Uncontrolled escrita por Holly


Capítulo 1
1.


Notas iniciais do capítulo

Ei, peoples!!!
Quanto tempo, não é? Hsahsahsa.
Vocês devem estar se perguntando que diabos eu fiz, certo? Bom, eu resolvi colocar Uncontrolled em hiatus, mas depois quando reli os capítulos postados, decidi por motivos de que minha escrita e o modo que a estória estava sendo desenvolvida não estavam me agradando nem um pouco. Fora os erros ortográficos imperdoáveis. Sinceramente pensei em excluir a fanfic, porém seria injustiça com todos vocês.
Espero realmente agora que os capítulos sejam melhores. O enredo continuará o mesmo, os personagens também e novos cenários ressurgiram um pouco diferentes. Para quem já acompanhava, verá algumas coisas diferentes... Enfim, é tudo que tenho pra falar.
Espero que gostem. ;)



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AVISO: A fanfiction está sendo reescrita e respostada novamente. Havia muitos erros e coisas que ficaram sem sentido na estória e acabei perdendo um pouco o rumo do enredo. Algumas cenas foram modificadas e outras somente reescritas, mas os personagens continuam os mesmos.

“Heaven's gates won't open up for me

With these broken wings I'm fallin'”

O Impala 1967 foi estacionado em frente a enorme fazenda da pequena cidade de Abilene, Texas. Mais um caso estava no início para Dean e Sam, que investigavam a misteriosa morte de Brian Jones. Pessoas próximas ao homem, relataram que o mesmo reclamava de ter pesadelos com sua única filha falecida nas últimas semanas. A área finalmente fora liberada pela perícia policial, mas ainda assim a casa permanecia interditada.

Dean desceu do carro, olhando o grande gramado verde se certificando de quem não havia ninguém o observando. O sol aos poucos sumia entre as montanhas. Caminhou até o hall de entrada da casa, ultrapassando o limite que a fita isolante demarcava. Sem muitas cerimônias, empurrou a porta de madeira pesada, revelando aos poucos o cômodo totalmente vazio, com somente algumas caixas empilhadas no canto da parede.

O caçador retirou a arma do cós-calça e subiu as escadas lentamente, escutando aos poucos os ruídos altos vindos de um dos três quartos. Pacientemente verificou todos minunciosamente, não encontrando nada. Parou na última porta, escutando novamente o barulho que cessara minutos antes. Empurrou-a cuidadosamente e respirou fundo ao ver que o causador dos ruídos, era uma das janelas abertas, batendo contra a parede pelo vento forte. Logo seu celular começou a tocar incessantemente.

— Alguma coisa? — Dean perguntou, fechando a janela.

Parece que a filha de Brian Jones, April Jones. Foi encontrada sem vida no porão da própria casa. Causa da morte enforcamento, causado por ela mesma que tinha vinte e três anos na época. — Sam respondeu, enquanto relia os papéis espalhados em cima da mesa de madeira da biblioteca que se encontrava.

— Mas, por que ela voltaria depois de tantos anos para matar o pai?

Está uma das minhas dúvidas. Nos artigos dos jornais daquela época não diziam nada, além do escândalo que foi para a cidade. Aparentemente não existia motivos para ela ter cometido tal suicídio.

— Tudo bem. — Dean respirou pesadamente. — Irei procurar alguma coisa no porão. Qualquer informação nova você liga.

Até. — Sam desligou o telefone, voltando sua atenção para a balconista que o encarava fixamente, deixando-o completamente sem jeito.

O Winchester mais velho retornou para o primeiro andar, onde passou a procurar por objetos ou vestígios de espíritos, porém o EMF que carregava não apitara. Ele adentrou a cozinha procurando pela porta que levava até o porão ao qual seu irmão mencionara. Como pensado a mesma ficava no cômodo. Uma porta de ferro avermelhada e aparentemente trancada. Sem muitas dificuldades a abriu, adentrando o local escuro, apenas pequenos raios de sol entravam pelas minúsculas janelas e frestas dos buracos das paredes desbotadas.

Com a ajuda de uma lanterna que carregava, aos poucos o caçador foi descendo os degraus atentamente. Quando teve a certeza que estava sozinho, procurou pela caixa de energia e a ligou, fazendo o lugar se iluminar por inteiro. As paredes estavam desbotadas em um tom amarelado, muitos móveis velhos cercavam uma parte, do outro uma mesa de madeira pequena com algumas ferramentas em cima. Na última parte da parede se encontrava outra porta, mas aquela estava presa com correntes e cadeados. Dean passou revirou algumas coisas e acabou encontrando um pequeno caderno, encapado de couro e as letras douradas “April”, jogado no chão empoeirado. Um baque surdo, vindo da porta trancada, chamou atenção do caçador que deixou o objeto de lado e procurou por alguma ferramenta possível para forçar o cadeado e a corrente.

