Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 22
Paramos o mundo esta noite


Notas iniciais do capítulo

Heey *-* Pessoal, eu já terminei de escrever toda a fic. Escrevi todos os capítulos nas duas semanas de férias que tive, por isso não vou mais demorar tanto para postar! Fiquem tranquilas que falta mais de 15 capítulos ainda! A música que está no capitulo é Better Than This novamente okay? Boa leitura!



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POV Ally

Nós já estávamos na quarta cidade do mês. A cidade é Los Angeles na Califórnia. Passaríamos quatro dias na cidade. Nunca passávamos tanto tempo assim, mas provavelmente seria ainda melhor para a turnê. Afinal, Los Angeles abre muitas portas para um artista.

A lista de shows deste mês era a seguinte:

Estados Unidos

St. Louis, Missouri.

Chicago, Illinois.

Houston, Texas.

Los Angeles, Califórnia.

Stamford, Connecticut.

Boston, Massachusetts.

Denville, New Jersey.

Phoenix, Arizona.

Malibu, Califórnia.

San Francisco, Califórinia.

Por enquanto continuávamos apenas nos Estados Unidos e eu estava feliz por isso. Tudo estava ocorrendo tão bem aqui, não sei se aconteceria o mesmo em lugares tão diferentes.

Os primeiros três shows ocorreram muito bem. E eu fiquei impressionada que algumas fãs de Austin vieram falar comigo algumas vezes. Elas falavam algo como “Como é trabalhar com Austin?”, “Você tem sorte”, “Trabalha com música também? Quero ouvir sua música algum dia”. A maioria era muito educada comigo. Claro que algumas se interessavam em saber só de Austin. Afinal, meu objetivo não é ser conhecida.

Esses quatro dias em LA foi dividido em: descansar, descansar, show, descansar. Os três primeiros nós obedecemos. Nos dois primeiros dias ficamos apenas no hotel, não muito feliz por não ter nada para fazer. Apenas Austin que fez algo, ensaiando para o show.

No terceiro dia, o show em LA foi muito divertido. O lugar estava lotado. Tudo pareceu passar tão rápido. No entanto, uma coisa continuava igual: Austin e eu continuávamos estranhos um com o outro.

O porquê continuava o mesmo. Jimmy não nos queria muito perto. Algumas pessoas também pareciam criticar nossa amizade. E, além disso, eu tinha medo. Nunca quis me envolver com fama. E prometi a mim mesma nunca me envolver com alguém tão rapidamente.

E aqui estou eu, em um mês e meio já estou com problemas para tirar um loiro da minha cabeça.

– Saia daí Ally – Rydel falou autoritária.

Este era nosso quarto dia em LA. E claro que Rydel não conseguiria ficar parada em uma cidade como essa. Era nove horas da manhã e ela insistia em puxar meu pé.

– Chame Carter – resmunguei.

Ouvimos uma batida na porta antes que ela gritasse novamente. Sentei na cama e ela abriu a porta.

– Bom dia – meu irmão falou colocando a cabeça para dentro.

– Viu? Ele facilitou seu trabalho – falei apontando para Carter. Rydel revirou os olhos e ele franziu a testa.

– Viemos chamar vocês para tomar café – falou agora Austin colocando a cabeça para dentro.

Puxei a coberta para cima do meu corpo repentinamente e Rydel me olhou confusa. Apontei para seu próprio corpo e ela pulou para trás da porta. Ela usava um pijama vermelho de ursos. E eu um azul cheio de nuvens. Nada legal.

Antes que abríssemos a boca para falar algo alguém novamente entrou no nosso quarto.

– É uma festa aqui? – reconheci Ivie. Meus olhos se prenderam em um embrulho em seus braços.

– É por isso que você sumiu esses três dias – falei e ela riu. Durante todo o tempo em que estávamos em LA Ivie havia sumido. Agora tudo fazia sentido. Seu marido estava aqui com seu filho.

Um cobertor azul cobria o menino em seu colo. Pulei da cama e fui ao seu lado.

