Our First Christmas escrita por Akirayagami


Capítulo 1
Our Firts Christmas


Notas iniciais do capítulo

*No Japão, as pessoas frequentemente acreditam que o espirro ocorrem quando elas estão sendo faladas ou mal-faladas.



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Um sentimento vívido, quase que possível de se tocar, com aromas, formas e cores: O Natal.  E não era indiferente para o QG da Ordem Negra; ao menos Komui se esforçava para fazê-lo ser único. A cafetaria estava sendo enfeitada, Komui e todo o pessoal da equipe de cientistas estavam ajudando, mas, tirando os adornos,  nada saia de sua ordem rotineira: Exorcistas sendo enviados a missões, Akumas matando pessoas, Inocências a serem protegidas. Tudo como costuma ser. Observando os enfeites e o burburinho que estavam sendo preparados na cafetaria; estava o ruivo exorcista, e de fato, era uma ocasião para ser apreciada: era o primeiro Natal de Lavi na Ordem Negra. Estava ansioso, passeava naquela tarde pela Ordem notando os estratégicos enfeites que foram colocados em alguns pontos, tais como; fitas, laços vermelhos e verdes com motivos dourados, e, o enfeite que mais lhe chamou atenção; a folha de visgo (mistletoe), pendurado em uma passagem até o corredor, é uma tradição conhecida por todos. Lavi  não conteve-se, um sorriso brotou em seus lábios,pronunciou sem querer o nome que povoava sua imaginação naquele instante; “ Yuu…”. Seria mais fácil arrastar um Akuma para debaixo do visgo do que Kanda, isso era um fato, mas Lavi não perdia as esperanças.

 

Um *espirro rompeu o silencio que havia entre o Finder e o exorcista de longas madeixas negras; este pediu um polido “Gomen”; fora a única palavra, desde o começo da missão, até agora, estavam voltando para o QG. Ao retornar, era possível notar a nova “decoração” assim que entraram. O Finder alegrou-se, Kanda continuou com sua cara de “poucos amigos”. Após passar na sala de Komui, Kanda fora direto a cafetaria, indiferente aos enfeites e a todo resto, estava apenas concentrado em seu Soba, e assim que terminou a refeição, encaminhou-se para seu dormitório. Ao passar pelo corredor, esbarrou  - ou talvez o outro esbarrara propositalmente - em Lavi, lançando-lhe um olhar gélido;
- Baka Usagi, não fique em meu caminho. – Kanda pronunciou asperamente.
-Yuuuu!! Okaeri!. – retrucou alegremente Lavi , como quem não ouvira o que lhe foi dito antes,atitude que já era de seu conhecimento; deixava Kanda profundamente irritado, mesmo assim, simplesmente  agarrara Kanda empolgadamente. Por minutos, os dois estavam juntos, seus corpos quentes ao entrar em contato um com o outro, próximos como talvez nunca estiveram ; mas, por minutos apenas, pois Kanda, - apesar de ter demorado-se um pouco para fazê-lo- irritadiçamente,  desvencilhou-se dos braços de Lavi, e após parecer praguejar algo que Lavi não pode entender, fora apressadamente trancar-se em seu dormitório. Lavi sabia que o irritara, mas jurava ter visto a face do moreno avermelhada, embora não levasse isso em consideração, não pensava lucidamente, seu coração batia rápido, os instantes que se passaram junto ao corpo de Kanda o deixou mais agitado do que imaginara. Horas se passaram desde então, a noite já caíra, todos estavam reunindo-se na cafetaria, havia pratos especiais, todo o espírito natalino. Menos para Lavi; não que ele estivesse com raiva, triste, ou algo do tipo, ele estava sorrindo, sim, aparentemente alegre como sempre fora. Mas só aparentemente, de fato, estava abalado. “Yuu não saiu do quarto desde aquele momento...” constatava Lavi, “Ele não sacou a Mugen para me retalhar quando teve chance, hesitou...” era um fato, mas, o que significava? Lavi não compreendia, e já não agüentava essa confusão que sentia, por fim, fora em direção ao dormitório de Kanda, deixando a alegre festa para trás. Atravessando o corredor, passou pelo visgo que olhara horas antes, decidiu então retira-lo da passagem, o guardou no bolso, mas, nem ele mesmo soubera o porquê de ter feito isso. Ao chegar à porta do quarto de Kanda, o ruivo hesitou. Ficou alguns instantes ali, engoliu seco, tomou a coragem necessária e bateu duas vezes – talvez um pouco desesperadamente- na porta do quarto. Lavi pode ouvir o barulho do moreno levantando, mas a resposta foi apenas um “Tsc, saia. ”. Resolvera arriscar, talvez o moreno não soubesse quem batia á porta - ou pior-, talvez tivesse a plena consciência que era Lavi. De todo modo, Lavi não sairia dali tão facilmente.
-Yuu...?-chamou Lavi, afavelmente.
- O que você quer?! – Kanda respondeu, com a aspereza que lhe era característica.

