Pedro Pettigrew

-Mãe eu já estou indo me deitar, boa noite – falei subindo para meu quarto.

-Boa noite Pedro- minha mãe, Jasmim fala da sala.

Antes de chegar ao meu quarto passo no de minha irmã para ver se esta tudo bem com ela, quando abro a porta a vejo ressonando tranquilamente em sua cama.

-Boa noite Bela- sussurro e finalmente vou para meu quarto, onde me jogo em minha cama exausto pelo dia de exercícios na academia trouxa aqui perto de casa.

Eu estou andando por um corredor de Hogwarts, ele fica perto das masmorras, já estive muito aqui.

-Hey Pedro- ouço uma voz muito conhecida me chamando- estou esperando faz tempo por você.

-O que você quer Malfoy- falo sussurrando de medo.

Ele me empurrou com força na parede e pressionou seu braço na minha garganta eu tentei empurrá-lo, mas por mais alto que eu fosse ele é bem mais forte que eu. Anos de quadribol às vezes ajuda.

-Então Pedro já decidiu?- ele pergunta.

-Eu não posso fazer isso, eu não posso- digo.

-É claro que pode Pedro, não so pode como deve- ele diz.

-Por que justo eu? Eu sou um grifinorio, eu sou nascido trouxa, eu nunca serei útil para ele- falo quase chorando.

-Ora seu rato inútil e covarde, eu também não seu para que o Lord quer você conosco, mas sei que se você não aceitar vai ser pior para você e sua querida família- ele fala apertando minha garganta com seu braço e em um tom de voz ameaçador.

-E-e-u-u n-n-não posso faz-zer is-sso – digo gaguejando.

-Tudo bem, se você não quer fazer isso podemos te dar um incentivo- ele sorri malevolamente.

-O-oque vo-você quer di-dizer?- pergunto.

-Seria uma pena se acontecesse algo com sua tão preciosa irmãzinha, não seria?- Malfoy fala com aquele ar de assassino.

-Você não pode fazer nada como ela- digo nervoso, a fúria me invadindo e dando forças para que eu poça empurrá-lo, mas ele reage rapidamente me jogando no chão e chutando meu estomago.

-Ora seu idiota, ficou estressadinho é? Como é mesmo o nome dela?- ele pergunta sadicamente- Isabel? Não, é Annabel. Ah lembrei, é Anabele, não é?

-Malfoy, se você.....- eu tento dizer alguma coisa, mas ele apenas me da outro chute no estomago me calando.

-Se eu o que? O ratinho esta mostrando as pequenas garras. Hahahaha se toca Pedro se você não aceitar a proposta do Lord, muitas coisas vão acontecer com sua irmã e sua família.

Ele diz e sai andando tranquilamente, me deixando ali estirado no corredor.....

-Pedro, Pedro....-ouço alguém me chamando.

-Hm...

-Pedro, mamãe falou pra você levantar- a voz diz.

-Mais meia hora - digo me cobrindo com a coberta.

- Não Pedro é pra levantar agora- reconheço a voz, é minha irmã, ela começa a puxar a coberta.

-Ta bom Bela, já to descendo- falo me sentando e espreguiçando.

Bela é minha irmã mais nova, ele tem apenas cinco anos e é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Ela tem cabelos castanhos, que são cacheados e chegam aos seus ombros, tem olhos castanhos mel, um nariz arrebitado e um sorriso lindo e contagiante, e duas covinhas fofas.

Ela diferente de mim é magrelinha, mas não se engane quando brava essa menina tem um chute bem forte. Eu já levei vários deles, e minha canela reclamou bastante.

Depois que Bela saiu do meu quarto, eu fui fazer minha higiene matinal, coloquei uma bermuda de malha e uma regata branca, por que hoje eu vou à academia de novo, desde que entrei de férias eu decidi mudar.

Eu estou indo para meu ultimo ano em Hogwarts, não quero ser lembrado como o gordinho que fez coisas horríveis.

Eu já perdi alguns quilos e estou me esforçando o maximo para melhorar, agora que já posso usar magia fora da escola estou treinando no porão, preciso melhorar meus feitiços e azarações.

Com um pouco de esforço estou ficando cada vez melhor, mesmo que seja para fazer o pior. Lancei um feitiço desilusorio no meu braço esquerdo e desci para o café da manhã.

-Bom dia- falei para meus pais e para Bela que estão comendo já.

- Bom dia querido- minha mãe me lança um sorriso simples.

-Dia- meu pai, Gerry, diz grosso como sempre.

Meu pai não aceita o fato de eu ser um bruxo, ele vive brigando comigo, me chamando de esquisito, falando para qualquer pessoa que ele conhece que eu sou adotado, que estudo num internato, que ele não me agüenta e não vê a hora que eu saia de casa.

Com o tempo, e o amor de minha mãe e da Bela aprendi a ignorar ele e tentar ser feliz quando ia para casa nas férias.