– Sim esse foi o meu motivo, estava de folga por eles. E agora preciso de um favor muito importante. – ela avisou agora séria.

– Pode pedir – falei atenciosa.

– Preciso que cuide do pequeno hoje à tarde. Tenho que trabalhar o dia inteiro e preciso do meu marido para resolver algumas coisas. Ele é empresário e preciso revolver umas coisas sobre locais dos shows. Sei que não devia pedir a você já que ainda tem 17 anos. Mas, eu confio em você mais do que em qualquer pessoa aqui – ela falou me suplicando com os olhos. Por causa dessa ultima frase ela recebeu um coro de reclamações – Desculpa – ela acrescentou para os outros.

– Não precisa nem perguntar mais. Claro, que fico ele. Eu sei cuidar de crianças – falei verdadeiramente. Já tive muitas experiências, tantas que já até me pagaram para cuidar de crianças.

– Você é um anjo – Ivie falou me abraçando como pode.

– As coisas dele? – perguntei e ela apontou para fora. Meu irmão puxou uma bolsa azul para dentro do quarto.

– Você pretende sair? – ela perguntou curiosa e eu percebi que havia escapado de Rydel.

– Não, no máximo o parque que tem aqui na frente – respondi e ela sorriu.

– Pode me ligar em qualquer hora. Ele tem um ano e quatro meses. Ryan – ela falou descobrindo o rosto do menino.

Ryan tinha as bochechas bem grandes e babava. Sorri e ela fez o mesmo. O menino tinha um pouco de cabelo, que já era loiro igual o da mãe.

– Eu vou ter que ir agora – ela avisou – Espero que ele não de trabalho – disse sorrindo e eu neguei. Ela beijou a testa do filho e limpou seu rosto. Peguei o menino com delicadeza e ela sorriu para mim – Obrigada – ela falou me abraçando. Ri e retribui.

Depois de mais alguns agradecimentos ela finalmente foi embora. Ajeitei o menino em meu colo, ele dormia tranquilamente sem se preocupar com nenhum barulho que fazíamos.

– Que bonitinho – Rydel sussurrou encantada ao meu lado. Ri silenciosamente e concordei. – Sinto muito, mas não ficarei aqui para ajudar – ela disse levantando as mãos. Eu duvidava muito que Rydel iria me ajudar e acertei.

– Nem eu – Carter falou a imitando. Revirei os olhos e suspirei.

– Eu fico so... – comecei a dizer, mas fui interrompida.

– Eu te ajudo – Austin se prontificou. Olhei-o surpresa. Ele não parecia nem um pouco arrependido de ter falado isso. Assenti e Rydel sorriu.

– Perfeito – ela falou alegremente. – Agora saiam – ela falou ainda em um tom baixo. Austin e Carter saíram rapidamente e ela fechou a porta. – Vocês ficaram bem mesmo cuidando deles sozinhos? – ela perguntou preocupada.

– Sim. Sei cuidar de crianças. Seu irmão me ajuda – falei enquanto ela se trocava.

– Tudo bem então – ela falou dando ombros. – Ficará mesmo com um pijama de nuvens? – ela perguntou curiosa e divertida. Aregalei os olhos e ela riu.

Deixei o menino por alguns minutos em seus cuidados enquanto eu me trocava. Sentei em minha cama com o menino e Rydel se levantou.

– Espero que você e Austin se resolvam – ela falou piscando e eu ri. – Boa sorte – ela falou enquanto ia até a porta.

– Para você também - falei um pouco alto e Ryan se remexeu em meu colo.

Ela abriu a porta e ofegou. Austin e Carter já estavam esperando a frente da nossa porta, novamente.

– Vocês me assustaram – ela falou fazendo os dois rirem.

– Desculpe – meu irmão falou e ela assentiu – Podemos ir? – ele perguntou ansioso.

– Sim – ela sorriu e saiu do quarto deixando Austin entrar. Carter sorriu e piscou para mim. Ri e balancei as mãos como um sinal para que fosse embora logo.

