Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 6
Papo de Tia


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta queridos!!!! com mais um capítulo da vida louca da Sue. Obrigada pelos comentários, são eles que me incentivam e me alegram!!!!
Olha o Danny!!!



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Pela manhã acordo com uma estranha sensação de estar sendo observada. Sento-me rapidamente e percorro meu quarto com os olhos buscando a fonte daquela sensação, e encontro ninguém menos que Azarado em cima da minha cama me observando com aquele olhar afiado:

–Como foi que você entrou aqui monstrinho? – indaguei, olhando intrigada para a porta do meu quarto. Estava fechada, exatamente como eu a deixei antes de dormir.

Aproximei-me da janela para verificar se ela podia estar destrancada, desse modo facilitando a entrada sorrateira do meu gato do mal. Quando olhei pela janela, notei que na casa ao lado (para onde a minha janela estava voltada) notei que havia um carro estacionado na porta. Curiosa, abri a janela e arrisquei uma olhada. Pude ver que minha mãe estava lá fora conversando com um casal, mas foi só o que deu para saber a respeito dos possíveis vizinhos, pois, eles estavam de costas para mim. Estava tentando me esticar para ver melhor, quando um objeto acertou a minha cabeça.

–Ai!

–Susan, pare de espiar – uma voz bastante conhecida me repreendeu.

–Tia? – disse estupefata – você me jogou uma pedra?

Natalie Donovan era a irmã caçula da minha mãe. Fisicamente elas eram bastante parecidas, mas mesmo assim era impossível confundi-las. Enquanto minha mãe fazia o tipo mulher séria e bem resolvida, tia Nat optava pelo estilo hippie de bem com a vida, com enormes saias multicoloridas, muitas pulseiras, e sandálias baixas.

Ela riu, e me respondeu:

–Era o único jeito de chamar sua atenção. Agora que tal você descer e abrir a porta para a sua querida titia?

***********

–Este café está uma maravilha – comentou Natalie erguendo a xícara de maneira apreciativa – sua mãe sempre foi ótima cozinheira.

–Tem razão – respondi concordando.

Natalie tinha me esperado enquanto eu tomava um banho rápido, e agora estávamos sentadas na sala tomando café e comendo rosquinhas (sou viciada em café) enquanto esperávamos o retorno da minha mãe.

–Você ainda não me disse se gostou do presente de aniversário – ela falou enquanto colocava a xícara sobre a mesinha de centro.

–Bom, - disse tentando soar educada – digamos que o seu presente foi um tanto surpreendente.

–Você não gostou não é? – ela perguntou calmamente – vamos Sue, pode ser sincera.

Respirei fundo e desabafei:

–Tia eu esperava que o seu presente fosse “excêntrico”, mas um gato? Jura?

–Eu achei que você precisasse de amigo, e os gatos são ótimos companheiros. Então eu pensei: porque não?

–Desde quando gatos são ótimos companheiros? Pelo que eu sei são uma espécie bastante ingrata – retruquei.

–Sua mãe adorou – disse ela tentando mais uma vez me convencer – e esse gatinho é bastante fofo. Nisso você tem que concordar.

–Fofo? – indaguei incrédula – ele me atacou assim que me viu!

Ela me olhou surpresa:

–Que estranho - ela disse.

Ficamos em silêncio. Eu tinha esperança que ela se desculpasse e dissesse que levaria o gato embora, mas tudo que ela disse foi:

–Vocês vão aprender a gostar e confiar um no outro, tenho certeza – disse ela olhando para as escadas – e por falar nele.

Azarado desceu as escadas calmamente e veio se sentar nos pés da minha tia. Ela lhe afagou a cabeça e me perguntou?

–Qual o nome dele?

–Azarado – respondi, sem nenhum humor – olha você pode achar que eu estou inventando, mas essa criatura é do mal. Ele some e aparece do nada feito uma assombração. Até mesmo me acordou às nove da manhã em pleno domingo! Fala sério, onde você encontrou uma coisa dessas?

Ela ignorou a minha pergunta e disse muito séria:

–Susan este gato é muito especial, acredite. Você tem que parar um pouco e observar aquilo que está ao seu redor. Há muito mais por aí do que apenas aquilo que você vê na sua “bolha” com seus livros, revistas e guloseimas.

–Eu o observei muito bem quando ele estava grudado na minha cara – resmunguei ofendida.

–Você já parou para pensar no porque de ele ter feito isso? – ela me perguntou.

–Porque ele é do mal? – respondi – como vou saber? Ele é um gato, não tem como perguntar.

–Talvez tenha – ela disse piscando para mim.

Quando eu ia perguntar o que ela queria dizer, minha mãe entrou em casa com um enorme sorriso no rosto.

Notando que eu não estava sozinha, minha mãe:

–Natalie! Eu não sabia que você estava aqui! – disse dando um abraço carinhoso em Natalie.

–Estávamos tendo um conversinha de tia para sobrinha preferida – respondeu Natalie apertando as minhas bochechas. Revirei meus olhos e disse:

–Sou sua única sobrinha.

Minha avó Clarissa (que morreu faz um bom tempo) tivera apenas duas filhas, e dessas duas somente a minha mãe teve um filho (filha que sou eu, no caso). Natalie nunca se casou e vivia sozinha numa casinha que ficava nos fundos de sua floricultura seu trabalho e paixão.

–Mas é a preferida e isso é que importa – ela insistiu.

Resolvi não discutir. Me virei para a minha mãe e perguntei:

–Então e os nossos novos vizinhos?

–Tudo certo – ela respondeu – os papéis estão organizados e eles já estão instalados. Pelo menos quase isso.

–Nossa! – disse surpresa – então eles vieram bem cedo né?

–Eles estavam com pressa – ela disse dando de ombros – e tem mais...

–Mais o que? – perguntei curiosa.

–Eles vem jantar conosco hoje – disse ela lançando um olhar conspirador para Natalie que sorriu.

–Não entendi a troca de olhares – falei.

–Você fica para jantar não é Natalie? – disse minha mãe ignorando meu comentário – você pode dormir se quiser. Que tal?

–Um um dia inteirinho com a família? – disse Natalie – não posso recusar algo assim.


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Notas finais do capítulo

Hum... Tenho a leve impressão que esse jantar vai ser muito INTERESSANTE!!!
Se gostar comenta, se não gostar...comenta tbm!!!



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