinho. - ela riu e eu tive que rir também

Não sei se somos um casal ou não. Seja lá o que formos, eu gosto. Gosto dessa coisa meio louca, dessa relação meio confusa. Não faz sentido, mas desde quando algo na nossa vida faz?


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Notas finais do capítulo

E aí? Estou perdoada pela demora?
Não se esqueçam de comentar!
Beijos, até a próxima