Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 44
O Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Faz muito tempo desde a minha última postagem e por isso, peço desculpas. tenho andado ocupadíssima mesmo e tem me faltado tempo e até mesmo disposição para postar novos capítulos.
Este capítulo e o penúltimo dessa parte da fic e com ele deixarei uma dicas. Lembram que há algum tempo eu perguntei se vcs não gostariam de novas criaturas na fic? Bom, é isso.
Acho que, ao lerem o capítulo surgirão dúvidas e vcs podem pensar que existem algumas lacunas a serem preenchidas. Nesta última parte que se aproxima explicarei tudo direitinho ok?
Bom, acho que é só. Espero que gostem.
Beijos



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Eu estava paralisada pelo horror. Ali, bem diante dos meus olhos o corpo de Vincent tombou depois de escorregar lentamente sem que eu conseguisse sequer pensar em acudi-lo.

–Que pena. Um rapaz tão bonito... – uma voz suave disse, fazendo com que minha atenção deixasse Vincent que tossia tentando se erguer.

Era um homem alto, de feições ligeiramente femininas e doces contrastando pela selvageria de seus olhos negros, cujo brilho era assustador. Mas o mais surpreendente foi a vampira de longos cabelos loiros. Louise.

Vincent olhou fixamente para ela antes de falar cada palavra com muito cuidado.

–Você me traiu

Louise arregalou os olhos, intimidada pelo tom duro na voz do loiro.

–Não se zangue Vincent – disse o homem – ela não fez por mal. Ela apenas está sendo esperta, só isso.

–Você não percebe Vincent? – disse Louise – os vampiros não podem lidar com o que está por vir.

O loiro não respondeu, mas o ódio que emanava dele era quase palpável. Louise ia se dar muito mal, pensei. Mas minha atenção se voltou para a figura do lado dela.

Aquele homem era diferente de tudo que eu já tinha visto. Não era um vilãozinho adolescente qualquer, era perigoso. Eu não sabia quem era, mas meu impulso instantâneo foi de ataca-lo.

Ao perceber minha intenção ele riu.

–Mal criou dentes e já quer morder pequenina? Você é mesmo tão patética quanto seu pai.

As palavras dele me atingiram em cheio. Como ele conhecia o meu pai?

–Você não sabe quem eu sou não é? – ele mudou o peso de um pé paro o outro analisando-me cautelosamente – eu não estou surpreso. No entanto, Vince me conhece muito bem, não é Vince, meu velho amigo.

–Não é possível – disse Vincent soando surpreso – eu matei você...

As engrenagens começaram a girar e eu comecei a entender o que estava acontecendo.

–Matou mesmo – afirmou o homem rindo – mas eu voltei. Como meu mestre disse que aconteceria.

–Você não tem mestre – Vincent cuspiu as palavras – Vladislav cortou você da linha.

O Outro fez um gesto desdenhoso com as mãos antes de falar.

–Vladislav não é nada comparado ao meu novo mestre. Eu nem sou mais um vampiro agora, não percebeu? Sou algo ainda melhor.

E dizendo isso, os olhos dele mudaram de preto para vermelho cor de sangue.

–Pode vir – rosnou Vincent exibindo suas presas – ficarei feliz em mata-lo novamente.

Ele deu dois passos em nossa direção. Instintivamente, eu dei dois passos para trás ficando totalmente encostada no carro. Minha ânsia de ataca-lo havia ido embora, substituída por um pavor enorme. Quem quer que fosse aquele cara, com certeza era muito perigoso.

–As coisas mudaram Vincent – murmurou ele – estou muito mais forte e rápido agora, você não pode me enfrentar e proteger a garota e está ferido... eu já te contei sobre meus novos brinquedinhos? Facas especiais para o combate contra vampiros. Elas têm um dispositivo que injeta prata líquida diretamente nas veias assim que acerta seu oponente. Sem falar é claro, na minha querida Louise.

Eu apertei os punhos.

–Quem é você afinal? Porque quer nos matar?

Ele franziu o cenho como que intrigado antes de responder.

–Quem eu sou? Você não é mesmo muito esperta, ou o Vincent andou de escondendo muita coisa. O nome Patrick Anning diz alguma coisa para você?

