A Thousand Years escrita por Serena


Capítulo 17
Capitulo 16: Ceu estrelado parte 1


Notas iniciais do capítulo

Bonjuor cherrys!!

Nossa demorei quase 15 dias pra criar este cap,q saiu monstro.
E mil para posta-lo,trágico.
Peço desculpas pelo atraso,eu juro q estou tentando atualizar pelo menos uma vez por semana,ou de 10 em 10 dias.
Mas tem sido difícil com trabalho,e bloqueios momentâneos,dps os feriados de fim de ano:Família vindo visitar,viagens,ai qndo eu tenho tempo a internet me deixa na mão.

+ enfim cap recheado de momentos klaroline.
Eu não sei se consegui deixá-lo romântico,apesar de ter esta intenção.
Bem borá ler..



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Capitulo 16: Céu estrelado parte 1

Klaus narrando:

O dia do lado de fora daquelas paredes parecia tão cinza e fechado quanto dentro de minha própria alma. Já fazia 12 ou 24 horas,não sei ao certo.Que eu havia resgatado-a e levado de volta para Mystic falls. Caroline havia sido devolvida a sua família,seus amigos e sua antiga vida,da qual eu não fazia mais parte. Desde então eu havia me trancado dentro do escritório da mansão que Kol havia comprado para si, aqui nesta cidade deprimente.

Ainda vestia as mesmas roupas,e não fazia questão de tomar um banho ou de trocá-las. Estava sentado em um sofá branco de um só lugar,tendo um copo de whisky em uma de minhas mãos,enquanto fitava as chamas da lareira queimando lentamente os pedaços de lenha.

Já estava naquele mesmo processo desde que havia entrado dentro daquele cômodo,e não me preocupava em parar tão cedo.Eu fitava aquelas tão belas labaredas avermelhadas,ora amareladas e admirava-as dançarem sobre a brasa quente,tão perfeitamente.

Enquanto tentava buscar dentro de mim mesmo,uma mera reação que fosse de alegria ou mesmo um futuro massacre,não importando o que fosse,eu só queria sentir mais do que aquele vazio imenso que parecia, cada vez se abrir mais em meu peito.

Não conseguia desviar meus olhos daquelas chamas,eu nem se quer piscava,simplesmente porque estava me sentindo tão sem rumo,meu corpo parecia não ter forças para se locomover,minha mente parecia que jamais pararia de me atormentar com aquela mesma certeza, que dominava cada canto de meus pensamentos.

Ela jamais seria, realmente minha.

Parecia tolice que a criatura mais poderosa do mundo ficasse tão perturbado com tão singela frase,mas tal conjunto de palavras era a pior das dores e maldades,pois se tratava da mulher que eu mais estimava e desejava,e que nunca teria.

Eu olhava para o nada, perdido em meu próprio fracasso e minha dor,com um buraco enorme atravessando meu coração,como uma terrível flecha cheia de veneno que carregava consigo a sombra da morte,em sua jornada para tragar á sua mais nova vitima.

E a cada copo que eu bebia eu me sentia tão insignificante e inútil quanto as garrafas que eu deixava vazias,tão formosas e sempre de pé,mas que no fundo não possuíam nenhum conteúdo ou utilidade.

Era estranho,parecia que eu estava no centro de um furação,que estava destruindo e engolindo tudo ao seu redor,e eu não me sentia capaz de fugir desta tempestade,na verdade eu sentia uma ânsia infinda, de me jogar dentro dela.

Mesmo que eu quisesse me sentir menos melancólico ou deprimido,como poderia?A mulher que eu mais adorava estava do outro lado da cidade e eu tinha que fingir que ela não existia.

Eu era obrigado á ignorar cada célula do meu corpo que clamava para que eu corresse ate onde ela estava e beijasse-a apaixonadamente.

Sei que seria bem mais fácil se eu agisse insensatamente.Não parasse para pensar nas conseqüências de minhas ações,e só fosse ao encontro dela e a tomasse para mim.Mas quem disse que o caminho mais fácil é o melhor?

Eu não tinha o direito de privá-la de sua família,seus amigos,de sua vida agora que Mikael estava morto. Caroline não tinha mais por que estar ao meu lado,e mesmo que isso partisse meu coração,eu não podia continuar tomando espaço em sua existência.

Seria egoísta da minha parte,e lhe faria muito mal.Agora a única coisa que eu poderia fazer por ela, era deixá-la em paz.Permitir que ela voltasse para sua casa, como se eu nunca a tivesse tirado de lá. Era o melhor para nos dois,mas principalmente,era o melhor que eu podia fazer por ela.

Logo estaria indo embora daquela cidade,e não poderia pedir-lhe que fosse comigo,obrigando-a a abandonar novamente tudo aquilo que ela conhecia e amava,deixando o seu lar para trás mais uma vez.

Mas a cada segundo que se passava, ficava mais difícil cumprir tal decisão,pois meu corpo inteiro implorava pela pele macia e sedosa,meus dedos formigavam de anseio por tocar seu corpo,meus lábios tremiam de vontade de acariciar os seus.

