Ouvi tudo em silêncio, meu coração estava descompassado, mas não mudaria nada, se ele continuasse a tentar me manter distante.

– Eu vou em bora, e você não vai me impedir.

continuei a andar na direção das escadas, mas fui impedida por seu toque em meu braço, me virei em sua direção mesmo com a luzes do interior da casa apagadas, pude ver apenas com a iluminação do poste que havia fora da imensa casa, vi seu rosto, estampado nele a urgência para concertar as coisas, ele se colocou em minha frente segurando uma mecha de meu cabelo e colocando atrás de minha orelha.

– Oque estamos fazendo Olli?

– Eu não sei, mas eu preciso de você, você é a minha luz, só não me deixa agora.

– Não faz isso.

– O que você quer de mim Bella?

– Eu quero a verdade, o que você esconde de mim?.- logo senti seu toque em meu rosto.

– Eu já disse, eu sou assassino.

– Eu não estou falando disso, eu quero saber o que você esconde de mim, eu sei que tem mais coisa.

– Por favor não me deixa.

– Eu não conseguiria nem se eu pudesse.- subi para o quarto, em caos, minha mente gritava em duvidas, o que eu estava fazendo? eu estava apaixonada pela pessoa que me mantinha presa, isso é loucura, ele era suspeito de assassinatos mas dentro de mim eu tinha certeza de que nada disso era realidade, eu não conseguia ver Olliver matando uma pessoa, ele não faria isso, com os olhos já cheios de lágrimas, eu só conseguia ouvir as palavras de Olliver rebatendo em minha mente por todos os lados, sentei na janela e observei a cidade ao longe, apesar da imensa casa ser aquecida, senti um frio percorrer minha espinha, uma impressão de ser observada, então logo fechei as cortinas e deitei, com várias lembranças flutuando em minha mente, mas todas elas se voltavam para minha mãe, e sempre acabavam com seu funeral, e foi assim que adormeci.

Pela manhã a claridade já aparecia através das cortinas, e já fazia algum tempo em que estava acordada, assim como cai no sono de forma rápida, logo despertei, pelo menos pude ver o nascer do sol, dali a dois dias seria o aniversário de minha mãe se ela ainda estivesse viva, eu sempre a visitava, fui abatida por um rápido pensamento de tristeza ao pensar que esse seria o primeiro ano em que eu não deixaria flores e um moeda, eu sempre deixava uma moeda, minha mãe costumava colecionar várias, então eu simplesmente não podia evitar, logo ouvi a porta do quarto se abrir e vi Olliver passando por ela.

– Tem um tempo? - Logo vi que suas roupas eram roupas de négócios e isso o deixava mais velho, foi então que percebi, eu não sabia a idade dele, logo franzi o cenho , ele parecia tão mais velho para mim do que parecia quando cheguei aqui, vi Olli, me olhar esperando uma resposta, e logo me despertei de meus pensamentos.

– Claro.

– Estava pensando em que?

– Nada muito importante.

–Diga.

– Eu não sei sua idade, quer dizer quando você ri parece ter dezoito assim como eu, mas quando está sério parece ser bem mais velho. - logo o via abrir um sorriso.

– Não está mais brava comigo?

– Não, você vai me responder?

– Vou.- Ao dizer isso ficou me olhando.

– Então responda.

– Eu tenho Vinte e três, mas eu pareço como uma criança na maior parte do tempo.

– Eu sei.

– Eu vou sair, tenho algumas coisas para cuidar.- Por alguns segundo cheguei a pensar em pedir para ir ver minha mãe, mas logo descartei a ideia.

–Oque foi Bella?

– Eu queria te pedir uma coisa.

– Peça.

– Esquece a noite a gente conversa,se você vier para o Jantar.

– Claro, eu vou estar aqui.

– Obrigada.

– Você parece cansada, vá descansar.- Só acenei em concordância, tomei coragem e logo decidi que pediria, ele estava de ótimo humor comparado a ontem, me perguntei se foi o que falei sobre ir em bora, mesmo que pudesse, mas logo expulsei esse pensamento, eu estava melhor que ontem mas continuava confusa, logo que o vi sair para porta, fui tomada novamente por vários pensamentos, logo decidi a me arrumar e esperar que meus pedidos fossem atendidos.

Depois de algum tempo ouvi o toque que indicava visitas, logo desci esperando que Olliver estivesse esquecido algumas coisa, mas quando decis avistei aquela mulher, a ex-noiva do Olliver.

–Olá querida. - Logo ouvi sua voz que me enjoava dizer, e vi o sorriso cínico em seu rosto.