Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 45
Stanford decision


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Tudo bem?
Primeiramente desculpa a demora para o novo capítulo. Essa semana está sendo meio pesada para mim.
Quero agradecer a mais de 6.000 visualizações da fiction. WoooW! Fiquei feliz ao ver isso. :D
Agora vamos ao que interessa...
Boa leitura ;)



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MARÇO

– Abre Kate! – Papai pedia demonstrando inquietação.

– Eu acho melhor esperar um pouco. – Pedia.

– Kate, só existe duas respostas; sim e não. – Fiz cara de dúvida. – A minha pra Columbia foi sim. Você é uma ótima aluna, vai conseguir. – Rick falou enquanto acarinhou meu ombro e sorriu no momento que o encarei. Três dias antes eu estava ao lado dele dando essa força.

– Querida, nada na vida é melhor do que a verdade. – Mamãe falou. Eu respirei muito fundo.

– Ok. – Falei abrindo o notebook. Encarei a tela ainda sem ler.

– Leia em voz alta! – Papai suplicava.

– Jim! Calma! – Mamãe o repreendeu. Rick apenas me encarava ansioso mordendo os próprios lábios.

– Ah... É... Prezada Beckett, Nós temos o prazer de informar que... Que su... Su... Sua aplicação para a Stanford Law School fo... Fo... Foi aceita... ACEITA! OH MEU DEUS! EU FUI ACEITA! EU CONSEGUI! – Levei as mãos trêmulas até o rosto. Dei um salto da cadeira. Comecei a pular freneticamente.

– CONSEGUIU! CONSEGUIU! ISSO!!! – Rick afirmava pulando junto comigo.

– ESSA É MINHA GAROTA! – Papai urrava e elevava o pulso direito ao alto como quem socava o vento.

– GRAÇAS A DEUS! – Mamãe gritava com as mãos postas.

Todos gritavam. Abraçavam-me. Eu não conseguia acreditar no que acabara de ler. Eu estava dentro. Eu fui aceita em Stanford. Eu consegui! Eu serei uma advogada brilhante!

Mamãe chorava de emoção. Papai ficou vermelho de tanto gritar. Eu não parava de pular. A respiração ofegava. A alegria foi tão abusiva que papai nem sequer percebeu eu e Rick se beijando.

Papai correu até a cozinha e estourou um champanhe.

– Pai! Pra quê estourar seu melhor champanhe?

– PRA QUÊ? HOJE É UM DOS DIAS MAIS FELIZES DA MINHA VIDA! – Ele falou deixando a garrafa em cima da mesa e me dando outro abraço. Mamãe voltava do armário com as taças na mão. Logo fomos servidos.

– Á Kate! – Papai falou ao erguer a taça.

– Á Kate! – Mamãe e Rick disseram juntos.

– Á sua conquista meu amor! – Mamãe completou e tomamos a taça.

Após acalmarmos os ânimos, eu e Rick fomos passar a tarde juntos tentando comemorar nossas respectivas aprovações. Mas foi mais uma despedida. Cada encontro nosso soava como mais uma despedida. Como se a separação fosse ocorrer no momento seguinte. E com a minha aprovação pra Stanford isso ficou mais claro de perceber e mais difícil de vivenciar.

Não nos faltava o amor mútuo, mas nos faltavam palavras. Uma falsa alegria era desenhada em nossos sorrisos tímidos. Velávamos a felicidade de imaginarmo-nos todos os dias juntos por todos os anos que se passassem. Acho que em nenhum momento da minha vida me senti tão mal. Era como viver um fim já anunciado. Porém isso não era o fim! Nós estaríamos juntos em mente. Mesmo que nossos corpos estivessem tão distantes.

À noite, eu e Rick fomos jantar com meus pais e a mãe dele. Foi agradável. A não ser pelo papo desenterrado para saber se nós tínhamos certeza que nossos planos eram mesmo confiáveis. Um constante desgaste que percebido pela minha mãe, interveio a nosso favor mudando de assunto repentinamente.

Os dias se passavam. Lanie também passou para Columbia. Pelo menos ela iria ficar de olho no Rick pra mim. Essa ideia me fazia rir, mas não era despercebida. Logo o verão chegou e junto com ele as férias.

Estávamos prontos para conhecer o Campus de Stanford.

JUNHO

– Não se esqueceu de nada? – Papai me indagava.

– Não. Acho que peguei tudo.

– Tem certeza que vocês vão ficar bem sem mim? – Ele perguntou para nós, mas o olhar do papai estava para minha mãe.

– Jim! Não se preocupe querido. É só um fim de semana. – Ele dobrou os lábios e cerrou o cenho.

– Mas qualquer coisa me ligue!

– Pode deixar pai.

– Agora vamos? – Mamãe falou se dirigindo até a porta.

– Vamos!

Entramos no carro e mamãe puxou mais um dos assuntos discutidos na semana.

– Kate, você mesmo depois da conversa que tivemos semana passada, você optou em levar o Rick de qualquer jeito. – Assenti com a cabeça. – Querida, eu só quero dar mais uma... Digamos orientação. Tudo bem?

– Ah mãe, de novo?

– Se você não quiser ouvir...

– Não mãe, pode dizer.

– Cuidado com o que o Rick vai ver ou perceber. Vocês são...

– Jovens! – Completei a frase junto com ela enquanto revirei os olhos.

– Meu amor, ser jovem na minha concepção significa muita coisa. Entre essas coisas está a categoria ‘criar problema onde não existe’. – Ela piscou pra mim. – Olha, você e o Rick são um casal lindo. Rick é um rapaz do bem, gentil, amoroso, mas Kate, você mais do que eu sabe o quanto a imaginação dele é fértil. – Confirmei com a cabeça. – Esse é um período de fortes emoções e qualquer faísca pode causar fogo. Você consegue entender o que eu estou dizendo?

– Sim.

– Não o provoque e tente ser o mais didática possível. Não deixe as coisas sobre suspense. Isso vai tornar as coisas ruins pra vocês. – Ela acariciou meu cabelo. Eu sorri.

– Obrigada mãe. – E ela acelerou.

Passamos na casa do Rick para pega-lo. Dirigimo-nos ao aeroporto de Nova York. Embarcamos de 07h30min rumo à Stanford.

Seis horas de voo e lá estávamos nós. Acompanhada da minha mãe e Rick no aeroporto de San Francisco. Longas horas sentadas ainda não eram o suficiente. Cerca de mais uma hora de carro e finalmente entramos no Campus de Stanford.

Sentindo no corpo o desconforto da viagem, dei-me conta do quão longe realmente eu estava indo. Para aonde minha vida estava rumando. Do quão longe eu estava me afastando das pessoas que eu amava.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Como será? Será que o Rick vai ficar tranquilo ao conhecer o campus, ou será que ele vai ficar preocupado? A Kate vai saber lidar com isso? Com a noção da distância?
Ai gente... São muitas dúvidas do nosso casal. E vocês? Dúvidas também?
COMENTEM! ;D



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