Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 22
Um Gato Que Não É Um Gato


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Esse capítulo está muito louco eu confesso. Não estou muito legal das ideias ultimamente fazer o que né? Mas de uma coisa tenham certeza: vocês vão descobrir uma coisa que eu acho que vão gostar. Alguns já suspeitavam mas então é isso aí. A confirmação chegou.
Boa Leitura!



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Por mais uma vez eu estava naquele corredor escuro. Por mais uma vez eu estava indecisa entre entrar na sala ou ouvir a conversa alheia. Por mais uma vez eu escolhi a segunda opção.

–Eu já disse - falou a minha tia com voz calma e firme – não há nenhuma razão para se preocupar. Ela não tem o dom.

–Como a senhora pode ter tanta certeza? – pude ouvir Mike perguntando – nós não sabemos nada sobre essa garota ou o que ela é. Ninguém pode garantir que ela seja inofensiva.

Eu não estava entendendo coisa alguma, mas o que quer que fosse que eles estavam discutindo parecia ser muito importante. Eu só não sabia quem era “ela”

–E ninguém pode garantir que ela seja um risco – insistiu minha tia – nós não podemos tomar decisões precipitadas.

–Diz isso porque ela é sua sobrinha – acusou Amanda – se você outra pessoa você não estaria tão calma.

Meus olhos se arregalaram. Então todas aquelas pessoas estavam falando de mim? Eu não podia acreditar.

Respirei fundo. Estava na hora de saber o que estava acontecendo. Decidida a esclarecer as coisas de uma vez por todas caminhei para a sala saindo do meu esconderijo. Porém, antes mesmo que eu desse o primeiro passo um mão me puxou de volta fazendo com que eu batesse minhas costas na parede enquanto outra tapava a minha boca.

Arthur pressionou o seu corpo prendendo-me a parede enquanto me dava um olhar indecifrável. Lentamente, ele retirou a mão que cobria os meus lábios e com o dedo indicador sinalizou um comando muito claro: silêncio.

As pessoas na sala ainda discutiam alheias ao que se passava logo ali, tão perto. Arthur se afastou e, segurando o meu braço num aperto firme me levou para fora em passos silenciosos. Eu apenas me deixei levar ainda atônita e receosa por tudo que ouvira.

–Você só pode ser louca – comentou ele quando chegamos do lado de fora – ou estúpida. Eu voto na segunda opção.

Ele ainda segurava firmemente o meu braço. Com raiva pelo seu comentário, eu puxei meu braço de volta respondendo irritada.

–Eu não sou estúpida. E você vai me explicar o que é que está acontecendo.

Ele cruzou os braços parecendo aborrecido.

–Eu vou é?

Antes que eu pudesse dar uma resposta uma figura surgiu atrás do Arthur.

–Mas o que? O que você está fazendo aqui? – perguntou Eric, olhos arregalados em espanto.

Arthur olhou para ele com uma fúria assustadora e puxou Eric pela gola empurrando-o contra um poste.

–É melhor ficar de bico fechado garoto. Você não viu nada aqui e vai entrar lá sem dar um pio. Entendeu?

Eric estava completamente atordoado. Eu, por outro lado estava furiosa. Não conhecia minha tia hein?

–O que está fazendo? – disse empurrando o Arthur para longe do Eric (sem sucesso, é claro. O garoto é uma pilha de músculos)

Arthur soltou Eric que estava muito vermelho e se afastou rapidamente levando-me com ele (apesar de meus protestos).

–Você – disse ele me fuzilando com o olhar – vem comigo.

******************************

Eu não sei se algum de vocês já foi sequestrada na vida mas, se não fora eu digo: é bem horrível. Mesmo quando quem te sequestra é um cara alto, bonitão, descolado e... bem chega de adjetivos. Bom, ele me levou para casa (para o meu alívio) mas infelizmente não foi embora. Ao invés disso ele simplesmente sentou no sofá como se estivesse bem a vontade.

–O que você pensa que está fazendo – perguntei.

–Só estou garantindo que você não faça nenhuma burrada. Pelo menos mais uma – ele disse enfatizando o “mais”.

–Tudo bem, você não quer que eu volte lá? – falei tentando não gritar – então você vai me dar as respostas que eu quero.

Ele pegou uma almofada e começou a brincar com ela jogando-a de um lado para o outro. Eu estava a ponto de pular no pescoço dele. Ele conseguia ser pior do que o Vincent.

–Me dá isso aqui – eu disse arrebatando a almofada da mão dele – me conta logo o que sabe ou dá o fora!

–Você realmente acha que pode me dar ordens? – disse ele me encarando com ar de deboche – eu devo lealdade a sua tia, mas não a você senhorita “centro do universo”.

–Deve lealdade a minha tia? – eu repeti sem entender.

Ele revirou os olhos.

–A sua completa ignorância é realmente irritante.

Suspirei tentando me controlar. Não adiantava me irritar daquele jeito. Pelo que eu havia notado ele já não gostava nem um pouco de mim. Se eu quisesse que o irritadinho me contasse algo eu teria que levar as coisas com calma.

–Olha, tem um motivo especial para você me odiar? – perguntei – sinceramente, eu não sei o que eu fiz para você que...

–O que você fez para mim? – disse ele coçando o queixo enquanto fingia buscar algo na lembrança – Ah, é graças a você e ao pedido ridículo da sua tia eu tive que ficar de babá. E como se isso fosse pouco, eu ainda fui apedrejado e insultado. Eu, Arthur Clark Russel III convertido numa criatura com a mania de lamber o próprio traseiro! Obrigado a observar a tediosa vida de uma menina sem graça com uma amiga completamente desequilibrada e outra que teve a ousadia de me chamar de fofo!

Eu não entendi nada. Mas depois as palavras dele começaram a fazer algum sentido. Não era possível aquele não podia ser...

–Ai meu Deus! Você é o meu gato? Azarado?

–É Arthur e não Azarado. ARTHUR! – disse ele estreitando os olhos.

Não consegui formular nem uma única palavra. Apenas um som estrangulado saiu da minha garganta.

–Isso... é, impossível! – disse num sussurro

Ele balançou a cabeça e deu um leve sorriso (que eu tenho que confessar era muito lindo. Ele devia sorrir mais vezes e... esperai! Se ele é o Azarado então...)

–Seu desgraçado! Você destruiu o meu trabalho! Eu, eu dormi com você seu tarado maluco!

Ele apenas segurou os meus braços e não permitiu que eu conseguisse socá-lo.

–Você começou. Aquilo só foi uma pequena vingança. Quanto a dormir com você – ele disse me avaliando com um olhar – sem querer ofender, mas não tinha muito o que ver.

–Ora seu! Seu! – eu disse tentando atacá-lo como eu podia – cretino! Não foi por vingança coisa nenhuma! Você me atacou primeiro!

–Eu estava zangado – ele disse como se fosse um motivo muito óbvio – não devia ter tentado encostar.

–Você, Você – bradei tentando encontrar um insulto bom o bastante sem muito sucesso (qual é, eu sou uma menina de respeito. Insultar pessoas não é o meu forte).

–Agora você quer ficar quieta e me ouvir ou vai continuar a se comportar como uma garotinha mimada?

Se ele pretendia me contar desde o início pra que toda aquela chateação? Eu o fuzilei com o olhar, mas me sentei. A verdade era mais importante agora. Depois eu matava o Aza, quer dizer Arthur.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram de saber? Eu disse que a segunda parte seria interessante né? rsrs
Beijos!!



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