Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 13
Distração


Notas iniciais do capítulo

Nossa, quanto tempo né... Pois é... eu tinha desistido, mas dai acabei abrindo a história sem querer e continuei a escreve-la. Vou tentar terminá-la, eu juro. Espero que gostem!



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Três meses haviam se passado desde que George havia ido para o Brasil com Sophia, e como prometera mandava cartas para a mãe e para os irmãos regularmente e sempre demonstrava estar muito bem e com plena inspiração. O que Harry acreditava ser verdade, já que ele havia inventando um novo sabor de chiclé que deixava o corpo de quem comesse completamente vermelho por algumas horas, eles descobriram depois que Rony experimentou o doce, antes de ler o aviso em letras pequenas no canto inferior da carta que dizia: “Estou enviando junto com a carta um novo produto, ainda está em fase de testes, me escrevam para contar se funciona, a princípio é para quem mastigar ficar com o corpo todo vermelho por alguns minutos, o segredo está num pequeno frutinho que descobri aqui e que é chamado urucum”, certamente que o produto funcionava só que não por alguns minutos e sim por algumas horas, Hermione havia ficado muito brava com Rony, por ele não ler a carta até o fim antes de comer o doce!

Na carta ele também dizia que não demoraria a retornar, e que Sophia estava resolvendo algumas coisas no Brasil antes de os dois poderem viajar, por que ele não voltaria sem ela, de forma alguma.

Ele também disse que os pais da moça estavam chateados com ela, pois pegaram Sophi dormindo no quarto dele dias atrás, ela entrou no meio da noite, porém acabou adormecendo ao seu lado e esqueceu de voltar para o quarto antes do amanhecer. A pior parte é que eles estavam muito mais rigorosos quanto ao namoro agora, mas a melhor parte é que ele havia tido a melhor noite de sua vida, e que mesmo com os pais gritando na porta do quarto ao encontrarem os dois juntos, ele não conseguia parar de sorrir ao lembrar de como estava apaixonado por aquela garota e de como tudo mudou para melhor depois dela, ele estava pensando seriamente em pedir a mão da moça para os pais, pois tinha certeza que eles estariam muito mais tranquilos e ele não tinha dúvidas de que queria se casar com ela.

As vezes ele até pensava que estava sob efeito de uma poção do amor muito poderosa, por que quando estavam juntos era como se nada no mundo importasse.

Harry estava feliz pelo amigo, ele merecia toda a felicidade que estava sentindo, e ele entendia tudo que ele dizia, até mesmo a parte da poção do amor.

As coisas com Gina andavam bem, depois da manhã em que ele disse que deixariam as coisas acontecerem naturalmente. O que a moça não sabia é que ele estava dificultando um pouco para que o “naturalmente” ocorresse. Sabia que não teria volta depois que acontecesse, respeitava demais os Weasley para decepcioná-los de qualquer forma que fosse.

Porém não estava nada fácil resistir, ontem mesmo, ele teve que armar para que Rony chegasse em tempo de pegar os dois, a sorte é que o amigo não ousou olhar em baixo das cobertas, por que se olhasse a amizade ficaria estremecida, e então depois dessa, Harry conseguira convencer a namorada que nada poderia acontecer em Hogwarts, que era muito arriscado. Pelo menos até as férias ele estava tranquilo.

Apesar de tudo, Harry nunca esteve tão feliz, não se lembrava de algum dia estar tão bem, tinha uma casa para onde voltar, uma família que o acolheu como um filho, amigos leais e uma namorada que o amava, não tinha muito do que reclamar, porém as vezes ainda se lembrava dos que se foram e ficava triste por um tempo, é muito difícil conviver com a ausência de pessoas que amamos.

O pensamento de Harry estava longe, e o Sr. Flitwick teve que chegar bem próximo do garoto e cutuca-lo para que ele voltasse sua atenção para a aula de feitiços.

– Sr. Potter, Sr. Potter? Disse o pequeno professor a alguns centímetros do ouvido de Harry.

– Ah... Oi professor. Ele disse arrumando os óculos em seu rosto.

