Plenitude escrita por Lúthien


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, nesse capítulo eu me inspirei na fic da Manuella Rosie "Em família, com muito amor à vida". E fiz uma pequena homenagem a uma de minhas leitoras mais assíduas. =)
Espero que gostem. Por favor, comentem, gritem, deem sugestões, façam um sinal de fumaça, enfim... hahaha



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O relógio marcava meio-dia quando, da cozinha, Félix e Niko ouviram o som de uma buzina. O loiro saiu para receber os convidados, com a certeza de que era Jonathan, que deveria estar vindo com Maciel e Pilar, sua namorada Ana passaria aquela data com o pai.

– Devem ser eles - disse Niko tirando a avental que usava.

Félix não disse nada, apenas foi atrás do companheiro com um sorriso de satisfação no rosto. Quando Niko abriu a porta, viu que Jonathan vinha dirigindo em seu próprio carro, não viu sinal de Pilar e Maciel, já ia comentar com Félix que o seu filho estava sozinho, quando viu descer do carro um homem com aparência de sessenta e poucos anos, com cabelos grisalhos e olhos claros, um sorriso simpático que lhe estampava o rosto. Logo depois dele surgiu uma mulher, um pouco mais jovem que o homem que a acompanhava, era loira, tinha cabelos cacheados. Ambos muito bem vestidos. Niko não podia crer no que via, suas pernas ficaram bambas, seus olhos se encheram de lágrimas, o coração estava disparado.

– Pai! Mãe! Eu não acredito! - ele se virou para Félix que neste momento se colocava ao seu lado, com um enorme sorriso - Félix... você.. eu não acredito!
Ele correu para abraçar os pais.

– Pai, que saudade, que surpresa maravilhosa! Mãe, vem cá, me abraça, que saudade. - Os três choravam de felicidade.- Foi por isso que eu liguei hoje cedo pra vocês e empregada disse que vocês não estavam em casa. Mas cadê as meninas, porque elas não vieram?

– Suas irmãs não puderam, mas mandaram um beijo enorme pra você meu filho - respondeu a mãe.

– Gente, eu não acredito, como foi que vocês vieram assim sem avisar. E com o Jonathan, de onde vocês conhecem o Jonathan?
A essa altura Félix já tinha ido abraçar a filho e os dois observavam aquela cena com um olhar de cumplicidade. Niko olhava para os pais, para Félix e Jonathan e não entendia nada.

– Bom, Carneirinho, eu já falo com seus pais pela internet. Então, como fazia tempo que você não os via e não teve tempo para visitá-los, eu resolvi combinar com eles essa surpresa.

– Ai Félix, você não existe!

– Nós viemos de avião até a capital e esse rapaz simpático foi buscar a gente no aeroporto, foi tudo combinado com seu companheiro. - respondeu o pai.

Niko deu mais um abraço nos pais.

– Ai que felicidade, eu nem tô acreditando que vocês estão aqui hoje.

Félix se aproximou para cumprimentar os pais de Niko.

– É um prazer conhecê-los pessoalmente.

– O prazer é nosso, Félix. Meu Nicolas fala tão bem de você quando liga pra gente. Acho que meu menino nunca foi tão feliz.

– É seu filho que me faz feliz, dona Ângela.

– Dona, não, por favor, só Ângela.

– Tá bom, Ângela. - Félix fez um gesto com as mãos com aquele seu jeito expansivo.

– Bom, vamos entrar, gente! Venham conhecer nossa casa - Niko convidou.

–Essa casa é linda, meu filho! E cadê os meninos, hein? Quero conhecer meus netinhos.

– Eles estão brincando lá no jardim.

Todos entraram e passaram para o jardim que ficava nos fundos. Niko chamou Jaiminho e Adriana, que estava com Fabrício no colo.

– Jaiminho, meu filho, vem aqui. Vem conhecer seus avós. Vem cá, Adriana, traz o Fabrício.