Pensar em tais sensações me faziam ficar fora de controle,e a saudade começar a surgir marcando minha pele como brasa.Fechei meus olhos com força,tentando manter sob meu comando toda aquela mistura de sentimentos,enquanto tentava manter longe, o desejo de sair por aquela porta e ir atrás da mulher que eu almejava.

Ainda me lembrava do quanto fora doloroso o caminho de Paris ate Mystic falls,parecia uma eternidade de tortura,uma insana crueldade contra mim.

Fazia quase uma hora que havíamos chegado ao aeroporto de Paris,ali um jato particular esperava por nos,rumo á pequena cidade de Mystic falls.Elijah e Rebekah haviam ficado para trás,mas logo se juntariam á mim e Caroline. Os irmão Salvatore haviam voltado de carro para sua cidadezinha me deixando sozinho com ela.

Logo chegaríamos ao aeroporto de Mystic falls,e a cada instante eu sentia que cada vez mais se aproximava o momento de dizer adeus.Meu coração doía só de pensar que em poucas horas eu nunca mais á veria,ate parecia que haviam enfiado novamente aquela adaga em meu peito,causando uma grande ferida que agora sangrava dolorosamente.

Ela no entanto estava inerte,completamente fora dos problemas atuais que enfrentávamos,sem saber de nada. Apenas dormia como um lindo anjo,vez ou outra sorria docemente,deveria estar tendo um excelente sonho,conclui.

Acariciei seu rosto delicadamente,sentindo a pele quente e perfumada sobre meus dedos,enquanto tentava gravar aquelas emoções,e a fitava fascinado com tão única beleza.Devo ter passado a maior parte do tempo,observando-a dormir serenamente,pois logo pude ouvir o piloto avisar que estávamos pousando.

E de repente, era como se eu estivesse perdido em alto mar,sendo engolido pelas ondas e cada vez mais me sentindo ser sufocado,enquanto perdia todo o ar.

Mas sem relutar eu segui com minha meta,mesmo sentindo todo o peso do mundo em meus ombros,e uma dor aguda perfurando meu coração,eu me mantive no caminho que havia escolhido.

E fora assim,uma eterna viagem a cada passo que eu andava,a cada quilometro que aquele carro rodava em direção á aquela cidade.Vez ou outra,nos instantes em que estava dentro daquele automóvel,quis matar o motorista e fugir com ela para longe,pensei em desaparecer,talvez ir morar em alguma ilha caribenha,onde ninguém nos acharia.

Mas cada vez que eu cogitava qualquer uma que fosse dessas idéias,eu só conseguia ver em minha mente,a imagem de Caroline dizendo o quanto me odiava,que nunca mais queria me ver em sua frente,e que eu era um infeliz que destruirá sua vida.

Eu nunca fui uma destas pessoas altruístas, que coloca sua família,e o mundo na frente de seus próprios desejos e prazeres,jamais deixei de fazer o que eu queria,de ter o que eu queria custasse o que fosse.Mas de repente por ela eu me esquecia de tudo,me esquecia ate de mim mesmo.Era capaz de destruir o mundo inteiro,e ainda sim preservá-lo se isso lhe bastasse.Por ela, eu colocava minhas próprias necessidades em uma caixinha e guardava-as no lugar mais alto e distante.A única coisa que me interessava era seu bem estar,sua felicidade,ter a certeza de que ela ficaria bem.

E mesmo que minha decisão me custasse toda a pouca alegria que eu havia adquirido,e me jogasse na mais profunda dor e solidão,eu não me importava.Só queria que Caroline tivesse tudo aquilo que tanto lhe fazia falta,eu tinha de devolve-la ao seu mundo,e entender que ela não havia sido feita para mim.

Este pensamento atravessou-me como uma espada afiada e sutil,enquanto eu via á famosa mansão Salvatore surgir em meu campo de visão.Os primeiros raios de sol apontavam no horizonte,dando um tom alaranjado ao céu.

Mas diferentemente do dia que acabava de amanhecer,límpido e cheio de luz,meu coração se enchia de tristeza e pesar.Aquela seria a ultima vez que eu estaria ao lado dela,nosso ultimo momento um com o outro.Quando eu acordasse amanhã,não poderia andar pela casa e encontrá-la.Não haveria mais aqueles instantes a noite,em que eu a veria dormir e escutaria sua voz sonolenta me desejar um ‘’durma bem’’.

Nunca mais poderia beijar sua boca carnuda e rosada,ou tocar seu pequeno e delicado corpo sem a menor descrição,assim como um admirador faz com sua obra mais amada,agindo como se fosse seu único e mais apaixonado expectador.

Os pneus do carro de repente começaram a parar,de uma forma bem lenta,me levando aos poucos ao meu maior temor. Era a hora de encarar a realidade.

Virei meu rosto olhando a grande entrada da mansão Salvatore,e pude ver Stefan,Damon e a tal duplicata Elena surgirem com expressões serias e ao mesmo tempo contentes em seus receptivos rostos.

Um suspiro pesado escapou por meus lábios,enquanto eu sentia o ar ficar mais pesado em meus pulmões,e meu coração bater cada vez mais de vagar.