– Oi? Você pode nos responder a pergunta Sr. Potter?

– É.. Qual era mesmo a pergunta? Me desculpe professor.

– Bom Sr. Potter nós estamos na aula de feitiços como pode ver e eu estou explicando como funciona a segurança em Askaban agora que os dementadores não mais guardam a prisão e então perguntei para o Sr. se sabia qual eram os três feitiços que impediam a fuga dos presos!

– Eu li algo no Profeta diário, lembro somente de um, Murus mors, que é um dos três feitiços de segurança, o preso é enfeitiçado assim que entra, e então se sair antes de cumprir a pena, se passar dos muros da prisão, morre.

– Oh sim, é isso mesmo, mas é o último recurso, quando os dois primeiros feitiços por alguma razão não forem suficientes. Alguém sabe quais são os outros dois feitiços?

Hermione levantou a mão rapidamente no ar, como comumente fazia, Harry até hoje tentava descobrir como a amiga sabia de tantas coisas, nem mesmo uma enciclopédia podia conter tantas respostas como Mione.

– Srta. Granger?

– Os três feitiços são lançados nos presos, quando eles recebem a condenação e então funcionam até que a pena termine ou que o condenado morra.

– O primeiro feitiço é o Tempus cárcere, é como um cronometro, que faz com que os outros dois feitiços durem exatamente a pena do preso, dura por toda a pena.

– O segundo feitiço é Turbato per metum, ele funciona quando o preso deixa a sua cela, é como um alarme podemos assim dizer, para que os guardas saibam da movimentação do condenado e todas as portas, janelas e qualquer coisa que tranque a prisão é acionada num raio de 50 metros, todo e qualquer meio de transporte, mágico ou não mágico, não funciona nessa mesma distância.

– E finalmente, o terceiro feitiço, que o Harry falou, se tudo isso não funcionar, se o preso chegar aos muros da prisão, se ainda assim passar, bom... vocês sabem... é a morte. É muito eficiente na verdade, mais até do que os dementadores.

– Muito bom Srta. Granger! Nem mesmo eu, poderia ter dado melhor explicação! Isso tudo já havia sido proposto por Dumbledore, mas na época o então ministro, achou que seria mais eficiente ter os dementadores para proteger a prisão. Bobeira, o que as pessoas podem temer mais, do que a própria morte?

– Bom, para a próxima aula, quero um pergaminho de 3 metros, sobre as vantagens e desvantagens da utilização de feitiços para a segurança e prevenção de fugas nas prisões bruxas!

Somente Hermione parecia satisfeita com o dever de casa, as caras dos outros não pareciam assim tão felizes em passar um tempo escrevendo em um pergaminho. Ron tinha a mesma cara de quando vomitou lesmas ainda no segundo ano, e Harry tinha a sensação de que para o amigo fazer o dever era tão ruim quanto vomitar lesmas.

Os três andaram em direção a sala comunal, passariam um tempo ali revisando alguns conteúdos, coisa da amiga Hermione claro.

A tempos não passavam um tempo como trio, com os melhores amigos sendo agora namorados era difícil não se sentir um pouco excluído, ou sentir como se atrapalhasse a privacidade deles, e um programa de casais não era bem uma boa ideia. Harry sabia que o amigo ainda se sentia desconfortável vendo o melhor amigo e a irmã aos amassos e Gina não fazia a menor questão de ser mais discreta, nem mesmo na frente do irmão, ele sabia que o amigo só não havia lhe socado ainda, devido aos inúmeros beliscões que Hermione lhe dava, e tinha plena certeza que o local deveria estar roxo.

Ele se sentia extremamente confortável naquele salão, ele desconhecia algo tão aconchegante e acolhedor, talvez fosse por que algumas de suas melhores lembranças estivessem ali. E talvez fosse por que ele sabia que anos atrás, seus pais haviam morado ali, como ele agora, e ali haviam se conhecido e se apaixonado, viveram num tempo em que Hogwarts era quase uma escola normal, tirando o fato de ser uma escola de magia e bruxaria. Quando lia o diário de Lilian, observava os locais com outros olhos, e as vezes, quase conseguia ver o que ela descrevia.

