Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 12
Uma Donzela Em Perigo Ou Quase Isso


Notas iniciais do capítulo

Hello!!! Como fiquei um bom tempinho sem postar nada de novo, fiz um capítulo maior do que eu geralmente faço. Resolvi adiantar um pouco as coisas neste capítulo afinal, já está na hora da Sue fazer umas descobertas né?? Espero que gostem.
Boa Leitura!!!



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Depois de uma viagem tranquila e silenciosa, Vincent me deixou em casa onde eu tomei um rápido banho,almocei e fiquei aguardando ansiosamente por Eric no sofá da sala.

Minha mãe começou a ficar aborrecida quando eu repeti aquela mesma pergunta pela milésima vez:

–Que horas são?

–Você me perguntou isso não faz nem um minuto Susan. Porque essa preocupação toda com o horário? – indagou ela curiosa.

–Estou esperando uma pessoa – respondi, de maneira sucinta. Ela franziu o cenho.

–Posso saber quem? Por acaso é o Vincent?

–Não mãe, não é o Vincent –disse mau humorada. Porque é que ela sempre tinha que tocar no nome dele? – eu vou estudar com um amigo meu, aquele que o Azarado tentou assassinar.

Ela parou de ler os papéis que tinha em mãos e me encarou:

–Desde quando você chama seus amigos para estudar?– e completou, estreitando os olhos – por acaso está com problemas na escola?

–O que? Não!! – disse, tentando não soar tranquila, mas falhando miseravelmente.

–Tem certeza? – insistiu minha mãe, deixando-me mais nervosa ainda. Ela não podia saber do “incidente“ com o meu trabalho de história, mesmo porque ela não acreditaria que Azarado tivesse realmente feito alguma coisa para me prejudicar. Por alguma razão, aquele gato maldito sempre conseguia enganar todo mundo e ferrar a minha vida. Tomei coragem e a encarei nos olhos:

–Claro que tenho certeza. O Eric está com problemas numa matéria e eu vou ajudá-lo é só isso – disse, fingindo estar indignada.

Tive a impressão que a minha mãe não acreditou muito mesmo com todo o meu esforço. Mas depois de um breve silêncio ela disse carinhosamente:

–Desculpe Sue, só achei que pudesse estar com problemas.

–Tá legal – disse por fim. Para me livrar do silêncio constrangedor que se seguiu depois de minhas últimas palavras, a campainha tocou e eu corri para atender. Quando abri a porta, lá estava Eric com uma mochila jogada nos ombros e um sorriso de orelha a orelha.

–Olá ruiva. Pronta para estudar?

–Claro – respondi me afastando para que ele pudesse entrar – entra. Ele deu um passo inseguro e expiou ao redor:

–Seu gato não vai me atacar de novo, vai?

Eu ri, lembrando a estranha cena protagonizada por Eric e Azarado.

–Relaxa, você está seguro. Minha mãe que nos observava do sofá levantou-se e se aproximou avaliando o garoto de cima a baixo.

–Eu sou a Grace, mãe da Sue – disse ela, estendendo uma mão.

–Eu me lembro – respondeu ele apertando a mão que lhe era oferecida – Eric.

–A Susan me disse que vocês iam estudar – disse ela.

–Pois é – disse Eric. Comecei a entender o que a minha mãe estava tentando fazer.

–E que matéria vocês está com problemas? – perguntou ela inocentemente. Eric olhou para mim confuso e depois para a minha mãe.

–Bom, eu... é história – disse ele para o meu alívio.

–É melhor irmos estudar logo – falei empurrando Eric escada acima diante dos olhares desconfiados da minha mãe – não vamos perder tempo.

Quando chegamos ao me quarto Eric ficou me olhando com um olhar inquisidor.

–Posso saber porque eu acabei de mentir para a sua mãe? Eu fechei a porta e sinalizei para que ele falasse baixo.

–Desculpa Eric. Mas eu não podia contar para minha mãe que eu estou por um fio em história. Ela ia me matar!

Ele se sentou na minha cama e cruzou os braços:

–Então você vai me ajudar? – indaguei esperançosa.

–Você está me devendo uma ruiva.

Deixei o ar que estava preso há um bom tempo escapar.

–Que tal estudarmos? – disse ele balançando o livro na minha frente.

************************

Já eram seis e meia quando eu e Eric terminamos de “estudar” (na verdade tínhamos ficado conversando um monte de besteira e nos empanturrando de doces).

–Então... – comecei – você conhece muita gente na cidade? Eric apenas me respondeu vagamente.

–É, algumas pessoas.

–Ahh. Minha tia conhece um montão de pessoas. – tentei ser sutil.

Ele me encarou e sorriu de leve.

–Você é péssima em sondar as pessoas sabia?

–Como? – indaguei me fingindo de desentendida.

–Sue eu não sei por que insiste nisso, mas eu não conheço a sua tia ok? Eu realmente não sei por que você colocou isso na cabeça.

Fiquei envergonhada com minha falha tentativa de descobrir algo e disse a primeira coisa que veio à minha cabeça:

–Droga.

Ele caiu na risada. E eu tive que acompanhá-lo.