Não demorou muito para que achasse a marreta e a colocasse contra a corrente e o cadeado. Aos poucos empurrou a madeira, deixando que a luz adentrasse o pequeno cômodo mofado e úmido. Dean se surpreendeu ao ver a mulher amordaçada e amarrada contra uma madeira, com o olhar desesperado. Impulsivamente ele desamarrou as mãos da morena e depois os pés. Enquanto a mesma retirava o pano de seus lábios.

— Você está bem? — Ele a ajudou a se levantar, ela assentiu com a cabeça. — Qual é o seu nome?

— Letícia. — A voz soou um tanto quanto rouca e baixa.

— Certo, Letícia. — Dean a puxou para fora do cômodo com o máximo de cuidado. — Consegue andar sozinha?

— Acho que não... Minha perna está machucada. — Letícia respondeu, tentando firmar o pé, porém foi impossível conter o grunhido de dor.

— Nós vamos sair daqui. — Dean passou o braço por sua cintura, e o dela envolta de seu pescoço, mas antes pegou o caderno.

O caçador teve um pouco de dificuldade para guia-la até as escadas, mas aos poucos conseguiram sair da casa. Letícia se apoiou na lataria do carro, enquanto Dean guardava algumas coisas dentro do porta-malas.

— Como você veio parar aqui? — Ele indagou surpreso.

— Ontem de tarde, estava andando por aqui e do nada senti uma forte dor na cabeça e depois tudo apagou. Acordei quando você estava no porão.

— Pensei que está área estivesse isolada.

— E está, mas é uma longa história. — Letícia se virou para ir aos fundos da casa. — Você é da cidade?

— Não, estou somente de passagem, vim pegar algumas coisas. Sou um primo distante de Brian. — Dean inventou qualquer desculpa, enquanto terminava de arrumar as armas. — E você?

— Tenho parentes que moram na região. — A morena se limitou a dizer isto. — Se me de licença, preciso ir embora...

— Como? — O Winchester questionou sarcástico, batendo o porta-malas do carro.

— Meu carro está nos fundos da casa. — Ela se fez de desentendida, apontando na mesma direção.

— Não é isso. Estou perguntando como você irá dirigir com o pé machucado, missão meio impossível, certo? — Letícia rolou os olhos, infelizmente ele tinha razão. — Aceita uma carona?

— Pelo menos ao diga seu nome, para mim saber se não estou lidando com um louco ou um psicopata.

— Acredite se eu tivesse que fazer alguma coisa de ruim com você já teria acontecido. — Ele sorriu de lado, abrindo a porta do carro, causando uma pequena irritação na morena. — Clifford Lee¹.

— Olha que ironia, como você conseguiu ressuscitar? É um milagre! — Forçou uma expressão surpresa falsamente. — Não teve graça.

— Bom saber que ainda existe mulheres que o conhecem. Meu nome é Dean. — O loiro adentrou o carro. Letícia sentiu a respiração falhar ao escutar seu nome, mas ainda assim tentou se controlar. — Não vai entrar?

A morena sorriu completamente sem graça, enquanto abria a porta do Impala e sentava no banco do passageiro. Os dois permaneceram quietos, até Dean perguntar aonde ela estava hospedada. Por coincidência ela falou o mesmo nome do hotel que ele e Sam também estavam e estranhou pelo simples fato dela ter família na cidade e não estar na casa. Mas o caçador preferiu o silencio, cada um do seu jeito.

Logo o carro estava estacionado. Letícia agradeceu ainda sem jeito, abrindo a porta do carro. Foi nesse momento que quase sem querer, Dean reparou na tatuagem na altura da nuca da morena. Era um símbolo de anti-possessão. O caçador crispou o cenho confuso, não eram todas as pessoas que faziam uma tatuagem para se proteger de demônios, principalmente daquela região. Mas preferiu ignorar novamente.

— Precisa de ajuda? — Ele perguntou preocupado, analisando seu rosto.

— Não, obrigado. — Ela sorriu forçadamente. — Daqui pra frente eu me viro sozinha.

Letícia tentou pisar firme com o pé, para que saísse o mais rápido possível dali, mas se não fosse as mãos grandes em sua cintura, a segurando com firmeza, com certeza teria caído diretamente no chão. Ela sorriu novamente sem graça para Dean.

— Tem certeza? — Ele reforçou a pergunta. Letícia se odiou mentalmente por ser tão estúpida.

— Acho que eu preciso. — juntou as sobrancelhas indecisa. Dean passou seu braço esquerdo pela cintura fina da mulher, enquanto ela enroscou o dela envolta do pescoço do caçador.