– Ei Harry? Disse Hermione

– Hoje você está meio distraído, está tudo bem? Continuou a amiga.

– Sim está. Esse é o problema, não estou acostumado com isso, na verdade até me sinto estranho.

– Vai dizer que você queria sair por ai procurando mais uma horcruxe, ou talvez quisesse encontrar outra câmara secreta Harry? Riu Rony.

– Não... É só que é estranho... Todos esses anos... Nunca tivemos um ano tranquilo aqui, mesmo assim é o melhor lugar no mundo pra mim... E estou sempre à espera do pior, me acostumei com isso eu acho... Mas não estou reclamando.

– Você não está acostumado com a felicidade né Harry? Perguntou Hermione. Mas deveria, você merece, depois de tudo que passou pra conquista-la.

– Mas por que você estava olhando para a porta do quarto das meninas? Gina está na aula de poções. Disse Mione.

– Na verdade estava lembrando de uma das coisa que li no diário da minha mãe, é estranho pensar que eles já viveram aqui, me faz ver as coisas diferente do que eu via.

– Não me diga que eles se beijaram ali? Aarrgh! Que nojo Harry! Eu não ia querer saber onde meus pais se beijaram! Disse Rony

– A eles se beijaram sim ali - E ali. Ele disse apontando para a lareira. - E em vários outros lugares, mas eu gosto de saber, não é como se eu tivesse a chance de perguntar pra eles quando eu quisesse!

– Me desculpe, eu não queria...

– Tudo bem, eu não ligo!

Enquanto trocavam olhares, foram interrompidos pela barulho da porta se abrindo. Neville passou pela porta, seu rosto estava branco como papel e seus olhos estavam inchados como se estivesse fazendo um enorme esforço para conter lágrimas. Estava suado, e seus cabelos grudados na testa, estava sujo de terra e folhagem, como se tivesse rolado no chão em algum lugar da floresta. E ele passou tão rápido pelos três, que o cheiro de grama e terra tomaram conta do ar por onde ele passara. Não olhou para o lado, nem esboçou sinal de que cumprimentaria.

– Ei, Neville? Neville? Gritou Harry

Mas o garoto já adentrava para dentro dos dormitórios, sem olhar para trás.

– O que está acontecendo com ele? Perguntou Rony.

– Não sei. Mas ele está estranho. Respondeu Hermione, encostando a cabeça nos ombros de Rony.

– Tem algo de muito estranho, as vezes não parece que é ele, será que é alguma coisa com a avó? Disse Harry.

– E tem os boatos, das cartas que ele anda mandando, todas as manhãs. Falou Rony.

– Acha que devemos conversar com ele? Perguntou Hermione.

– Não sei, ele não parece muito disposto a conversar. Falou Harry.

– Talvez por isso devemos tentar conversar com ele, se estiver acontecendo alguma coisa, talvez possamos ajuda-lo. Falou Hermione.

– Você queria algo pra se preocupar Harry, acabou de encontrar! Respondeu Rony.

– Ele é nosso amigo Ron! Não podemos simplesmente deixa-lo sozinho, se estiver precisando!

– Eu sei Amor! Respondeu Rony corando. Oque fez com os três rissem ao mesmo tempo.

– O que está me olhando Harry? É minha namorada! Disse ele fingindo-se de bravo.

– É engraçado! Disse Harry rindo.

– Harry? Disse Gina, tão baixo que quase não a ouviram.

Ao olharem para trás, a visão os assustou, a moça tinha sangue escorrendo pelo nariz, e sua voz soava tão fraca, quanto seu corpo. Olheiras profundas a deixavam com aparência de doente e parecia que a qualquer momento a moça despencaria no chão. Oque aconteceu quando Harry se aproximou e as pressas a pegou no colo, e assim ela fechou os olhos e apagou.


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Notas finais do capítulo

Sugestões e críticas são bem vindas! Até pessoal!



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