-O que você vai fazer hoje querido?- minha mãe pergunta.

-Bom se a senhora não precisar de ajuda vou ir à academia, mas so à tarde. Por quê?- pergunto me servindo de waffles quentinhos e suco de laranja.

-Eu queria que você levasse Anabele na casa dos Johnson, depois do almoço- ela diz.

-Sem problemas – digo.

-Obrigada querido.

-De nada mãe.

Depois do café meu pai sai para o trabalho, ele é engenheiro, e esta trabalhando atualmente em um prédio no centro de Londres. Enquanto não chega a hora de levar Bela na casa dos Johnson eu vou treinar alguns feitiços.

-Mãe, se precisar de mim eu estou no porão treinando, qualquer coisa é só chamar- falo descendo para o porão.

Depois de algumas horas treinando, minha mãe chama para ir almoçar, logo depois pego uma mochila no meu quarto, coloco uma toalha de rosto, uma garrafa da água e outra regata. Chamo Anabele para ir e saímos de casa, a residência dos Johnson fica no caminho da academia.

-O que você vai fazer mesmo na casa dos Johnson, Bel?- perguntei.

-A minha amiga Jolie morra lá, esqueceu?- ela me responde com outra pergunta.

-Esqueci totalmente- falo.

- Pedro eu to cansada, me leva de cavalinho, por favor- ela fala fazendo aquela cara de pidona que sempre faz quando quer alguma coisa, e eu como sempre não consigo negar nada a ela.

- Ta bom, sobe ai- digo me abaixando.

Quando chegamos a casa da tal Jolie, ainda com Bel nas minhas costas toco a campainha e uma mulher morena e com uma certa idade nos atende.

-Oi, eu vim trazer minha irmã Anabele para brincar com Jolie – falei para a mulher que sorriu concordando.

-Claro, entre – ela diz.

- Bel a hora que eu voltar da academia eu passo aqui pra voltarmos pra casa ta- digo depois de colocar ela no chão e ela concorda- Ah, não fique brigando com ninguém, obedeça a senhora ali e tenha educação- completei.

-Ok. Pedro – ela diz rindo- tchau.

-Tchau Bel – ela me da um beijo estalado na bochecha e entra correndo na casa- Se ela der muito trabalho pode ligar para minha mãe, daí ela me liga e eu venho buscar ela – digo para a senhora que apenas sorri. Eu vou para a academia.

Já faz duas semanas que entrei na academia. Venho quase todos os dias, é cansativo, mas esta dando resultados. Eu fiz alguns alongamentos e parti para os exercícios, revezei com algumas pessoas e depois de quase duas horas e meia decidi descansar um pouco. Bebi quase toda minha água e voltei logo depois para as atividades de novo.

Na volta passei buscar Bela e compramos um sorvete antes de chegar em casa, mas tive que fazer ela prometer que não contaria para nossa mãe, por que ela não gosta que comemos besteiras antes do jantar, chegando em casa fui tomar meu banho, depois jantei e fui dormir, estou exausto.

-Pedrooo, que bom ver você- aquela voz, Malfoy.

-O que você quer?- pergunto mesmo já sabendo a resposta.

-Ah, você sabe, o mesmo de sempre, que você se torne um de nos- ele diz e ouço risadas. Ótimo ele trouxe os amigos.

Eu tinha sido encurralado num corredor qualquer por ele, estava voltando da cozinha, fui fazer um lanche, mas me dei mal.

-Eu já disse eu não posso fazer isso, não posso trair meus amigos assim, nem minha família- falo.

- Já que esta tão preocupado com isso devia aceitar logo nossa proposta antes que algum deles saia machucado- diz outra voz que reconheço como o sonserino Evan Rosier.

- Vocês não vão fazer nada com eles não é?- perguntei.

-Pague pra ver, rabicho- dessa vez quem disse foi Severo Snape.

-Vamos logo Pedro, isso já esta me cansando – diz Malfoy.

-Então pare de me ameaçar – digo tentando parecer corajoso.

Eles apenas riem.

-Vocês viram isso, eles esta bem corajoso essa noite em – diz Rodolfo Lestrange.

-Vocês nunca vão desistir?- pergunto.

-Ora Pedro é so você aceitar- diz o irmão de Rodolfo, Rabastan.

-Eu já disse não vou virar um de vocês- digo com nojo na voz, e logo sinto minha maçã do rosto latejando. Alguém tinha me batido.

-Mais respeito, em breve você será um de nos – diz Snape.

-Nunca- digo.

-Esse é nosso ultimo aviso, se quando formos atrás de você de novo e caso você ainda não aceite nossa proposta, sua irmãzinha sofrerá as consequências – diz Malfoy, seu tom de voz é ameaçador.

Eu sinto que alguém me da outro soco e eles saem me deixando ali, quase morrendo de tanto medo......

-Minha irmã não –digo acordando de outro pesadelo/flashback.

