Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 37
Batalha diferente


Notas iniciais do capítulo

OI SOCORRO, PENÚLTIMO CAPÍTULO! Queria a agradecer a todos vocês por lerem essa fanfic. Esse é o capítulo mais sobrenatural e eu tive algumas inspirações da série Once Upon a Time só pra avisar. Boa leitura!



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Ri irônica. - Pode me ajudar? Eu nem conheço o senhor, poupe-me.

– Não duvide de mim gracinha, já vi que haverá necessidade de apresentações né? Eu sou Elijah, mas pode me chamar só de Eli. - ele estendeu a mão, mas não apertei.

– O que você quer com ela? - Daniel perguntou.

– Já disse, eu posso ajudá-la. Sou um mágico, só que diferente de vocês eu não uso essa magia fraca que vocês nomeiam poderes, minha magia é a mais poderosa.

– E por que você me ajudaria? - aquilo estava muito estranho.

– Porque você também me ajudaria.

– Dá pra explicar melhor, não disponho de muito tempo pra desperdiçá-lo com bobagens.

– Bobagens? Acho que você precisa de uma prova gracinha. - ele estalou os dedos e apareceu uma tela no ar, senti meu corpo inteiro se arrepiar e dei passos para trás. - Dia em questão, motivo de você precisar de ajuda.

Imagens começaram a aparecer na tela e uma cena de Lucas e seu pai, eles estavam brigando.

"– Eu não vou deixar você sair daqui. Por que você não se entrega? É melhor que fugir como um covarde, você errou e tem que pagar pelas consequências.

– Eu não vou me entregar, não tão fácil. E não vai ser você um moleque mal criado que vai me impedir de sair dessa porra de casa.

– Só vai sair se passar por cima de mim.

– Acha que um projeto de herói vai poder me impedir de alguma coisa. Se você não sair. - ele puxou um revólver da cintura - Vou meter bala sem dó nenhum.

– Você faria isso com seu próprio filho?

– Saí da frente.

– Pode meter bala então, porque eu não vou sair.

Sua mão tremia e ele apertou o gatilho, mas pelo visto o tiro não foi onde ele queria e sua expressão mudou completamente, ele ficou em estado de choque. - Desculpa filho, desculpa, mas você não quis sair da frente. - ele empurrou o corpo de Lucas até a entrada da casa e pediu por ajuda, mas ninguém apareceu. - Mas quer saber? Você era apenas um adotado. – ele voltou pra casa e voltou com uma mochila e saiu em seu carro."

– Não, não pode ser.

– Agora você acredita em mim?

– Maria Joaquina eu não confio nesse homem. - Daniel sussurrou em meu ouvido.

– Às vezes nós precisamos correr alguns riscos. - respondi também em um sussurro.

– Bom acho que já não podem mais desconfiar das minhas palavras.

– E por que que você com a melhor magia precisa da minha ajuda e o que eu ganharei em troca?

– Esperta você. Bom eu preciso de uma espada, a espada mais foda que existe, só que ela está em uma guardada em uma caverna num lugar onde vocês humanos nem imaginam que existe. Só que digamos que lá tem um dragão muito malvado e aquela caverna elimina os meus poderes então eu não poderia contra ele.

– E você acha que eu vou conseguir vencer um dragão? Você é louco.

– Eu sei que você é capaz, se você não fosse boa acha mesmo que eu estaria perdendo meu tempo?

– Se você não pode usar a magia nessa caverna eu também não poderei.

– Sua magia é fraquinha e é diferente da minha então sem problemas.

– E o que eu ganharia em troca se conseguisse essa espada pra você?

– Não está claro? Eu faço com que seu amiguinho, que por tanto você tem sofrido esses últimos meses, possa voltar a ter uma vida.

– Maria Joaquina, isso é uma missão suicida. - Daniel falou preocupado.

– Foda-se, é uma oportunidade.

– Qualquer que seja a sua decisão eu vou te apoiar e vou com você.

– E aí, vocês topam?

– Sim. - respondi confiante, mas no fundo sabia que aquilo era a maior loucura da minha vida.

– Ótimo, quando você estiver pronta me chame e eu aparecerei.

– Como eu vou te chamar, eu só sei seu nome.

– Gracinha é só me chamar e eu irei aparecer. Nos vemos. - ele sumiu em meio a uma neblina.

[...]

Era a maior loucura, era algo quase impossível, suicida, mas eu precisava tentar. Pelo menos não terei o arrependimento ao pensar "Eu nem tentei". Daniel falou com os outros da Patrulha e eles resolveram me ajudar. Não queria envolver ninguém, mas eles estavam dispostos a lutar e também alegaram que se o Lucas me ajudou e tirá-los da cadeia eles iriam ajudá-lo.

Estávamos no apartamento dos meninos pesquisando tudo sobre dragões. A maioria das buscas davam em lendas, mas não, era algo real que íamos enfrentar e precisávamos estar preparados.

O sol já atravessava a janela e essa era a primeira manhã em dias que eu não acordaria e iria direto para aquele maldito hospital.

