Me perdoa - Dramione escrita por Grind


Capítulo 7
Capítulo 7 - E hoje a cada segundo




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Me perdoa - Dramione /Capítulo 7 - E hoje a cada segundo

— Draco – o toque insistente em seu ombro o obrigou a abrir os olhos. Estava escuro, não tinha luz no quarto. – Draco – Ela voltou a repetir.

— Que horas são? – Balançou a cabeça confuso, sem luz do sol, por que estava acordado? Levou alguns minutos para colocar a cabeça no lugar, Herms tinha o acordado, estava desassossegada, e independente das horas, sabia que deveria estar dormindo. – O que houve?

Uma das pernas macias tinha se enrolado na sua, puxando-o para mais perto.

— Eu preciso de você – Ela resmungou, não por sono, mas como uma criança mimada. As mãos estendidas em seu peito na tentativa de fazê-lo se virar.

— Hermione, mas que horas são? – Tentou acender o abajur do seu lado da cama e foi impedido, já tinha passado das duas talvez?

Ela colou mais o corpo ao seu, o rosto escondido em seu pescoço.

— Eu preciso de você – Sussurrou.

Malfoy sentiu o choque das palavras se espalharem pelo corpo, ele tinha de levantar cedo na manhã seguinte, era o final da primeira semana que finalmente dormiam juntos. Depois de brigas constantes onde um dos dois sempre abandonava o quarto depois do sexo, tiveram a primeira sossegada semana de sono no apartamento que tinha na cobertura no centro da cidade.

Era temporário e sabia disso, iria ficar ali por 15 dias devido a uma conferencia antes de cada um voltar para a própria casa e camas separadas. Tinha sido contra tudo aquilo desde do inicio, mas era difícil não ceder a Hermione Granger, sabia que dormir junto o deixaria viciado em uma espécie de aconchego que não estava acostumado.

Mas tudo bem, aquele mês Granger tivera a ideia doente de querer ter filhos, e ainda que não se sentisse preparado pra assumir criança alguma, fingiu não saber de nada, mesmo depois de ter entrado numa paranoia naquela semana em que ela foi na consulta e descobrir que ela estava tomando remédios para fertilidade, e também fingiu não saber que os efeitos colaterais eram insônia, e apetite sexual.

Ficou abalado quando descobriu, e chateado quando ela não contou, e só não tocou no assunto porque ela invadira seu escritório duas vezes naquela semana, e agora viajara com ele para a conferencia.

Tudo bem que mal se viam ele levantava cedo, tomava café da manhã sozinho e passava o dia inteiro trabalhando, e ela desfrutava da ala hotel do prédio, bebendo drinks caros no bar com seu cartão, ganhando bronzeados admiradores na piscina, e abusando de serviços que ele desconhecia ter acesso.

Era tudo as suas custas é claro, não se importava, porque ela também não se importava, porque no final do dia quando se encontravam ela dizia sempre estar de corpo renovado, de alma leve, e depois o cercava com a pele macia e hidratada.

—Meu Deus mulher agora? – Seu corpo girou sobre o dela, sem se separarem ela já estava pronta pra ele e amaldiçoou por isso, ele ainda estava com a calça do pijama pesada entre os dois, enquanto ela tinha o corpo nu debaixo do seu.

Não tinha nada de planejado em tudo aquilo, os corpos se moviam num vai e vem lento e torturante, e Malfoy viu sua própria respiração falhar enquanto subia e descia, o atrito dos corpos não estarem completamente unidos o sufocando.

— É, agora – Ela concordou de olhos fechados. As mãos paravam regularmente em sua cintura, mas ela voltava a lhe arranhar o peito de propósito só porque ele tinha dito o quanto odiava amar aquilo, e depois desciam dando atenção exclusiva a seu membro duro entre os dois.

Maldição ele tinha que levantar no dia seguinte!

— Você se tornou minha ruína – Resmungou entre dentes, o maxilar fechado enquanto afundava o rosto na curva de seu pescoço, bufando, o quarto inteiro subindo a temperatura como se fosse meio dia.

Ela balançou a cabeça em concordância, incapaz de responder, empurrando as roupas como podia, sem deixar que os corpos parassem de se mover em tamanha sintonia. Saber que aquilo também a matava aliviava um pouco a pressão no peito.