Abri a porta do carro quase que em câmera lenta,sentindo todo o meu corpo se entorpecer,e a tristeza preencher o vazio de minha existência,que antes era ocupado por ela.Nisso pude ver Stefan andar ate o carro,e abrir a porta traseira do veiculo onde Caroline estava dormindo,ainda presa em um sono pesado,sem ter idéia do que se passava ao seu redor,sem ter idéia de que eu estava indo embora.

Toquei meu primeiro pé na calçada de pedra,logo juntamente com o segundo,assistindo aquela cena,sem poder relutar ou fazer muito a respeito.Afinal o que eu poderia fazer?Arrancá-la de perto deles ou não permitir que a levassem de volta pra sua antiga vida?

Vontade não faltava,mas era algo que estava acima de meu desejo,eu simplesmente não podia causar mais sofrimento e magoas á Caroline.Ela já havia passado por tantas coisas por minha causa,por minha culpa,e seria injusto com ela. Com alguém que me deu tanto,que me ensinou que ainda havia esperanças dentro de mim mesmo,e que eu poderia sim ser amado,e amar se acaso eu quisesse.

O único problema era que a minha professora que me ensinara esta lição,agora era a musa inspiradora de minhas paixões.Era a razão pela qual meu coração batia tão rápido em meu peito,e o por que de eu não ser tão arrogante e cruel,e abrir mão daquilo que mais almejava.

Era engraçado como que eu sendo o ser mais poderoso do planeta,um hibrido original,me sentia incapaz e de mãos atadas diante daquela situação.Pois não havia nada mais do que eu quisesse,do que tê-la comigo ao meu lado,como antes.Só que também havia só mais uma coisa que eu jamais conseguiria suportar:Que ela me desprezasse. E que por meu egoísmo e total falta de sensibilidade,ela voltasse a sofrer longe daqueles que amava.

Stefan observou-a por um breve segundo, antes de se inclinar para dentro do carro,e pega-la com cuidado em seus braços.Caroline continuava dormindo,e eu apenas me resumia a ver aquela cena,e permanecer em silencio.

Logo ele a arrumou em seu colo e fez menção de começar a andar para dentro da casa,enquanto eu acabei por fitar o outro lado da propriedade,não querendo ver o momento em que ele a levaria para longe de mim.

Mas algo bem estranho aconteceu,enquanto ele a levava.

Do nada Caroline começou a se debater no colo de Stefan desesperadamente,mesmo ainda inconsciente. Primeiro apenas isto,mas logo ela começara a gritar e espernear chorosa,deixando o vampiro confuso e sem jeito,enquanto tentando ao máximo não machucá-la ou deixá-la cair.

A tal duplicata Elena tentava conversar com ela,e lhe pedia para ficar calma,ate mesmo Damon estava tentando deixar Caroline mais tranqüila,só que cada vez mais ela se debatia,ate parecia o dia em que a vi presa naquele pesadelo terrível.

E então,em um ato involuntário, andei ate Stefan e a tomei dos braços dele,aninhando o pequenino corpo dela ao meu. Deslizei meus braços lentamente por suas curvas,contornando suas pernas e sua cintura,e recostando sua cabeça em meu peito.E no mesmo instante a vi inalar profundamente o ar,e logo assim ficar menos agitada,enquanto escondia seu rosto em meu pescoço,mesmo estando adormecida.Fitei sua face tão bela por um momento,vendo-a novamente serena e bem,e com isso acabei por sorrir.

Não muito depois me voltei para Stefan,Damon e Elena que estavam na minha frente e me olhavam incrédulos com o que tinham acabado de testemunharem.

Mas eu apenas os ignorei e comecei a andar na direção da casa,logo em seguida entrando na mesma. Atravessei a sala,chegando á um lance de escadas as quais subi sendo seguido por Stefan. Não muito depois um corredor surgiu,cheio de portas em uma das quais, o Salvatore mais novo me indicou,e alguns instantes depois já estávamos em um quarto.

Stefan me pediu para que a colocasse sobre a cama coberta por lençóis lilás,e ainda sim sentindo meu peito arfar de dor,eu o fiz sem hesitar,inclinando-me e deitando-a gentilmente sobre a enorme cama,enquanto tentava aproveitar ao máximo os últimos segundos em que teria minha pele colada a sua.

Quando puxei meus braços para longe de seu corpo,senti um vazio correr sobre eles. Endireitei-me sentindo meu coração se apertar ao vê-la ali dormindo sobre aquela cama,naquela casa,tão distante de mim.Tendo a certeza de que seria a ultima vez que a veria em seu sono brando e agradável.

Depois daquele momento tudo o que aconteceu passou como um borrão diante de meus olhos. Ainda tinha a imagem de Caroline dormindo como um lindo anjo em minha mente,e eu pretendia guardá-la eternamente em meu coração.

Observei o copo sem mais nenhuma gota de álcool em minha mão,enquanto via o sol do lado de fora das janelas de vidro se pôr calmamente,dando lugar a uma grande cortina negra,cheia de estrelas e com uma belíssima lua.

