S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores escrita por Catwoman


Capítulo 5
Capítulo 5 - William


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos! Como vão? Aqui vai mais um capitulo, com um novo narrador! Espero que gostem dele!

E muito obrigada ao Henrique Cruz pela recomendação! Obrigada mesmo, me deixou muito feliz! *0*



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Capitulo 5 – William Maximoff

O Central Park estava relativamente calmo, e muito agradável naquela tarde ensolarada de sábado. Eu podia sentir a brisa fresca que batia em meu rosto enquanto eu caminhava lentamente, como eu sempre fazia.

Eu sempre gostei de passar meu tempo livre, caminhando pelo parque a tarde enquanto observava as diferentes pessoas que passavam por lá. O parque era o meu lugar favorito na cidade quando eu apenas queria relaxar, me sentar e ler ou escrever por horas, ou apenas observar o tempo passar. Ao contrário do meu irmão, eu não gostava da pressa ou da correria. Eu apreciava a calma e a tranquilidade.

Esse era um habito que eu praticava sozinho. Mas não hoje.

— Obrigado por aceitar meu convite. — Digo para Lorraine, que anda ao meu lado, quebrando o silencio que pairava sobre nós há alguns minutos. Nenhum de nós era muito chegado a conversas. Eu era a pior pessoa do mundo para começar um assunto, e Lorraine simplesmente não falava muito.

Pelo canto do olho, vejo Lorraine caminhar lentamente, observando o ambiente com curiosidade. Geralmente, Lorraine odiava sair, mas eu a havia convencido a desfrutar do meu pequeno hobbie comigo por esta tarde. Depois de uma pequena insistência.

— Era o único jeito de ter fazer parar de me convidar. – Ela dispara sem pensar. Então ela fecha os olhos e suspira pesadamente. – Desculpe, não quis ser grossa.

— Não, tudo bem. – Baixo meus olhos para o caminho que fazemos. Após tanto tempo de convivência (Eu já a conhecia a quase dois anos), eu já estava acostumado com a espontaneidade de Lorraine, e sabia que muitas vezes, ela não falava as coisas por mal. Ela apenas dizia o que pensava. E eu gostava disso nela.

— Não. Sério, eu adorei o convite. — Ela insiste com a voz mais suave. – Agora entendo por que gosta de vir aqui, é um lugar agradável. — Ela me olha brevemente. — E você é uma boa companhia, William.

Não posso deixar de abrir um sorriso ao ouvir aquilo.

Antes que pense errado, eu e Lorraine não éramos um casal. Quer dizer, eu gostava dela, e talvez ela soubesse disso, mas Lorrie nunca deixava nenhuma emoção ou sentimento transparecer. E eu não era como meu irmão, que se dava bem com qualquer garota.

— Pode me acompanhar mais vezes. — Eu digo, aproveitando a oportunidade. - Vai ser um prazer ter você como companhia.

Lorraine se limita a dar um breve sorris enquanto paramos sobre a ponte, contemplando a paisagem. Alguns minutos depois, Lorraine me encara com seus olhos castanhos esverdeados.

— Afinal de contas, onde está o Thomas?

— Deve estar no instituto, visitando a nossa prima. Vou pra lá mais tarde, senão minha prima vai me encher o saco depois. E o Tommy também. — Lorraine ri secamente.

— Sua prima me odeia.

— Luna não te odeia. — Tento contra argumentar, mas a verdade era que Luna realmente não nutria qualquer amizade ou afeição por Lorraine. — Enfim, tem certeza de que não pode vir hoje? — Pergunto, meio sem jeito, tirando uma mecha de cabelo de seu olho. — Matt vai sentir sua falta.

Lorraine demorou um pouco antes de responder.

— Eu adoraria, Willian, diga isso ao Matt por mim. E avise ao Sr.Strange que vou compensar a falta. Mas vou jantar com Connor e minha tia hoje. – Ela desvia seu olhar para o lago. — Connor e eu estamos nos dando tão bem agora...e Jane Foster tem sido tão gentil comigo...

