Love Story escrita por AnnieJoseph


Capítulo 25
Apenas amor.


Notas iniciais do capítulo

Musica pra escutar enquanto lê. Ela é linda, e é totalmente a minha cara e a cara da Annie. Ela pode parecer depressiva de um modo de "terminei o namoro ou "minha vida é uma droga" mas não é bem assim. Se quiser, dá uma olhadinha num site de letras, pois tem haver com Annie...

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O sol dessa tarde é daqueles que fazem até um peixe sair correndo de dentro do mar, de tão quente que a água fica. Hm, ok eu estou exagerando. Mas, posso afirmar que por mais que o sol não esteja lá tão quente, o calor vence tudinho. O calor é muito pior do que o sol ás vezes. E hoje, ele estava demais, ao ponto de ter que semicerrar meus olhos, quase os fechando.
Michael segurou mais firme minha mão, e começou a correr um pouquinho. Eu o segui. O ventinho batendo no meu rosto conforme corro é bom. Apesar de ser quente, é algum vento, não é mesmo ?
Olhei para Michael, e um sorriso estava se formando no rosto dele. Aquele sorriso surpreso, de canto de boca que te faz ter a certeza de que ele estava pensativo, e sorriu por ele motivo misterioso. Eu sorrio automaticamente, quando o vejo sorrir. É meio subliminar isso. Ele me contagia.
O observei mais. Fixei meu olhar na boca dele. Ele apertava o lábio inferior levemente com os dentes enquanto sorria. Seu olhar que se encontrava no chão, foi lentamente arrastado pra meus olhos. Olhei mais a boca dele, mesmo sabendo que seus olhos estavam nos meus. Fazer o que, estou inconciente dos meus atos !

– Sabe...

– Está... – Eu o interrompi.

Na verdade, falamos juntos ao mesmo tempo. Eu iria falar que estava calor, pois estava contrangida por encarar a boca dele durante muito tempo.

– Hm, desculpe, fale. – Ele disse entre sorrisos.

– Não tudo bem, pode falar, eu só ia fazer um comentário. – Olhei para a cachoeira agora bem perto de mim. Aquilo me ajudava a resfriar o pensamento, e agir normalmente.

Michael parou de andar, pois estávamos quase na margem da cachoeira. Eu parei também, consequentimente. Na verdade, se ele não tivesse me parado, eu estaria com um metro de água acima do corpo agora, e não iria perceber isso.

– Eu também ia fazer um comentário... – Ele parecia contrangido. Fugiu do meu olhar.

– Eu estou curiosa. E você também. Vamos esquecer isso. – Eu sorri, totalmente constrangida.

– Nós estamos discutindo por uma bobagem – Ele voltou a me olhar, gargalhando.

– Eu sei disso. – Eu gargalhei, suspirando alegremente. – Será por que ? To me sentindo tão boba.

– Era só constrangimento...

– Adivinhou meus pensamentos senhor Jackson !

– Agora eu me pergunto por que estávamos constrangidos. – Ele ficou pensativo, e tirou o olhar de mim. Olhou para a fonte da cachoeira, de onde transbordava água fortemente, entre as pedras e árvores.

– Não sei. – Disse sincera. – Talvez o momento...

– Era como se eu tivesse falando com você pela primeira vez. – Ele me interrompeu.

– E...

– E era um contrangimento diferente. Como se eu estivesse com vergonha de... Não sei explicar. – Ele me interrompeu novamente.

– E um dos sentimentos que nunca sentiu ? – Levei minha outra mão vaga, a mão que segurava a de Michael e a segurei. Ele sorriu, e fez o mesmo.

– Sim. Esse é o problema. Muitas vezes eu tenho que descobrir o que sinto, e porque sinto. – Ele me olha no fundo dos olhos.

Mais do que rapidamente, eu fujo do olhar dele, encarando a margem da cachoeira. Nesse momento, me sentia menos imune á esses olhares. Não sei porquê.

– Creio que... – Eu pausei pra respirar – Você vai descobrindo conforme for vivenciando esses sentimentos... – Dei uma pequena espiada no rosto de Michael.

Ele ainda me encarava. Fechei os olhos, e desviei o olhar novamente. Saber que ele me encarava, me deixava mais nervosa ainda.

– Isso. Eu não vou pensar, vou deixar acontecer. – Eu pude ver seu sorriso de lado. Era impossível não indentificar aquela boca, com os dentes perfeitamente brancos e lindos.

– Sim. – Mordi o lábio inferior, e me virei pra ele novamente.

Ele estava mais sorridente. Se aproximou de mim, me pegando no colo como um bebê.

– Ooooow Michael ! – Eu disse perto de sua boca. Perto demais pra resistir por muito tempo.

Ele riu em resposta, andando comigo até a margem. Logo, começou a entrar na cachoeira aos poucos. Molhando os pés, provocando-me.

– Que tal um mergulho ?

– Michael você está maluco ? Estamos de roupa ! – Eu ri desesperadamente. Ele cambaleava comigo, não por não aguentar o peso, mas sim pra brincar mesmo. Me ameaçava jogar na água.