Se fosse em outros tempos,ou mesmo em dois dias atrás eu estaria dando uma festa naquele instante. Eu nem me lembrava quanto tempo havia esperado para que Mikael morresse e desaparecesse de minha vida. Só sabia que era mais séculos do que se podia contar,uma eternidade de temor e frustração.

Mas olhe só pra mim agora: meu tão odiado ‘’pai’’ havia sido morto.Eu estava livre de sua alma negra e fétida,e não tinha mais que ficar fugindo pelo mundo com medo de que ele me matasse.Como isto teria me enchido de alegria,á algumas horas atrás,se para ter este premio, eu não tivesse que abrir mão daquela que eu mais desejava.

No entanto,eu estava ali amargurado mais do que nunca,trancado dentro daquela casa,sem animo ou alegria alguma,tendo o mundo e todos como meus inimigos,e não estando nem um pouco afim de festejar.

Parecia que desde que eu havia atravessado a fronteira e visto aquela placa dizendo: Bem vindo á Mystic falls! Eu estava sendo asfixiado por mãos invisíveis,pois eu sentia o oxigênio sumir de minhas vias respiratórias,a cada segundo a mais, que eu passava ali.Precisava urgentemente ir embora daquele lugar,ficar o mais longe e afastado possível.

E seria isso que eu faria no dia seguinte,eu teria ido hoje mesmo,se não tivesse que lidar com meus dois irmãos caçulas querendo vir morar nesta cidade.Rebekah inventara que desejava ter uma vida o mais humana que pudesse,tendo que ir a escola,pagar impostos,e fingir que não era uma vampira original.E nisso Kol decidiu que também queria passar uma temporada ao lado dela,não entendo bem por que,só sei que ambos decidiram que queriam ficar naquele fim de mundo.

Elijah ira voltar provavelmente para Hayley, talvez agora com a morte de nosso ‘’pai’’ eles retornem para sua casa na Áustria,mas eu não tenho certeza.Enquanto eu,não sei bem o que farei daqui para frente.Jamais pensei que depois da morte de Mikael,eu ficaria tão perdido e sem rumo.

Mas batidas na porta me fizeram praguejar mentalmente,não crendo que alguém havia tido a audácia de me incomodar,quando deixei claro que queria ficar sozinho.

_Vai embora!_gritei mal humorado, sem mover um músculo do lugar.

O ‘’toc toc’’ na porta cessara,mas eu ainda podia ouvir a respiração e os batimentos do coração, de meu petulante irmão,que logo em seguida abrira a porta entrando no escritório,nem se importando com a minha cara de poucos amigos.

_Elijah, eu não havia dito que não me incomodassem?

Ele apenas me olhou tranquilamente,como se não estivesse vendo minha expressão de raiva,e logo depois jogou um pequeno envelope sobre meu colo.Peguei o papel em minhas mãos e li rapidamente o que nele estava escrito:

‘’Baile de mascaras das famílias fundadoras,esta noite.

Participe,será uma noite memorável.

Local: Mansão Lockwood’’

Fitei Elijah confuso sem entender o que ele pretendia afinal, me dando um convite para um baile,justamente quando eu não queria saber de nada, nem de ninguém.

_Você deveria ir,ela estará lá esta noite._respondeu simplesmente,me deixando extremamente surpreso.

Logo depois ele saiu,e eu novamente fiquei sozinho naquele escritório,sentindo a ansiedade e a incerteza corroerem meu ser.Será que eu devia ir aquele baile e vê-la mesmo que de longe?Devia descumprir a promessa que havia feito a mim mesmo,só para ter algumas horas ao lado dela?Bem eu realmente não sabia o que iria fazer,e temia que depois desta noite,a distancia se tornasse mais insuportável ainda,mas eu precisava correr este risco.

******Caroline narrando*******

Vi minhas duas melhores amigas sorrirem cúmplices uma pra outra,enquanto vasculhavam a loja atrás de alguns vestidos para o baile que haveria naquela noite.Elas olhavam para mim e lançavam-me sorrisos alegres,e sem opções eu lhes devolvia um sorriso falso.

Não sabia se elas entenderiam minhas razoes para não estar feliz,por estar de volta á minha antiga vida. Talvez nem eu mesma soubesse explicar direito,eu só sabia que estava me sentindo tão sozinha e incompleta,como se um pedaço de mim houvesse sido arrancado.

Bem, desde a hora em que abri meus olhos,e acabei me encontrando no quarto de Stefan na mansão Salvatore,rodeada por todos os meus amigos e pela minha mãe,eu estava me sentindo assim,triste e com um buraco enorme no peito.

De começo fora tão confuso e ao mesmo tempo emocionante revê-los depois de um mês, que eu só fiquei chorando e os abraçando,mas depois quando o choque passou,eu pude constatar que entre todos que estavam ali comigo,havia alguém que não estava.

No mesmo momento eu perguntei á Stefan e Elena o que havia acontecido comigo,como haviam me achado,e em uma hora ou mais de explicações, fui atualizada de tudo o que tinha ocorrido desde o meu sumiço,e que com a ajuda de Kol,que eu não sabia que estava em Mystic falls,Bonnie havia me encontrado.