Estávamos jogados no chão com os livros espalhados rindo feito dois malucos quando minha mãe apareceu na porta:

–Estou interrompendo? – disse ela. Me ergui num salto tentando esconder as embalagens de doce jogadas com os pés.

–Não! É... mãe o que foi? Eric continuou sentado calmamente expiando a situação.

–Só estou aqui para avisar que eu estou de saída – disse ela.

–Hum – respondi – para onde você vai?

–Até o centro, conversar com um arquiteto sobre uma plantas novas – ela olhou para Eric e eu entendi o que ela queria dizer.

–Eu já vou indo – disse Eric entendendo o recado – obrigado pela ajuda rui... quer dizer, Susan. E obrigado por me receber na sua casa senhora.

Quando o Eric saiu eu lancei um olhar nada amigável para a minha mãe:

–Precisava ter sido tão grossa? O Eric é um cara legal.

–Pensei que vocês fossem estudar, mas só ouvi risos – resmungou ela.

–Se fosse o Vincent você não se importaria – retruquei.

Sem dar nenhuma resposta ela apenas caminhou para a porta.

–Conversamos depois tudo bem? Lá pelas dez eu estou de volta – e saiu deixando-me sozinha.

Como não havia nada para fazer, eu liguei a TV e fiquei assistindo o The Voice (mesmo porque eu sou fã do Adam Levine) Azarado apareceu minutos depois e se deitou no sofá ao meu lado:

–Onde esteve o dia todo seu monstrinho? – bradei irritada - aposto que estava escondido por aí tramando alguma coisa.

Ele apenas miou baixinho e fechou os olhos parecendo entediado.

–Você pode ter conquistado a minha mãe mas a mim você não engana – rosnei –você vai me pagar caro pelo meu trabalho, escreve o que eu digo.

Fiquei um bom tempo pensando no que eu faria para me vingar do Azarado e nem notei o tempo passar. Já estava quase adormecendo quando a campainha tocou. Resmungando levantei-me a contragosto e praticamente me arrastei até a porta para dar de cara com o Danny com uma expressão assombrada no rosto:

–O que foi? – perguntei esfregando meus olhos.

–Err... eu posso falar com você? – disse ele nervosamente.

–Não podemos falar amanhã? – disse entre bocejos – minha mãe não tá em casa e ela não gosta que eu receba visitas sozinhas. Ainda mais masculinas.

–Podemos caminhar lá fora se você se sentir melhor – argumentou ele – é importante.

Apesar do meu sono, eu concordei. Devia ser algo realmente importante e eu fiquei curiosa para saber o que era.

–Vou pegar um casaco – disse por fim. Depois de me agasalhar e desliguei a TV e fui em direção à porta onde Azarado me esperava miando alto como quem quisesse me impedir de sair.

–O que há com esse bicho? – perguntou Danny coçando a cabeça.

–Isso é uma coisa que eu nunca vou saber – respondi dando de ombros e empurrando ele com o pé para fora do meu caminho.

***********************

Caminhamos por uns bons minutos pelas ruas pouco movimentadas do bairro e Danny não dizia absolutamente nada. Eu já estava ficando aborrecida e ao mesmo tempo preocupada. Danny era um garoto muito alegre e parecia outra pessoa naquele momento.

–Então o que queria dizer? – perguntei incapaz de conter a minha curiosidade.

–Tem uma pessoa que quer falar com você – disse ele sério.

–Quem?

–Você vai saber. – foi a única resposta.

Andamos mais um pouco e chegamos numa rua deserta e mal iluminada, onde ficava o antigo cinema da cidade, fechado há muito tempo. Na entrada do tal cinema haviam duas figuras que eu não reconheci primeiramente pela ausência de luz. Comecei a me preocupar.

–Quer me explicar o que está havendo? – perguntei nervosa.

–Não precisa ter medo Susan. Disse uma voz feminina. Eu estreitei meus olhos para observar a figura que vinha em minha direção.

–Você?? – disse surpresa. Era a mesma garota que eu tinha visto bêbada na festa do Danny e a outra figura era o amigo dela Roger.

–Eu não estou entendendo nada. O que significa isso?

–Você já vai entender - disse ela sorridente. Então, o garoto ao lado dela agarrou o meu braço. Desesperada eu tentei me desvencilhar mas, o garoto era forte e não se moveu um centímetro. Danny só olhava a cena, o rosto muito pálido. Foi então que eu lembrei de uma coisa que Kate tinha me ensinado sobre defesa pessoal e parei de lutar para que o garoto diminuísse o aperto e, quando ele fez isso o chutei com toda a força entre as pernas. Ele caiu, uivando de dor diante dos olhares surpresos da garota e de Danny que continuava imóvel e eu saí correndo o máximo que pude olhando ao redor em busca de ajuda, mas ao invés disso eu me choquei contra uma parede, caindo sentada no chão. Levantei-me desorientada e percebi que não era uma parede que tinha me feito cair mas sim um garoto alto e com um sorriso mortal.

Vincent Darin.


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Notas finais do capítulo

OMG!! Esperavam por essa?? O que será que irá acontecer? Será que o Vincent vai salvar nossa donzela não muito frágil? Ou ele estará ao lado dos sequestradores??
Isso só vão saber no próximo capítulo belezas!!! Até lá.
Não se esqueçam de comentar hein?



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