Quando qualquer vestimenta deixou de ser um problema, seu corpo se afundou sobre o dela, fundo e vagarosamente, Granger arqueou o corpo, os lábios abertos em êxtase, os olhos fechados, e forçando seu corpo pra baixo tudo se tornou verdadeiro.

Deus, ela estava tomando remédios para engravidar, ela queria filhos, queria filhos dele, e aquilo não deveria ser assustador? Pois é, era tão aterrorizante que ele se quer se importava. Sabia que deveria estar pirando, arrancando os cabelos por ela não lhe contar, afinal, não deveria ser um segredo certo?

Tinha uma porção de perguntas presas na garganta, que só não haviam sido colocadas para fora porque não queria brigar com ela, porque por mais linda que ela ficasse vermelha de raiva não era essas as sensações que queria causar nela, porque a amava demais para discutir sobre coisas das quais ele tinha medo.

Seria um bom pai? Saberia se dedicar a uma criança ou viveria atolado pelo trabalho como o seu pai era? Atolado ele já era não é mesmo, ela mesma já tinha resmungado sobre o assunto. Ser igual o seu pai era com certeza a pior coisa que poderia lhe acontecer, um pesadelo sem fim.

Granger fincou as unhas em seus ombros, a respiração muito mais falha do que antes, o suor escorrendo entre os dois, ela estava quase lá sabia disso e só parecia deixa-lo mais duro.

— Espera – Ela disse com dificuldade ainda que não fosse preciso, ele nunca terminaria antes dela.

Uma, duas, três vezes. Granger arqueou o corpo outra vez, a respiração sofrida, os lábios inchados, e logo, os dois corpos pararam juntos, os músculos relaxando depois de uma atividade intensa, o suor molhando os lençóis.

— Você estava tomando pílula pra engravidar.

O rosto de Granger empalideceu.

— Você sabia?

Draco revirou os olhos.

— Eu sempre soube.

— Como? Você não disse nada?

— Você me dispensou porque tinha uma consulta, quando eu perguntei sobre o que era você não quis dizer, quando eu perguntei se era uma consulta de rotina você também não quis dizer – Malfoy ficou de pé, Emily tinha levantado e estava tomando banho, o que com certeza abafaria qualquer palavra de baixo calão que lhe escapasse – Então eu fui descobrir sozinho.

Hermione fez uma careta, incrédula.

— Você estava me vigiando!

— Eu estava preocupado! – Socou a mesa descontrolado. – E ainda assim você não resolveu me contar.

— Você sempre resmungou que não queria ter filhos – Ela voltou a se sentar, começando a cortar uma das mangas da fruteira em cima da mesa – e eu estava numa fase complicada, eu precisava de companhia, e você estava sempre ocupado demais.

— E ainda assim você agiu pelas minhas costas. – Ralhou.

— E pelo jeito você não se importou por não ter dito nada, e ainda assim não tinha o direito de me espionar.

— Eu precisei passar por seu marido pra conseguir falar com o médico, e precisei dar o melhor de mim pra não matar vocês dois quando ele me contou. E imagine só, como ele ficou contente em me reconhecer, a dificuldade da gravidez vinha por causa da constante mistura de sangues da sua família, e a minha linhagem melhorava as chances – Abriu os braços como se a noticia fosse extraordinária – Eu servia para alguma coisa pra você.

— Acha que eu estava com você por causa da minha vontade de ter filhos?

— Bom, quando não deu certo você resolveu terminar, não?

Ela levou um dos pedaços da manga a boca enraivecida.

— Isso é ridículo.

— Você planejou tudo isso não foi? – Malfoy passou as mãos pelos cabelos bagunçados, a mente borbulhando, o peito gritando – Você sabia que estava grávida, foi por isso que me deixou.

— Eu o deixei porque a nossa relação estava insustentável, você remarcou um único almoço cinco vezes. Cinco vezes!

Malfoy abriu ambas as mãos sobre a mesa, o rosto vermelho, o coração pegando fogo.

— Você sabia que estava grávida quando me deixou não sabia?

Ele viu a incerteza passar pelas orbes castanhas.

— Eu suspeitava, não tinha certeza.


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