E que assim tão rápido como quando eu fui seqüestrada,Klaus também decidira ir embora me deixando em minha casa. Para todos esta era uma ótima noticia,mas para mim fora como se o mundo desabasse em minha cabeça. Toda a alegria que eu havia sentido em voltar a ver meus amigos,e minha mãe,simplesmente deu lugar á uma dor sufocante e uma grande decepção.

Em meio as nossas conversas descobri que Stefan,Damon e Elena eram vampiros,Bonnie era uma bruxa,Alaric meu professor de historia e tutor de minha melhor amiga,era um caçador de vampiros,assim como Jeremy que alem disso podia ver fantasmas e falar com eles.

Claro que eu fiquei muito abismada e descrente de tudo isto,mas não demorei muito para aceitar. Ninguém sabia ainda sobre a minha identidade sobrenatural,e nem as razoes que levaram Klaus a me raptar. Elena e Bonnie tentavam puxar assunto e descobrir mais detalhes sobre minha estadia com os originais,mas eu não me sentia pronta para falar sobre isso,então elas simplesmente mudavam de assunto.

No primeiro instante que consegui ficar sozinha,eu peguei o celular de Stefan,onde eu sabia que haveria o numero do celular de Klaus.E tentei uma,duas,três,quatro,cinco vezes e ele nem se quer atendeu.

E isso só serviu para que eu me sentisse mais infeliz e solitária,como naquele exato momento,enquanto eu olhava alguns modelos de vestidos pra festa,sem animo algum,só insistia em querer ir aquele baile na casa da prefeita,porque minhas amigas queriam muito que eu fosse,e também porque eu precisasse me distrair,senão iria acabar trancada dentro do meu quarto, chorando rios de lagrimas.

Estava tão distante que nem percebi quando Elena parou em minha frente com um lindo vestido ainda no cabide e afirmou convicta:

_É esse o vestido!

Apenas lhe dei um sorriso forçado,fingindo estar contente por estar de volta a aquela cidade,tendo toda a minha antiga vida de novo,como se eu ainda fosse a mesma garota de um mês atrás.O único problema era que,eu já não era a mesma Caroline que adorava aquela cidade,e que resumia sua vida em seu circulo de amigos,indo á festas e depois voltando pra casa as onze da noite.Eu amava toda a minha antiga e pacata vida,mas eu desejava muito mais do que só aquilo,e acima de qualquer coisa,naquele instante eu desejava ardentemente estar ao lado de Klaus.

(..)

Depois de uma banho de quase vinte minutos,em que eu tentava refletir em toda a reviravolta que havia sido dada em minha vida,eu resolvi desligar o chuveiro e me vestir.

Me enrolei em uma toalha amarela e abri a porta de vidro do Box,saindo em seguida pela mesma,sentindo meus pés se arrastarem pelo chão de madeira,com os meus cabelos encharcados e grudando em meu rosto.

Adentrei o meu tão conhecido quarto,novamente na casa de meus pais,morando com eles como se nunca houvesse partido.Enquanto tentava esquecer tudo o que tinha acontecido entre mim e Klaus,queria apagar aquela noite,aquele mês inteiro da minha cabeça.Ele havia decidido ir embora sem se despedir,e mesmo que eu tenha fugido antes,isso não tornava seu abandono menos doloroso ou compreensível.

Eu estava me sentindo triste e desamparada por ele ter ido,por ter me deixado aqui sozinha,sem mais explicações ou um mero ‘’tchau’’.E também estava irritada,com tanta raiva por ele ter feito aquilo,depois de tudo o que passamos e vivemos. Achei que ele teria no mínimo a moral de falar comigo uma ultima vez,antes de fugir como um covarde,ou como se eu não tivesse significado nada mais do que qualquer coisa.Não sei bem o que me incomodava mais,nunca mais vê-lo ou ele ter ido embora,sem se quer dizer um breve adeus,fazendo-me sentir como se não houvesse sido importante,como ele fora para mim.

Bufei ao ver o vestido que Elena havia me ajudado a escolher mais cedo,esticado sobre a cama,tendo uma linda sandália de salto alto ao seu lado,assim como uma caixinha com um conjunto de brincos,pulseira,e corrente dourados com pedrinhas incrustadas.

Fiz uma maquiagem para noite,não sentindo animo algum nisso,como antigamente,e depois comecei a me vestir. Agora só falta o cabelo,o qual eu decidi fazer uma trança lateral simples,não queria meu cabelo preso em um coque ou algo assim,queria-o solto próximo ao meu rosto.

Fitei-me no espelho observando cada detalhe para ver se estava tudo em seu devido lugar,quando ouvi a companhia. Soltei um suspiro rápido,e depois comecei a sair do meu quarto,encostando a porta. Minha mãe como sempre estava em seu turno na delegacia,mesmo depois de eu ter ficado um mês desaparecida,ainda hoje ela havia voltado a trabalhar.Eu não a culpava mais como antes,entendia que manter as pessoas daquela cidade sã e salvas era o seu trabalho,e eu me orgulhava disso.Meu pai no entanto,estava viajando com seu namorado,mas havíamos nos falado por telefone,e eu não poderia estar mais contente por ele.

