The Hardest Of Hearts escrita por Deadly Fortune


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

UM VIVA PARA SHIPS ODIADOS! :v Gente, eu amo MakoRin. Podem me julgar. Não se preocupem, meu coração ainda é tomado por MakoHaru e RinTori! Mas, eu terminei de ler High Speed (pra quem não sabe, Free é baseado nesse livro) e os meus feels MakoRin explodiram! Eu precisava escrever uma one xD Eles tinham/tem uma amizade muito forte e em High Speed essa amizade é mais explorada que no anime, infelizmente. :(
A cena do começo é praticamente a mesma do livro, então SPOILER ALERT!
Não tive tempo para fazer uma revisão detalhada, então desculpem os errinhos! Nos vemos lá embaixo :v



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(12)

— Haru, não se esqueça de descansar bastante, está bem? — Makoto falou em sua voz fina e gentil.

Haruka apenas concordou levemente com a cabeça. Já estava se sentindo um pouco melhor, mas seu estado poderia ser uma ótima desculpa para evitar interações sociais desnecessárias. O menino de cabelos negros deitava na cama dura do hospital, foi sortudo o suficiente para conseguir um apartamento só para ele. Não era nada luxuoso, na verdade, aquele lugar poderia ser definido apenas com a palavra tédio; a única coisa que poderia entretê-lo durante sua estadia ali era a pequena TV presa à parede, sua imagem não era nada boa e não conseguia encontrar o controle remoto em nenhum lugar. Nanase contava as horas para sair dali.

— Vou chamar o médico para avisar que você acordou. — Disse o garoto de olhos verdes.

Makoto fechou a porta quando saiu, fazendo com que o som ecoasse pelo quarto quase vazio. Rin estava ali o tempo todo em um dos raros momentos em que conseguiu permanecer em silêncio por mais de cinco minutos. Nada conseguiu ouvir além do barulho do ar-condicionado e a respiração pesada de Haruka. Não conseguia fitar o colega naquela condição e limitava-se a olhar para o piso.

O silêncio perdurou por mais algum tempo até que a voz de Nanase ecoou pelo quarto.

— Matsuoka.

Rin encarou Haruka pelos cantos dos olhos.

— Obrigado. — Haru dissera aquela palavra tão honestamente que até o próprio se surpreendeu.

O ruivo acenou com a cabeça e voltou seu olhar para o chão. Rin não entendeu o porquê de Nanase ter agradecido apenas a ele.

Quando Haru quase se afogou, Rin e Makoto estavam passando pela ponte Mitsuki. A pequena Aki os avisou que o moreno havia caído no mar e Makoto não pensou duas vezes antes de mergulhar atrás dele. Rin não teve tempo para raciocinar, o seguindo em um impulso e ajudando a carregar corpo do garoto afogado para fora da água, mas só. Makoto havia feito praticamente tudo sozinho, era ele quem Haruka deveria agradecer.

Os dois continuaram em silêncio até Tachibana voltar com o doutor ao seu lado. O médico apressou-se para verificar como Haru estava.

— Você ficará bem, Nanase-kun — o doutor sorriu, fazendo com que rugas aparecessem ao redor de seus olhos. — Só precisará ficar em observação por mais um dia, logo voltará para a casa. Contactamos sua mãe e ela estará aqui em um segundo.

Makoto aproximou-se da cama, curvando-se sobre o leito.

— Não se preocupe com a escola — disse. — Virei trazer seu dever de casa depois da aula.

Novamente, Haruka não se preocupou em responder.

Mako vestiu o seu casaco que descansava na cadeira ao lado da cama.

— Bom, preciso ir antes que escureça — falou suavemente. Abriu a porta e virou-se para dar um último aceno para o melhor amigo. — Até amanhã, Haru.

Rin ficou por mais alguns segundos procurando o seu próprio casaco. Despediu-se de Haruka com apenas um gesto, saindo apressadamente.

Fechou a porta e respirou fundo com dificuldade. Analisou rapidamente o corredor do hospital, médicos e enfermeiros andavam de um lado para o outro, alguns levando pacientes em macas ou cadeiras de rodas. Aquilo era a rotina daqueles profissionais, lidavam com emergências da forma mais calma e correta possível.

Rin perguntava-se porque ele não havia conseguido fazer o mesmo.

Enquanto estava perdido em seus próprios pensamentos, Makoto já havia saído do hospital. Apressou o passo e conseguiu alcançá-lo, a temperatura lá fora havia diminuído bastante. Colocou as mãos no bolso do casaco marrom, poucos passos atrás do garoto mais alto. O céu tinha um bonito tom alaranjado e a brisa litorânea balançava os galhos das árvores, as ruas ainda estavam tranquilas e algumas pessoas já começavam a deixar seus respectivos empregos e voltar às suas casas. Era uma tarde adorável.

Makoto continuava a caminhar despreocupadamente, como sempre fazia; Rin surpreendia-se como o colega estava levando aquilo tão bem, como se nada houvesse acontecido.

