S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 16
Fim do início


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Junte preguiça e falta de tempo. Dá nisso... Desculpem, okay?
Ah! Esse capítulo é pra Little Dreamer.Se vocês lerem as notas finais vão saber porque...
Mas agora, boa leitura.



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– Eu não acredito nisso, Edward. – Ela disse, sua expressão era indecifrável. – Vocês mentiram pra toda família sobre a saúde do papai!?

– Olha aqui, não foi bem uma mentira... – Jacob começou, mas recebeu um olhar de repreensão.

– Eu estou falando com o Cullen, Jacob. Seja um bom garoto e vá pastar. – Jacob a olhou por longos segundos, depois apenas anuiu com a cabeça e saiu marchando de forma furiosa. Então voltando seu olhar pra mim ela continuou. – Acho que você já sabe o que eu vou fazer, não sabe?

– Ângela, eu não vou ceder a nenhuma chantagem.

– Chantagem? Eu não vou te chantagear, Cullen. Não mesmo. – Ela sorria -Eu vou contar pra minha irmã que você mentiu pra ela durante todo esse tempo. E depois que contar isso, vou dizer a ela que você tentou me seduzir para que eu não contasse nada...

– Você vai dizer que eu o que? Mas eu nunca quis nada com você...

– Tente convencer a Bella disso, depois que ela descobrir que você é um mentiroso!

– Ângela, por favor... – Eu estava disposto a ficar de joelhos, mas algo nos olhos da minha cunhada, diziam que aquilo não era necessário. Ela estava irredutível. E eu não podia fazer nada. – Você pode ao menos esperar o casamento?

– O casamento de quem? De vocês? – Ângela gargalhou escandalosamente – Acho que não.

– Eu estou falando do casamento de hoje, garota. – Revirei os olhos. – E você me entendeu.

– Ui – Andou em minha direção e envolveu meu pescoço com os braços. – Adorei você falando “garota”, pode repetir? – Bufei. – Já te disseram que você é muito sexy Edward Cullen? A Isabella não te merece, ela é uma sonsa, mosca morta...

– Encerramos por aqui, Ângela. – Soltei-me de seu braço.

– Não, encerramos por aqui. – Dito isso ela colou a boca na minha.

– Eu não acredito nisso.

A voz familiar me fez dar um salto. Empurrei Ângela para longe e encarei Isabella. Seus olhos pareciam me analisar. Senti que precisava falar algo, falar antes que minha doce cunhada resolvesse falar. Mas como eu iria contar a ela? Como ela ia acreditar que eu falava a verdade depois de ter-me visto beijar a sua irmã? Olhei para ladra de beijos, ela tinha um sorriso convencido nos lábios. Não era pra menos, seu plano estava dando mais que certo.

– Isabella eu... – Abri a boca para começar minha explicação, mas recebi um olhar tão enigmático que tornei a calar.

– Eu não acredito mesmo nisso. – Ela repetiu balançando a cabeça de um lado para o outro.

– Pode acreditar, Bella... Acho que seu noivo não é tão apai...

– Cala a boca sua vadia. – O sorriso de Ângela sumiu – Você acha que eu não sei que você que agarrou meu noivo? Pelo amor de Deus, pare com isso. Pare de querer o que é meu... Você já é uma nojenta por natureza, sendo fura-olho então... – Bella andou em direção à irmã e acariciou o rosto dela. – Quanta maquiagem você tem?

– O quê?

– Quanta maquiagem você tem, maninha?

– O suficiente pra umas três pessoas por q...?

Ângela parou a pergunta no meio quando recebeu uma tapa de Isabella. Primeiro do lado direito do rosto, depois do esquerdo. Ao contrário de Jenn, essa irmã parecia não querer revidar as tapas. Apenas aceitava conformada. Peguei minha noiva pela cintura e a afastei da irmã. Escutei uma gargalhada feminina, mas ela não vinha de Bella vinha de Ângela.

– Eu vou usar toda a minha maquiagem pra cobrir as marcas que você deixou no meu rosto. – Começou. – Mas e você, Bella? Como vai fazer pra cobrir as marcas que ele vai deixar no seu coração?

– Olha aqui sua...