Os dois foram embora e Austin fechou a porta. Desviei os olhos não querendo encará-lo. Ainda estava em duvida do porquê ele ter aceitado me ajudar. Para não olhá-lo mantive meus olhos em Ryan. Deixei o menino deitado ao meu lado. Do jeito que estava dormindo, provavelmente ficaria acordado a tarde toda.

– Não tomou café né? Pegue – Austin falou me surpreendendo. Ele me estendeu um copo de café e um bolinho.

– Obrigada – falei com um pequeno sorriso e peguei meu café da manhã.

Austin se sentou na cama de Rydel e começou a mexer em seu celular. Que conversa agradável. Já estava considerando a ideia de dormir como Ryan, mas Austin me chamou.

– Eu faço mesmo isso nos shows? – perguntou incrédulo. Austin virou seu celular para mim e eu me controlei para não gargalhar muito alto.

Era uma foto em que seu cabelo estava totalmente bagunçado e suado. Ele tinha um microfone grudado na bochecha. Ele sorria minimamente e na foto ele provavelmente estava piscando, pois estava de olhos fechados. Sorri e assenti. Mesmo assim ele continuava lindo.

– Faz. Dez filmou um pouco de cada show seu. É engraçado - falei sorrindo e ele soltou um muxoxo. – É fofinho – afirmei e ele riu.

– Duvido. Tá ridículo – ele reclamou e eu ri de sua insistência. Assim que abri a boca pra falar novamente um choro nos interrompeu.

– Ei, calma – falei carinhosamente e peguei o menino que chorava.

O menino não pareceu muito alegre em me ver em vez de sua mãe ou seu pai. Sorri e limpei seu rosto babado. Ryan choramingou com os olhos cheios de lágrimas, mas parou de chorar.

– Que foi? Cansou de dormir? – perguntei para Ryan. O menino resmungou algo me fazendo rir. Ivie já havia me falado que ele não sabia falar palavras concretas. Resmungava coisas impossíveis de entender.

Ryan vestia um macacão azul simples que ia até o meio da pequena perna. Ele parecia inerte a tudo que acontecia em volta, olhando fixamente apenas para Austin. O loiro fazia a mesma coisa, encarando o bebê.

– Com medo de um bebê Austin Moon? – perguntei rindo.

– Não, mas ele estava me encarando – ele falou estreitando os olhos.

– Acho que gostou de você – falei dando ombros.

– Como não gostar? – perguntou convencido e eu revirei os olhos.

– Não ligue para ele, Ryan. Ele é chato mesmo – sussurrei para o bebê que me olhou sem entender. Austin riu e se sentou ao meu lado.

– O que vamos fazer? – ele perguntou. Ryan em meu colo já pegava no sono novamente. Dei ombros e sentei na cama encostada na cabeceira. Bati no espaço ao meu lado e Austin me imitou.

Coloquei o menino no meio de nós dois e ele nem abriu os olhos. Austin e eu estávamos bem próximos, pois Ryan não ocupava muito espaço. Dei na cama e Austin me imitou. Ri e ele fez o mesmo. Nós estávamos deitados no mesmo travesseiro, e por essa proximidade meu coração se acelerou.

Como não tínhamos nada para fazer Austin voltou a pegar seu celular. E então descobri o que ele tanto fazia no celular. Ele estava vendo tudo em que estava sendo marcado. Isso explica a foto estranha.

Ele era marcado em tudo que você pode imaginar. Não tinha como ver tudo, pois era realmente muita coisa. Mas, ele respondia aos que conseguia.

– O que eu estou fazendo aqui? – falei repentinamente quando ele passava por uma foto.

Eu estava distraída e nem sabia sobre a foto, mas acabei saindo no fundo dela. Austin sorria para a câmera com uma garota ao seu lado.

– Nem tinha percebido – ele falou rindo e eu revirei os olhos.

– Eu sei. Chamo muita atenção – falei ironicamente.

