Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 38
Você me pertence


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha! Demorei né? Bom eu estive de cama nesse últimos dias e para piorar (pq alegria de pobre não dura hehehe) o machucado no meu punho que eu tive há alguns meses voltou a incomodar. Sendo assim eu estou impossibilitada de digitar por muito tempo.
Ahh! Mas não são só coisas ruins não kkkk Hj eu tive um visita muito especial dos meus BFF Arthur, Juliana e Victor que são ninguém menos que as pessoas maravilhosas que eu usei para criar os personagens Arthur, July e Vincent. Eu já tinha falado com eles sobre a fic mas ainda não tinha mostrado para que eles dessem uma lida (nos comentários tbm). A Ju me disse que tinha adorado a fic. o Arthur disse que a história era legal mas me chamou de doente mental e disse que não era grosso como o Azarado (claro, pq todo mundo acredita né?) . O Victor disse que um triângulo amoroso com ele e o Arthur nunca daria certo pq o Artie nunca teria chance... aí o Arthur xingou ele de um nome que eu não posso colocar aqui e eles começaram a discutir... meninos fazer o que?
De qualquer forma essa manhã foi bem divertida e eu obriguei o Arthur a digitar para mim este capítulo enquanto eu ditava. Ele reclamou muito mas aí está. O capítulo não está muuuuuito bom pq é difícil pensar com dor mas ai está.
Agradeçam a ele pessoal!
Bjinhos de todos nós!!!



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87 segundos. Eu estava contando o tempo em que ele ficou completamente imóvel, impassível e no mais completo silêncio. Pode não parecer muito, mas quando você perde a razão e acaba fazendo umas perguntas perigosas para um vampiro, esse tempo é uma eternidade.

Sua expressão não dizia absolutamente nada. Não sei se mais alguém sabe disso, mas observar um vampiro parado é uma coisa bem estranha. Eles não movem sequer um músculo, mais parecendo belas e assustadoras estátuas do que alguma outra coisa.

Já estava me arrependendo de ter perguntado quando ele resolveu falar sua voz soando grave.

–Acho que você já sabe o que as bruxas querem com você. E sim, eu matei a mãe do pirralho assustado.

Encarei-o incrédula. Como era possível admitir um assassinato assim, como se não fosse nada? E o que ele quis dizer com “você já sabe o que as bruxas querem com você”?

–Porque matou a mãe dele? – indaguei revoltada.

–Isso é da sua conta? – ele disse cruzando os braços.

–É claro que é! Bom, mais ou menos, mas eu quero saber ainda assim – falei atropelando-me com as palavras.

–Não sei se quero responder- teimou ele – além disso, você já conhece a história.

–Eu?! – não podia ser, como eu poderia conhecer a história. Que tipo de loucura era aquela?

Ele me olhou com se estivesse buscando paciência para falar com uma criança tola.

–Eu lhe contei há alguns dias aqui, neste colégio que tinha matado uma bruxa enquanto perseguia o Patrick.

Estreitei os olhos tentando recordar. Sim, era verdade. No dia em que eu e Vincent havíamos conversado sobre o meu pai, ele me contara da bruxa e dos comparsas vampiros do tal Patrick que ele matara. Naquele momento, já não me sentia tão mal pelo Danny. Pelo contrário, eu estava com uma estranha sensação de satisfação por saber que as pessoas que prejudicaram meu pai. Isso era muito esquisito, eu sabia que não devia me sentir dessa maneira. Minha transformação em vampira com certeza estava relacionada a esta nova e até perversa personalidade.

–Você acha que eu quero te matar? – ele perguntou arrancando-me de meus devaneios.

–Eu não sei –disse sem conseguir evitar um gaguejo. Maldito nervosismo.

A postura dele ficou mais ameaçadora.

–Isso não é uma resposta.

–Na verdade, é sim – eu disse dando um passo involuntário para trás.

Ele percebeu o gesto e franziu o cenho.

–Não, não é. Acha que eu não sei que conversou com o tal Eric? Que as bruxas querem usar você como arma contra o meu povo? – ele dizia, fúria aparecendo em cada palavra – você acredita piamente que eu sou o monstro a quem deve temer, mas não é bem assim.

–Vincent eu... – comecei a falar, mas ele não deu importância.

–Eu poderia acabar com isso desde o início. Matar você e pronto! Todos os meus problemas seriam resolvidos, uma vez que as bruxas não teriam mais sua carta na manga. Então eu poderia voltar para casa e esquecer tudo isso.