- Não vai juntar-se a todos? Esta uma alegre comemoração e... -Lavi parou por ai mesmo, sabia que era inútil avisar Kanda de algo que ele já tinha pleno conhecimento.
- Não. E...? - O tom de voz de Kanda o mostrara inflexível.
-E...-Lavi passou instantes divagando, não sabia o que diria, sentia uma necessidade de tirar Kanda daquele quarto e tomá-lo para si. Era inegável, sentia isso já há algum tempo, mas agora estava mais forte do que nunca. Esse sentimento o preenchia por inteiro agora, e foi isso que deu forças a Lavi para encarar-lo. Em um tom mais decidido e energético, continuo:
- E eu quero que abra a porta, agora.

Kanda provavelmente agradecera pela inocência de Lavi não lhe permitir o poder de ver através de objetos, ou mais exatamente; portas, pois se fosse o caso, ele veria o corpo de Kanda estremecer, este engolir seco e seus lábios entreabrirem, efeitos causados pela veracidade do tom de voz de Lavi. Kanda nunca o ouvira tão decidido, a não ser no campo de batalha. Kanda tentou retomar o controle de si, porem, sua voz estava tremula, seus pensamentos desorganizados. Resolveu, por fim, andar até seu armário, vestiu-se com uma blusa branca de mangas longas, afinal, estivera descamisado desde que se trancara no quarto- amargando aquela tatuagem, aquela maldição, a morte evidente que carregava – sentimentos agora suprimidos por uma agitação que vinha de dentro de seu ser, inexplicavelmente. Andou até a porta, hesitou. “Não quero... Não, eu não posso abrir esta porta!”  pensou Kanda. Encostando-se a porta, resmungou, sua voz um tanto oscilante, mas esforçou-se:
- Vá embora.

-Não até você abrir esta porta, Yuu.

- Mas que baka persistente é você!!

- Obrigado, isso é um elogio vindo de você. - Lavi riu ironicamente.

“ Ele não sairá até eu abrir esta maldita porta...Mas não posso fazer isso. Será o mesmo que entregar-me a ...”- Kanda não conseguia completar sua linha de raciocínio,seus olhos tinham um brilho intenso,  por um instante, sua mente perdeu-se na frase que acabara de pensar – “Entregar-me a ele. Entregar-me a Lavi.”. Um forte arrepio percorreu seu corpo, ignorar aquela vontade já parecia impossível. Não soube o que era, mas já sentiu isso antes; todas as vezes que se permitia aproximar de Lavi, todas as vezes que aqueles olhos verdes recaiam sobre sua face, era tudo relacionado a ele: Lavi. Impulsivamente, Kanda abriu a porta. Observou por segundos Lavi, parado ali, este sorriu para o moreno, mas em questão de segundos o ruivo exorcista fora puxado por Kanda ,- situações  como essas costumam acontecer em questão de frações de segundos, sem dar tempo de respirar, pensar, ou qualquer outra coisa – e fora dessa forma que, quando Lavi pode dar por si, estava com Kanda selando seus lábios nos dele, um beijo vigoroso, era possível ,para o ruivo, sentir até um pouco de raiva na língua de Kanda esgueirando-se pela sua boca, o que lhe era estimulante, o fazia corresponder de forma cada vez mais intensa, brincando por diversas vezes de entrelaçar sua língua na de Kanda. Quando o intenso beijo cessou, os dois estavam ofegantes; olhavam-se, sorrisos maliciosos nos lábios de ambos. Ao conseguir recuperar o fôlego, Kanda passou sorrateiramente as mãos em volta da cintura de Lavi, puxando-o com mais força do que antes, unindo seus corpos o máximo possível, ao mesmo tempo em que, lascivamente, deixava sua perna pôr-se entre as do ruivo, movimentando-se vagarosamente, fazendo o outro suspirar; mordendo suavemente a orelha do ruivo, sussurrou em seu ouvido:

- Merry Christmas, Lavi...


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Notas finais do capítulo

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