Pov’s James – Alguns dias depois.

Estávamos de volta em casa havia poucos dias. Todos os vingadores, com exceção de Clint e Natasha haviam se afastado da S.H.I.E.L.D, entretanto esses dois últimos disseram que não trabalhariam tanto como antes, o que deixou minha namorada menos brava. Sim, Clint havia permitido e Camille aceitado. Eu estava muito feliz.

Eu e Sophie voltaríamos a morar com nossos pais, porém, por enquanto, nós ainda não tínhamos um lugar para ficar, já que, segundo eles, o antigo apartamento onde vivíamos agora poderia ser pequeno demais para nós quatro. Papai ficou encarregado de encontrar um lugar para nós, o que ele fez extremamente rápido. Mamãe fez questão de nos levar para ver o antigo apartamento antes de irmos para o novo lugar, que Steve não contou qual era. Queria fazer uma surpresa!

Paramos em frente a um prédio antigo no Brooklyn. O prédio era bem antigo, não tinha um elevador, então fomos de escada. Papai parecia animado em ver sua antiga casa. Mamãe estava meio extasiada. Subimos ate o terceiro andar, parando em frente ao apartamento de numero 190. Papai pegou uma chave no bolso da calça e destrancou a porta, mas não a abriu.

– Vocês merecem entrar primeiro! – falou, tirando a mão da maçaneta. Sophie abriu a porta e nós entramos. Realmente, era um apartamento pequeno: a minha esquerda uma sala com um sofá, um móvel para apoiar uma televisão que não estava mais ali, a parede possuía uma janela que dava para a rua. A minha direita uma típica cozinha americana. Entre os dois cômodos uma mesa de jantar quadrada com quatro cadeiras. Todos os moveis estavam cobertos por panos brancos.

– Vou sentir saudades desse lugar! – mamãe falou.

– Podemos olhar lá dentro? – perguntei e eles assentiram.

– Só não demorem muito. A corretora irá encontrar com a gente em uma hora! – papai falou e assentimos. Peguei a mão de Sophie e caminhamos pelo corredor. A primeira porta era um banheiro. Abrimos a segunda porta: era um quarto pequeno, com duas camas de solteiro. Camas pequenas de criança. Aquele foi o nosso quarto. Sophie soltou a minha mão e se sentou em uma das camas. Me sentei na outra. Acima da sua cabeça havia uma pequena prateleira, com uma boneca. Aquela, um dia, foi sua cama. Virou para trás, olhando para a parede. Vi seus olhos se encherem de agua.

– Ainda estão aqui! – murmurou e tocou a parede. – Venha ver James! – me chamou e estendeu a mão. Me sentei do seu lado e vi, desenhos, bem apagadinhos, mas estavam ali. Ela havia feito-os. A abracei e beijei sua testa. Nossos pais apareceram na porta e ficaram nos observando. – Ta na hora? – Soph perguntou e eles assentiram.

– Ta sim. – mamãe falou. – Não vamos vender esse apartamento! Podem vir aqui sempre que quiserem!

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Pov’s Sophie

Beleza, papai entendeu o endereço errado. Ele parou o carro em frente a um antigo corpo de bombeiros.

– Pai, tem certeza de que o endereço é esse? – perguntei, já sabendo qual era a resposta, já que a corretora estava parada ali na frente, esperando por nós.

– Olha, eu sei que é diferente, mas o lugar é bom, tem todos os cômodos já divididos, é espaçoso e diferente, como nossa família! – ele falou passando o braço pelos ombros da mamãe. – Além de podermos decorar do nosso jeito! Entrem, olhem e deem seu veredito!

Alguns minutos depois...

– Vou amar morar aqui! – falei no cômodo que um dia será nossa futura sala. Papai sorriu e olhou para a corretora assentindo.

– Negocio fechado. – falou e apertaram as mãos. – Passo na empresa mais tarde para acertar tudo! – ela assentiu e saiu, deixando a chave.

– Tem mais uma coisa que eu e seu pai discutimos e queríamos contar para vocês! – mamãe falou. – Eu não vou voltar para a S.H.I.E.L.D. Nem com os Vingadores. – OK, isso me pegou de surpresa. – Quero me dedicar a vocês! E a nossa família!

– É muito bom ouvir isso! – falei e ela assentiu, papai a abraçou por trás, sorrindo. O telefone de James tocou.

– Alô? Oi Drake. Hoje? Ta, eu vou avisar aqui! Ta bom. Tchau. – desligou. O encaramos. – Era o Drake, ele falou que Tony quer reunir todos os vingadores na torre para dar um jantar pela volta de vocês, digno de imprensa e tudo mais! – nossos pais assentiram, papai suspirou cansado e caminharam para a saída. Antes que eu pudesse fazer o mesmo senti meu irmão segurar minha cintura. – Ele pediu pra você ir de rosa claro. – murmurou e eu assenti. Digamos que eu não tenha sido a filha prodígio nos últimos dias. Depois que voltamos eu e Drake começamos a namorar escondido dos nossos pais, já que, depois que descobrimos que nossos pais, Tony e Steve, se “odeiam” concordamos que eles não aceitariam nós dois juntos, logo o único que sabia era meu irmão vulgo nosso mensageiro.