Ambos não trocaram nenhuma palavra. Letícia somente indicou que o quarto ficava no final do enorme corredor e quando chegaram em frente a porta pegou a chave embaixo do tapete felpudo. Dean abriu a porta e a sentou na cama.

— Acho que você fica por aqui. — Ele disse, olhando ao redor. Mas parou diretamente na montanha de livros sobre exorcismos que estava em cima da mesa e um notebook.

— Muito obrigado. — falou rapidamente, percebendo o olhar curioso do caçador sobre os livros.

Dean deu acenou com a cabeça e murmurou em pequeno “tchau” e saiu seguiu para o quarto onde estava Sam. Letícia soltou um suspiro aliviada. Ela finalmente havia o encontrado, ou melhor, os encontrados. Só não sabia a melhor maneira de abordá-los. O caçador adentrou o quarto ainda atordoado, mas preferiu esquecer, quando avistou Sam concentrado nos livros espalhados na mesa e alguns artigos.

— Encontrei um diário que parecia ser de April e uma garota amordaçada no porão. — Dean falou simplesmente, colocando o casaco em cima da cadeira e jogando o caderno sobre a mesa.

— Garota amordaçada? — Sam crispou o cenho, mexendo no diário.

— Exatamente, depois que falei com você, desci até o porão e a encontrei em cômodo paralelo.

— Ela falou como foi parar lá?

— Não, disse que estava de passagem pela casa e acabou sendo ataca e só acordou quando escutou meus passos na casa.

— Por que uma mulher estava naquela área? Está interditada... — Ele perguntou altamente mais para ele do que para seu irmão mais velho.

— Eu também não consigo entender, ela falou que tinha parentes na cidade, mas está hospedada neste mesmo hotel no outro lado do corredor. — O loiro deu de ombros. — Tudo que sei é que o nome dela é Letícia. Mas não é nosso maior problema agora...

Sam balançou a cabeça em concordância. Enquanto o Winchester mais novo lia o diário, Dean acabou saindo para comprar comida na lanchonete perto dali, quando voltou seu irmão incrivelmente conseguira ler algumas páginas importantes.

— Alguma coisa? — Indagou o loiro.

— Eu não desejaria viver o que está mulher passou. — Sam respondeu respirando fundo. — Brian não foi um dos melhores pais, após a morte de sua esposa, ele se tornou outra pessoa. Segundo os relatos da April, nas primeiras páginas o próprio pai passou a força-la ter relações com o mesmo. Nas últimas páginas é citado uma criança, mas como só li por cima é melhor voltarmos na casa para procurar mais coisas...

— Ou pelo interrogar mais pessoas. — Dean respondeu sério. — Ele não tinha pessoas muito próximos, certo?

— É. A única pessoa que o via diariamente era a faxineira.

— Ao menos sabe o nome dela?

Antes que pudesse responder, alguém bateu na porta. Ambos constataram que poderia ser o serviço do hotel e negaram, mas ainda assim a pessoa continuou batendo.

— Já disse que não queremos serviço de... — Dean parou de falar ao abrir a porta e se deparar com ela. A morena estava com os cabelos úmidos, seu rosto um pouco mais limpo, alguns arranhões pelas bochechas e nos cantos da boca. Lê vestia uma regata branca, uma calça jeans escura e o par de botas. — Letícia?

— Nós poderíamos conversar...? — curvou os lábios em um sorriso murcho.

— Como descobriu aonde era meu quarto?

— Eu perguntei na recepção. — A mulher deu de ombros.

— Pode. — Dean deu passagem para ela adentrasse o quarto, ela entrou ainda receosa, encontrando Sam um pouco confuso.

— Sam, está é a Letícia. — O loiro a apresentou e Sam sorriu simpaticamente. — Letícia, esse é meu irmão mais novo, Sam.

Ela sorriu timidamente para Sam que fez o mesmo. Dean indicou a cama para que ela se sentasse e o mesmo permaneceu em pé no quarto, com os braços cruzados e a encarando desconfiado e indagou:

— O que você queria conversar?

— Eu posso ajudar vocês. — Foi diretamente ao assunto. Seria melhor daquela maneira.

— Como? — Os Winchester perguntaram juntos, encarando-a assustados.

— Com o caso. — respondeu simplesmente, como se fosse óbvio.

— Eu não sei do que você está falando. — O loiro desconversou nervosamente, descruzando os braços. — Você deve estar...

— Dean, escute. — Letícia o interrompeu decidida. — Eu sei muito bem o que você e o Sam fazem. Caçam coisas e não são animais ou algo do tipo, e sim fantasmas, demônios e coisas sobrenaturais. Também sei que vocês são Dean e Sam Winchester, filhos de John Winchester.


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Notas finais do capítulo

Clifford Lee¹: Foi baixista da banda Mettalica, morto em 1986.



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