Austin foi passando muito rapidamente algumas das fotos e eu percebia cada vez mais o quanto as fãs dele eram apaixonadas pelo loiro. E eu que nunca tinha ouvido uma música de Austin estou aqui ao seu lado agora.

Já era quase meio-dia quando um choro recomeçou.

– Agora é para valer, você não quer dormir – falei enquanto me levantava da cama com o bebê chorando no meu colo.

– Fome? – Austin opinou.

– Sim. Sujo ele não está – dei ombros enquanto Austin fazia uma careta. Provavelmente ele deve estar agradecendo por isso, já que não sabe trocar fraudas. – Procure a mamadeira dele na bolsa – pedi apontando para a bolsa azul.

Percebi que Ryan não acordava de bom humor. Ele chorava desesperadamente. Eu andava de um lado para o outro com o menino até que finalmente Austin achou a mamadeira.

– Acho que isso serve por enquanto – falei pegando a mamadeira. – Mas, que tal esperar um pouquinho? Vamos esquentar isso aqui – disse carinhosamente. O menino apenas choramingava agora.

– Esquentar aonde? Lá embaixo? – Austin perguntou se referindo a cozinha do hotel. Assenti e indiquei o menino para ele.

– Cuide dele por dez minutos – pedi e loiro me olhou surpreso.

– Eu? N... – ele começou a negar, mas eu supliquei com o olhar. – Dez minutos – ele repetiu pegando Ryan. Ele parecia ter medo do menino quebrar.

Concordei rapidamente e logo sai rapidamente do quarto. Desci as escadas rapidamente. Fui até o restaurante do hotel e expliquei brevemente que precisava esquentar a mamadeira. A mulher simpática concordou prontamente e levou para dentro.

Em menos de cinco segundos eu já subia as poucas escadas correndo. Tinha certeza que foi menos de dez minutos.

– Menos de dez minutos – avisei enquanto entrava no quarto. Austin andava pelo quarto com Ryan no colo. O menino ainda tinha lágrima nos olhos, mas estava distraído brincando com o colar que Austin usava.

Sorri e Austin ergueu o olhar para mim.

– Foi mesmo. Sobrevivi – ele constatou e eu ri concordando.

Peguei Ryan e logo o menino fechou os olhos, deixando tudo em silêncio. Austin e eu sentamos novamente na cama e ficamos um bom tempo apenas observando o garoto no meu colo.

– Está com fome? – Austin perguntou. Ryan já havia tomado uma boa parte de sua mamadeira e estava em meus braços olhando curiosamente em volta.

– Com certeza – falei e ele riu da minha afirmação.

– O que eu pego? – falou em duvida enquanto ia até a porta.

– Qualquer coisa – falei dando ombros e ele assentiu. Austin saiu me deixando sozinha com o menino curioso.

Ryan arregalava os olhos de um jeito tão fofo que comecei a rir. Foram pouco minutos até Austin voltar.

– Espero que goste de lasanha – falou sorrindo e deixou várias coisas em minha cama.

Deixei Ryan sentado no meu colo e peguei um dos pratos.

– Claro. Obrigada. De novo - falei e ele riu.

– Tenho dó do seu irmão neste instante – Austin lembrou e eu concordei.

– Ao menos ele me salvou de ser arrastada para o shopping – lembrei e ele deu ombros. Nós ficamos pouco tempo em silêncio porque Austin levantou e pegou tudo.

– Vamos sair um pouco daqui? – ele pediu fazendo uma careta suplicante e eu ri.

– Claro. Parque? – perguntei curiosa e ele concordou.

– Tudo bem – falei e Ryan choramingou. – Só vou trocá-lo – observei vendo a cara de choro do menino. Austin arregalou os olhos e pegou meu prato.

– Boa sorte. Vou levar isso – ele disse como uma desculpa e andou rapidamente para fora enquanto eu gargalhava.

– Pois é. É eu e você – falei para o menino manhoso.