Voltamos para a casa da minha tia, onde me encontrei com as meninas e fomos, junto com nossas mães, atrás de vestidos para a festa. Paramos em várias lojas, em cada uma delas uma de nós achou um vestido. Foi bom para nos conhecermos melhor, melhorar o relacionamento de mãe e filha.

– Por que eu sempre sou a ultima? – perguntei, desesperada e elas riram. Jade veio conosco, já que a mãe dela havia falecido, mamãe e Natasha se ofereceram para ajuda-la, além de Julia e Melisse, já que tinham que arranjar seus próprios vestidos e os smokings de seus filhos e maridos.

– Por que você é sempre tão enjoada? – Camille zoou com a minha cara e fiz uma careta para ela.

– Vamos minha filha, tenho certeza de que nessa loja você vai achar! – falou e entramos em mais uma loja. Olha aqui, olha ali, achei três vestidos que me agradassem, entretanto, assim que vestido o primeiro, sabia que não precisaria vestir mais nenhum. Sai e mostrei para elas.

– É esse! – falei.

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Pov’s Peter

Eu havia chegado na festa a pelo menos meia hora junto com meu pai e minha mãe. Meu smoking era preto com a gravata preta, mas a minha blusa de baixo era lilás, mamãe disse que eu entenderia mais tarde. Jade havia me mandado uma mensagem dizendo que estava subindo junto com as meninas, pediu para que eu a esperasse perto do elevador, para que pudéssemos nos encontrar rapidamente. Aquele lugar estava lotado de gente, muita gente mesmo, além de vários repórteres.

Me encaminhei ate o elevador, acompanhado de Drake que estava bem nervoso.

– Calma, parece que você vai enfartar! – falei e ele riu.

– Fácil para você falar! – falou, esfregando a mão no smoking, que era igual ao meu, apesar da blusa ser de um bege bem claro. Então a porta do elevador se abriu, revelando as três mulheres mais lindas que eu já havia visto, porém, tive olhos apenas para uma. Ela estava linda. Caminhei ate ela, que sorriu sem jeito. A abracei.

– Não vou poder te abandonar nem por um segundo! – falei e ela riu. – Alguns urubus vão rondar esta noite.

– Shiu... Para de falar besteiras e me beija logo. – seu pedido foi uma ordem. Nossos lábios se encaixavam como se fossem feitos sob medida. Sentir suas mãos no meu cabelo me causavam calafrios na coluna. Apertei a sua cintura e logo nos separamos, não queria abusar da boa vontade de seu pai.

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Pov’s Camille

– Não consigo tirar os olhos de você! – ouvi James falar. Estávamos sozinhos na sacada, de mãos dadas. Meu vestido era preto, então, seguindo a logica, James estava todo de preto. Não sei por que nossas mães fizeram isso, mas eu gostei.

– Você também não esta nada mal! – falei e ele me olhou com a famosa cara “você me paga!”- E a casa?

– Digamos que agora moraremos num antigo Corpo de Bombeiros. – ele falou e eu sorri.

– Serio? – ele assentiu. – Que legal!

– Camille. – me chamou e o olhei. – Eu te amo. – Aquilo me pegou de surpresa. Ele pareceu perceber minha cara de espanto. – Não precisa falar nada, eu só precisava te dizer isso e...

– Você fala demais sabia? – cortei-o. Me aproximei dele, segurando-o com uma mão pela jaqueta do smoking e a outra em sua nuca. – Eu te amo. – Nunca pensei que essas três palavras pudessem sair da minha boca com tanta facilidade, mas era a verdade. Eu o amava e nada mudaria isso.

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Pov’s Drake

Conversava com alguns caras que nunca havia visto na vida, quando ela veio para perto de mim. Pedi licença para eles e a segui ate uma parte da festa em que não havia quase ninguém. Nenhum dos nossos pais estavam perto, então a segurei pela cintura, juntando nossos corpos.

– Adorei a blusa. – ela murmurou.

– Adorei o vestido. – murmurei contra o seu ouvido, sentindo-a se arrepiar. Virei-a e olhei naquela imensidão azul que eu tanto adorava.

– Não sei como elas tiveram essa ideia, mas eu amo nossas mães! – falou se referindo a combinação das blusas e os vestidos.

– Eu quero tanto te beijar. – falei, contra a sua boca.

– Drake... – murmurou. – Nossos pais!

– Eu sei! – murmurei cansado. – Depois dessa festa, eu vou conversar com seu pai! Não aguento mais isso Sop. Não ligo se eles não aprovarem, mas eu não aguento mais ficar longe de você e só te encontrar assim, as escondidas.

– Ta bom. Eu concordo. – falou e antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, ouvimos alguém chama-la. Infelizmente, não era seu irmão.