Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 30
Cálice de Fogo- Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA espero que gostem do cap, vejo vcs nas reviews!



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No dia seguinte, trombei com Malfoy distribuindo bottons para todos os alunos de Hogwarts. Os bottons eram animados, por um tempo ficavam amarelos com a frase “Apoiamos Cedrico Diggory, o verdadeiro campeão de Hogwarts” e logo mudava para a cor verde e a frase “Potter Fede” surgia.

Vi alguns alunos tentando parar o feitiço do botton, mas em vão. Cada vez que tentavam anular, a frase de Harry piorava, não dava para cancelar aquilo. Tentei não ficar impressionada com aquilo, mas não deu certo.

– Vai querer um Snow? – Malfoy oferece com um sorriso no rosto. Acho que observei tempo demais.

Reviro os olhos e continuo meu caminho para o jardim, procurando alguém, até que vejo Cedrico. Vou até ele.

– E aí Ced, a fama já subiu à cabeça?

– Quase, deixa minha matéria aparecer no jornal. – ele ri.

– Quando você ficar rico, quero uma parte do dinheiro. Não esquece que eu sou sua melhor amiga.

– Há controvérsias. – ele tenta dizer sério e eu dou um tapa no ombro dele. – Ai!

– Bem feito.

– Ei Cedrico, olha o que pegamos. – uns amigos dele chegam rindo com os bottons. Vejo Malfoy, Crabbe e Goyle em uma árvore conversando.

– Não precisam usar isso sabiam? – Ced fala pra eles, sem tom de brincadeira na voz. Fico apenas olhando de um para outro e resolvo sentar em um banco ali.

– Sabemos, mas queremos usar para te apoiar.

– Ok, mas não precisam usar por mim. – ele sente do meu lado e acaba deitando no meu colo.

– Ei, eu deixei por acaso? – balanço a perna.

– Para com isso, deixo você mexer no meu cabelo se quiser.

– Ok. – me dou por vencida e começo a mexer nos cachinhos dele. Os amigos sentam em cima das pernas dele.

– Então, vocês vão começar a namorar quando? – um deles fala isso e Ced fica mais vermelho do que uma pimenta, eu só fiquei um pouco corada.

Eles começam a rir da nossa reação e Harry chega.

– Cedrico, preciso falar com você. – ele fala meio emburrado. Deve ser por causa dos bottons.

– Ah ok. – Ced levanta e vai falar com ele.

– Vocês não responderam a pergunta...

– Ced volta pra cá! – falo com voz fingindo paixão e esse cara ri. – Eu nem sei o nome de vocês.

– Eu sou o Ryan, desculpa brincar com isso, é que Cedrico e eu sempre fomos muito amigos e eu me senti a vontade. – o garoto se apresenta.

– Sou Alissa. – sorrio. – Não precisa se preocupar, pelo menos comigo, eu já me acostumei com as minhas amigas acharem que Cedrico e eu estamos namorando.

– Então ok. – Ryan fala e Ced volta, com Harry passando reto por mim.

– O que será que eu fiz agora? – fico olhando ele andar.

– Ele sabe qual vai ser a primeira tarefa, veio me contar. – ele fala baixo para mim.

– Sério? O que vai ser?

– Falo depois. – ele franze a testa e olha por cima do meu ombro.

– O que foi? – olho também e vejo Malfoy e Harry, naquela árvore, brigando. Levanto e começo a andar até lá.

– Eu não sei porque ela sempre vai pro meio de confusão. – ouço Ced reclamando e rio, mas continuo indo até lá.

Chego na hora em que Harry vira as costas e deixa Malfoy falando sozinho. Mas, claro, o sonserino não gostou nada disso e já estava empunhando a varinha.

– HARRY O DONINHA! – eu grito tentando avisá-lo.

– AH você não vai fazer isso! – Moody surge de algum lugar e enfeitiça Malfoy, fazendo meu sonho se tornar realidade: ele o transforma em uma doninha.

Eu começo a rir tanto que minha barriga chega a doer. O Olho-Tonto começa a levantar e abaixar ele no ar, enquanto todos olham e eu, lógico, quase rolo de rir.

– O que está acontecendo aqui?! – McGonagall chega histérica e me vê rindo loucamente da doninha. – Aquilo é um aluno?

– Sim, estou ensinando. – Moody olha para mim por um momento. – Obrigado pela ideia.

– É O MALFOY?! – a professora grita e eu balanço a cabeça confirmando, enquanto tento parar de rir. Vários alunos já vieram ver a cena, Ced e Ryan estavam rindo ao meu lado.

Então, Olho-Tonto colocou Malfoy dentro da calça de Crabbe, e Goyle colocou a mão lá dentro, tentando pegar. Apoiei-me em Cedrico para não cair no chão de rir. Sério, era meu sonho se tornando realidade.

Infelizmente, a doninha conseguiu sair pela barra da calça dele e chegou ao chão, sendo transformado de volta ao normal pela McGonagall. Ele se afasta rapidamente.