POV Austin

Não demorei muito para voltar ao quarto, pois fiquei com pena de Ally. Era meio impossível conter um sorriso naquele momento. Ally e eu estávamos nos dando melhor do que eu pensava. Na verdade, na hora em que me oferecia para fazer companhia a ela eu não pensei muito.

Assim que abri a porta ri com o que vi. Ally brincava com Ryan que estava deitado na cama apenas de frauda. Ela parecia estar se divertindo com o garoto.

– Você está parecendo mais bebê que ele – falei enquanto encostava a porta. Ela pulou de susto enquanto eu ria.

– Não faça isso – ela reclamou e se virou para vestir o menino.

– Vocês se assustam muito fácil – defendi.

Me sentei na cama ao lado de Ryan e a observei. Ally estava em uma verdadeira luta para colocar aquele macacão no garoto. Ele parecia a irritar de propósito, pois ainda ria. Ally bufou e eu gargalhei.

– O tio Austin vai te vestir então – ela reclamou cruzando os braços e eu estreitei os olhos. Estreitei os olhos para o menino. Ele fazia graça e eu ri.

Admito que não foi nada fácil, mas depois de uns bons minutos eu acabei conseguindo ganhar a luta. Sorri vitorioso e Ally revirou os olhos.

– Parabéns. Agora vamos porque eu estou cansada de ficar trancada aqui – ela falou e foi andando para a porta.

– Ei – chamei envergonhado e olhei para Ryan. Ela riu e voltou ao meu lado enquanto Ryan sorria inocentemente. – É possível eu derrubar o garoto então – falei passando a mão no cabelo e ela sorriu.

– Tudo bem – deu ombros e pegou cuidadosamente Ryan. – Vamos lá garotos – ela disse sorrindo para o bebê. Peguei a coberta azul dele e fui atrás de Ally.

Eu sempre pensei que eu chamava atenção na rua, por ser famoso. Mas, não tinha conhecido o poder que um bebê pode ter. Ryan atraia olhares principalmente de mulher que o achavam incrivelmente fofo.

Tivemos sorte, pois quando saímos nenhuma fã estava na porta do hotel. Como o parque era literalmente na frente do hotel não tivemos muito problema em ir para lá. Algumas pessoas também tinham tido a mesma ideia que nós, muitas estavam aproveitando à tarde.

Como a cidade não era muito agitada não era problema nenhum um parque no meio da cidade. Tudo era incrivelmente verde, para todos os lados que você olhasse. Também tinha alguns jardins de flores. Muitos bancos eram espalhados pelo lugar, mas escolhemos ficar na grama, em um local sem muito sol.

– Adorei esse lugar – Ally falou olhando em volta. Concordei e me aproximei mais dela puxando minha touca, pois estava como sempre com uma blusa cobrindo meu cabelo.

Ryan estava em pé nas pernas de Ally com ela o apoiando. Peguei meu celular e ela tão distraída nem mesmo percebeu quando tirei uma foto. Sorri quando vi que a foto havia ficado perfeita.

– Vem aqui – Ally falou para Ryan enquanto o pegava em um braço só. O menino agora estava apoiado em mim e em Ally. Ela pegou seu celular e abaixei a cabeça escondendo meu rosto no ombro do menino.

Quando levantei meu olhar vi Ally sorrindo bobamente e olhando para a tela do seu celular. Na foto meu rosto não aparecia. Nós três estávamos tão juntos, que o rosto de nós dois estava escondido pelo menino. Não estava nada mal.

– Pode coloca-la em algumas rede social se quiser – falei e ela me olhou confusa.

– Mesmo?

– Meu rosto não aparece – dei ombros e ela sorriu. Ryan que ainda dividia-se em nossas pernas agora estava pulando alegremente.

– Está animado hein – Ally observou e o segurou pela mão para ele não cair e eu sorri.

POV Ally

Enquanto eu estava ali com os loiros algumas coisas passaram a fazer sentido em minha cabeça. Uma delas era algo que Ivie havia falado e estava marcado em minha cabeça.

“Pense mais um pouquinho e perceberá com que se preocupa”.