– Seu Antônio, dona Angela! Que surpresa! - Adriana vinha na frente de Jaiminho.

– Oi Adriana, finalmente estamos nos conhecendo de verdade. Mas por favor, me chame só de Angela. Ai, olha esse menino, que coisa linda. É a sua cara, meu filho.

– Você acha mesmo mãe? O Félix e a Adriana sempre dizem isso também.- Niko sentia uma felicidade enorme sempre que alguém fazia essa comparação.

– É você nessa idade, Nicolas, eu já tinha percebido pelas fotos, mas pessoalmente fica mais evidente.

Jaiminho que estava mais distante, chegou correndo para conhecer os avós.

– Jaiminho, vem cá, dá um abraço na vó.

O menino estava meio tímido, mas abraçou a mãe e depois o pai de Niko, que lhe fez um carinho na cabeça:

– Como é que vai rapazinho?

– Eu vou bem.

– Olha, Jaiminho não precisa ficar tímido, nós somos seus avós, você já viu a gente pelo computador.

– Não liga não, Ângela, ele é assim mesmo. Até comigo era assim no início, agora ele até me chama de pai. Não é, querido?

O menino balançou a cabeça em sinal de afirmativo olhando para Félix.
– Jonathan, e a Ana meu filho, como ela está?

– Ela tá ótima pai, ele ficou com os pais porque...

– Claro, uma data dessas ela tinha que fica com pai.

– E o seu pai, Félix, como está? Eu gostaria de conhecê-lo - perguntou Antônio.

Félix e Niko se olharam sérios, o loiro se adiantou em responder.

– Pai, o seu César tá passando por um momento muito delicdado, você já conhece mais ou menos a história, né? Eu vou ser sincero, eu não sei se ele vai querer conversar com vocês.

– Nós entendemos filho, é uma pena, mas entendemos - respondeu Ângela. Antônio apenas lançou um olhar conformado para o filho.

Niko, Adriana e Ângela organizaram uma linda mesa no jardim. Enquanto Félix ficava com Fabrício, conversando com o sogro e Jonathan. Os pais de Niko não conheciam totalmente o passado de Félix, o filho só contou o que achou necessário contar. Sabiam que Félix vinha de uma tradicional família de médicos e que tinha um pai que não aceitava sua orientação sexual e que eles tinham uma relação cordial. Niko também não contou aos pais o motivo real de sua separação de Eron, que sempre fora bem aceito por eles. Mas seus pais gostaram de Félix, seu jeito alegre e expansivo os conquistou rapidamente. E se o filho deles o amava e era feliz, eles não tinham porque se opor àquela relação.

Antes de servir o almoço, Félix fez uma última tentativa de convencer César a sair para almoçar com a família. Disse que os pais de Niko gostaríam de conhecê-lo, mas foi inútil. O médico preferiu ficar no quarto. Apesar de falar que seu ar superior de sempre, no fundo César se sentia intimidado, preferia ficar no quarto, onde estaria mais confortável.

O almoço transcorreu tranquilamente. Todos estavam felizes, conversavam alegremente, sobre diversos assuntos. Angela contava para Félix detalhes sobre a infância de Niko e o deixava cada vez mais maravilhado. O moreno via o imenso amor que os pais de seu companheiro sentiam por ele, e imaginava como sua infância devia ter sido feliz. Imaginava o quão maravilhoso deveria ser crescer numa família cheia de amor, ser amado acima de todas as coisas. E pensava em como Niko era abençoado por ter aqueles pais maravilhosos. Sentia um pontinha de tristeza ao lembrar de sua própria infância. Mas também, se sentia grato por ser tocado por aquela felicidade. Apesar de tudo que tinha vivido, estar ali naquele momento, com Niko e sua família valia a pena. E ele não trocaria aquilo por nada nesse mundo.



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Notas finais do capítulo

Continua



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