– Meu pai vai ficar sabendo disso!

– Isso foi uma ameaça?! – o professor corre atrás dele em volta da árvore e McGonagall começa a gritar o nome dele. – Saiba que conheço segredos sobre seu pai que deixariam até o seu cabelo seboso em pé! Isso não acaba aqui!

– Alastor. – a professora o encara séria e aponta a varinha para ele. – Nós NUNCA usamos transfiguração como castigo aqui. Dumbledore deve ter dito isso.

– Ele pode ter mencionado. – Moody fala mais baixo.

– Então trate de lembrar. – ela se vira para ir embora, mas me encara. Mordo o lábio para parar de rir. – E você, pare com esses apelidos.

– Mas foi como um sonho se tornando realidade! – sorrio.

– Há uns anos atrás, havia dois alunos iguais vocês dois. Sabe como eles acabaram?

– Se matando? – sugiro.

– Não, casados. – ela fala e eu faço uma careta fingindo ânsia de vomito. – Aposto em vocês dois.

– Eca, não perca seu tempo nisso. – estremeço de pensar e ela ri.

– Só estou dizendo... E vocês, dispersando! – ela tira todos os alunos dali e eu fico falando com Ced.

– Acredita nisso? Ela tá maluca!

– Eu achava ela velha, mas ela tá mesmo maluca. – ele sussurra para ela não ouvir e eu rio baixinho.

– Prefiro todos falando que a gente namora do que eu namorando com o doninha. – eu falo ainda inconformada e ele me encara.

– Você não se incomoda com isso?

– Falando da gente? Não, já acostumei. Você ainda se importa?

– Um pouco, porque não tem nada acontecendo...

– É... – alerta momento estranho. Sinto que meu rosto ia começar a ficar vermelho então resolvo sair dali. – Vou indo ok? Te vejo depois.

Vou até o salão comunal da Grifinória pensando nisso. Foi muito estranho. Estranho demais. Mas não temos nada, certo? Somos só amigos, apenas isso, nada demais.

Eu sou uma garota de 14 anos, não vou negar que acho ele bonito, mas somos amigos, não vai acontecer nada. Acho que ele nem quer também. Não que eu queira, mas se quisesse... ah, não quero. Amigos já tá bom.

Fiquei remoendo meus pensamentos pelo caminho inteiro, e nem reparei quando esbarrei em Harry na porta do salão comunal.

– Pensando no namorado? – Harry fala emburrado e bufando.

– O que? Por que você está falando assim comigo? – franzo a testa e o seguro pelo braço quando ele quer sair do local.

– Nada. – ele tenta sair de novo e eu seguro o braço dele mais forte, forçando-o a virar pra mim. – Tá legal, quer saber o que foi? – ele se irrita. – Eu cansei de você esnobando Cedrico perto de mim quando sabe o que eu sinto por você!

Fico encarando ele boquiaberta.

– O que? – pisco algumas vezes tentando absorver a informação. – Vo-você gosta de mim?!

– Não é como se você não soubesse disso! – algumas pessoas já estavam olhando.

– Eu não sabia... E desculpa, mas não acho que você deixou isso muito claro quando ficou encarando aquela garota da corvinal!

– Sim, achei ela bonita, mas eu gosto de você!

– Harry desculpa, mas eu nunca ficaria com você! – ele fica com uma cara de ódio quando falo isso. – Desculpa, mas você é como se fosse um irmão para mim e... alguém que eu conheço gosta de você, não poderia fazer isso com ela. – me refiro à Gina, mas não falo nada. Vejo ela ali observando tudo também, não sei por quem fico com mais medo de nunca falar comigo, ela ou Harry.

– Nós somos amigos, tudo bem. Mas não somos mais tão próximos assim não é? Você só anda com o Diggory, você acha que ele vai ser o campeão e resolveu ficar muito mais próxima dele, afinal eu não tenho chances, não é mesmo?!

Agora foi a minha vez de ficar com raiva. Eu estava a um passo de dar um tapa na cara dele. Fecho meu punho e aperto, me machucando com as próprias unhas e tentando me controlar.

– O que você quer dizer com isso, hein? – começo a falar mais alto. – Que eu só ligo para a fama? Que eu não ligo para os meus amigos de verdade e só estou amiga dele por interesse? Não sei se você lembra, mas eu fiquei amiga dele depois daquela sua queda na partida de quadribol do ano passado. Então para com essa ideia maluca de que eu sou interesseira porque esse seu ciúme vai me fazer odiar você, coisa que já está acontecendo.

– Então me odeie, você nunca gostou de mim mesmo. O que adianta só admitir agora?

– Eu te odiei?! – rio irônica. – Eu te salvei ano passado depois daqueles dementadores, se eu não tivesse soltado faíscas ninguém te acharia ali no meio do mato. Pare com esse ciúme porque eu sou sua amiga, você não tem direito nenhum te ter raiva de mim por isso.

– Ótimo! Passar bem. – ele da meia volta e sai do salão comunal, querendo dar a ultima palavra.