— Isso é ótimo. – Eu me animo por ela. Eu não conhecia a mãe de Connor, mas sabia que ele, juntamente com Scarlett, estavam tentando incluir Lorraine no círculo de amizades da equipe, desde que eles se conheceram, a meses atrás. E era bom ver que ela estava conseguindo se relacionar um pouco melhor com as pessoas. — Fico feliz por isso.

— Então...nos vemos amanhã?

— Vou passar o dia com a Scarlett amanhã. — Ela me responde, me estudando detalhadamente.

— Entendi. — As duas tem passado cada vez mais tempo juntas. Eu não estava reclamando, Scarlett era, depois de Danny, a pessoa mais próxima de uma melhor amiga que Lorraine já teve na vida.

— Pode vir junto se quiser. Tenho certeza de que ela não vai se importar. — A garota diz sem pressa, quebrado meus pensamentos.

Novamente abro um sorriso, fazendo- a sorrir também.

— Tem certeza?

— Como ela mesma diz, sou mais velha, então eu mando. – Ela ri. – Então sim, pode nos acompanhar. Nos encontramos na frente da sua casa, as 9:30h, amanhã. Depois vamos pegar a Scarlett. Provavelmente teremos de acorda-la, e você não vai querer perder isso.

— Me parece um ótimo plano. — Olho meu celular, vendo o horário. — Bom, acho que é aqui que nos separamos. - Digo descontraído.

— Sim, também preciso ir. — Ela concorda. — Nos vemos amanhã.

Ao terminar a frase, Lorraine faz, sem qualquer aviso prévio, um gesto do qual eu não esperava. Ela se inclina rapidamente e deposita um beijo em meu rosto.

— Obriga de novo pelo passeio.

Não digo nada quando Lorraine se vira, fazendo seu trajeto solitário rumo à casa de Connor. Bagunço meus cabelos castanhos, observando a garota, até que ela some de meu campo de visão, então eu me concentro em meu próprio caminho.

[x]

Ando pelas ruas de Manhattan, despreocupado, e sem pressa.

Entro no primeiro beco que vejo, para fugir dos olhares e da multidão da cidade. Me escondo nas sombras do lugar e começo a recitar meu feitiço, que me fará chegar à casa de meu mentor mais rápido.

— QueroestarnacasadosStrange. –Era assim que funcionava. Eu não era como Lorraine, que podia estalar os dedos e aparecer em outro lugar, ou criar magias sem dize-las em voz alta. No meu caso, eu tinha de recitar a coisa toda pra dar certo. — QueroestarnacasadosStrange. — Adimito que as vezes, isso era um pouco humilhante.

Continuo a repetir essas palavras até que abro meus olhos e me dou de cara com a mansão, que é o lar de Stephen Strange e seu filho, Matthew Strange. O lugar é enorme e respeitoso, mas como eu já estou acostumado a vir aqui, seu tamanho já não me intimida mais. Minha mãe era muito amiga do Dr.Strange, e há um ano ele me dá “aulas” de magia, a pedido da minha mãe. Na verdade, eu e Lorraine éramos seus “Aprendizes”.

Foi assim que eu ficamos amigos de Matt.

Me aproximo da porta, andando rapidamente pelo jardim da frente. Não demora muito para um garoto alto e extremamente pálido me atender na porta. Seus olhos são de um azul extremamente chamativo e vivo, enquanto seu cabelo é negro, cortados bem curtos.

– Billy. – Ele esboça um sorriso ao me ver. – Como vai cara? Entre.

Matt Strange tem apenas 16 anos, e competia ferozmente com Lorraine pelo posto de pessoa mais anti-social do mundo (Porém, acredito que ele estava ganhando por pouco por vários motivos). Matt era tão recluso que ele só tinha a mim, Lorraine e Valéria Richards como amigos. Mas Matt não se importava com isso, ele era feliz desse jeito. Tommy estava constantemente chamando-o de esquisito ou fazendo trocadilhos com seu sobrenome e o livro “Carrie - A Estranha”.

