Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 26
Capítulo XXV


Notas iniciais do capítulo

Quero muitos comentários, hein? E obrigada pelo carinho nos anteriores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472796/chapter/26

Acordei e estava tudo vermelho. Por um momento, achei que fosse sangue ou alguma coisa assim, mas percebi que era só meu cabelo. Tirei-o da cara e olhei o relógio. O vermelho neon dos números de meu relógio trouxa brilhavam 05:40. Não pude deixar de bufar e ficar com muita raiva. Eu estou tão cansada! Provas finais vindo aí e assassinatos e tudo que eu quero é um pouco de sono. É pedir demais?

Levantei da cama e fui até o cubículo que é o banheiro do dormitório. Olhei-me no espelho em forma de paralelepípedo. Os cabelos estavam horríveis, só um feitiço ia concertar aquilo, os olhos estavam normais, porém as olheiras roxas em baixo davam uma aparência monstruosa a toda minha cara. Peguei a varinha do bolso do pijama vermelho e murmurei alguns feitiços para ver se tudo ficava melhor. E ficou!

Coloquei o uniforme de Hogwarts e logo tirei. Queria gritar. Merlin, como o uniforme é quente. Fui até o malão de Amanda e tirei uma blusa bem mais curta, assim como a saia. A única peça de roupa, além dos sapatos, minha que usei foi a gravata. Peguei a tiara verde que Potter –e Sev- achavam que realçava meus olhos e, mesmo tendo colocado ela por causa de Potter, esperava que Sev prestasse atenção em mim.

***

Esperei até Amanda acordar para ir com ela ao Salão Principal tomar café. Ao chegar lá, o lugar estava anormalmente cheio e eu não fui a única que estranhou isto. Ao meu lado, alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e até Sonserina murmuravam coisas estranhas com a testa franzida. Prof. Dumbledore entrou no Salão com a capa roxa de estrelinhas amarelas voando aos tornozelos e todos se calaram. Por mais incrível que pareça ele só chamou algumas pessoas.

–Abigail Luckyear, James Potter, Tobias Crown e Lily Evans.

Meu coração parou. Ele saiu andando e nós o seguimos. Ao chegarmos a sua sala, o diretor murmurou a senha e entramos. Olhei para as pessoas ao meu lado. Abigail, da Sonserina, tinha os cabelos loiros curtos e olhos azuis, James era bom, James, e Tobias, da Lufa-Lufa tinha os cabelos marrons claros e olhos mel, parecia com Elena e fiquei me perguntando se eles eram parentes.

–Reuni vocês hoje para dar a todos uma noticia muito triste e lamento muito saberem assim. –Os olhos azuis piscina do diretor passaram por todos e demoraram um pouco mais em James- Os pais de vocês... Foram assassinados. De todos os quatro. Por Comensais da Morte, por motivos diferentes que irei explicar, se os senhores desejarem, depois.

Mas eu não tinha pai. Talvez eu estivesse ali por que Dumbledore queria que eu os apoiasse e era monitora, podia leva-los para as salas depois. Mas eu tinha mãe.

Ao meu lado cada um sofria a sua forma. Abigail estava chorando horrores, caída no chão, Tobias estava de costas, chorando também e James estava com a postura rígida, os olhos molhados, mas nenhuma lagrima caia.

–Prof. Dumbledore... –Eu comecei, mas o diretor me cortou.

–Vocês podem faltar à aula hoje.

–EU NÃO TENHO PAI! Eu estou aqui para apoio moral não é? Minha mãe está bem! Ela tem que estar... –Eu disse, não entendendo e mais brava que devia estar por ele ter me cortado. –Eu...

E então as lagrimas começaram a cair. Eu senti braços ao meu redor e pensei por um momento que fosse Dumbledore ou Tobias, mas era James. O cheiro de Quadribol e grama invadiram-me e tomaram conta de mim. Permiti que ele me abraçasse e que ele fizesse carinho em mim. Escondi minha cara em seu pescoço, chorando ainda. Ele não chorava.

