The Battlefield - O Campo de Batalha escrita por Jessyhmary


Capítulo 9
Capítulo 08 - Quando Um 0-8-4 Desperta


Notas iniciais do capítulo

"...Parece que você está começando a quebrá-la..."



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A visão do sorriso de Skye em meio àquela tensa situação, fez com que por um instante, o cinto de Thor não parecesse assim tão importante. Ela estava cambaleando, mas nunca admitiria; estava procurando onde se apoiar, mas para todos os efeitos estava perfeitamente bem. E como se nada pudesse afetá-la, ela saiu em direção aos computadores da sala, sendo interrompida por uma voz estonteante e trêmula de preocupação.

– Não, não, não! O que você está fazendo aqui? E quando você acordou? –Berrava Simmons, tentando puxá-la pelo braço.

– Relaxa! – Disse a pequena agente enquanto se desvencilhava de Jemma, sentando-se despreocupadamente em frente ao grupo. – Eu ouvi vocês conversando lá do quarto e resolvi ajudar. – Ela continuava tranquila enquanto ligava seu laptop. – E além do mais, eu precisava esticar as minhas pernas um pouco...

– Skye?! – Colson foi atraído até a sala como se a voz de Skye fosse um imã de encontro a uma barra de ferro.

– E aí, A.C.. Sentiu minha falta?

Colson nem mesmo a deixou terminar de pronunciar essas palavras e correu ao seu encontro, abraçando-a como se a qualquer momento ela pudesse ser sugada para longe dele de novo, como ele sentiu que aconteceria alguns dias atrás.

– Quando... – Ele procurava juntar as palavras numa frase – E o que está fazendo aqui? Jemma...

– Senhor, eu estava tentando levá-la de volta, mas Skye...

– Já sei, já sei! – Ela levantava os braços em sinal de culpa – Preciso descansar e blá-blá...

– Mais do que isso! – Simmons interrompia autoritariamente – Você precisa repousar, eu preciso lhe avaliar e nem me lembre da quantidade de exames que precisarei fazer...

– Okay, Dr. Simmons. Não desobedecerei suas recomendações. – Ela falava em tom de brincadeira, girando os olhos em deboche.

– Ótimo! – A britânica tentava permanecer séria, sem sucesso.

– Skye... - Uma voz ainda não ouvida pela hacker se fazia ecoar na sala, trazendo o olhar de Skye de volta antes que Jemma a arrastasse para a bateria de exames – Que bom que está de volta.

Melinda pronunciara-se em um tom particularmente doce, deixando escapar um leve sorriso. Sorriso este que todos na sala estranharam imediatamente. Ela não era um robô. Porém não se podia dizer que May saía distribuindo sorrisos a todos que via, estava bem longe disso. Porém, ao tirá-la da administração, Colson a colocara de novo em jogo, num campo em que ela tanto lutara para esquecer enquanto grampeava os arquivos, ouvindo tiros em cada click, sentindo o gosto do sangue inocente em sua boca, como se tudo tivesse dependido dela. A chegada de Skye permitira a May uma chance de se encontrar, de permitir-se preocupar-se novamente com alguém tão frágil e tão destemida. Alguém que confrontava seriamente todos os seus receios. Alguém que ela havia perdido anos atrás.

– -

– O.S.? – A voz dela ainda soava como música aos ouvidos do Agente. – Posso?

– Skye, Jemma já...

– Sim, sim... Ward, você acha que eu estaria aqui se a Doutora Controladora não tivesse deixado?

Ward havia terminado de tomar banho e Skye sabia como ele era ridicularmente lindo quando tentava esconder sua preocupação com ela, principalmente se estivesse ainda molhado, mimando aqueles cabelos pretos que ela odiava com todas as forças.

– Já foi muito ter conseguido que ela me liberasse pra vir aqui por um instante. – E aproximando-se dele, mudou um pouco o tom de voz para algo que Ward já conhecia muito bem – E aí, vai me contar porque você congelou quando me viu?

– Eu não... – Ele gaguejava, ainda acostumando-se com a voz dela novamente – Esperava... Você apareceu de repente...

– Eu sei... Queria surpreender a todos. – Falava enquanto dava um sorriso, se gabando – Acho que consegui.

– Quando você acordou? – Ele sentava-se na cama, enquanto terminava de secar o cabelo.

– De madrugada, na verdade. Mas estava muito fraca ainda para me levantar, então dormi mais um pouco e acordei me sentindo melhor. Fiquei um pouco tonta – Confessou – quando me levantei, mas depois as coisas voltaram ao chão e eu me levantei para vê-los. Estava com saudades.

– Nós também, Skye. – Sorria o agente, encarando-a por alguns instantes – Foi uma corrida complicada para todos nós. Estamos felizes por ter valido a pena.