Ele não era feiticeiro como o pai (Apesar de conhecer como ninguém qualquer magia ou encantamento). Matt era diferente. Ele era um mutante.

Acontece que a “mutação” de Matt era realmente estranha, e era ela que o fazia afastar as pessoas de si. (Ou vice e versa). O garoto nasceu com o dom de ver, falar e controlar os mortos. Basicamente, ele possui o “dom” da necromancia, por assim dizer. Mas essa ainda não é a parte mais estranha de sua vida. Matt possui outro… “problema” pessoal. Um problema que está ligado a sua capacidade mutante. E é esse problema que faz com que Tommy o chamasse constantemente de esquizofrênico.

Porém, depois que você o conhecia de verdade, você descobria que Matt era um garoto simpático e sensível, além de ser bem tímido e muitas vezes inseguro, mas era um ótimo garoto.

— Lorraine não veio? – Ele pergunta, e faz uma careta antes de sussurrar para si mesmo. — Não, Wyatt, não vou perguntar isso. — Ele volta a me encarar, um pouco acanhado e envergonhado. - Desculpe.

— Lorrie teve um outro compromisso. Mas ela sente muito por não vir hoje. — Eu lhe respondo, entrando em sua casa. Logo, ele está me guiando até a enorme sala do casarão.

— Meu pai saiu. — Matt me avisa. — Mas acho que logo está de volta. Pode esperar por ele aqui. Ah, e a Val está aqui. — Ele me avisa assim que entramos na sala. Imediatamente vejo Valeria, com um livro em mãos, e outros vários espalhados pela sala.

— Matt, acho que eu...- Ela para ao me ver, tira seus óculos e me oferece um sorriso radiante. – Oi Billy! Faz tempo que não nos vemos!

— Como vai, Val? — A garota pula em meus braços para um abraço, e eu retribuo a tirando do chão. — O que faz aqui? Seu irmão também veio?

— Frank está no instituto, como sempre. — Ela diz indiferente. — Meus pais tiveram que sair, então eu vim pra cá, passar o dia com o Matt.

— É, por que eu sou uma ótima companhia. — Matt diz de forma irônica e insegura, se sentando no enorme sofá.

— Você é uma ótima companhia. — Val se joga ao seu lado, o abraçando. — Sabe que eu adoro passar um tempo por aqui.

Matt abre um sorriso sincero para a amiga.

— Você só diz isso pra me animar.

Valeria apenas ri em resposta. Apesar de terem três anos de diferença, os dois se davam muito bem.

— O que estão fazendo? – Inquiro, pegando um dos livros espalhados em minhas mãos, analisando a capa. –— Alquimia?

Bom, pelo menos não era nenhum livro relacionado a fantasmas ou derivados.

— Só estamos pesquisando, lendo sobre o assunto. — Matt diz, se levantando e começando a guardar ao poucos os livros e anotações. — Acho esse assunto bem interessante.

— Interessante. - Entrego o livro para Matt, que o coloca junto com a pilha de outros livros que estavam espalhados até pouco tempo atrás. — E vocês estão sozinhos aqui?

— Não, o Wong está aqui também. - Matt se refere ao mordomo e amigo de seu pai. As luzes começam a piscar, até que o garoto complementa. — E o Wyatt, lógico. - O garoto me fita, percebendo que eu ainda estava de pé. — Senta ai cara. Você é da casa.

Sento-me no sofá, como Matt pediu, me preparando para esperar por meu mentor, enquanto eu observava vagamente a conversava animada que se formava entre Valeria e Matt, desejando silenciosamente que o dia de amanhã chegasse logo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Tentei fugir dos clichês no começo...mas acho que não consegui -.-
Enfim, espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar e me dizer o que estão achando, ok?

Então é isso, até a próxima!!! :*