Plenitude escrita por Lúthien


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

*-*



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Naquele sábado, Niko passou o dia todo no restaurante. No fundo sentia um pouco de culpa por não encontrar um intervalo no trabalho para se dedicar a sua família. Estava chateado com o companheiro sim, mas isso não era motivo para se afastar de seus filhos. Mas também havia o dever, o restaurante acabara de ser inaugurado, era necessário que ele se dedicasse bastante ao trabalho nos primeiros meses até o novo negócio se firmar.

Félix ficou em casa, cuidando do pai e das crianças, junto com Adriana. Morria de saudades de seu Carneirinho, mas ele também compreendia que Niko precisava se dedicar ao trabalho. Só o magoava o fato de saber que esse não era o único motivo pelo qual o companheiro se mantinha tão ocupado naquele dia.

Um não saía da mente do outro. Em casa Félix pensava em como fazer para dissipar a mágoa que Niko estava sentido. No restaurante o chef sofria com a situação também, amava Félix mais do que tudo, mas não podia dar o braço a torcer tão facilmente. Queria que o moreno admitisse seu erro.

A noite Niko voltou para casa, entrou pelos fundos, estranhou o fato das luzes estarem todas apagadas. Todos já deviam ter ido dormir, mas algumas lâmpadas sempre eram deixadas acesas. Quando entrou na sala, tropeçou em algo que não conseguiu identificar. Ascendeu a luz e se surpreendeu com o que viu, um largo sorriso estampava seu rosto, seus olhos se iluminaram, a sala estava lotada de rosas vermelhas. Correu para o quarto, queria abraçar o companheiro e deixar para trás tudo que passou, mas Félix não estava lá, mas havia mais rosas, espalhadas por todos os cantos.

Niko olhava para todos os lados maravilhado, sabia muito bem que Félix havia feito aquilo para pedir perdão e fazer as pazes. Em seu íntimo ele já havia o perdoado há muito tempo. Retornou para a sala, não viu sinal do companheiro, até que percebeu que no chão havia um caminho de pétalas que ia para fora da casa. Niko o seguiu pelo jardim e foi em direção à praia, de longe via algumas luzes, ele foi correndo, sorrindo, com lágrimas de felicidade se libertando de seus olhos, um vento fresco acariciava seu rosto.

Quando se aproximou do local iluminado, reparou que haviam várias tochas acesas formando um caminho, havia margaridas brancas enfeitando o local, o chão estava coberto por pétalas brancas. Niko olhou até onde aquele tapete de pétalas o levava e foi seguindo devagar, fitando os olhos do seu amado que o aguardava do outro lado. O moreno usava calças e camisa brancas, seus braços estavam para trás, um sorriso acolhedor e um olhar apaixonado completavam sua expressão serena.

Niko se aproximou dele sorrindo timidamente. Se perderam nos olhos um do outro, até que Félix mostrou o que estava escondendo nas costas. Era um um cartaz, quando ele o desenrolou e mostrou para Niko, este não pôde deixar de cair na gargalhada. No papel estava escrito em letras enormes "ME DESCULPE" dentro de um coração.

Félix começou a rir junto com ele, ainda segurando o cartaz de frente para Niko, mas logo suas gargalhadas foram substituídas por um olhar apaixonado, ele soltou o cartaz e com a voz serena, perguntou:

– Me perdoa?

Niko nada respondeu, apenas puxou o companheiro pela camisa e lhe deu um beijo urgente, apaixonado, que Félix correspondia com tanta intensidade, como se tivessem ficados um ano separados. Após o beijo ficaram se olhando, com os corpos colados um no outro, olhos nos olhos, sentindo a respiração ofegante, o hálito quente. Os braços de Félix envolviam a cintura de Niko, que apoiava seus braços nos ombros do moreno.

– Eu te amo, Félix.

– Eu também te amo, Carnerinho. Não está mais magoado comigo?

– Claro que não, eu estava louco pra voltar pra casa, pra você.

– Você sabe que eu não quis dizer aquilo eu só estava nervoso.

– Eu sei, meu amor. Esquece isso. Eu acho que eu também exagerei, você tinha razão, eu estava sendo infantil.

– Não... não, Carneirinho. Você estava chateado e com razão. Mas nunca mais se afaste de mim, sem você eu fico totalmente perdido.

– Eu nunca vou me afastar de você, Félix. Você não vai se livrar de mim nunca, viu? - Niko disse sorrindo colocando o dedo indicador nos lábios de Félix.

– E quem disse que eu quero me livrar de você, hein? - Félix sorriu, mas depois ficou sério . - Sabe Niko, você é minha bússola, sem você que não sei pra onde ir.

Niko sorria maravilhado com aquela declaração, enquando acariciava os cabelos negros do amado.

– Olha, ainda não acabou. Eu quero que essa noite seja muito especial pra nós. Ontem foi um dia muito importante em nossas vidas, Niko. E... bom... - Félix suspirou - como a noite de ontem não acabou como esperávamos...

Félix abriu caminho para Niko, que olhou maravilhado o que ele havia preparado para os dois. Havia uma "mesa" improvisada na areia. Um pano branco forrava o chão, havia vários aperitivos que Niko adorava, champagne e duas taças. Em volta havia velas e flores.

– Então, Carneirinho, vamos terminar aquela comemoração?

– Ai, que lindo Félix, você fez tudo isso pra mim?

– Eu devo ter queimado a madeira da Arca de Noé na lareira pra você me fazer essa pergunta, Carneirinho.

Niko sorriu largamente.

– Seu bobo!

– É claro que é pra você, Carnerinho, pra nós na verdade - Félix abraçou Niko por trás e lhe deu um beijo no pescoço - Essa noite é toda nossa!

Niko se virou para o amado e o abraçando apertado susurrou em seu ouvido:

– E teremos muito mais noites como essa, pra sempre

– Pra sempre - Félix confirmou com um olhar apaixonado.

Tomaram champagne, provaram alguns petiscos, mas estavam mais interessados nos lábios um do outro, no calor, no toque... Não demoraram muito a juntarem seus corpos e se amarem ali mesmo. Quando ficaram exaustos, permaneceram deitados contemplando o céu estrelado. A noite bela e fresca os envolvia com braços acolhedores. Se pudessem, ficariam ali para sempre.


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Notas finais do capítulo

Ai o amor, o amor... Em breve tem mais.



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