Manual da Família Weasley escrita por The Corsarian


Capítulo 23
Nos Bastidores-Vida de Casados-Dormindo Juntos- Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpa, eu to demorando muito para postar, mas é que o tempo passa tão rápido e eu acho que não postei faz tanto tempo, e quando eu vou ver, eu não posto há 10 dias...
Mas enfim, para quem pediu a vida "feliz" Scorose, aqui está, e eu deixo ter um surto de Fangirl u.u
Enjoy ;)



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E lá estava eu, mais uma vez tentando lavar a roupa. Não sei porque não inventavam uma máquina de lavar que pudesse fazer tudo com as varinha, e não com controle manual, porque pelo amor de Merlin, aqueles botões eram para lavar a roupa ou destruir o mundo?

Depois do milésimo botão que eu apertei, a máquina começou a fazer um barulhão e começou a jorrar espuma para todo o lado. Eu comecei a gritar, e a tatear tudo em volta procurando a merda da minha varinha, mas a única coisa que eu consegui foi escorregar, cair de bunda no chão e engolir uma quantidade considerável de espuma.

Foi nesse momento em que eu já estava pensando em escrever um último testamento na espuma, que a porta se abriu milagrosamente, e Scorpius entrou por ela.

–Masoque.... ROSE, PELO AMOR DE MERLIN, CADÊ VOCÊ CRIATURA?- Berrou Scorpius.

–TÔ AQUI!- Berrei de volta.

–AQUI ONDE? -Ele replicou.

–PORQUE ESTAMOS GRITANDO? -Perguntei.

–NÃO SEI! - Ele respondeu, então a espuma sumiu, e finalmente pude ver Scorpius perto da porta, com espuma até na testa, o terno todo ensopado e com a varinha na mão.-O que você estava tentando fazer?

–Lavar a roupa. -Murmurei incomodada. Ele colocou uma mão sobre o rosto, como se dissesse "Com quem eu fui me casar?".

–Já disse, deixa essas coisas para a Meddie ( A elfa deles meu povo), você não serve para lavar a roupa. Mas se eu precisar de alguém para socar o Ministro, eu te chamo. -Ele disse suavemente, me abraçando.

–Afe, eu tento fazer uma surpresa romântica e vem você, com seu espírito de gay. -Resmunguei afundando o rosto nos braços fortes e molhados de Scorpius.

–Cala a boca.

–Quanto amor!

Então rimos, e eu fui tomar um banho.

Comemos, assistimos TV e finalmente fomos dormir, porque iríamos ter um super-jantar muito importante amanhã e precisávamos ficar descansados. Enfim, deitamos na cama, e nos cobrimos com a grossa coberta. E claro, Scorpius veio com aquela melosidade natural dele, e resolveu que ia dormir de conchinha.

Bom, tudo começou normal, fofinho, gostoso, quentinho e eu estava quase dormindo, quando a criatura se vira e me arrasta junto, me puxando do meu conforto e me fazendo dar um mortal na cama.

–AAAAI!!- Berrei, mas como o Scorpius é um urso em hibernação, ele não acordou.

Resmunguei e tentei tirar os braços de Scorpius de mim. Mas o cara tinha dado um nó nos dedos, só pode!

Tentei afastar os dedos, arranhei, mordi, belisquei, e nada dele me soltar ou acordar. Então escorreguei por baixo do abraço, deixando o Scorpius no vácuo eterno.

Então me virei de costas para ele. Quanto mais longe daquele assassino de esposas melhor.

Então eu estava me encaixando, finalmente relaxando, eu estava quase dormindo, quando do nada eu caí de cara no chão.

Soltei um berro e olhei por cima da cama.

O homem das cavernas que eu chamo de marido, estava todo esparramado na cama, como se não tivesse ninguém ali. E realmente não tinha, pelo menos não agora, já que ele tinha literalmente me chutado da cama.

Rosnei e voltei para a cama, me enrolando na coberta, e encostando a cabeça no travesseiro. Dessa vez demorei um pouco para relaxar, esperando o próximo ataque do monstrorido*. Mas depois de um tempo sem ataques, eu achei que eu podia me acalmar.

Suspirei, e fechei os olhos calmamente, escutando o agradável barulho de corujas piando. Aquilo dava um soninho....

–ROOOOOOOOOOOOOOOONC!!

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!

Caí de susto.

Gemi de dor quando minha cabeça bateu no chão.Mas logo levantei atenta, e peguei meu tamanco, a coisa mais próxima que tinha de mim. Eu estava pronta para bater no monstrengo que fazia aquele barulho horrendo.

