E se ... escrita por lovejoshifer
Sabe aqueles dias em que você não faz nada direito? Estou passando por uma semana assim, desde a confessam do Sebastian parece que tudo parou.
– Hazel?- Augustus me tira dos pensamentos- eu tenho visto que você anda tensa.
– Tensa é apelido- me encosto no seu ombro- o que vamos fazer?
– Acho que ela só está confusa.
– Acho que ela quer dá um golpe- Emma entra no nosso quarto- posso dormir com vocês?
– É claro- a acomodamos no meio da gente- a Anna pintou suas unhas?
– Pintou, gostou?
– Azul fica bem em você.
– Obrigada, Pai, o que vocês estavam fazendo?
– Conversando.
– Sobre o otário do Sebastian?
– é não chame seu irmão assim.
– Desculpa pai.
Augustus no meio da noite desiste de dormir com a gente, Emma adora dormir agarrada em mim o que é meio desconfortável.
– É hoje- Acordo com Sebastian sentado na minha cama, os olhos inchados e a cara de espanto.
– Vem cá- abraço ele- deita aqui- Sebastian empurra Emma a fazendo dar um resmungo.
O caminho até a casa da garota e estranho, o único barulho são os soluços de Sebastian de tanto chorar e Anna cantando junto com o radio.
– VAI EMMA- elas cantam juntas Ain’t it fun do Paramore, elas fingem ter uma guitarra e uma bateria imaginaria.
– Vocês podem parar?- Bash pede.
– PARA VOCÊ DE CHORAR, SEU MARICA- Diz Emma.
– EPA, pode parar os três – Augustus reprende.
– Desculpa- Emma pede, mas coloca a língua para o irmão, Anna nesses últimos dias ficou neutra, ela trata Sebastian como sempre tratou e tenta evitar conflitos com ele, no fundo ela sabe que ele está nervoso.
– Preparados?- pergunto.
– Um pouco- Anna responde. A casa é bem simples comparada a nossa, talvez por Dora ser filha única, os pais dela nos recebem com felicidade o que me deixa mais nervosa.
– Então vamos ser avós- a mãe dela comemora.
– é, parece que sim- me sinto desconfortável e Augustus também. Sebastian analisa Dora atentamente, a garota estava nervosa assim como eu em meus partos e futuramente no transplante de pulmão.
– EU PRECISO CONTAR UMA COISA- ela se solta do meu filho- O FILHO NÃO É SEU.
– QUE PORRA É ESSA- Anna se levanta furiosa, mas consigo puxar antes que ela faça qualquer coisa, a garota joga os exames em cima da mesa.
– Eu estou gravida de quatro meses, e só namoro Sebastian há dois meses.
– Você ia me empurrar um filho que não é meu? IA DIZER O QUE?
– QUE NASCEU PREMATURO- ela começa a chorar- EU ESTAVA APAVORADA, QUERIA FAZER UM ABORTO, MAS NÃO TENHO CORAGEM.
– E VOCÊ IA COLOCAR A CULPA EM MIM? EM MIM DOROTHEIA SÉRIO?
– ME DESCULPA, EU TE AMO.
– FODA-SE, FODA-SE TUDO- ele joga um copo no chão- DESULPA, MAS FODA-SE- Sebastian sai correndo da casa.
– Esse foi um almoço rápido- Emma sempre tem uma frase triunfante. Vou até o carro onde encontro Sebastian, ele está com a aparência de como se nada tivesse acontecido.
– Você ta bem?
– Estou ótimo, tirei um peso das minhas costas.
– Bash não fale assim.
– Desculpa, ela ia me enganar mãe.
– Ela viu a oportunidade, ela deve estar mais apavorada que você e agora deus sabe o que os pais dela vão fazer com ela.
– Agora é problema é dela- ele está tentando parecer frio. Ao chegar em casa já sei o que ele vai fazer, jogar vídeo game e comer sorvete, Anna vai direto voltar ao seu mundo de compositora junto com a sua fiel escudeira, a Emma.
– Ele está arrasado- Augustus me serve chá- o pior é que nem terminei de comer.
– Posso fazer um sanduiche?
– Estou bem.
Fico até tarde corrigindo provas e trabalhos.
– Sebastian? Onde você pensa que vai- ele parecia nervoso.
– Dora está tendo um aborto, o pai a expulsou de casa.
– Onde ela está?
– A poucas quadras daqui- pego a chave do carro e deixo um bilhete mal escrito para Augustus. Encontramos ela sentada no parque.
– Sebastian- ela diz com uma voz chorosa- obrigada.
– Eu ainda sou seu amigo- Sebastian sempre foi como o pai, não importa o que a pessoa faça a eles, eles sempre irão ajudar.
– Eu ajudo- levamos ela para o hospital local, Sebastian ligou para a mãe dela que chegou bem rápido- Como ela está?- pergunto a Bash.
– Está bem e o bebe também, e por acaso é uma menina.
– Que ótimo.
– Mãe- ele segura minha mão- Obrigada.
– Obrigada você por ajudar ela.
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