Selfless and Brave. escrita por comfortablynumb


Capítulo 19
Clary's Nightmare




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You should have known the price of evil

And it hurts to know that you belong here, yeah

No one to call

Everybody to fear

Your tragic fate is looking so clear

It's your fucking nightmare!

Abro os meus olhos após ouvir um incessante barulho preenchendo os meus ouvidos. Quando recupero os meus sentidos vejo Clary acima de mim. Seus cabelos cacheados caem sobre o meu rosto, e quando ela percebe que estou acordado, retira-os e oferece-me sua mão.

– O que estamos fazendo? E que horas são? - sussurro, enquanto caminhamos pelos túneis.

– Estamos nos divertindo. E ainda é cedo. - disse ela, puxando-me pelo braço.

Deixo-me levar, ainda com o corpo pesado devido ao sono. Passamos por um relógio, e ele marcava as 2h49min. Quando estava prestes a perguntar o que estaríamos fazendo novamente, percebo que ela me conduz à sala de controle.

– O que diabos estamos fazendo aqui? - indago com mais precisão.

– Quero lhe mostrar a minha paisagem do medo, Quatro.

Fico em silêncio por alguns segundos, fitando-a.

– Por quê?

– Porque estou com medo de meu desempenho durante o último estágio não ter sido convincente.

– E onde está Joseph?

– Nos esperando na sala de controle. Antes que seu lado medroso ataque, nós conseguimos a chave da sala de paisagem com Amah, que sabe da nossa situação. Estamos seguros. Por enquanto.

Anuo com a cabeça e prossigo em passos lentos. A brisa que bate contra o meu rosto faz-me lembrar de os breves momentos de paz que pude desfrutar durante toda a minha vida. A lua, ainda mais nítida, ilumina o rosto de Clary, trazendo-na uma expressão sombria, mas ao mesmo tempo assustadoramente bonita. Perco-me em pensamentos, até Clary me dar um leve soco no braço.

– Oi. Estava admirando o meu lindo rosto ou a surra que te dei mais cedo te deixou um pouquinho lerdo? - ela diz, sorrindo.

– Primeira opção. - respondi com um sorriso, camuflando a sinceridade.

– Analisando o Quatro de hoje, eu poderia até dizer que é considerável as possibilidades de eu te beijar agora mesmo. - ela sorri e ignora.

Clary vai de encontro a Joseph, que permanece parado. A garota, ao andar, prende seu cabelo em um coque e o grande moletom preto que está usando, provavelmente de seu namorado, faz com que ela pareça ser mais magra, já que esconde suas curvas. Em um rápido cumprimento, beija Joseph e ambos caminhamos até o local onde são realizadas as paisagens.

– Eu espero que não caçoem de mim depois disso. Eu odeio ser tachada de medrosa.

– Se você não tivesse medos, não seria humana, Clary. - conforto-a.

– Então você é um semideus? - Joseph pergunta.

– Sim. Um dos meus medos é esse: as pessoas descobrirem que, na verdade, sou filho de Zeus.

Eles sorriem, até Clary segurar a seringa que nos levará para dentro de seus medos. Antes de ela inserir o líquido em nosso pescoço, conecta os eletrodos em nosso corpo. Quando está prestes a dar-me o líquido, seguro o seu braço.

– Deixe-me inserir sozinho.

Ela obedece e me dá a seringa.

Logo, estamos num lugar totalmente diferente.

+++

O local onde estamos é extremamente escuro e silencioso, exceto pelas gotas d'água que preenchem o local. Clary está ao lado de um casal ligeiramente mais velho e que possui características semelhantes as dela. Seus pais. Além deles, há uma pequena garota de cabelos cacheados e alguns audaciosos de sua idade, incluindo eu e Joseph. Encaro rapidamente a perfeita cópia de mim, e de repente, tudo o que consigo enxergar é a escuridão total. Ouço um estrondo, e quando consigo enxergar novamente, observo que estamos numa espécie de escoadouro e vejo o corpo de todos eles jogados no chão.

– Sim. Esse é um dos meus medos patéticos. Perder quem eu amo. Temo estar sozinha nesse mundo.

Encaro a situação de maneira confusa, mas logo percebo o porquê de este fato amedrontá-la. Começo a ouvir milhares de vozes advindas dos corpos jogados no chão e sombras escuras saem de todos eles e começam a rodear a garota, formando um redemoinho macabro. Vejo Clary enrubescendo e de repente, desfazendo a rigidez de seu corpo.

– O que um divergente faria? - ela pergunta a nós dois, sua voz baixa devido ao som do vento que as sombras proporcionam ao rodeá-la. - Conseguiria perceber que tudo isso não passa de uma simulação e sairia desse infortúnio de maneira rápida. O que um divergente querendo esconder a sua divergência deve fazer? Gritar feito um louco, entrar em pânico e depois de alguns segundos, procurar uma saída desse esgoto.

