Rose caminhava apressada para a biblioteca, quando tropeçou em alguém. Com um palavrão na ponta da língua, ela levanta a cabeça para tomar suas satisfações com o sujeito à sua frente. Instantaneamente, suas funções cerebrais pararam. Este homem não podia ser real.

“Desculpe.” A voz melódica do homem chegara até ela num sussurro rouco. O sotaque a deixou confusa, não conseguindo descobrir de onde ele era. Seu tipo físico era o que ela poderia colocar como atlético, mas não exagerado. Alto, cabelos castanhos na altura do ombro; rosto quadrado, másculo, seus lábios a fizeram questionar qual sabor possuía e olhos que fariam qualquer pessoa se afogar a qualquer momento, deixou a morena momentânea e surpreendentemente sem fala. “Eu não vi você.” Ele esboçou um sorriso.

“Bem, isso é perceptível.” Rose respondeu, tentando desesperadamente fazer seu coração para de bater mais rápido. Quem no inferno é esse homem? Ele abriu mais o sorriso.

“Desculpe novamente. Eu sou Dimitri. Dimitri Belikov.” Dimitri abriu um sorriso completo, nunca havia encontrado alguém tão bonita na vida. A mulher à sua frente tinha traços exóticos, com certeza não era americana, ou descendia de outro país. Longos cabelos encaracolados moldavam um rosto fino e delicado, mas marcante, lábios carnudos, nariz arrebitado e olhos castanhos em duas ou três tonalidades mais claros do que a cor de seu cabelo. Assim que a viu, ficou enfeitiçado. Não detalhou seu corpo, mas o que vira, poderia dizer que tudo era proporcional.

“Você simplesmente dá seu nome para estranhos assim, sem motivos?” A morena perguntou, com raiva, colocando as mãos na cintura. Dimitri sorriu novamente, ela tinha atitude, era desafiadora. Ele adorava isso.

“Bem, essa é a melhor maneira de ser conhecer uma pessoa, não é? E o seu nome é..?” Rose estreitou os olhos, além de tudo, Dimitri alguma coisa era espertinho. Ela sorriu. Um sorriso que tirou o fôlego de Dimitri.

“Tudo bem camarada, você venceu. Meu nome é Rose Hathaway, e se você me der licença, eu preciso ir.” A morena começou a se virar, e em um milésimo de segundo, passou pela mente de Dimitri que a faculdade era enorme e que as chances dos dois se verem novamente eram mínimas.

“Posso acompanhá-la? Eu precisava voltar lá de qualquer jeito.” Dimitri disse, segurando o braço de Rose. Esta olhou entre os dois, tentando –e falhando- em arquear uma sobrancelha.

“Se você me soltar, claro.” Dimitri a soltou e começou a caminhar ao lado dela, o que para ele era fácil, já que ela estava andando apressadamente, e ele tinha uma vantagem sobre ela. Rose virou o rosto para o homem ao seu lado, e viu que ele estava com um sorriso no rosto, divertido, então virou novamente para a frente e disfarçadamente também abriu um sorriso.

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