Em Família escrita por Aline Herondale


Capítulo 10
Nove Horas da Manhã


Notas iniciais do capítulo

E finalmente o Nyah! retornou.
Já estava surtando pela abstinência do site.
O capítulo ficou pequeno e sem muito conteúdo mas não teria como colocar tudo o que queria num único capítulo. Ou ficaria exageradamente grande. Então dividir e este ficou sem graça, mas temos o incremente de um novo personagem.
Alguém já está imaginando algo?
Bom,
Espero que gostem!



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– Bom dia querida. – Minha mãe vinha andando até mim, sacudindo sua raquete de tênis. Tentei me lembrar de, pelo menos, uma vez em que já a havia visto usar a nossa quadra. Não me veio nada à mente. Levantei os olhos e abaixei o livro que lia – mais uma de minhas pesquisas para tentar entender a mente perturbada do meu tio.

Lena estava de bom humor.

– Tio Charlie limpou a quadra ontem. Então vamos jogar uma partida. – Ela parou na minha frente e colocou uma das mãos na cintura, jogando o quadril para o lado. Eu já não vira muitas garotas da minha escola, que usavam um tipo de calcinha-short, fazerem esse mesmo movimento? Ah, sim...elas mesmas.

– Você não quer ir, quer? – Lena perguntou irônica, me mostrando um sorriso. Só faltava-lhe os caninos.

– Olá, Evie. – Charlie disse, se aproximando da cadeira suspensa em que eu estava encolhida e coberta por uma manta enquanto lia meu livro. O sol havia nascido fraco e o jardim estava com um agradável aroma de lavanda, momento perfeito para ler um livro ao ar livre. E aproveitei o fato de termos uma cadeira suspensa no meio do jardim, melhor local.

Minha mãe se virou para exibir seu sorriso. Pena ele estar olhando para mim quando ela o fez.

– Eu peguei um dos cintos do Bryan. As roupas deles estão um pouco grandes. - Deixei o livro cair no meu colo e endireitei a coluna. Ele vestia roupas do meu pai?!

De forma rápida passei meus olhos sobre seus trajes e reconheci cada peça; com certeza eram do meu pai. Lancei-lhe um olhar de fúria mas no mesmo segundo ele se virou para minha mãe: - Pronta?

– Podemos ir. – Ela respondeu e começou a andar. Ele me deu uma piscadela antes de segui-la como um carneirinho.

Girei a cadeira de modo que conseguisse os ver jogando, ao longe. Minha mãe ria a toda hora e Charlie não perdia uma bola. Ela claramente flertava-o a todo minuto mas ele fingia estar concentrado demais no jogo para perceber. Ri internamente e sai dali, voltando para dentro da mansão.

Estava no meu quarto, prendendo o encontro das duas mechas da lateral da minha cabeça quando a campainha tocou. Desci as escadas e, ao abrir a porta, encontrei uma senhora de setenta anos segurando um buquê de lírios brancos. Seus olhos azuis brilharam quando me viram e um sorriso cresceu nos seus lábios finos.

– Evie? – Ela perguntou. – Oh...sou eu. Venha dar um abraço na sua tia Green. – Ela disse estendendo o braço livre. Franzi o cenho, afinal, não me lembrava daquela mulher e me afastei um passo.

Focalizei os lírios que ela carregava e lembrei que lírios exatamente iguais haviam nascido em volta das pedras redondas que tínhamos espalhadas pelo jardim. Sim, pedras redondas; perfeitas esferas. Provavelmente frutos da imaginação de arquiteto do meu pai.

– Evie? – Ela me chamou tirando-me do meu transe. Lhe dei passagem para que adentrasse a mansão. Receosa ela o fez carregando a única mala de mão que tinha. Correu os olhos pelo interior da mansão e depois olhou para mim, ainda sorrindo.

– Vou chamar minha mãe. – Avisei-lhe e andei apressada até a porta dos fundos que dava para o jardim. Aproximei-me da quadra e apoiei as mãos na grade.

Quando terminaram a partida Charlie olhou para mim e minha mãe acompanhou seu olhar, me encontrando ali parada.

– Algum problema meu bem? – Lena gritou da onde estava.

– Uma mulher veio nos visitar. – Falei num tom em que ela conseguisse escutar. – Ela trouxe lírios brancos.

– Lírios brancos? – Lena pensou alto.

– Melhor ir vermos quem é. – Charlie aconselhou e minha mãe mexeu a cabeça positivamente. Seguirmos para a mansão, com minha mãe dando pulinhos durante o trajeto para encurtar o caminho.


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Notas finais do capítulo

Eu sei. Ficou sem graça. Prometo compensar no próximo.
NÃO DEIXEM DE COMENTAR.
xoxo