— Tachibana — conseguiu falar. Era como se não usasse sua voz há anos.

Mako parou e virou-se.

— O que houve, Matsuoka-kun?

— Eu...

Fitou aqueles olhos verdes e brandos à sua frente. Era como se nenhuma palavra conseguisse sair de sua boca e pôde sentir as batidas de seu coração acelerarem.

Tachibana esperou pacientemente a resposta, mas logo continuou a caminhar. Rin acompanhou-o outra vez, dando um pouco mais de tempo para seu cérebro voltar a funcionar corretamente.

— Eu... Eu estava muito assustado — aqueles eram os sentimentos verdadeiros do garoto. A sensação que ele havia sentido quando viu Haruka inconsciente continuava até aquele momento, era um medo profundo que o dominava por completo. Normalmente, ele acharia que seus pulmões puxariam ar automaticamente e seu coração continuaria a bater mesmo se ele não fizesse nenhum esforço para aquilo. Mas naquele momento, ele achava que precisava respirar profundamente senão todas as funções do seu corpo parariam. — Eu estava tão assustado que não soube o que fazer.

Makoto virou-se e ofereceu-lhe um sorriso. Continuou andando enquanto olhava suavemente para trás.

— Está tudo bem — afirmou. — O médico falou que é apenas uma gripe e não se tornou uma pneumonia. Ele ficará melhor logo.

Surpreendeu-se em saber que tudo aquilo fora causado por uma simples gripe. Jurava que o estado de Nanase era mais sério, tanto que quando o viu se afogando, havia entrado completamente em pânico.

Mas não era Haruka que estava o preocupando no momento.

— Não, não é sobre Nanase — ele parou. — É sobre você, Tachibana.

— O quê? — Makoto havia parado de andar também, ficando sob a mira do olhar sério de Matsuoka, porém sem tirar o sorriso dos lábios. Era como se quisesse perguntar se Rin estava brincando.

— Quando puxamos o Nanase para fora da água, você estava tremendo — o olhar do ruivo tornou-se mais sério. — Não estava?

— Estava? — o menino pareceu surpreso — Era como se eu estivesse sonhando, então não consigo lembrar muito bem — continuou seu caminho.

Rin fitava as costas de Makoto. Tinha plena certeza que ele estava tremendo. Apesar da hora tão delicada, Makoto conseguiu dar ordens precisas para Rin e Aki, porém estava tremendo tão fortemente que não tinha como não notar. Seu corpo inteiro tremia: Suas mãos, suas pernas, seu rosto — ele não tremia por causa do frio, mas sim por causa do medo sem igual que o consumia. Depois que a ambulância havia chegado, Makoto não largara Haruka por nenhum instante. Por todo o percurso até o hospital, segurava a camisa de Haru fortemente, tremendo e gritando seu nome.

Rin nunca havia visto alguém tão apavorado antes. Aquela cena tinha se agarrado em seu coração e ele não conseguia fazer com que seu corpo o obedecesse corretamente. Sentia-se um completo inútil.

Mas decidiu ficar calado, se Makoto dizia que não se lembrava, então não iria forçá-lo a nada. Continuou andando um passo atrás dele.

Pararam na parada de ônibus mais próxima.

— Você vai a pé hoje? — perguntou o de cabelos castanhos.

— Não. Está muito tarde e eu não estou me sentindo muito bem — respondeu, a voz ainda desanimada.

— Ah, entendo.

Não demorou para que o ônibus chegasse, Iwatobi era uma cidade pequena então quase todos os ônibus iriam na mesma direção. Os dois sentaram-se lado a lado, mas não compartilharam sequer uma palavra e nem trocaram olhares.

Durante a curta viagem, Rin perdia-se em seus próprios pensamentos. As cenas passavam em sua mente como em um filme, a bravura e o medo de Makoto ficaram cravadas em seu peito. Sentiu todo desespero e toda a dor de quase perder seu melhor amigo que se refletia nos olhos de Tachibana. Porém, ficou admirado com a intensidade da relação dos dois, ele parecia fazer de tudo por Haruka e aquilo era inacreditável.

Makoto sempre foi uma pessoa equilibrada mesmo com doze anos de idade, calmo e organizado; apesar do pouco de tempo de convivência que tinham, Rin sabia que poderia confiar no meninoe sentia uma paz incrível toda vez que estava ao seu lado.

Contudo, ver alguém tão maduro quanto Makoto se partir em dois, chorando debruçado sobre o corpo inconsciente de Nanase era algo difícil de digerir.Naquele momento, teve que aceitar o amargo fato que Haruka era a pessoa mais importante na vida de Makoto e nada nem ninguém mudaria aquele fato.

Enquanto observava a alma de Tachibana se despedaçar lentamente com a possibilidade da morte de Haru, um turbilhão de sentimentos nasciam dentro de Rin: Medo, angústia, tristeza e inveja.

