“Por favor Rose! Quer dizer, o que custa ir a mais uma festa? Você vive fazendo isso!” Lissa, que estava muito bem sentada à frente da morena, argumentou. Rose revirou os olhos, o fato de gostar de holofotes não queria dizer que gostava de todas essas festas.

“Por que exatamente eu preciso ir?” Rose revidou, arqueando uma sobrancelha, embora todas as vezes que isso acontecia, ela tentava ao máximo não lembrar de como ela aprendeu esse feito.

“Eu não quero ficar só! Você sabe como Christian é, ele vai estar com os amigos, e eu não vou ter ninguém para conversar.” Lissa fez esse pequeno biquinho que ela sabia, sempre funcionava com a melhor amiga. “Sem contar que você tem trabalhado muito ultimamente.”

“É claro que eu tenho trabalhado muito ultimamente.” Rose arregalou os olhos, em falsa surpresa. “Como você acha que eu ganho meu sustento?” Ela dissimulou. Lissa riu, balançando a cabeça. “E, claro, a revista completará dez anos de existência. É uma edição especial, e eu não posso encarregar mais ninguém para fazer isso.” Dessa vez, a morena puxou o lábio inferior em um biquinho.

“Você deveria tentar confiar grandes coisas a outras pessoas.” Lissa começou, com cuidado. “Isso te libertaria de um monte de tarefas...” Ela parou de falar quando viu o olhar no rosto de Rose. Não tinha mais aquele ar divertido, não. Seu rosto estava fechado, sombrio.

“Eu não sou a cometer um erro duas vezes, Lissa, e você sabe disso. Então pare de tentar me fazer confiar nas pessoas. Eu confio o que precisa ser confiado. Chega desse assunto.” Rose se levantou, indo para seu pequeno bar preparar outra caneca de chocolate quente, embora implorasse por uma tequila.

“Tudo bem, tudo bem! Não precisa ficar com raiva.” Rose olhou para Lissa, estreitando os olhos. “Você deveria encontrar algum bom homem, se aquietar. Parar com esses one-nights.”

“Às vezes eu penso que Janine pagou a você para que eu receba esses sermões.” Rose disse, em uma voz entediada. Lissa sorriu, revirando os olhos. “Olha, tudo bem, eu vou nesse noivado. Só me diga quando e onde.” A morena suspirou, essa seria uma batalha perdida, e foi uma ótima oportunidade de mudar de assunto. Ela não estava feliz em lembrar a última vez que teve um relacionamento estável. Era muito doloroso.

“Finalmente! Então, falei com Camille e ela já tinha agendado. Será próximo sábado, e se prepare, pois nós iremos navegar.” Rose arregalou os olhos. Lissa sorriu em puro deleite. “O carro buscará você às 17h. Esteja pronta.” A loira se levantou sorrindo, pegou sua bolsa e saiu. Rose ainda estava em transe pelo último minuto da conversa. Um iate? Acho que vou precisar sair, afinal de contas.

Rose abandonou sua caneca na mesa e pegou seu celular, procurando um número específico. Clicou em ligar e esperou até que a pessoa atendesse.

“Sou eu, Rose, sobre aquela noite que você tinha prometido? Nós poderíamos fazer acontecer hoje. Ótimo. Até mais, Jesse.”