– Vadia? – Ela riu docemente. Um fio de sangue escorria de sua bochecha esquerda. – Sou, sou uma vadia sim. Beijei seu noivo? Beijei. Me arrependo? Não. Ele é gostoso, eu queria beija-lo. – Bella agitou-se e tentou libertar-se dos meus braços, mas eu não afrouxei o aperto. – Mas você vai se arrepender, Isa. Ele não é a perfeição que você imagina. Eu sei que sou a pior irmã do mundo, mas no fundo, bem no fundo, eu gosto de você. Se quiser acreditar em mim, acredite. Se não quiser... Eu fiz a minha parte. Apenas pergunte ao seu adorado e perfeito Edward há quanto tempo ele está mentindo pra você.

*******

Subi as escadas e entrei no quarto.

Faltavam duas horas para o início do casamento. Isabella estava trancada dentro do banheiro pelo que me parecia o dobro desse tempo. Bati na porta de forma impaciente tentando apressa-la. Tudo bem que o casamento seria no jardim da casa que ficava na esquina, mas ela não precisava chegar mais atrasada que a noiva. Teríamos nosso casamento em breve para ela realizar tal sonho.

– Bella, por favor... Vamos nos atrasar. – Como resposta ouvi um murmurar de palavras que não consegui decifrar. Segundos depois ouvi a porta sendo destrancada e uma mulher, que eu nunca havia visto na vida, saiu de lá. – Bella? – Franzi o cenho diante daquela estranha. Decerto aquela não era minha noiva.

– Obrigada pelo elogio, Cullen. – A garota sorriu.

– Onde está a minha noiva? – Indaguei – Esse aqui é o nosso quarto... Ou não?
– Esse é o quarto de vocês sim. A Bella só deixou eu me arrumar aqui.

– E você é a...?

– Prima de número cinco mil e quinhentos. – Ela riu e eu também, a família de Isabella era mesmo muito grande. – Sou a Catherine. E devo dizer que você tem muita sorte por ter alguém como a Bella. – Apenas balancei a cabeça positivamente. – Sabe, Edward, eu queria mesmo te conhecer. Soube que foi por sua causa que minha prima não foi me visitar na cadeia...

– Cadeia? – Engasguei com ar.

– Nunca conheceu um delinquente Cullen? – Ela sorriu. – Fui pra cadeia por espancar o Bob Ryle.

– Você espancou um garoto?

– Eu gosto mais da expressão “bati até ele ficar roxo e inconsciente”. Mas a polícia usou espancar. – Catherine revirou os olhos castanhos, o mesmo tom castanho dos olhos de Isabella.

– Quantos anos você tem Catherine?

– Tenho 16.

– Se com 16 anos você espanc... Bate num garoto até ele ficar roxo e inconsciente – Gargalhamos. – Imagine quando for mais velha?

– Pode ficar tranquilo, eu não saio batendo nas pessoas por aí. Mas o Bob Ryle mereceu, ele passou a mão na minha bunda na fila do almoço, na hora eu não fiz nada. Então depois, quando eu estava indo pra casa, o Bob me encurralou num beco e pegou nos meus peitos. Meus peitos... Foi a gota d’água. Bati nele e só parei quando a polícia chegou.

– E você foi presa?

– Ele disse que eu estava tentando assalta-lo.

– E os policiais acreditaram?

– É... – Catherine deu de ombros – Talvez o fato de eu já ser fichada tenha contribuído um pouco. – Arregalei os olhos. – Sim, eu já tinha sido presa. E a Bella tinha ido me visitar... Eu roubei um CD dos Rollins Stones.

– Ótimo gosto musical.

– Obrigada.

– Você vai adorar conhecer a Rosalie.

– Quem é Rosalie?

– Acho que a Rose é o seu futuro.

– E ela é legal e descolada?

– A mulher mais legal e descolada do mundo!

Descemos para a sala onde a maior parte da família estava. A cada palavra que eu trocava com Catherine tinha mais certeza de que ela era uma versão mais nova de Rosalie. Não esteticamente falando. A garota de 16 anos era bonita sim, com seus longos cabelos claros e sorriso perverso no rosto. Mas a semelhança era mais interior. Divertida e madura ao mesmo tempo, o tipo de garota que sabia bem o que queria. Despedi-me de Catherine. Sentei ao lado de Isabella. Ela estava deslumbrante, com um vestido preto que cobria apenas metade das suas coxas e o cabelo preso em um coque frouxo. Tudo parecia realçar sua beleza natural.