Seus olhos brilhavam intensamente e naquele instante, eu não quis encará-lo. Ele pôs a mão no meu queixo e me forçou a olhá-lo. Não seja covarde Susan, disse para mim mesma.

–E ainda assim, aqui está você. Apesar disso, você insiste em desconfiar de mim, quando eu lhe garanti que não lhe faria mal e lhe protegeria.

–Você tem que admitir que não é a pessoa mais confiável do mundo.

A boca dele torceu num fraco sorriso.

–Não, mas acima de qualquer outro você devia saber melhor. Afinal você me pertence.

Minha boca formou um grande O enquanto Vincent parecendo arrependido do que disse caminhava para fora da sala. O que ele queria dizer com aquilo? Uma garota como a Kate poderia ter pensado uma besteira, mas eu não acho que ele disse do jeito que quis dizer. Ou talvez tenha dito. Ou talvez eu tenha ouvido errado. Ou... ah isso não faz droga de sentido nenhum. De qualquer forma, aquilo tudo era muito...confuso.

Reorganizando meus pensamentos, corri de volta para a sala de aula torcendo para não estar atrasada para a aula do senhor Miller e não lhe dar mais um motivo para me odiar. É claro, eu não consegui. Quando cheguei à sala já estavam todos acomodados, inclusive Vincent que desviou o olhar ao me ver.

–Senhorita Armstrong. Qual é desculpa da vez? – perguntou o professor com cara de poucos amigos.

–Eu, é... bem... – droga! Meu cérebro ainda não tinha se recuperado totalmente das palavras do Vincent e eu estava com muitas dificuldades para arranjar uma desculpa.

–Estou esperando senhorita – insistiu ele – não me diga que o seu gato além de comer o seu trabalho também comeu a sua língua.

Eu devia apenas ter ignorado o comentário do professor pateta e os risos dos alunos divertidos em me ver naquela situação. Há alguns ias atrás era isso que eu faria. Por isso talvez eu me surpreendi tanto quando me ouvi falando um “VAI SE DANAR!” em alto e bom som deixando todo mundo boquiaberto enquanto ajeitava minha mochila no ombro e saía pisando duro.

*******************************************

Caro diário,

Agora é oficial, eu estou reprovada em história. Mas a culpa não é totalmente minha. Eu estou sobrecarregada demais, cansada demais para tudo isso. Pai vampiro, tia e amiga bruxa, vampiros, assassinatos e conspirações. Sem falar em trabalhos destruídos por um gato que também não era um gato, mas um garoto de personalidade duvidosa.

Sentada aqui, neste pátio vazio eu reflito com clareza sobre os últimos acontecimentos da minha vida, chegando a conclusão de que eu sou mesmo muito azarada. E poderia ter explodido com qualquer um: com o Vincent, o Arthur, o Eric ou a Kate pelo namorado babaca. Mas eu tinha que explodir com o professor cuja matéria eu já estou bastante prejudicada.

Ainda tem o Vincent me falando que eu pertenço a ele como se eu fosse um chaveiro e não um ser humano/bruxa/vampira. Acho que

–Olá Susan. Posso interromper?

Fechei o diário rapidamente me virei para encontrar Ciprian de pé com um sorriso nos lábios.

–O que está fazendo aqui? – perguntei.

Ele deu de ombros.

–Queria falar com o Vincent e aproveitei para trocar umas palavras com você.

–Sério? – aquilo era curioso – sobre o que?

–Sobre a sua transformação – ele respondeu enquanto se sentava ao meu lado no banco.

Como eu não disse nada ele quis explicar.

–Você já deve ter notado certas...diferenças.Vincent me contou que você o atacou na floresta.

–E o que mais ele te contou – perguntei, preocupada com o que Vincent poderia ter dito sobre o nosso estranho momento.

–Nada. Deveria haver mais?

Ele tinha dito aquilo com sutileza, mas suas palavras tinham um peso enorme.

–Não, eu só falei por falar – afirmei tentando reparar meu erro.

–Ao que sabemos a sua transformação começou – disse ele – mas para virar um vampiro completo você tem que beber sangue humano.

–E se eu não beber?

Ele ficou mais sério.

–Não sei. Talvez a transformação ocorra sozinha, talvez você morra. Não dá para saber.

Vendo minha expressão ele acenou de leve.

–Eu não acho que você queira esperar para ver. Ou quer?


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Notas finais do capítulo

E aí que tal???
Eu só acho que as notas iniciais são maiores que o capítulo kkkk
Mil bjinhos!!!



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