Sobretudo, inveja.

Será que algum dia encontraria alguém como Makoto? Uma amizade tão intensa que nada poderia quebrá-la? Um amigo tão fiel que era capaz de qualquer coisa para salvá-lo? Haruka era sortudo e até parecia que ele não valorizava aquela dádiva em sua vida. Rin suspirou, sentindo-se desafortunado.

Ele estava tão distraído que quase perdeu sua parada. Levantou-se e tocou a campainha, despedindo-se em seguida.

— Até mais — disse.

— Até.

Fitou-o por um último momento e Makoto parecia o mesmo de sempre: ele sorria gentilmente enquanto erguia suas sobrancelhas resolutas. Aquele Makoto parecia completamente diferente do menino desesperado que viu poucas horas atrás.

Talvez eu tenha me preocupado por nada, pensou.

Rin saltou duas paradas antes de Makoto, a força do seu corpo voltara gradualmente assim que desceu. Ele respirou fundo e observou o ônibus ir embora. Balançou a cabeça levemente como se quisesse arrancar aqueles pensamentos à força e caminhou até sua casa.

Assim que Rin saiu do ônibus, as mãos de Makoto começaram a tremer imediatamente. Ele não precisava mais fingir que tudo estava bem, então deixou a máscara cair, sentindo como se algo houvesse quebrado dentro dele. Suas mãos tremiam tanto que não conseguia fazer nada para pará-las, aquilo logo foi tomando seu corpo inteiro e antes que percebesse, suas pernas, seu peito, seu rosto e até seus dentes tremiam bruscamente. Ele se abraçou o mais forte que podia e se curvou sobre as pernas, fazendo com que sua testa encostasse nos joelhos trêmulos. Não importava o quão forte suas mãos agarravam seus braços, não importava o quão forte ele cerrava seus dentes, nada fazia com que parasse de tremer. Não demorou paras que seus olhos transbordassem d'água.

Enquanto sentia as lágrimas escorrendo rapidamente por suas bochechas, Makoto gritou em silêncio.

(17)

A escrivaninha balançou levemente e por alguns segundos, depois voltou ao seu estado imóvel. Não demorou para que o celular em cima dela voltasse a tocar, novamente fazendo com que a escrivaninha balançasse. Dessa vez a tentativa foi mais eficaz, na cama ao lado, o jovem movia-se suavemente debaixo das cobertas.

Uma terceira ligação pareceu adiantar, fazendo com que Makoto acordasse de uma vez por todas.

— Anh...? O que...? — ele deixou um gemido sonolento sair.

Tateou a mesinha ao seu lado atrás do aparelho, sequer deu-se o trabalho de ver quem era que estava ligando àquela hora ou pelo menos abrir os olhos. Ainda deitado, deslizou o celular verde e colocou-o sobre a orelha que não estava amassada no travesseiro.

— Alô...? — não escondeu o sono na voz.

Hey, Makoto. Você demora para acordar, não é?

— Rin? — o jovem levantou-se ao reconhecer a voz do amigo, apoiando-se nos cotovelos.

É, sou eu — o outro falou em sua voz grossa e indiferente de sempre.

— Rin... — ele esfregou os olhos. — Que horas são?

Não sei — respondeu o outro rudemente. — Tarde.

Já havia conseguido abrir os olhos por completo e fitou o rádio relógio em sua mesa marcando um pouco mais de onze horas da noite.

— Tarde — confirmou.

É.

Finalmente conseguiu levantar, sentando-se na beira da cama.

— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com você? — perguntou em seu tom de voz maternal que Rin muitas vezes achava irritante.

Tá tudo bemrespondeu.

Um silêncio breve caiu sobre os dois. Makoto riu.

— Não minta pra mim — disse em tom divertido. — Você não costuma me ligar com frequência. E justamente hoje você decide me ligar a esta hora.

Matsuoka ficou mudo.

— É por causa das nacionais, não é? — concluiu Tachibana.

Rin suspirou.

É — o ruivo admitiu. Mako concluiu que Rin estava cerrando os dentes outra vez, ele fazia aquilo toda vez que se sentia nervoso. — Eu não consigo dormir, passei o dia inteiro treinando. Isso é patético.

— Não, não é — disse Tachibana imediatamente. — É uma grande conquista para a Samezuka e você é um dos melhores nadadores deles. — sorriu. — É normal estar nervoso.

Um dos melhores? Tsk. Não seja estúpido, eu tive que implorar para o Mikoshiba me colocar de volta no time.

— Isso não é importante, está bem? O que importa é que você está no revezamento e seu colégio tem grandes chances de ganhar.

É, eu acho... — por alguns segundos, apenas a respiração de Rin era ouvida. — Mas, esses caras...

— Hum? — Makoto atentou-se ao que o outro tinha a dizer.

Eles... Não são vocês.

Tachibana silenciou-se, esperando uma explicação melhor.

Quer dizer, eles são ótimos nadadores. Mas, nós não temos sintonia. Entende?