Naquela noite eu não fazia idéia de quem seria meu par,enquanto descia as escadas,já que Elena iria com Damon,Bonnie tinha terminado com Jeremy,e Stefan havia me confidenciado que iria com uma antiga namorada. Não me sobravam muitas opções,e claro eu ficava pensando quem viria me buscar,e foi quando abri a porta que encontrei minha melhor amiga Bonnie vestida em um lindo vestido dourado que lhe batia um palmo acima das coxas,acompanhada por Matt,e ao lado dele estava nada mais nada menos do que Tyler.

Meu deus, eu havia me esquecido completamente de meu namorado Tyler! E pior, eu tinha me esquecido que tinha namorado!!

Os dois homens em minha frente estavam vestidos em ternos elegantes,com gravatas e mascaras pretas minúsculas. Não pude evitar o sorriso sem graça que surgira em meu rosto,ao ver o olhar de Tyler sobre mim.

_Você esta muito bonita Car._afirmou ele risonho,enquanto eu apenas me resumi em sorrir-lhe agradecida,totalmente sem jeito.

Logo ele me estendeu o braço,e eu aceitei ainda meio perdida,enquanto Bonnie fazia o mesmo com Matt. Depois nos quatro saímos e entramos na limusine rumo á mansão Lockwod.

Não demorou muito para chegarmos a enorme propriedade que naquela noite estava toda enfeitada por luzes,as arvores,arbustos e o jardim eram iluminados por cascatas de pisca-piscas brancos e dourados,assim como o interior da grande casa.Uma banda agitava a multidão do lado de fora,e garçons e mais garçons serviam as bebidas,em meio as pessoas bem vestidas,que usavam diversos estilos de mascaras para baile.

E em meio a tudo isso eu me encontrava,quase que me sentindo, extremamente desconfortável,sendo que vivi minha vida inteira naquelas festas,alem do mais eu as organizava.Mas naquele dia eu estava me sentindo deslocada,como se nunca estivesse estado ali,enquanto era puxava pela mão por Tyler,que pelo visto achava que nada havia mudado entre nos.

Havia uma extensa pista de madeira sobre a grama de frente para o lago,onde alguns casais arriscavam alguns passos,e mal dei por mim,quando me senti ser puxada por Tyler para o centro daquela pista.Não tive tempo nem de reagir,apenas deixei o se aproximar de mim,enquanto dançávamos sem jeito.

Pude ver de longe Elena e Damon dançando entre meio as pessoas,hora ou outra se fitando apaixonadamente e de certa forma eu senti inveja dos dois.Porque não havia nada que eu quisesse mais,do que estar daquele mesmo jeito,sendo embalada pelos braços de Klaus,estando ambos presos em um contato visual tão esplêndido como aquele. E novamente a tristeza me golpeou,fazendo meu peito afundar de solidão e amargura.

Uma musica mais calma e romântica começara a tocar,mas eu estava longe demais para notar ou prestar atenção. Só que ao sentir Tyler nos rodopiar pelo salão,e observar mais atentamente as escadas que davam para a porta de entrada da mansão Lockwodd,eu o vi parado a poucos metros de distancia,com uma taça de champanhe em mãos,me fitando no fundo dos olhos de uma forma,que parecia poder ler toda a minha alma.


Oh, não, cheguei muito perto?

Oh, quase vi o que estava lá no fundo?

Todas as suas inseguranças

Toda a roupa suja

Nunca me fizeram piscar uma vez

E então fui girada mais uma vez,perdendo sua imagem de meu campo de visão. Olhei desesperadamente para aquela mesma direção,tentando encontrá-lo em algum lugar,e foi quando ouvi aquela voz carregada pelo sotaque inglês,atrás de mim:

_Posso?!

Me virei bruscamente vendo Klaus ali diante de mim,vestido elegantemente em um terno com gravata,enquanto sentia meu coração palpitar em meu peito,por vê-lo depois de toda aquela atormentação,tão perfeito e lindo.

Mas não era á mim que sua perguntava estava direcionada,apesar de seu olhar estar totalmente conectado ao meu.

Ele se referia a Tyler,que o olhava estupefato e confuso,enquanto Klaus tinha uma expressão de irritação e raiva em seu rosto.

Antes que ele tivesse chance de dizer qualquer coisa,eu me afastei imediatamente,aceitando de bom grado a mão de Klaus que estava estendida.

Um choque elétrico passou por meu corpo inteiro,quando toquei minha pele na sua. Meu dedos estavam cobertos pelos seus,que estavam gelados e apertavam minha mão com força. Deixei que ele me puxasse para longe de Tyler,e logo após,colasse violentamente meu corpo no seu,sentindo sua respiração forte e rápida,e seu hálito quente de hortelã bater de encontro com a minha bochecha.

Sua mão correu gentilmente por meu braço,passando pelo cotovelo,ombros,chegando enfim a minha cintura. Já a outra deslizou lentamente por meu outro braço fazendo-me arrepiar por inteira,ate chegar a minha mão,a qual ele entrelaçou na sua.Enquanto eu deixava uma de minhas mãos em seu ombro,e o fitava hipnotizada.