– Você está linda.

– Sei.

– Sério, Bella.

– Eu sei, obrigada.

O silêncio pairou pesado entre nós. Enquanto todos os outros membros da família riam de piadas internas, conversavam sobre amenidades, eu e Isabella parecíamos duas pedras de gelo colocadas uma ao lado a outra. No canto da sala estava Ângela, ela sorria para mim. Sorria porque sabia o que eu tinha feito e o que eu escondia. Respirei fundo, não podia continuar com aquele peso na consciência. Não era saudável para mim. Nem para Bella.

– Acho que precisamos conversar.

– Se é sobre Ângela e o beijo não precisa.

– Você sabe que eu não a beijei.

– Sei, acredito em você. – Ela apertou minha mão ternamente. Aquilo me encheu ainda mais de culpa.

– Vamos ao jardim. – Ela nada disse, apenas deixou que eu a guiasse para o jardim de frente da casa. Alguns carros passavam em alta velocidade pela rua, ignorando as placas de sinalizações. – Eu escondi uma coisa de você. – Disse depois de ficar olhando-a por um tempo.

– Escondeu?

– É. – Cocei a cabeça nervosamente. – Antes eu quero que você saiba: Eu amo você, se eu menti foi por isso.

– Fala logo Edward...

– O Jacob mentiu sobre a doença do seu pai. – Fui direto ao ponto.

– É mais grave do que ele me contou? – Ela respirava com dificuldade. – E nós mandamos ele pra cá... Nós o deixamos voltar... Se ele está pior a culpa é nossa.. Minha....

– Não, não, Bella. – Enxuguei as lágrimas que escorriam e seus olhos com os polegares, deixando que minha mão envolvesse seu rosto. – É exatamente o contrário. – Ela franziu o cenho, confusa. – O seu pai nunca esteve doente. O Jacob só falou aquilo para nós podermos...

– Meu pai nunca esteve doente? – Ela sorriu por um momento e então me olhou nos olhos. – Eles mentiram pra mim... – O sorriso sumiu. – E você sabia de tudo. – Fiz que sim com a cabeça. – Você sabia... Você. – Bella tirou minhas mãos de seu rosto de forma violenta, dando dois passos para trás. – Você mentiu pra mim... Você, Edward...

– Me deixa explicar tudo, Bella. Por favor.

– Explicar o quê? O quê? Você viu como eu fiquei com a doença do meu pai. Eu me senti um lixo... E o tempo todo era vocês me fazendo de idiota...

– Meu amor...

– Nunca, nunca mais me chame de amor. Eu não acredito em você, seu... Mentiroso.

E então ela saiu correndo em disparada para rua. Abriu o portão branco que circundava seu jardim e continuou a correr. Fui atrás dela. Lágrimas escorriam dos meus olhos, tornando minha visão turva. Tropecei numa pedra, parando de correr por um segundo. Praguejei um palavrão qualquer. E foi aí que aconteceu. Uma buzina ensurdecedora de caminhão transformou meu grito num sussurro. Isabella olhou para trás, mas já era tarde. O caminhão foi com tudo para cima dela. Nesse momento senti que meu coração ia parar.

Pois a Bella, a minha Bella, havia sido atropelada.


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Notas finais do capítulo

Se eu tiver 30 reviews posto o próximo capítulo amanhã! hahahaha

PS:. Sabem a Catherine? Então, ela é a Little Dreamer. A leitura puro glamuor e divesa da Nanda hahahahaha. Sim, eu coloquei ela na fic. Sim, ela vai aparecer mais u.U
E pra quem quiser aparecer na fic é o seguinte: me escrevam uma recomendação, as duas primeiras entram! U.u (brincadeira mozis) Mas quem quiser escrever recomendação, eu ficaria MAIS QUE FELIZ... Peçam nos comentários, ou por MP, vou "avaliar os perfis", então me mandem idade, cor de cabelo, personalidade etc...
Espero por vocês.