— Sim, entendo — mentiu. Makoto nunca havia nadado em um revezamento ao lado de outras pessoas sem ser seus amigos e não, ele não fazia ideia do sentimento de Rin. Porém, ele ia tentar apoiá-lo de qualquer jeito.

Eu só... — outro silêncio enquanto o ruivo procurava pelas palavras certas — Eu... Sinto falta de vocês, de nadar com vocês. Eu sinto a su... — as últimas palavras foram abafadas, Makoto não pôde ouvi-las em sua plenitude.

— Anh...? — Mako ia pedir para que repetisse a frase final, porém o amigo não o deixou terminar.

Por que diabos ainda estamos conversando pelo telefone? Venha para a droga da janela, idiota!

O garoto alto estava confuso, mas caminhou até a janela, tirando a cortina da frente e olhando para a noite lá fora. Sua boca tomou o perfeito formato de uma esfera quando viu Rin parado em frente a sua casa. Matsuoka desligou o celular e sinalizou para que o amigo descesse. Tachibana sequer pensou duas vezes, desligou o telefone e lançou-o na cama. Abriu a porta e correu escada abaixo, nem se importando em se calçar quando chegou ao lado de fora.

Rin vestia roupas de corrida e seus cabelos vermelhos estavam presos em um pequeno rabo de cavalo.

— Rin, o que está fazendo aqui? É muito tarde! — disse com preocupação genuína na voz.

O ruivo olhou-o da cabeça aos pés e sorriu, deixando seus dentes afiados à mostra.

— Bonito pijama — debochou.

Makoto vestia uma camisa estampada com um desenho infantil de uma orca e calças repletas de corações. O rapaz ficou envergonhado, fechando a porta em suas costas.

— F-Foi um presente dos meus irmãos! — explicou-se. Deu alguns passos até ele — O que faz tão longe a essa hora?

Rin coçou a nuca.

— Eu... Eu tava correndo aqui perto, então decidi ver se você estava por aqui — respondeu, desviando o olhar.

Makoto sabia que era mentira e uma péssima mentira. O colégio Samezuka era longe de Iwatobi, precisando pegar o trem para chegar ali. Rin também estava consciente de que poderia ter lhe dado uma explicação infinitas vezes melhor, entretanto aquela foi a primeira coisa que pensou.

— Anh... Você não quer entrar? — o mais alto lhe ofereceu um sorriso gentil — Tomar um copo d'água ou chá? Acho que você está cansado da corrida.

O outro checou as horas em seu celular e logo voltou a fitar o rosto do rapaz. Estava propenso a recusar seu convite, dizendo que já era tarde e que ele poderia perder o último trem, mas será que existia alguém capaz de dizer não a Makoto Tachibana? Rin sentiu-se frustrado, aquele sorriso o machucava.

Encolheu os ombros.

— Está bem — disse, derrotado.

— Ótimo!

Matsuoka cerrou os dentes enquanto seguia Tachibana, será que ele poderia parar de ser tão feliz por ao menos um segundo?

Os dois entraram, indo até a cozinha. Rin sentou-se à mesa enquanto Makoto vasculhava os armários.

— Você quer chá? — perguntou.

— Água — respondeu o outro que observava a pequena cozinha/sala de jantar, sentindo-se culpado apenas por estar ali.

O anfitrião não demorou para colocar um copo d'água gelada na mesa e puxar uma cadeira para sentar-se em sua frente.

Rin bebeu como se estivesse no meio do deserto há meses, chocando o fundo do copo ruidosamente contra a madeira. Ele fitou o amigo que o encarava com um sorriso e cotovelos apoiados na mesa.

— Que foi? — levantou uma sobrancelha.

— Estou esperando.

— Esperando o quê?

Tachibana coçou a bochecha direita e falou do alto de sua inocência:

— Oras, a coisa que você precisa me contar.

Rin pigarreou.

— E-Eu já falei! — a irritação era clara. — Eu não tenho “algo” pra contar. Precisava me acalmar de algum jeito. Só queria... — desviou o olhar — Conversar com você.

— Comigo? — Makoto abriu um largo sorriso. O mesmo sorriso que estampava seu rosto toda vez que estava muito feliz, com bochechas coradas e olhos verdes que pareciam brilhar. Aquela expressão boba não mudou nem um pouco desde que tinha 12 anos.

— Sim, droga — passou a mão pelos fios vermelhos — Mikoshiba me tiraria do time se eu falasse algo relacionado a isso. Nagisa é um pestinha, Rei é esquisito demais e o Haru é uma aberração — bufou. — Eu não tenho muitos amigos, sabe.

— Mas e o...?

— Ai? — Makoto concordou com a cabeça. Ainda era muito esquisito ver Rin chamar alguém por um apelido tão íntimo como “Ai”. — Ele é um ótimo amigo, mas.... — seu dedo indicador limpava as gotículas de água do copo em sua frente. — Acho que ele não entende.