–Nós estamos indo. –O apanhador falou por mim.

Ele me guiou para algum lugar, não sei onde era, mas era longe da sala do diretor, pois andamos muito.

–Aqui é a Sala Precisa. –James disse- Eu a deixei “pronta” para nós. Pedi para Amolfadinhas deixa-la “pronta”, na verdade.

Entramos no lugar e só abri meus olhos quando ouvi a porta de carvalho bater atrás de mim. Estávamos em uma miniatura do Salão Comunal da Grifinória, só que ao invés de sofás tinha uma cama king size.

–James... –Eu disse e pareceu instantâneo o choro que veio depois. –JAMES!

–Eu estou aqui, Lily. Eu vou estar aqui com você, sempre. –Ele disse e eu me permiti chorar mais. Joguei-me na cama, não importando se a saia ia subir um pouco. O apanhador deitou ao meu lado, de barriga para cima e eu deitei no peito dele. –Vai ficar tudo bem.

–Eu posso ficar com você e seus amigos no almoço? –Eu disse entre soluços- Por favor?

–Tem mesmo que pedir, Lily? Aluado, Amolfadinhas e Rabicho te adoram! –Ele disse, rindo um pouco.

–Amolfadinhas é Sirius. Aluado é... –Eu disse

–Remo. Rabicho é Pedro e eu sou Pontas.

–Por quê? –Eu disse e o garoto me olhou sem entender- Os apelidos.

–É que somos animagos. Como eu já te disse antes. Eu sou um veado- Ele disse e eu ri. Era impressionante como James me fazia rir- Cala a boca, Evans. Então eu sou um... E ele tem chifres. –Ele praticamente pediu para eu dar gargalhados com aquilo.

–Esp... –Eu falei, rindo muito- Espera um pouco...

–Eu sou um veado quando me transformo, e um veado tem chifres, então Pontas. Eu não sei por que Amolfadinhas e Rabicho. Mas Lupin é Aluado por que... –Ele travou e eu sabia por que.

–Aluado. Por que Remo é um lobisomem, não é? –Eu disse e o garoto me olhou, os olhos vermelhos pelo choro arregalados. –Ele me contou em uma ronda.

–Ah... Ele nunca comentou que vocês eram tão amigos.

–James Potter! –Eu disse, boquiaberta. – Você está com ciúmes de mim e... Aluado?

–Você fica muito fofa chamando meus amigos pelo apelido.

–Eu sou fofa. –Eu disse.

–Fofa.

–Babaca egocêntrico.

–Inteligente.

–Chifrudo.

–Gata. Muito gata.

–Fofo.

–Sra. Potter.

–O QUE?

–Nada.

Fiquei encarando o moreno, com a boca aberta. Lily Potter soa tão bem... Ficaria lindo, não? James e Lily Potter te convidam para um jantar... NÃO! Para com isso, Evans. Evans. Mas não tinha mais sentido manter o sobrenome de meus pais mortos. Balancei a cabeça e comecei a chorar. Vi o desespero no rosto do garoto e me apressei em acalma-lo.

–Não é culpa sua. Não é. –Eu disse- Eu só... Eu não tenho mais pais, James. Eu sou órfã.

–Eu também. –Ele disse. Merlin! Eu havia me esquecido por que estávamos ali, juntos.

–James eu sinto muito... –Eu comecei e fui cortada pela segunda vez.

–Vamos ser órfãos felizes juntos. –Ele disse.

–É possível estar apaixonado sem saber?

–Por quê? –Ele respondeu. –Você acha que está apaixonada sem saber?

–Por você, meu caro James, acho que faço tudo sem saber.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço uma recomendação? Tantas comentários... DUAS recomendações :(
Bjos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Porque você? – Lily Evans e James Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.