– É... Foi exatamente por isso que eu vim aqui.- Disse ela sentando-se na cama de pernas cruzadas e tomando o travesseiro dele para apoiar as costas na parede. – O que houve naquele dia? Lembro-me de ter visto o Mike com uma perna mágica... Era o pacote que estávamos seguindo naquele trem... E depois Quinn atirou em mim. Duas vezes. Foi horrível... – Disse ela, errando o foco da conversa para lembrar-se daquele momento tenso. – Mas, aí... Lembro que me arrastei até a porta e pedi por ajuda e depois... Zero! Apagou geral, só tinha o escuro e escuro só.

– Bom – Ward preparava-se para contar a história – Colson lhe encontrou, e nos chamou rapidamente... Simmons colocou você na mesma câmara hiperbárica onde Mike estava, e isso manteve você viva até te transportarmos ao Centro Cirúrgico da S.H.I.E.L.D. em Zurique. Eles fizeram tudo que podiam, mas você continuava precisando daquelas máquinas para mantê-la viva. – Deu uma pausa para respirar fundo, como se revivesse aquele pesadelo por alguns segundos. – Depois disso, May foi até Ian Quinn e encheu a cara dele de porrada. – Ela arregalou os olhos, surpresa com a afirmação – Nunca a vi perder o controle daquele jeito.

– Uau.. – Disse, surpresa enquanto esperava pelo resto da história.

– Depois disso – Ward continuava – Colson teve uma ideia, e realizamos uma força tarefa para encontrar uma cura e felizmente chegamos a tempo.

– Cura? Que espécie de cura?

– Eu não sei... Era uma droga... Simmons injetou na sua corrente sanguínea enquanto você estava fibrilando e o seu corpo estabilizou.

– Uau... – Ela não conseguia dizer outra coisa mais – Obrigada por...

– Não precisa agradecer... Todos queríamos você de volta. – Ele dizia, fazendo-a se sentir especial – Colson disputava com Simmons para ver quem passava mais tempo com você e May chegou a passar horas te assistindo de fora da sala, perguntando a Simmons como vc estava. Fitz e Eu te visitávamos todos os dias... Não gostávamos de ver você ligada a todos aqueles aparelhos... Aquilo me fazia sentir tão... Fraco! Você estava morrendo e eu não podia fazer nada. Todos nós sentíamos isso.

Era impossível para Skye se controlar diante daquilo. Sua vontade agora era ir a todos eles e abraçar um por um. Mas no momento ela tinha algumas dúvidas em especial.

– Mas a May... Bateu no Quinn por minha causa? – Ela queria detalhes sobre o assunto.

– Bateu? – Ele sorriu lembrando-se da cena – Ela simplesmente quebrou a cara dele! Ela entrou na sala de interrogatório sem a permissão de Colson, derrubou ele da cadeira e começou uma sequencia de golpes enquanto o segurava pela gola da camisa. Se Colson não a tivesse impedido, ela o teria matado.

Skye soltava uma breve gargalhada levando uma das mãos à boca, imaginando a cena. Não imaginava a agente May fora de controle, por causa dela ainda mais. De repente lembrou-se do que Colson havia falado com ela sobre Bahrein e sobre a pessoa que ela tinha perdido lá. Parecia que A Cavalaria estava bloqueada pelo seu passado e naquele momento, Skye prometeu para si mesma que iria ajuda-la.

– May precisava bater nele, assim como eu queria ter um inimigo de carne e osso para abater quando o vírus Chitauri contaminou Simmons. Nós somos treinados para detectar a ameaça e eliminar variáveis... Quando não podemos lidar com algo assim, queremos descontar isso na ameaça mais próxima ao nosso alcance.

– Ian Quinn. – Skye completava a sentença.

– Eu nunca a havia visto daquela maneira. Ela tremia... Por um instante, achei que ela desabaria sobre nós, rompendo em lágrimas... Ela saiu da sala de punho cerrado, gritando que ele merecia morrer, não você. Parece que você está começando a quebrá-la... – Ele falava tentando fazer algum sentido, deixando a pequena agente com um quebra-cabeça nas mãos. – No bom sentido. – Skye sorrira, devia estar mesmo fazendo um bom trabalho.

Momentaneamente, todos deram alguns minutos de folga para a missão, mas Ward já repassava os detalhes do novo 0-8-4 e a urgência que tinham em detê-lo. Skye procurou Fitz-Simmons e começaram a trabalhar no novo sistema de rastreamento de Fitz, que só ficaria completo quando Skye violasse todos os códigos daquele maldito canal encriptografado. Com tudo em ordem, os três colocaram o sistema para operar, dando início à caçada.

– Agente May – Fitz a chamava pelo comunicador – Temos novas coordenadas.


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Notas finais do capítulo

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