Eu senti o sangue sumir do meu rosto. Patrick Anning. O vampiro que Vincent caçou e matou dezessete anos atrás. O mesmo vampiro que...

–Já vi que agora você lembrou de mim – ele brincou com a adaga em suas mãos - mas eu não tenho muito tempo para conversar agora querida. Infelizmente eu tenho uma vingança para completar e eu não posso fazer isso enquanto você viver.

Sem esperar mais ele se lançou na minha direção com uma velocidade tão impressionante que eu mal podia distingui-lo. Porém ele não atingiu seu objetivo, pois Vincent o alcançou e os dois se chocaram com uma violência impressionante, fazendo com que ambos caíssem, embora Vincent tivesse sofrido muito mais com o impacto.

Uma luta sanguinária se iniciou. Vincent havia pego a adaga que lhe atingira e agora usava como arma contra Patrick que também tinha uma arma em mãos. A luta era somente um borrão onde eu podia ver flashes em vermelho e preto e ouvir o tinir das adagas se encontrando. O problema era que, enquanto a luta avançava, eu, mesmo com minha visão pouco aguçada, podia perceber que Vincent estava perdendo velocidade. Os golpes de Patrick tinham muito mais efeito que os dele e era questão de tempo para que o pior acontecesse.

Mas eu não tive muito tempo para pensar nisso, já que Louise me atacou em seguida, fazendo com que eu fosse arremessada por cima do carro. Um ardor horrível tomou conta do meu corpo em função dos inúmeros arranhões que eu consegui ao cair. Antes mesmo que eu tentasse me erguer Louise já estava em cima de mim, presas expostas, pronta para me atacar.

Eu rolei para o lado tentando evitar o golpe. Foi inútil. Ela me agarrou e me ergueu como uma pena usando uma de suas mãos para me sufocar.

Desesperada, eu avaliei minhas opções. Eu não conseguia usar nem mais uma gota do meu poder e Vincent não estava numa situação muito melhor.

Minha visão começou a escurecer enquanto eu me debatia como louca em busca de ar. Louise se mantinha inexpressiva apenas observando a minha morte que se aproximava aos poucos.

–Não me leve a mal Susan. Mas para que eu possa ser livre, você tem que morrer.

O que ocorreu a seguir eu jamais conseguirei explicar corretamente. Num minuto eu estava quase morta, no outro eu estava sentada no chão enquanto Louise se debatia sob Vincent, sangue manchando toda a sua roupa.

Patrick, notando que havia sido negligenciado, avançou rapidamente para Vincent que estava de costas, agarrando-o pelo ombro enquanto Louise se recompunha e o atacava ferozmente.

Sem pensar duas vezes, peguei uma das adagas caídas e pulei sobre ela desferindo golpes a esmo. Ela caiu e eu enterrei a adaga em seu coração matando-a instantaneamente.

–Não me leve a mal Louise – rosnei para seu corpo que murchava – mas para que eu possa viver, você tem que morrer.

Vincent também parecia ter lidado bem com a situação. A cabeça de Patrick estava a metros de distância do corpo que começava a se contorcer transformando-se numa massa negra e viscosa.

–Como nos velhos tempos- zombou Vincent.

Soltei um suspiro aliviado.

–Conseguimos!

Ele deu um sorriso cansado antes de cair no chão. Corri para socorrê-lo.

–Vincent, você está bem?

Ele tentou dar uma bufada, mas soou como uma tosse.

–Você tem outras perguntas como essa?

–Você não está curando! – quase gritei, notando que os ferimentos mantinham-se intactos.

–San...g – ele continuava a tossir.

Foi então que eu entendi. Ele tinha perdido muito sangue e tinha prata circulando em seu sistema. Se ele não se alimentasse a prata ia acabar matando-o.

–Beba de mim – disse de uma vez só, com medo de me arrepender.

Ele estava fazendo um esforço enorme para falar.

–Voc... não...

Ele parecia cada vez mais pálido.

–Cale a boca e morde logo! – gritei para ele, exibindo meu pescoço nu.

Ele me olhou apenas um segundo antes de me morder. E então suas presas se cravaram no meu pescoço.


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Notas finais do capítulo

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