Desviou a atenção para Makoto. O rapaz encarava Matsuoka com genuína apreensão, Rin não conseguia fitá-los nos olhos. Eram honestos demais, preocupados demais. Toda vez que olhava-os, seu peito apertava.

Depois de alguns segundos de conversa silenciosa, chegou à conclusão que os dois não estavam em sincronia, ele não conseguia ler os pensamentos de Makoto assim como Haruka. Porém, tinha quase certeza de que Makoto era plenamente capaz de ler sua mente.

Direcionou o olhar para o balcão da cozinha.

— Esqueça. Não quero mais falar sobre isso — disse, suas bochechas adquiriram um bonito tom carmesim.

— Ehhh?! Mas, não falamos nada! — expressou, os olhos arregalados e a boca aberta.

— Esqueça! — repetiu, elevando o tom de voz e trincando os dentes afiados — Vamos mudar de assunto.

Recostou-se na cadeira, cruzando os braços sobre o peito.

— Me... Me fale sobre você — sentia-se desconfortável falando aquilo, tentava ao máximo esconder. — Faz tanto tempo que não nos falamos. Me fale sobre... — desviou o olhar novamente, fazer aquele tipo de pergunta e ser amigável era trabalho de Makoto, não dele. — Sobre o que você tem feito nas férias.

O garoto de cabelos castanhos observou a cena com um leve sorriso. Era engraçado vê-lo tentando sair de sua zona de conforto. Por um momento, achou Rin adorável.

— Na verdade, eu não fiz nada de novo nas férias — respondeu com simplicidade e passou alguns segundos buscando memórias em sua própria mente. — Ah! Nós viajamos para Ibuki durante poucos dias, nos divertimos muito. Mas choveu quase todo o tempo que ficamos por lá, então não deu para aproveitar quase nada! — ele riu. — Os gêmeos quase morreram de tédio trancafiados no hotel o dia inteiro.

Por os minutos que viriam, Rin ouviu atentamente as histórias de Makoto que contava com vivacidade todas as peripécias de seus irmãos menores durante a viagem. O mais novo não conteve um sorriso tímido, quase imperceptível.

— E então, o Haru...

— Espera, Haru? — Rin pareceu mais surpreso do que deveria.

Makoto piscou duas vezes.

— Sim, Haru — explicou, ainda confuso. — Ele viaja conosco todos os anos. Pensei que você soubesse.

— Anh, sim. Entendo. — mentiu.

— Pois é. O Haru quis nadar na fonte do hotel! — Makoto continuou sua história com um grande sorriso — Os donos chamaram a polícia!

Dessa vez, a história foi bem mais curta. Rin já não se importava em prestar devida atenção aos relatos do amigo, parecendo que algo em sua mente o distraía. Makoto não demorou a perceber.

— Rin — disse, sua voz suave quase machucava os ouvidos do outro — Algo errado?

Ele não respondeu, o nome de Haruka na conversa o deixou apreensivo de súbito. A sensação que queimava seu peito era estranha para ele, agonizante e nostálgica. Lembrava-se de tê-la sentido anteriormente, mas quando?

Sua relação com Haru nunca fora harmoniosa, tudo que sentiu por ele era ambíguo até então; uma forte amizade sempre acompanhada de fúria e inveja. Era ótimo ter reconciliado-se com ele, porém não sabia se todas as diferenças foram definitivamente deixadas no passado.

— Rin — chamou-o outra vez, tocando sua mão levemente.

Quando sentiu a pele quente de Makoto sobre sua, retirou a mão da superfície da mesa rapidamente. Durante aquele terço de segundo, Rin lembrou-se da última vez que aquela mesma sensação invadia seu corpo.

Fora há muito tempo, especificamente 5 anos atrás. Ao fitar aqueles olhos preocupados, conseguia vê-lo perfeitamente como aquele mesmo menino que chorava em desespero sobre o amigo inconsciente.

Estalou a língua.

— Posso te fazer uma pergunta? — Mako concordou silenciosamente. — Há quanto tempo você conhece o Haru?

Makoto suspirou.

— Sabe, eu não me lembro — sorriu.

— Como assim você não se lembra?! — exclamou. Makoto era inacreditável, às vezes.

O rapaz de cabelos castanhos analisou as próprias mãos largas, uma expressão serena e triste na face.

— Eu honestamente não me lembro — o tom de sua voz era pacato, cheio de pesar. — Talvez fora antes do jardim de infância, não tenho certeza. É como se nos conhecêssemos desde sempre — seus olhos arquearam-se quando sorriu. — Realmente não consigo imaginar minha vida sem conhecer Haru.

Aquilo o atingiu mais do que imaginava. Fechou os olhos por um segundo e respirou fundo, recostando-se na cadeira novamente.

— Você se lembra... — fez um pausa, encarando a lampada florescente acima deles — Você se lembra do dia em que Haru se afogou?

Makoto semicerrou os olhos.

— Não.