– Sim. Eu quero tomar uma banho, a água está tão fria ! Esse calor está me matando. E não importa a roupa, vamos Annie !

– Calor está mesmo, mas precisa fazer... Owww Michael !

A essa altura, a água já batia na cintura dele. Eu estou tão boba com esse sorriso assim pertinho de mim, que nem sei se estou raciocinando direito. Comecei a sentir a água alcançar minhas costas, pelos movimentos que ele faz dentro da água.

– Então se prepara que o calor vai passar rapidinho, e agora ! – Ele aumentou o tom de voz risonho, e me jogou com tudo na água.

Antes de afundar, soltei um grito bem animado, daquelas que se ouvem em filmes de pesoas pulando na água mesmo. E impacto com a água não machucou, Michael me jogou bem. Afundei, sentindo aquela água gelada gelar todo meu corpo. Isso era realmente gelado !
Levei minha cabeça a superfície, limpando os olhos com o peito da mão e olhei em volta. Michael tinha sumido. Antes mesmo que pudesse olhar para dentro da água, já que a água é totalmente cristalina, alguma coisa puxou a minha perna a minha frente, me fazendo afundar novamente.
E é claro que era o Michael.

– Aé mocinho, vai ter troco ! – Eu disse assim que consegui tirar os cabelos do rosto, após ter saido do fundo novamente.

Michael já nadava para o fundo pra longe de mim, ele ria e ao mesmo tempo nadava. Começei a nadar atrás dele, mas esse menino parece um peixe !

– Ahh Michael, volte aqui ! – Eu berrei entre sorrisos, mexendo minhas mãos e pés pra nadar mais rápido.

Ele só olha pra trás rindo, e continua a nadar. Ja estava perto da fonte da cachoeira, e parou uns dois metros longe dela.
Eu me surpreendi, tentando nadar mais rápido ra alcançar-lo. Seria mais fácil com ele parado. Ele jogou os pés pra cima, começando a boiar tranquilamente. E é claro, que tinha um sorriso travesso no rosto. As mãos, apoiavam a cabeça, me deixando mais furiosa ainda. Ele queria me dizer que estava tranquilo, ou que eu era uma tartaruga. Ou seria na água, uma estrela ?

– Por que você parou ? – Eu berrei trincando os dentes, sorrindo ao mesmo tempo.

Ele sorria mais ainda quando eu revidava. Eu já havia percebido isso. E o que me deixava com mais vontade de revidar, era ele está parado á  exatamente um metro de mim agora. Comecei a me aproximar mais dele, e assim que estiquei as mãos pra pegar-lo ele escapuliu.
Começou a nadar rindo demais pra longe de mim. Eu parei, olhando-o com o semblante totalmente convencido. Sim, ele venceu !

– Ah... Desisto... Você é rápido demais... – Menti. Talvez assim ele iria parar, e eu ia pegar ele. Desistir jamais !

Michael parou de nadar. Pude ver que ja dava pé pra ele. Me aproximei dele parecendo-me calma, pra não espantar-lo. Verifiquei se dava pé a 30 centímetros dele, e não dá. Me aproximei mais e rapido demais em meio a um sorriso, agarrei sua blusa. Ele tentou fugir, mas eu passei minhas pernas por sua cintura e o prendi em mim.
Ele sorriu largamente, enquanto eu batia no peito dele, com cuidado, pra não machucar. Só no embalo da brincadeira mesmo. Tanto é, que sorria. Não tinha raiva.

– Você é... mau ! – Comecei a bater menos no peito dele. Minha respiração estava ofegante por nadar atrás dele durante esse tempo.

E esse convencido, também estava cansado, mas passou seu braço pela minha cintura pra me ajudar a se segurar nele. Não tinha parado um se quer instante de sorrir.

– Michael... – Pausei pra respirar mais fundo – A minha roupa está toda encharcada... – Disse entre mais surpiros.

Ele começou a me olhar nos olhos. Aquele modo que ele faz, que eu não consigo me manter em órbita. Sua boca começou a fechar. Ele não está triste, isso eu tenho certeza. Pois a alegria não está mais no sorriso, e sim, concentrada nos olhos. Os olhos estão brilhando. O cabelo preso dele, respinga gotinhas de água pela face, e mesmo essa coisa tão sexy não me tira a atenção dos olhos dele. E se ele continuar a olhar assim... Eu... Juro que não vou conseguir encarar-lo... Mais...
Abaixei meu olhar, derrotada. Me lembro de que ele tinha uma tal aposta de me encarar, mas isso era impossível de reverter agora. Eu perdi, confesso !

– Sabe... Eu nunca vou ganhar. Eu não consigo encarar-lo durante muito tempo. – Eu disse com um sorriso envergonhado no rosto. Não tinha coragem de levantar a cabeça e olhar nos olhos dele.

Logo, sinto a ponta de seu dedo no meu queixo, levantando meu rosto. Não tem jeito. Tenho que olhar para aqueles olhos. Eles estão mais serenos, mais conquistadores...

– Você já ganhou. – A voz dele soou doce. Ele me encara fixamente. Tinha um certo tipo de ternura nesse olhar que me deixa tonta...