– Essas pesquisas não vão dar em nada, aposto que ninguém que enfrentou um dragão sobreviveu pra escrever um texto e por na internet. - Daniel falou.

– O Daniel tem razão, acho melhor fazermos isso o quanto antes. Estão prontos? - perguntei.

– Fazer o que né. - Alícia disse.

– Jorge, Margarida e Valéria, vocês ficam porque bom, não podemos arriscar, vocês não tem poderes. - eles relutaram, mas acabaram concordando.

– Elijah eu estou pronta. - falei soltando minha respiração um pouco alto.

– Ótimo. - ele apareceu na sala do apartamento. - Eu vou abrir um portal para vocês passarem. Ele vai dar na entrada da caverna, ah quando retirar a espada saiam o mais rápido da caverna porque ela desmoronará e aí é só me chamar novamente.

– Pode abrir o portal. - Daniel falou.

Elijah pareceu se concentrar, ele dizia algumas palavras que eu não conhecia, coisa de mágico, ele estava tão concentrado que pingava sangue do seu nariz. Um portão se abriu e nós passamos. Quando me dei conta estava de frente a entrada de uma caverna.

– Quem vai primeiro? - perguntei.

– Vai você Jaime, você é o mais forte de todos nós. - Carmen disse.

– Eu mesmo não, vai que eu dou de cara com a fera, e aí?

– De um jeito ou de outro você vai ter que encarar o dragão Jaime. - Mário falou.

– Eu vou. - tomei a frente e andei entrando na caverna. - Peguem suas armas. - estendi a bolsa para cada um pegar uma arma.

Fomos andando por aquele lugar pouco iluminado. A cada passo que eu dava eu tremia mais e já estava a ponto de sair correndo. Daniel vinha logo atrás de mim e sussurra coisas como "tome cuidado" "olha bem por onde anda". Um verde estranho iluminou o local e pude perceber que era um olho do dragão. Logo aquele bicho se colocou de pé e pude ver o quanto era enorme.

– Meu Deus. - gritos foram distribuídos e começamos a atirar naquela fera que parecia estar louquinho pra nos fazer de almoço.

Continuávamos a atirar, mas parecia que não atingia e nem o fazia sentir dor. Então as coisas começaram a piorar, o dragão começou a cuspir fogo e tivemos que nos separar. Estava atrás de uma coluna e algumas vezes arriscava atirar.

– Atirar não está funcionando muito, temos que usar o modo original. - um voz ecoou pela caverna e reconheci ser a de Alícia. - Maria Joaquina precisamos de espadas.

Enquanto eu tirava espadas da minha bolsa de utilidades Jaime derrubava algumas colunas contra o dragão, mas não adiantava, ele continuava cuspindo fogo e tínhamos que ser ágeis. Depois de ter lançado um espada pra todos, tentávamos enfiar as espadas nele, mas também parecia não atingi-lo.

– Daniel usa a sua inteligência e calcula um lugar onde possa atingi-lo, o ponto fraco dele. Alícia distraia essa fera, você é rápida e não vai se machucar. Cirilo lance os raios mais poderosos que puder. Davi quando o Daniel descobrir o ponto fraco use toda sua pontaria e acerte uma espada lá. Mário tenta controlar um pouco essa fera, ele tem uma parte animal que você vai conseguir domar, eu acho. - pela primeira vez estava no comando.

Aquele lugar já estava um caos. Daniel disse que o ponto fraco do dragão era atrás da orelha, Cirilo lançava raios tão fortes que causavam tremores, Alícia distraía o dragão e o Davi se concentrava para atingir o dragão. Jaime conseguiu subir em cima do dragão que se desequilibrou um pouco e Davi aproveitou o momento para acertá-lo em cheio. O dragão caiu causando um forte tremor.

– Carmen usa sua visão e tenta localizar a espada pela caverna. - disse ainda assustada com aquela cena.

– Tá.

Uns segundos depois Carmen encontrou a espada e todos nós fomos até onde ela estava.

– Podem ir, quando eu tirar essa espada essa caverna vai desmoronar e vocês podem morrer.

– Não vamos abandonar você. - Daniel falou.

– Vão, eu vou conseguir sair.

– Eu vou ficar aqui, com você. - Daniel insistiu.

Todos saíram da caverna, menos Daniel. Olhei pra ele de relance e estava adiando aquilo, sabia que tudo podia dar errado.

– É agora. - disse.

– Nós vamos ficar bem.

Puxei a espada e olhei pra Daniel, começamos a correr em direção a saída, corria o mais rápido que pudia e já estava cansada e ofegante. A caverna estava desmoronando mais rápido do que eu pensava. Estávamos perto da saída e pedras estavam quase tapando tudo.

Chegamos e Daniel começou a subir pelas pedras, eu fazia o mesmo, mas estava meio complicado. Um pequeno buraco era o que restava da saída.

– Vem. - Daniel estendeu a mão, estava escorregando nas pedras e tentei segurar sua mão.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Suspense no final pq sim hueuheueh o próximo é o último :/ :/ :/ COMENTEM!