“Não se preocupe com a opinião dos outros”. Lembro-me da fã de Austin dizendo-me isso.

Observando Austin e Ryan trocarem sorrisos percebi que eu não me preocupava com que as pessoas pensavam. Se eu pudesse parar o tempo naquele momento para não me preocupar com mais nada.

Algumas frases começaram a surgir na minha mente. Frases que até faziam um pouco de sentido.

– Austin? – chamei e ele me olhou ainda com um sorriso. Não pode ficar melhor que isso. – O que acha de tentarmos fazer a música novamente? – perguntei e ele fez uma pequena careta. – Por favor – pedi sincera e ele me analisou.

– Vamos tentar – ele concordou e eu sorri.

Olhei no relógio: 17:30. Como pode se passar tanto tempo? Ivie provavelmente já deve ter chegado.

– Vem – falei pegando Ryan e depois o ajudei a se levantar. Austin segurava a coberta de azul de Ryan e eu enrolei nela.

E eu estava certa. Quando chegamos Ivie também parecia ter acabado de chegar. Nós a encontramos no corredor dos quartos. Sorri para ela e entreguei o bebê sorridente a mãe.

– Ryan deu algum trabalho? – ela perguntou desconfiada e eu ri.

– Nenhum – afirmei.

– Então obrigada – ela falou feliz e me abraçou.

– Aqui – Austin falou e nós nos separamos. Ele entregou a bolsa de Ryan e ela o olhou desconfiada.

– Então vocês... Ah. Obrigada também – Ivie disse e surpreendeu Austin com um abraço.

– Até pequeno – falei beijando a testa de Ryan.

– Até algum dia baixinho – Austin falou fazendo o mesmo. Ivie sorriu encantada e depois se afastou.

– E você vem comigo – falei pegando a mão de Austin e o puxei para o quarto.

POV Austin

– Que tal um ritmo? – perguntei pegando o puxando o papel para facilitar minha visão.

– Tente – Ally respondeu animada. Pensei rapidamente em algo rápido que não seja cópia e arrisquei cantar um pedaço.

Ooh

If I could stop the world tonight, I would
Freeze this moment in time
Oh, if I only could
Our bodies dance like the wind over and over again
In a perfect sky
Hypnotized by the sound
I get lost and then found
In your eyes

Ooh

Se eu pudesse parar o mundo hoje à noite, eu o faria
Congele este momento no tempo
Oh, se eu apenas pudesse
Nossos corpos dançar como o vento e outra vez
Em um céu perfeito
Hipnotizado pelo som
Eu me perco e depois encontrado
Em seus olhos.

– Seu ritmo é perfeita! – Ally exclamou surpresa e se levantou.

– Sua letra é perfeita – afirmei também me levantando. Nós dois rimos e ela se jogou em meus braços. Fiquei um pouco surpreso, mas logo me recuperei e coloquei meus braços em sua volta a abraçando.

Era estranho e extremamente coincidência e música se aplicar a esse momento. Na verdade, muitos momentos perto dela poderiam ser aplicados nessa música. Ficamos pouco tempo mais abraçados porque logo ela se afastou envergonhada.

– Já é quase meia-noite – Ally falou surpresa e eu fiz o mesmo. Ao mesmo tempo lembrei-me de Rydel. Mas, confiava em Carter. – Estou com fome – ela falou pensativa como se descobrisse algo extremamente novo. Sorri vitorioso.

– Pensei nisso antes. Pizza? – perguntei e ela me olhou confusa. - Deve estar lá embaixo, vou pegar – falei e ela sorriu surpresa.

Se nós poderíamos ter apenas ido cada um para seu quarto e pedido comida? Sim, nós poderíamos. Mas, queríamos prolongar um pouco esse dia sem preocupações.

Oh, if we could stop the world tonight
I think that we should try

Oh, se pudéssemos parar o mundo hoje à noite
Eu acho que devemos tentar


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Notas finais do capítulo

Logo posto mais um capitulo!