– Então, que o show comece! - Joseph grita.

Ela consegue escapar do redemoinho e corre em direção a outros corredores. Fazemos o mesmo, e logo atrás de nós, há os fantasmas de Clary nos perseguindo. Depois de adentrarmos em dois corredores, achamos uma pequena escada que nos dá acesso ao bueiro. Subimos essa escada, e por fim, chegamos à rua.

Estamos na rua do Edifício Hancock, e ao que observo, todos os iniciandos estão ali, avulsos e carregando armas. Tal cenário me lembra ligeiramente o caça à bandeira, e pergunto-me se Clary tem medo de armas de tinta.

– Espera... Você tem medo daquela gloriosa noite em que ficamos quites? - Joseph pergunta.

– Claro que não, seu imbecil. Embora a cena esteja parecida com o paintball que participamos há alguns dias, todos estão carregando armas de verdade. E isso não é uma competição. É uma guerra civil.

Escuto o barulho de uma bala e subitamente sou puxado por Clary. Nos escondemos numa parte não iluminada, a qual Zeke fora atingido por Amah no jogo. A iniciando se ajoelha e retira da escuridão três metralhadoras. Oferece-nos duas e carrega a outra consigo.

– Ok. Qual é o seu próximo medo?

– Não seja tão curioso, Joseph. Logo saberá.

O solo começa a se rachar e os iniciandos que permaneciam no meio da rua caem numa imensidão escura. Ouve-se gritos e disparos de armas, e a única coisa que permanece intacta é o Edifício Hancock. Teremos que subi-lo.

– Ok. Já perceberam que, na verdade, teremos que escalar o Hancock, certo?

Um ímpeto de ansiedade percorre as minhas veias. Minha respiração começa a ficar ofegante e as batidas de meu coração batem mais rápido. A ideia de escalar um edifício de cem andares me assombra.

– N-não. Por que não vamos de escada?

Clary ri.

– Eu sabia. O maricas tem medo de altura! - ela faz uma pausa para gargalhar. - Estou brincando. Podemos ir de escada.

Seguimos em passos cautelosos até a outra calçada. Quando alcançamos, de fato, o edifício, todo o solo se desintegrara do lado de fora e um estrondo ainda maior fez um arrepio percorrer minha espinha. Entretanto, não olho para trás, apenas sigo em frente.

Subo as escadas o mais rápido possível, até depois de incessantes minutos chegarmos ao terraço. Chegando ao local, encontramos quatro pessoas com armas apontadas para nós. Clary rapidamente dispara duas balas em duas garotas, que aparentam ter nossa idade e segue em frente em direção aos dois restantes. Minha visão embaça devido à vertigem, mas, depois de breves segundos, percebo que o embate é entre Clary e seus pais.

– Segundo medo: matar os meus pais. Acho que está óbvio, não? - ela diz, enquanto desvia de um golpe de seu pai e imobiliza sua mãe.

Numa série de golpes rápidos e precisos, Clary os detém e ambos se rendem. Consigo ouvir um ruído vindo da mulher, que parece um choro.

– Me desculpe, filha. Por favor, não me mate. - diz sua mãe

Eles estão no precipício do prédio, enquanto Joseph e eu estamos na outra extremidade, próxima à porta. Decidimos nos aproximar de Clary, e gradualmente, caminho em sua direção. Quando estou próximo o suficiente, consigo ver as lágrimas saindo de seus olhos.

– Como um divergente, sei que isso não é real. Mas a imagem de minha mãe chorando, prostrada, ultrapassa qualquer capacidade cognitiva minha. É devastador e aterrorizante. - ela fecha os olhos, reprimindo as lágrimas. - Desculpem-me, papai e mamãe. Eu amo vocês.

Fecho os meus olhos juntamente e ouço vários tiros, fazendo com que o corpo sem vida do casal caia na escuridão da noite.

– Terceiro medo: soterramento.

– O quê? - Joseph e eu indagamos, quase uníssono.

– Estão preparados para cair? - ela diz, enquanto senta-se no chão.

Minhas mãos suam e meu corpo começa a tremer, não somente pelo motivo de estar nervoso, mas pelo sinal de que o prédio irá cair.

Sento-me junto a Clary. Ela oferece sua mão a minha e em questão de segundos, caímos juntos.

A sensação da queda me faz gritar desesperadamente. Não me importo, pois ambos estão fazendo o mesmo. Entretanto, a sensação de estar no chão é ainda pior. O impacto faz meus ossos estalarem, e eu sinto uma dor alucinante. Porém, sei que o pior está por vir. O prédio começa a desabar sobre o nosso corpo.