Foi quando eu vi meu belo marido, deitado/esparramado na cama, com a bocarra aberta, roncando mais que sei lá o que.

O ódio me subiu pela face, e a primeira coisa que me veio a cabeça, foi socar um travesseiro na cara dele e deixar o ser morrer asfixiado. Mas ele era meu marido e sem contar que eu iria para Azkaban se fizesse isso.

Então a única coisa que eu pude fazer, foi voltar a me deitar, lançar um abaffiato na desgraça ambulante e tentar recuperar as poucas horas de sono que ainda me restavam.

A noite estava fria, então cobri-me até o queixo com a grossa coberta.

Finalmente eu estava quentinha, confortável, sem nenhum barulho de trator enferrujado atravessando o Atlântico congelado. Sem chutes, sem roncos, sem apertos, finalmente condições decentes para puxar um ronco.

Suspirei gostosamente e fechei os olhos. Eu já estava morrendo de sono, então eu praticamente tive um desmaio.

Beleza. Eu estava feliz.

Pelo menos até acordar no meio da noite sem completamente nada além da minha camisola do Patolino. Eu estava tremendo de frio, enquanto a desgrama do Scorpius estava quentinho, bem encobrido pela coberta, e estava até suspirando durante o sono.

Grunhi alto, quase como um grito, mas é claro que ele não escutou. Porque Scorpius era assim, quando baixava o espírito zen nele, nem um balde com gelo acordava ele.

Peguei uma outra coberta, e voltei a deitar ao lado dele na cama. Seria a última vez, se aquilo me incomodasse de novo eu iria dormir no sofá da sala. Enrolei-me na coberta de um jeito que ele não poderia me tirar aquilo nem que o céu desabasse.

Encostei a cabeça no travesseiro, rezando a Merlin para conseguir dormir, nem que fosse por um minutinho.

Então eu dormi.

Mas é claro que eu acordei de novo, e dessa vez eu estava na beira do precipício. Sim, eu estava na beira da cama. Quero dizer, minhas pernas estavam na cama, já meu tronco estava jogado para o lado e eu estava meio que pendurada, e só não caía porque Scorpius abraçava minha perna como se sua vida dependesse disso.

Gritei de frustração, e chutei a cara dele, e a única coisa que ele fez foi me soltar, me fazendo cair com toda a força, ele nem ao menos resmungou um pouco no sono.

Meu limite tinha sido ultrapassado. Agarrei um travesseiro, uma coberta e desci as escadas batendo os pés com força, resmungando alto. Finalmente cheguei a sala, joguei o travesseiro no sofá, deitei-me, e me cobri com a coberta até o queixo.

Finalmente paz. Tive um desmaio, mas como eu estava sem sorte naquela noite, acordei com uma bola de pelos na cara. Meu gato.

Berrei e joguei Bichano (O nome do gato ) lá pra longe, dizendo palavrões que eu nem sabia que existiam.

–SERÁ QUE HOJE ESTÁ TODO MUNDO CONSPIRANDO CONTRA MIM!?- Berrei para o nada.

Resultado, fui dormir na dispensa, trancada, no chão duro, sem aranhas, gatos, maridos assassinos, nem coisas do tipo.

Acordei toda dolorida, e saí dali.

–Porque você dormiu na dispensa? -Perguntou Scorpius, com um humor odiosamente bom.

Rosnei e me sentei a mesa.

–Essa marca na sua cara é de que? - Ele perguntou.

–Pé. -Resmunguei mal-humorada, bebendo o café da jarra mesmo.

–Porque tem uma marca de pé na sua cara?

Lancei-lhe o olhar mais assassino que eu tinha lançado para alguém na minha vida inteira. Ele estranhou.

–Porque tanto mau-humor?- Ele perguntou todo irritadinho. O ódio foi tão grande que joguei a jarra de café inteira na cara dele.

–AI! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? - Ele bradou esfregando a mão no rosto. - O QUE EU TENHO A VER COM ESSE SEU MAU-HUMOR? É CULPA MINHA QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE DORMIR DIREITO?

Simplesmente rosnei de novo, e abri a caixinha de suco de laranja e bebi da caixinha mesmo. Scorpius me olhou irritado. Como se fosse ele que tivesse sido agredido por um morto-vivo.


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Notas finais do capítulo

* Mostro+Marido=Monstrorido By Rose Weasley
Espero que tenham gostado :3