— Para de mentir, imbecil. Você nunca foi bom nisso. — Falou imediatamente, o que fez o outro lhe oferecer um sorriso triste.

Rin sabia que aquele era um assunto delicado. Naquele fatídico dia, Makoto começou a temer o oceano. E por tempos, não apenas o mar, porém piscinas também. Toda vez que nadava, tinha medo de que o mesmo monstro que afogou seu melhor amigo também o atacasse. Foi nessa época que começou a praticar o nado costas, já que se continuasse com os olhos no céu, não se sentiria apavorado pelo “perigo” no fundo da piscina.

Era um medo inconsciente e infantil, entretanto, conseguiu perdurar-se por bastante tempo. Tudo por causa de Haruka.

— Eu me lembro perfeitamente — Rin continuou — Eu não sabia o que fazer. Você estava tão assustado — soltou o ar rapidamente pelas narinas com um pequeno sorriso. Talvez aquilo fosse uma risada. — Eu nunca vi alguém tão assustado na vida.

Makoto não respondeu, evidentemente incomodado com o assunto.

— Sabe... Haru tem sorte de ter alguém como você ao lado dele — afirmou. — Aquele desgraçado sequer sabe agradecer por isso.

Novamente o silêncio. Matsuoka checou as horas no celular e deixou-o em cima da mesa, com a apreensão estampada na face.

Rin tinha outra pergunta a fazer. Sabia que não deveria fazê-la, por mais sincero e audaz que fosse, sabia que certos assuntos deveriam ser mantidos em segredo. Mas por que sentiu tamanha necessidade de perguntar tal coisa? Queria saber a resposta desesperadamente.

Momentos de profundo desalento cercaram os dois até Rin ignorar a todos os seus presságios e perguntar, por fim:

— O que você sente pelo Haru?

Makoto foi pego de surpresa.

— Do que você está falando? — coçou a cabeça, tentando manter sua costumeira expressão alegre. — Ele é meu amigo, oras.

— Não se faça de idiota, Makoto. Não agora — Rin inclinou-se, apoiando os cotovelos na mesa e encarando o rapaz à sua frente. Mako já tinha visto aquela expressão no rosto do ruivo muitas vezes, era a mesma que ele usava quando estava prestes a entrar em uma competição. — Você sabe muito bem o que eu quis dizer.

Palavras vieram até a garganta de Tachibana e morreram rapidamente.

— H-Haru é meu amigo — repetiu, gaguejando rapidamente. — Meu amigo de infância.

Eu sou seu amigo de infância também, por que você não me trata daquele jeito?! — elevou o tom de voz. — Se eu me afogasse hoje, você não teria sequer metade da reação que teve quando ele se afogou!

Makoto não acreditava que Rin fosse capaz de falar tal coisa, diabos, nem Rin sabia que ele mesmo poderia falar isso. Arrependeu-se imediatamente que a frase saiu de seus lábios, não acreditava que pudesse parecer tão carente e patético. Também não tinha ideia de que se importava tanto com Makoto. Ele foi um dos seus melhores amigos na infância, mesmo que por um curto período, nunca conheceu alguém tão gentil e amigável. Parecia até um santo, queria socar aquela sua cara feliz e estúpida.

Sempre sentiu inveja do relacionamento de Haru e Makoto. Talvez não estivesse sentindo apenas ciúmes da amizade deles.

Os dois já estavam em silêncio por um bom tempo, nenhum se atrevia a falar algo. Principalmente Tachibana, ele sabia exatamente o que dizer. Ele sabia exatamente o motivo. Mas preferiu não dizer, era cauteloso e racional, sabia o quanto palavras poderiam machucar. Diferente de seu amigo.

Rin estava farto.

— Vou embora. — Levantou-se, fazendo a cadeira arrastar ruidosamente pelo chão.

— Rin, espere!

O rapaz de cabelos vermelhos andava apressadamente até a porta.

— Rin, por favor! — implorou. — Você não está entendendo! Haru precisa de mim!

Precisa de você?! — virou-se, agora Rin gritava. Estava um tom abaixo de acordar a casa toda. — Ele é aleijado ou alguma coisa assim?! — respirou fundo e diminuiu a voz — Você não é a babá dele! Imbecil! Quantas vezes ele já não o chamou de intrometido e inconveniente?! — ficou mudo, fitando Makoto diretamente nos olhos. Respirava descompassadamente. — Haruka não é o único que precisa de você.

Rin virou-se para ir, mas Makoto o segurou pelo braço.

— E onde você estava quando eu precisava de você? — perguntou.

Matsuoka calou-se. Era estranho olhar para Makoto, seu rosto e sua voz adquiriram uma expressão séria e raivosa. A última vez que viu aquele Makoto foi durante as municipais e esperou nunca vê-lo daquele jeito novamente; nunca achou que seria amedrontado por ele.