Fecho os meus olhos e regulo a minha respiração, inspirando de maneira calma. Quando estou completamente sem noção de onde estou por estar sem luz, ouço a voz de Clary invadir a minha mente.

– O que um não divergente faria? Choraria como um perdedor por estar preso e soterrado. O que eu faria? Saberia que nada disso é real e posteriormente com apenas um toque, conseguiria livrar-me desses pedaços de terra.

Alguns segundos de silêncio absoluto se fazem presentes. Entretanto, novamente ouço um estrondo, e de maneira esdruxulamente gloriosa, as pedras que nos sufocam são puxadas por uma força advinda da superfície. Em poucos segundos, os últimos resquícios da destruição são levitados, e desajeitadamente levanto-me. Olho para o céu e vejo os fragmentos do Edifício sendo absorvidos por buracos negros.

Gradativamente, sinto que movimento-me sem, de fato, estar andando. Olho para os meus pés e percebo que estou apoiado num resíduo do Hancock, e que em vez de estarmos sob terra, estamos sob mar.

– Morte à deriva. - grita Clary. Ela também se encontra numa estrutura fragmentada e sólida a alguns metros de distância de mim e de Joseph, que também se encontra isolado.

– Ok, ficaremos aqui até o amanhecer ou algo assim? - indaga Joseph.

– Não! - ela exclama. - A dinâmica desse medo é interessante: a cada um minuto que passamos presos nessa simulação, passa-se uma década, ou seja, se tivermos 16 anos, passando-se um minuto, estaremos com 26. Quanto mais tempo passamos aqui, maior a tendência de envelhecermos e morrermos, por não termos qualquer assistência. Querem esperar um minuto?

– Sim! - ambos de nós gritam quase uníssono.

– Boa sorte, então, maricas.

Decido sentar-me na estrutura que me sustenta enquanto admiro as estrelas, que adquiriram uma brilhosidade maior. Permaneço inerte por pouco tempo, até, de fato, se passar um minuto.

Sinto todos os músculos de meu corpo contraindo-se e relaxando involuntariamente, e os tecidos do meu corpo parecem estar sendo rasgados. Solto um grunhido baixo, até a desagradável sensação passar. Quando olho minhas mãos e braços, percebo que estão rígidos e musculosos.

– Eu estou musculoso! - gritou Joseph. - Isso significa que daqui a dez anos estarei assim?

– Não, senhor sabe-tudo. Essa imagem é o que você projeta de si mesmo para o futuro. É como você quer estar, não o que você será. Agora que já se divertiram, já sabem o que fazer para sair daqui.

Anuo com a cabeça, embora a garota não esteja me observando. Fecho os meus olhos e submerjo na água, que está extremamente gelada.

Quando volto à superfície, não estou mais num ambiente aquático. Estou num terreno baldio, onde ao meu redor há milhares de moradores de Chicago, de diversas facções. Cada facção está dividida em seus respectivos grupos, e juntas, formam um círculo onde Clary, Joseph e eu estamos circunscritos.

E Jeanine.

– Sentem-se. - a líder erudita sugere, apontando para três cadeiras brancas que estão atrás dela.

– Não. - É a única coisa que Clary diz.

Joseph e eu nos entreolhamos. Após alguns segundos de silêncio, lembro-me de Clary confessar que temia humilhação. Por que ela estaria confidenciando segredos dela a nós?

– Não vejo razões para a resistência, já que independentemente desses estúpidos assentos, você não estará livre das acusações.

– Medo de humilhação. - Clary sussurra.

Jeanine começa seu discurso inicial.

– Boa noite, Chicago. Estamos aqui reunidos a fim de debatermos a conduta de Clary Weverly como cidadã de nosso sistema de facções, estando integrada à Audácia.

– Jeanine, você realmente acha que conseguirá espalhar todos os meus segredos e a minha história diante de toda a população? - ela sorriu e se aproximou gradativamente da mulher.

– Isto não é uma suposição, senhorita Weverly. É um pressuposto. Em outras palavras, não acho, tenho certeza.

– Então você não me conhece, senhora Matthews. - ela proferiu e numa fração de segundos foi em direção a Jeanine.

Desferira golpes sucessivos em seu rosto, abdome e busto. Quando a líder já estava quase inconsciente, dois homens de meia-idade vestidos de preto e armados invadiram a circunferência onde estávamos e atacaram-na por trás. Joseph e eu corremos até ela, que nos interviu.

– Não. Eu já fiz isso muitas vezes, vocês são apenas invasores da minha mente.

Num passe perfeito, Clary pressionou seus dois braços, que estavam presos pelos dois soldados, e conseguira soltá-los. Quando solta, golpeou com chutes os dois homens no rosto e na perna, fazendo-os gritar de dor e se ajoelhar. As armas que estavam localizadas na cintura deles foi capturada pela garota e ela, sem hesitar, apertara o gatilho a fim de matar Jeanine. O corpo da mulher perde a rigidez e tudo se transforma.