– Ganhei ? – Eu repeti, mordendo o lábio inferior justamente por como soou a voz desse homem.

– No carro ontem, não lembra ? – Ele aperta mais sua mão na minha cintura.

O barulho da água da cachoeira em choque com ela mesma, com essa visão do paraíso na minha frente está me fazendo ter pensamentos muito...

– Não, eu não venci. Eu desviei o olhar assim que pedi desculpas.

– Você se enganou então. Eu desviei o olhar depois que disse isso. Mas você continuava a olhar nos meus olhos. – Ele susurrou.

Ai meu Deus, eu vou morrer !

– Sério ? Eu não percebi... – Minha voz estava disfarçada, pois eu estava tão fora de órbita, que seu eu falasse de acordo com oque estou sentindo, sairia um zumbido.

– Como agora...

– Agora ? – Eu repeti.

– Sim, estamos a um minuto sem tirar os olhos um do outro.

– Oh...

– Psiu... Não tire os olhos de mim por favor.

Meu coração gelou.

– Como adivinhou que faria isso ?

Ele sorriu, ainda com os olhos fixos em mim.

– Por que sua face está totalmente vermelha. E não é  por causa do sol...

– Oh meu Deus...

– Por favor... Eu só quero sentir seus olhos em mim só mais um pouco por que... – Ele parecia estar ansioso. E eu, estava realmente tendo um AVC por dentro.

– Por que ? – Eu sussurrei tremendo totalmente a minha voz.

– Por que eu quero ter coragem pra fazer oque eu sinto... – Ele mordeu o lábio inferior.

– E o que você sente ? – Minhas mãos que estavam apoiadas no alto do peito dele, deslizaram sem forças até a barriga.

– Eu não quero pensar no que sinto... Como você disse, eu tenho que deixar acontecer, e pra isso eu tenho que agir.

Michael se aproximou rapidamente de minha boca, e com a sua, beijou meu lábio inferior.
A minha fome por sua boca era tanta, que subi minhas mãos no impulso e as apoei em seu pescoço. Eu não sei o que sinto. Eu sinceramente não sei o que eu posso dizer agora. Esse é o momento mais sem palavras, de todos que já vivi ao lado dele.
Michael me apertou mais contra ele, me fazendo reagir com um gemido baixo. Nossas bocas estavam encaixadas, mas não se movimentavam. Ao contrário de nosso corpos, que pareciam dançar, do efeito da respiração totalmente acelerada. É como se quisesse aproveitar cada segundo desse macio lábio na minha boca.

– Me desculpe... – Ele susurrou entre meus lábios.

Permanecíamos boca na boca. Olhos fechados, dando leves chupadas no lábio do outro. A minha respiração ajudava e muito nesse movimento que fazia com a boca.

– Não se desculpe... – Eu susurrei também, entre os beijinhos. – Essa é a coisa mais gostosa que eu já senti em toda a minha vida...

– Espere até agora. – Ele mordeu meu lábio inferior – Pra sentir o que eu estou realmente sentindo – E agora, realmente me involveu num beijo caloroso.

Sua língua penetrou na minha boca assim como uma flecha penetra num coração apaixonado. Sem malícias. Apenas amor.
Pude sentir o seu calor através desse beijo. Um beijo calma e rápido ao mesmo tempo. Comecei a brincar com a minha lingua dentro da boca dele, gemendo baixinho. Ele mordiscou meu lábio inferior, não dando pausas pra respirar. Isso só nos fazia ficarmos mais ofegantes ainda.
Cada parte. Cada extremidade, comecei a explorar com desejo. É como sentir a alma dele atravéz desse beijo. Nenhum pensamento a não ser nele. Tudo se resume a esse momento único. Se eu pudesse, eu fundia meu corpo, minha alma com a dele agora. O desejo de ser um só é tão natural que me assusta. O beijo mais bem dado, e mais apaixonado, mas desejado, mas caliente é esse agora. Aquele que faz sem corpo dançar, que o coração dispara como se não houvesse o amanhã. Como sentir que, da boca dele, tem um mel do qual a abelinha aqui quer provar pra sempre. Aquele beijo com, com gotinhas de água escorregando pelos lábios. Aquele beijo que faz suas mãos percorrerem com vontade, agarrando o cabelo com ternura, mas ao mesmo tempo com ousadia. Aquele beijo que te mostra como o amor é lindo. Se amar é isso de verdade, eu não quero parar nunca mais. Eu não quero parar de sentir a macies desses lábios em contato com o meu. A ternura que ele se movimenta contra o meu. E a bravura que sua lingua me percorre. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por tudo gente *-*
E me desculpa qualquer coisa. Amo vocês demais.
Espero que tenham gostado do capitulo, eu fiz com carinho *-*

Vou responder os reviews agora, fiquem de olho lá que é por lá que agente se fala mais. Espero ter alcançado as expectativas do primeiro beijo deles ! Na verdade, até eu fiquei nervosa de escrever isso. Até eu fiquei sem palavras. Eu amo tanto o Michael que, as vezes essa fic é tã o real que eu acabo ficando sem fala.

" That's how you make me feel... "