— Nós éramos amigos, Rin. Melhores amigos — continuou, seu tom sombrio e incomum não mudou — E você decidiu ir para outro país de repente. Eu, Haru e Nagisa ficamos chocados. Tentei não ficar tão triste pela notícia, achei que poderíamos ser amigos mesmo quando você estivesse na Austrália. — ele apertou mais o braço de Rin — Eu liguei diversas vezes, mandava mensagens de voz toda semana. E durante 5 anos, você não respondeu. Nenhuma delas. Mesmo quando você voltou para o Japão, eu continuei sem resposta. Estava claro que você não precisava mais de mim.

Rin não se atreveu a falar sequer uma sílaba, seu rosto era uma mistura de surpresa e melancolia; sua respiração começava a ficar mais pesada. Apertou os olhos e soltou-se, abrindo a porta e correndo para fora.

Makoto não se deu ao trabalho de gritar seu nome ou segui-lo. Apenas o viu partir, fechando a porta em seguida.

Enquanto descia as escadas de pedra, Rin parou. Tentava recuperar o fôlego, tentava recuperar a sanidade.Como poderia ser tão patético? Ele parecia uma menininha dramática.

Não sou importante pra você, você só liga pro Haru, mimimi”. Foi o que pareceu para ele depois de falar tantas besteiras sem sentido.

Sentou-se no último degrau e enterrou a mão direita nos cabelos macios, estava há poucos metros da casa de Makoto e ele conseguiria vê-lo se olhasse pela janela do quarto.

Mako definitivamente não merecia aquela cena toda. Rin tinha a péssima tendência de exagerar em algumas situações e essa foi, com certeza, uma delas. Suspirou, arrependido. Foi há pouco tempo que havia admitido para si mesmo o amor que sentia por Tachibana e, oras, quem não sentiria a mesma coisa por alguém como ele? Porém, foi um processo bem difícil.

Não só teve que se dar conta que, sim, ele era atraído por homens, mas também estava apaixonado por seu amigo de infância. E como amaldiçoava Makoto por ter enchido-o de esperanças. Mensagens no meio da noite, abraços estranhamente longos e sorrisos amorosos. Matsuoka demorou mais do que deveria para notar que ele fazia aquilo com todos. Rin não era especial; não mais do que Haruka, pelo menos.

Céus, Haruka.

Por que tudo tem que se resumir a ele? Estava farto. Não queria estragar uma amizade recém-estabelecida, mas Haru sempre arranjava um jeito de ficar em seu caminho.

Sentiu uma latente vontade de chorar, Rin poderia manter uma imagem agressiva, porém era o mais chorão entre seus amigos. E de madrugada, no meio de uma ruela silenciosa, parecia ser um bom lugar para deixar as lágrimas caírem sem que ninguém visse.

Apoiou os cotovelos nos joelhos e tombou a cabeça. Sentia-se fraco, estúpido.Tinha a certeza de que havia arruinado tudo. As lágrimas enchiam-lhe os olhos.

Mas não permitiu que elas caíssem quando ouviu passos. Olhou timidamente para trás, se esforçando para colocar uma expressão destemida no rosto. Contudo, sua máscara de virilidade caiu quando notou Makoto descendo os degraus de pedra.

Levantou imediatamente. Mako terminou de descer as escadas e os dois ficaram de frente um para o outro. Makoto era quase uma cabeça mais alto que Rin, o que fez o ruivo se sentir minúsculo ao ser obrigado a empinar o queixo para conseguir fitá-lo nos olhos. Em outra ocasião, o mais novo riria daquela cena: Tachibana sequer trocou seu pijama infantil, apenas se deu ao trabalho de colocar sandálias. Como alguém vestido daquela forma estúpida, lhe entregando uma expressão tão pacífica poderia despertar sentimentos tão fortes e tirar todo o seu ar?

Sem que percebesse, as palavras saltaram de sua boca.

— Makoto, desculpa pelas merdas que eu te falei..

O mais alto revirou os bolsos da calça de corações e puxou um celular preto.

— Você esqueceu em cima da mesa. — Sorriu.

Rin pegou o aparelho, fitando por alguns segundos. Logo retornou a falar.

— Makoto...

O outro apenas levantou a mão, sinalizando para que parasse.

— Você não precisa me pedir desculpas, Rin — disse suavemente. — Talvez eu tenha falado muitas besteiras também. Quer dizer — deu uma risada nervosa. — Eu exagerei. Sei que você tinha coisas mais importantes pra fazer na Austrália do que falar comigo, então... — coçou a nuca. — E, bem, agora todos nós voltamos a nos falar regularmente. Eu não quero que coisas assim fiquem no nosso caminho e além do mais...

Rin lhe deu um peteleco na testa, fazendo o outro se calar imediatamente.

— Idiota! — exclamou o ruivo.

— Q-Que...? — Makoto massageava a testa.

Matsuoka respirou fundo, suas bochechas se tornaram rosadas.