Incondicional, incondicionalmente

Vou te amar incondicionalmente

Não há medo agora

Liberte-se e seja livre

Vou te amar incondicionalmente


Logo começamos a nos mover,sem por nenhum instante desviar o olhar um do outro. Parecia um daqueles momentos em que não se precisa dizer nada,pois um olhar falava muito mais.

O salão,as pessoas,meus amigos,e ate mesmo Tyler haviam simplesmente sumido. Era engraçado,como se só nos dois estivéssemos ali,não havia duvidas,culpas ou medos. Apenas duas pessoas que sentiam necessidade de estar com a outra,que possuíam uma ligação que talvez não se pudesse explicar,como se um fosse a continuação da alma do outro.

Eu tinha muitas coisas para dizer á ele,e sei que ele também deveria ter muito o que falar comigo. Afinal havíamos fugido um do outro,sofrido pela falta que sentíamos,e quase havíamos morrido,com a idéia de nunca mais estar juntos.Mas no silencio da nossa conversa muda,parecia não haver lugar para as coisas que foram.

Só existia o agora e o hoje,somente nos dois e era o que mais importava.

Não existia mais aqueles velhos problemas e desavenças que cultivávamos tão abundantemente. Éramos apenas um homem e uma mulher que se desejavam fervorosamente,e que não conseguiam entender porque precisavam tanto estar um com o outro.Só sabíamos que não importava o quanto fugíamos ou o quanto negávamos pra nos mesmos,sempre acabávamos no mesmo lugar.

Eu perdi as contas de quantas vezes o detestei,que quis que ele sumisse da minha vida,e que jamais houvéssemos nos conhecido. E tenho certeza de que muitas vezes este sentimento também fora sentido por ele.Mas ainda sim,havia aquela ligação que nos puxava para o outro,como se estivéssemos ligados para sempre,presos um no outro.

Ao mesmo tempo em que eu o odiava,eu não conseguia suportar a idéia de não estar com ele,de não poder brigar, se quer com ele.

E com a convivência passei a compreender algumas de suas ações,mesmo que na maior parte do tempo eu não conseguisse entende-lo.Klaus era apenas um homem que fora ferido tantas vezes,que havia decidido se entregar a escuridão de sua alma,e que tinha aprendido a se proteger das maldades do mundo,se tornando um monstro.

Muitas vezes eu jamais iria entender sua bipolaridade,mau-humor,ou sua crueldade. Mas de certa maneira eu havia aprendido a aceitar,suas falhas e suas imperfeições. Ele não era de um todo mal,havia dentro de si certa bondade que eu conhecia,e admirava. Jamais me importaria só com suas escolhas erradas,pois elas o tornavam quem era,e ele era o que eu mais precisava.

Então, venha como você é pra mim

Não precisa de desculpas

Você sabe que é valioso

Eu levarei os seus dias ruins com os seus bons

Vou andar por essa tempestade, eu iria

Eu andaria porque te amo

Te amo

A aceitação é a chave para se

Ser realmente livre

Você faria o mesmo por mim?

Fitei-o ainda deslumbrada por estarmos ali,depois de tudo o que havia passado. Podendo observar o verde de seus olhos através da mascara negra brilhando,em uma mistura de paixão e fascínio.

Senti-o apertar meu corpo no seu,principalmente sua mão que estava na minha cintura,que me trouxera mais pra perto possessivamente.

Mas do nada, vi seus lábios se curvarem em uma linha reta,em um sinal claro de que ele estava incomodado com algo ou alguém. Ele fitava vez ou outra,alguma coisa atrás de mim,não conseguia imaginar o que era,mas não queria ter que começar uma discussão ou algo assim.Por isso eu comecei a subir minha mão,que anteriormente estava e seu ombro,passando o meu braço ao redor do seu pescoço,e chamando assim sua atenção.

Seu olhar agora estava focado em minha boca,que de repente parecia estar mais seca do que nunca. Enquanto eu sentia toda a minha mente se nublar,e nenhum pensamento mais surgir.Tudo o que eu conseguia ver e pensar era naqueles lábios avermelhados e carnudos,daquele hibrido sem coração,que eu desejava tanto.


Incondicional, incondicionalmente

Vou te amar incondicionalmente

Não há medo agora

Liberte-se e seja livre

Vou te amar incondicionalmente

Klaus se aproximou sorrateiramente. Eu ate conseguia sentir sua respiração um pouco mais pesada,á milímetros da minha boca. Entreabri meus lábios,a espera daquele toque único e quente,que era ser beijada por ele.

Mas uma voz extremamente chata nos interrompeu,me sobressaltando.

A musica havia acabado,e Tyler estava ao nosso lado,olhando para mim e Klaus,enquanto esperava que eu voltasse a dançar com ele.Me distancie rapidamente de Klaus,sentindo o mundo rodar ao meu redor,me dando conta do que estava prestes a fazer.

Eu quase havia beijado ele ali na frente de todo mundo,mesmo depois dele ter me deixado aqui sozinha,e de ter ido embora, sem ter a menor consideração comigo.

