Zero escrita por yAOI


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Oi! ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Boa leitura!



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Competir por atenção com um bebê. Sentir ciúmes de um bebê. Tentar roubar o pai de um bebê. Toujo Hidetora nunca teria feito isso antes. Antes. Porque agora era exatamente isso que ele estava fazendo.

Ele e Oga estavam saindo, haviam começado a namorar mês passado. Estavam brigando loucamente, como se suas vidas dependessem daquilo – o que não deixa de ser verdade, se considerarmos a força e a intensidade daquela briga. Oga havia sido imobilizado por Toujou e resolveu dar-lhe uma cabeçada, que foi retribuída pelo maior e que no segundo seguinte não era mais uma cabeçada e sim um beijo. O pedido de namoro não foi muito bem um pedido, foi mais como uma ordem, mas essa ordem Oga resolveu que seria a única que ele iria obedecer.

Retornando ao presente, a situação atual é a seguinte: estavam os dois sentados lado a lado no chão do terraço da escola, o clima estava amigável, e fora Beel, era como se estivessem sozinhos, e tudo parecia indicar que eles podiam se agarrar e namorar um pouco ali, mas Oga não parecia pensar assim, afinal estava dando mais atenção a um bebê do que ao seu namorado! Algo que na humilde opinião de Toujou era inaceitável.

- Oga.

- Hm?

- Oga.

- Oi?

- Oga!

- O que é?!

- Pode pelo menos olhar pra mim enquanto eu finjo que você está prestando atenção no que eu digo e não nesse bebê idiota?

Oga pareceu perceber que algo estava errado e olhou para Toujou, desviando sua atenção de Beel, que brincava alegremente com um brinquedo estranho em seu colo. Bem, ele só pareceu perceber mesmo.

- Ele não é idiota! – Tatsumi resmungou. – Sabia que dizem algo por aí como: “tal pai tal filho”? Eu não sou idiota!

O ruivo suspirou. Resolveu puxar Oga para si e quem sabe assim conseguir um pouco de atenção. Entretanto isso resultou em mais atenção para Beel. O motivo? Em sua tentativa ele acabou puxando Oga no momento em que ele colocava o leite na mamadeira, Tatsumi acabou derramando tudo no bebê que estava em seu colo e o leite... bem, estava quente. E agora o bebê estava com leite quente derramado no rosto e sem o seu lanche. O resultado foi o choro. O moreno parecia tentar acalmá-lo de todas as formas possíveis, mas só conseguiu quando o aninhou confortavelmente em seu colo e o balançou um pouquinho, sussurrando várias vezes: “não chore”. E então o de cabelos esverdeados encarou Toujou e sorriu de forma vitoriosa. Bebês são inocentes? Aqui está a prova de que não. Ele parecia estar fazendo de proposito só para ganhar mais atenção de Oga, mas adivinhem? Oga é o namorado de Toujou e o ruivo não iria desistir dele tão fácil!

Aproximou-se do moreno e passou o braço por seus ombros, dando-lhe um meio abraço, e ele hesitante e timidamente se aconchegou em Toujou, descansando sua cabeça na curva do pescoço do ruivo. E foi a vez dele sorrir vitorioso enquanto fitava o bebê, que não parecia nada feliz com a aproximação dos dois. E então ele resolveu fazer novamente a única coisa que conseguia prender a atenção do moreno totalmente em si: chorou.

Depois de recuperado do choque, Oga resolveu tentar descobrir o motivo daquele choro. Deduziu brilhantemente – ou não – que a causa do choro era sono. Novamente aninhou Beel e começou a balança-lo devagar, cantando uma canção de ninar com uma letra bizarra, algo que envolvia muitas vezes as palavras “yople”, “demônios” e “fraldas”. Tora sabia que o bebê não planejava dormir, mas Oga estava o embalando com tanto carinho – coisa que ele com certeza não queria que Hilda visse - e devia estar bem quentinho nos braços dele... aos pouco Beel foi fechando os olhinhos, bocejando e caindo no sono. Por um momento Toujou queria estar no lugar de Beel.

Estava tão distraído invejando o bebê que nem notou a movimentação de Oga ao seu lado. O moreno deitou Beel confortavelmente sobre sua jaqueta e sentou-se nas pernas do ruivo que estavam estiradas, encarando-o fixamente.

- O que foi? – indagou Tora, um pouco curioso.

- É que... nós não pudemos nos ver muito semana passada por causa dos seus trabalhos, então eu pensei que... bem...

E lá estava um lado do “Ogro” que era reservado somente para Hidetora, um lado que somente ele conhecia. Oga encarava-o com as bochechas em um tom levemente rosadas e parecia que dizer aquilo estava o matando, mas mesmo assim ele o disse. Ele nunca pensou que pudesse achar um delinquente adorável, mas sempre que via Oga naquele estado ele começava a considerar a ideia. Deu um largo sorriso antes de puxá-lo pelos braços para mais perto de si, de forma que ele ficasse sentado em seu colo com uma perna de cada lado e seus rostos ficassem bem próximos. O menor tomou a iniciativa de começar o beijo, dando um leve selinho nos lábios do ruivo. Foi correspondido e aquele selinho se transformou em um beijo molhado e um pouco agressivo, mas cheio de saudade. Toujou levou uma de suas mãos para a cintura de Tatsumi e a outra para a sua nuca, fazendo um breve carinho ali.

Foi quando Tatsumi gemeu baixinho entre o beijo e envolveu seus braços ao redor do seu pescoço que Tora percebeu: era a sua vez de ter a atenção do garoto totalmente para si. Entretanto o que ele não sabia era que a atenção de Oga nunca havia saído realmente dele, por mais que odiasse admitir, Tatsumi gostava demais do ruivo para deixar de reparar em qualquer coisa que ele fizesse.

O que o Beel acha de tudo isso? Que o Toujou ganhou a batalha, mas não a guerra.

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Notas finais do capítulo

Se quiser comentar, eu agradeço! Primeira fic, estou aberta a sugestões.
Tchau! ( ͡° ͜ʖ ͡°)