Olho para meu braço e vejo a Marca Negra, ela esta ardendo ainda. Acho que é um castigo por eu ter demorado tanto para ceder ao Lorde. A marca arde sempre, é horrível e não para de arder nem com feitiços de cura.

Depois de um tempo sentado na cama, me levanto e vejo que ainda é cedo, mas já perdi o sono, faço minha higiene pessoal e desço para comer alguma coisa. Pego um maçã e saio para correr, antes deixo um bilhete para minha mãe não se preocupar.

Tento não ficar pensando no dia que eu tive que ceder, mas é inevitável. Então tudo começa a voltar como se tivesse acontecido ontem....

Eu estava no salão comunal com James, Sirius e Remo, as meninas tinham acabado de subir para o dormitório. Já era quase meia noite e meia.

-Gente eu vou la na cozinha pegar algo pra beliscar – falei.

-Tudo bem rabicho- Remo fala- Não demore muito e cuidado com o Filch.

-Ok. Papai- brinco e saio rindo pelo retrato da mulher gorda.

Quando estava quase chegando a cozinha vejo vultos negros e tento voltar correndo para a torre da Grifinoria, pois sei que minha hora chegou.

Mas os vultos são mais rápidos e fortes que eu, eles me empurram bruscamente na parede e me prendem la.

-Ola Pedro- Diz Malfoy- Chegou a hora de escolher um lado.

-Eu já disse não posso aceitar- falei.

-Você que sabe, mas saiba que a primeira a morrer será sua irmã, depois sua mãe, depois seu pai, quem sabe seus amigos depois- ele diz.

-Malfoy por favor, não faça isso comigo – digo chorando.

-SEU IDIOTA, ACEITE LOGO, OU EU MESMO MATO VOCE – ele grita me batendo- E DEPOIS VOU PESSOALMENTE TORTURAR E MATAR SUA FAMILIA QUERIDA. É ISSO QUE VOCE QUER PEDRO.

-NÃO....Por favor, não- digo

-É so você aceitar Pedro, e muita dor e sofrimento será evitada- ele fala suavemente.

-Eu não pos......

-PEDRO SU IMBECIL.....- ele grita- SUA FAMILIA SOFRERA POR ISSO.

Ele grita saindo de cima de mim e indo embora.

Ele não pode fazer mal a minha família, eu não posso deixar isso acontecer, eu não posso ser tão covarde assim.

-EU ACEITO, Malfoy, mas você tem que prometer que não vai fazer mal a minha família- digo.

-Boa escolha Pedro, agora vamos o Lord quer te ver- ele diz me puxando pelo braço e aparatando, eu não sei como ele conseguiu isso aqui no castelo.

Aparatamos em frente à mansão Malfoy, também estão ali.

Os irmãos Carrow, Dolohov, Rookwood, Belatriz Black, Rosier, Mulciber, Nott, Régulo Black, os irmãos Lestrange, Snape, MacNair, Yaxley entre outros que eu não conheço.

Todos estavam ali para ver minha transformação, todos sentados numa grande mesa, Voldemort estava sentado na ponta da mesa, Malfoy me deixou de pé perto da mesa e foi sentar em uma das cadeiras vagas.

-Pedro, você demorou – ele falou com uma voz fria e arrastada.

Eu engoli em seco, Voldemort se levantou e veio em minha direção, ele falava coisas, mas eu não estava escutando, o medo estava me entorpecendo, eu mal conseguia respirar.

Quando ele chegou na minha frete pegou meu braço esquerdo e depois eu não lembro de mais nada alem da dor, eu cai no chão, chorando e com a mão no braço, mas não adiantava continuava doendo.

Minha visão estava embaraçada, minha língua estava grudada na boca eu não fazia nada alem de me contorcer e grunhir aos pés de Voldemort, acho que um crucio seria melhor do que isso.

Depois de algum tempo a dor diminuiu, não parou, apenas diminuiu.

-Levante-se Pedro- Voldemort diz, e eu levanto com um pouco de esforço – Agora você é um de nos.....

Depois da minha caminhada, volto para casa. Meu pai já saiu para trabalhar, ele sempre fica de mau humor quando estou aqui, então quase sempre vai mais cedo para o trabalho e volta mais tarde que o normal. Tudo para me evitar. Belo pai o meu.

Minha mãe esta desenhando com Anabele na mesa da sala.

-Bom dia- digo a elas.

-Bom Dia querido/ Pedro – elas respondem sorridentes.

-O que vocês estão aprontando ai?- pergunto.

-Mamãe esta me ajudando a pintar a Ariel- diz Bel sorrindo.

-Pedro querido, você tem que ir comprar seu materiais, mais alguns dias e você volta a escola- diz minha mãe- você quer que eu vá junto?

-Não mãe, pode ficar agora eu posso aparatar e vou combinar com os meninos para nos encontrarmos lá- digo, o que era mentira, eu não ia encontrar com ninguém.

- Tudo bem – ela diz.

-Vou tomar um banho- falo.