Passei direto por Tyler,ignorando totalmente sua existência,enquanto tentava clarear minha mente. Não conseguia acreditar que ele poderia ser tão ruim assim para mim.Me abandonar,para depois voltar do nada,e quase me enlouquecer de vez.

O que ele queria de mim afinal?Eu havia matado Mikael,e ele tinha partido,se esquecendo de mim. Ponto final,ele não tinha que aparecer aqui,não tinha porque continuar me perturbando.

Alem do mais porque ele ter ido embora me deixava tão triste?Eu não devia ligar.Nos não éramos nada um do outro,não tínhamos nenhum tipo de relacionamento ou compromisso.Se quer,nos dávamos bem,quando morávamos juntos.

Só que era difícil explicar isto para o meu coração,que insistia em doer fortemente,que continuava persistindo em se angustiar por causa dele.

Atravessei o grande estacionamento,sentindo meus olhos úmidos,enquanto procurava em meio aos veículos,pelo carro de Matt,que eu sabia que estaria por ali.Quando finalmente o encontrei,eu tentei abrir as portas,sem sucesso.A chave não estava na ignição,e eu teria que esperar ou ir caminhando para casa.

Bufei resignada,contornando o carro e me sentando no capô do mesmo,enquanto fitava o céu acima de mim tão belo e estrelado,com uma imensa lua enfeitando-o.Sem ter muita certeza do que iria fazer,ou se queria realmente voltar pra casa.

_Em Paris este céu estrelado cairia muito melhor._comentou aquela voz tão conhecida,me assustando.

_Achei que a essa hora você estaria bem longe de Mystic falls._falei fingindo indiferença.

Logo pude vê-lo se aproximar com ambas as mãos no bolso da calça,enquanto fitava-me serio.

_Por que de toda esta pressa pra que eu vá embora,amor?!_perguntou Klaus._esta ansiosa pra voltar para o seu namoradinho,Tyler?_completou seco,parando em minha frente.

_Pelo o que eu sei isso não é da sua conta._retruquei zangada.

_Imagino que você não tenha contado á ele sobre as suas indiscrições com o seu seqüestrador,certo?_disse ele com um sorriso irônico.

_Por que você simplesmente não vai embora e me deixa em paz,hein?_esbravejei irritada,e podia jurar que alem do brilho sádico de ódio que predominava em seus olhos,por um mero instante,eu o vi magoado com o que acabava de ouvir.

_Como quiser.Mas antes, vou me despedir do zagueiro,quem sabe eu leve alguma coisa de lembrança.Por exemplo a cabeça dele,ou talvez o coração._afirmou Klaus com um sorriso cruel,me fazendo fita-lo preocupada.

_Nem pense nisso._alertei seria,me desencostando do carro.

Mas logo em seguida ele me deu as costas,e saiu em passos rápidos no rumo da festa novamente,me obrigando a segui-lo.

_O que você quer afinal com toda essa merda,Klaus?!_gritei contrariada,sentindo me vulnerável demais.

Cansada e esgotada,para agüentar aquele clima,e aquela discussão.

Ele que estava de costas para mim, se virou me olhando furioso.

_Tudo o que eu queria era VOCÊ! _rosnou ele,me deixando sem palavras.

_Mas bastou eu te devolver por cinco minutos pra sua antiga vida,que você já saiu correndo atrás do seu ex-namorado._terminou com a voz mais amena,mas ainda sim carregada de rancor.

_E você acha que foi fácil?Vir pra essa festa com o Tyler,e fingir que eu estava feliz por estar em casa,quando eu sabia que nunca mais ia te ver?!_respondi com os olhos marejados,vendo-o arregalar os olhos surpreso.

_Caroline.

_Não.Foi você quem foi embora, sem se despedir.E que depois de tornar a minha vida um caos,acha que pode me deixar aqui sozinha,como se nada tivesse acontecido._falei limpando o canto dos olhos._então me faça um favor,e vá embora da minha vida de vez._continuei.

_Eu iria se pudesse,mas já é meio tarde._respondeu ele andando ate mim,e ficando a centímetros de distancia.

E nisso ele continuou se aproximando,enquanto eu acuada,recuava cada vez mais, ate sentir minhas costas bater em um outro carro.

E então eu fiz a pergunta que mais me assustava,sentindo meu corpo todo tremulo,por tê-lo tão perto de mim.

_E por que já é tarde?

Ele fez uma breve pausa antes de me responder, serio.

_Porque eu não vou a lugar nenhum, sem você.

Fitei-o ainda meio pasma,para logo em seguida senti-lo me beijar brutalmente.

E mais uma vez eu me permiti,afundar naquele mar de sentimentos confusos e loucos,que eu nutria por ele. Enquanto sentia me beirar a insanidade,e ainda sim ficar um pouco mais próximo da clareza.

Continua..


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Notas finais do capítulo

Como vcs puderam ver eu coloquei os links dos looks no cap,me digam caso vcs não consigam abri-los.
No prox prometo uma reconciliação bem hot,então comentem muito. Tbm pra quem sentiu falta de nossos outros casais,vamos ter cenas,Delena,Konnie e Hayjah.

Vou tentar voltar o mais rápido possível,bjs e ate breve..

#Jesusamavcs!