Repentinamente, todas as pessoas que formavam o círculo desaparecem, dando lugar às chamas de cor amarelo-alaranjado. Ouço o barulho delas e também sinto o calor proporcionado, que me trazem à luz minha facção.

– Medo de morrer queimada. - disseram Joseph e Clary juntos.

– Vamos fazer do jeito politicamente correto dessa vez? - ela sugere. - Em vez de resolvermos as simulações por meio da divergência.

– E como conseguiremos escapar desse círculo intactos? - pergunto.

Clary sorri maliciosamente.

– Tecnicamente, não existe nenhuma forma que eu conheça para ultrapassar o fogo. Talvez o nerdzinho aqui saiba, mas se realmente tivermos que aplicar uma lei de física a isso, prefiro o método tradicional. Como estamos agasalhados e apropriadamente cobertos, teremos que passar e logo depois tirarmos nossos trajes, porque eles estarão pegando fogo.

Joseph franze o cenho.

– Ei! - ele se mostra indignado. - Se o propósito disso tudo seria chamá-lo pra um menáge, deveria ter me avisado antes. Não estou de acordo.

– Eu estou. - sorrio, dando de ombros.

– Ok, preparado?

– Sim.

Corro em direção ao fogo, que se intensifica ainda mais quando em contato com o meu corpo. Ao atravessar, minhas roupas flamejam e rapidamente retiro o casaco e camisa pretas que vestiam. A calça de moletom preta também pega fogo, portanto, tiro-a, ficando apenas com a roupa-de-baixo, que permaneceu intacta.

Clary faz o mesmo, ficando apenas com os trajes de baixo, o mesmo com Joseph.

– Agora que já tivemos essa experiência adorável, nós ficaremos desse jeito mesmo? - Joseph pergunta ligeiramente incomodado, logo depois dando de ombros ao vislumbrar o corpo de sua namorada.

– Sim.

No horizonte, começam a crescer figuras exóticas. Conseguimos ouvir um rugido tão estrondoso que estremece o solo árido onde estamos, fazendo com que o nervosismo mais uma vez tomasse conta do meu corpo. São leões.

– Esse é o meu último e maior medo: leões.

– Por isso a tatuagem? - pergunto.

– Sim. Sempre acreditei que nossos maiores medos devem ser enfrentados com maior voracidade. Tatuando um leão em mim faria lembrar-me de meu medo e enfrentá-lo.

Desvio meu olhar de Clary para observar os leões vindo em nossa direção. A velocidade deles é maior que o habitual e em questão de segundos eles já estão próximos a nós.

– O que faremos?

– Tentaremos nos esquivar o máximo possível, e quando os ataques provenientes dos leões começarem a se intensificar... Teremos que matá-los.

– Matar um leão? - Joseph indaga, ainda mais surpreso. - As coisas estão cada vez piores. Primeiro tenho que ficar apenas de cueca na frente de outro cara só de cueca, e agora tenho que matar o animal mais poderoso do reino Metazoa.

– Você que se submeteu a invadir a minha mente, querido. Eu permito e você ainda reclama?

Joseph não responde, pois três leões param à nossa frente. A saliva dos três cai no chão em grande quantidade, o que indica que eles estavam em jejum há algum tempo. Ouve-se um rugido uníssono e em sincronia, eles tentam nos atacar.

Esquivamo-nos e os leões rugem mais uma vez.

– E agora?

– Corram! - ela ordena e corre adjacente ao circunferência de fogo a alguns centímetros dele. Fazemos o mesmo e os animais nos seguem.

Quando alcançamos o outro lado, eles atacam novamente. Desta vez, caio no chão, e o animal tem total controle sobre mim. Minha respiração torna-se irregular e meu coração palpita cada vez mais rápido. Tento soltar-me, mas à medida em que o faço, ele se ira.

Numa ação de desespero, olho para o meu lado e vejo uma pedra de tamanho mediano. Seguro-a, e quando o leão está prestes a devorar-me, atinjo-o com a rocha. Ele vacila, mas não cai. Consigo levantar-me rapidamente e olho de soslaio Clary e Joseph. Ambos estão quase encostados nas chamas.

Compreendo a estratégia e faço o mesmo.

– No três, certo? - Clary diz.

Um. Olho fixamente o olhar maligno do leão. Ele me lembra vagamente a imagem de meu pai.

Dois. Solto um longo suspiro e concentro-me no barulho das chamas que se alastram.

Três. Ouço o lúgubre rugido dos leões e vejo seus vultos em nossa direção.

Clary, Joseph e eu nos abaixamos e vemos os animais dissipando nas chamas do círculo de fogo.

– Grand finale. - Joseph diz.


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