— Mesmo que eu... Não tenha te respondido ou ligado. Eu... — preferiu olhar para o chão, aquilo era muito embaraçoso. — Eu guardei todas as suas mensagens de voz e ouvia quando estava nervoso.

— Sério?! — perguntou, animado como uma criança.

Rin apenas concordou silenciosamente. Umedeceu os lábios e tomou coragem, não acreditava no que estava prestes a dizer.

— Acho que foi naquela época — continuou. — Que eu descobri que gostava de você.

O rosto de Makoto foi tomado por legítima surpresa, não sabia como reagir. Rin cobriu os olhos com a mão direita.

— Eu sei, eu sei. Tá surpreso, né? — sua voz estava trêmula de vergonha. Não era capaz de encarar o amigo. — Só percebi isso há pouco tempo. Não quero resposta nenhuma, então cala a boca, tá bom? — falava rapidamente, era como se quisesse tirar tudo do seu peito. — Não venha com papinho amigável do “Santo Tachibana”. Não tô com paciência pra essas suas merdas agora. Eu sei que você tem o Haru e...

Rin foi obrigado a silenciar-se quando sentiu os braços de Makoto ao seu redor. Aquele abraço o pegou totalmente desprevenido.

— Me desculpe, Rin — disse Makoto, o abraçando ainda mais forte — Eu não tinha ideia.

Oh, não. O abraço de pena. Compaixão era a última coisa que Rin precisava naquele momento. O ruivo tentou soltar-se, mas Makoto não o deixava ir.

O maior se afastou, sem soltá-lo completamente. Os dois encararam-se por mais tempo que deveriam e Tachibana inclinou-se.

Os lábios dos dois selaram-se e a mente de Rin ficou vazia por um segundo.

Um beijo de caridade? Makoto seria mesmo capaz de uma coisa dessas? Aquilo era pior do qualquer fora, Rin iria se iludir novamente.

Porém, os lábios de Makoto eram tão macios e, oras, quando ele teria outra oportunidade daquelas?

Desastradamente, envolveu os braços no pescoço do mais alto. O beijo estava longe de ser luxurioso, muito pelo contrário, foi um beijo tão carinhoso que fez o nervosismo de Rin triplicar. Deu para perceber mesmo naquele contato de poucos segundos que Makoto era tão inexperiente quanto ele. Teve alguns namorados na Austrália por um curtíssimo período, mesmo assim não sabia de muitas coisas. Sabia como mover a língua, mas não conseguiria mostrar suas habilidades quando o coração estava prestes a saltar de seu peito.

Makoto distanciou-se e deu um riso baixo ao fitar o rosto do amigo.

— Você é mesmo um bebê chorão, RinRin. — brincou.

A face do menor estava em vermelho vivo e as lágrimas que se recusaram a cair anteriormente já tinham escorrido por suas bochechas. Rin limpou o rosto, irritado.

— Eu vou embora! — exclamou, soltando-se.

— Mas... Mas... Rin!— Makoto o seguiu, fazendo uma cara infantil e engraçada. — Não há mais trens nesse horário!

— Foda-se! Vou andando! — o outro caminhava, emburrado.

Mako o abraçou por trás, rindo da personalidade carrancuda do outro. Rin não demorou a também se render às risadas, legitimamente feliz. Assim eles ficaram por algum tempo.

— Durma aqui esta noite — disse em um sussurro ao pé do ouvido do amigo. Mako não tinha noção de quão sexy poderia ser. — Você pode pegar o primeiro trem pela manhã.

Matsuoka concordou silenciosamente. Seu rosto corou como nunca ao pensar nas coisas que poderiam acontecer durante o resto da noite. O maior sorriu e o beijou de novo, dessa vez por mais tempo. Rin sentiu como se estivesse prestes a derreter.

Ele não fazia ideia do que aconteceria a seguir. Será que eles eram namorados? Ou amigos com benefícios? Ou será que não falariam mais sobre o assunto depois daquele dia? Não tinha sequer uma pista.

Será que Makoto correspondia seus sentimentos por completo? Alguma coisa em Rin o dizia que não. E, sinceramente, ele não ligava tanto para isso. Só precisava ter mais noites como aquela. Só precisava ter Makoto ao seu lado.

A pessoa mais gentil e encantadora que já conhecera. A pessoa capaz de amolecer até o mais duro dos corações.


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Notas finais do capítulo

EEEEE :v finalzinho mais ou menos. E acho que essa one é bem longa, haha. Sorry
Pois é, pra quem me acompanha (obrigada suaslindas!), eu estou fazendo one-shots de vários casais de Free! E lógico, também do meu OTP lindo MakoHaru! Os meus próximos alvos são ReiGisa e MakoHaruRin pq eu sou a favor da frase "menos triângulos amorosos e mais surubas!" HASUASHU
Talvez faça até de ships que eu não gosto como RinHaru. Enfim, eu preciso aproveitar essa inspiração do nada né? xD
Muito obrigada por lerem! Ficaria muito feliz com reviews :3
See you next water time! ♥