– Eu vou sim! – não deixo isso e vejo todos me encarando.

Sinto um choro de raiva vindo e Gina me puxa para o dormitório das garotas do quarto ano. Encontro Hermione a ponto de descer as escadas.

– Você ouviu ele?! – reclamo logo que fecham a porta.

– Ouvi, era meio impossível não ouvir vocês dois.

– Eu não acredito que ele me falou aquilo!

– Qual das partes? – Gina senta numa cama ali enquanto Hermione e eu ficamos de pé; ela apenas parada e eu andando de um lado para o outro. Parvati e Lilá chegam também, querem saber mais detalhes.

– Tudo! – ranjo os dentes. – Se ele tivesse dito de um jeito normal, eu agiria como uma pessoa normal, mas ele não tinha o direito de ficar com ciúme e me achar uma propriedade dele, e muito menos o direito de me achar interesseira!

– Eu não gostei do tom que ele disse aquilo, mas achei legal ele ter dito. – Hermione fala meio insegura. – Pelo menos ele não me usou pra isso, teve consideração.

– O que? – paro de andar e a encaro. Percebi que falei bastante essas palavras em poucos minutos.

– É que... – ela respira fundo. – Ok, vou falar. Alissa eu tenho andado bem irritada da metade do ano passado pra cá, porque vários meninos vieram falar comigo para chegar até você! E todos porque tinham medo da sua reação, Harry foi o mais corajoso para fazer isso.

Fico sem o que dizer por algum tempo.

– Não podem ter sido tantos.

– Ah não? – ela pega a mão e começa a falar. – Simas, Neville, três garotos da corvinal, um da lufa-lufa, um garoto da Drumstrang e Rony, ano passado, também veio falar comigo. Alissa, até o Rony! – eu fico encarando ela sem saber o que falar e ela continua. – Aposto que Fred, Jorge, Cedrico e até Malfoy e Zambini queriam ficar com você. Eu cansei de ser conhecida como “a amiga de Alissa Snow” entendeu?

Dessa vez eu fico com lágrimas de raiva nos olhos.

– Então é isso? Você está brigando comigo por uma coisa que eu não tenho como mudar? – minha voz começa a sair de choro. – Você está realmente brigando comigo por eu ser um quarto veela e ser legal com as pessoas? – ela fica apenas me encarando e eu continuo falando enquanto me dirijo até a porta. – Fique sabendo então que eu não sou a única culpada de você ser vista apenas como “a amiga de Alissa Snow”, você também é. Vive o dia todo na biblioteca, seu apelido já virou “rata da biblioteca”, por isso não vão falar com você!

Saio com raiva após gritar as últimas palavras e bato a porta com força, segurando o choro e limpando algumas lágrimas que caíam. Saí quase correndo do salão comunal e fui procurar por Rony, quem sabe ele também não gostaria de brigar comigo?

Enquanto o procuro, penso seriamente em não pegar um daqueles bottons que Malfoy fez sobre Potter. Graças a Merlin, encontro Rony no jardim logo. Ele estava conversando com Simas, mas nem me importei.

– Rony, posso falar com você por um minuto? – olho para Simas e ele sai.

– Claro... O que foi? – ele se senta na grama e eu me jogo do lado dele.

– Bem, eu briguei com duas pessoas em menos de quinze minutos ao todo. Não é ótimo?!

– Com quem você brigou? Não deve ter sido alguém que você odeia, porque se não teria outra entonação.

– Harry e Hermione. – resmungo.

– Por quê?! – ele agora começa a prestar atenção.

– Harry porque ele foi um idiota e começou a ficar com ciúme de mim e depois me chamou de interesseira. E Hermione foi porque ela não queria ser vista como “a amiga de Alissa Snow”. – falo com uma voz diferente a última frase, como se tentasse imitar ela.

– Ou seja, tudo besteira. – ele conclui.

– Foi mais sério do que a sua com o Harry. – fico encarando a grama um pouco. – Você não gosta mesmo de mim né? Tipo, como namorada.

– Ahn... agora não. Mas ano passado eu tive uma quedinha por você. – ele admite.

– Mas eu sou tão... eu. Vocês sempre falam que eu não tenho nada a ver com uma veela.

– Exatamente, você é você. Todo mundo gosta de você em Hogwarts, você não é conhecida por ser amiga de alguém, você não é conhecida por ser um pouco veela, você é conhecida apenas por ser Alissa Snow. E você pode não agir como uma veela, mas aparenta como uma.

– Você é bom em conselhos. – abraço ele. – Não me abandona também, já perdi dois melhores amigos.

– Não vai se livrar de mim nem se quiser. E agora nós podemos falar mal do Harry juntos. – ele sorri quando me solto do abraço.

– Pois é. – sorrio também. – Não gostei da sensação de estar brigada com alguém que eu gosto sabia?

– É chato mesmo, mas vai dar tudo certo.

– Descobri uma coisa com tudo isso. – cutuco o ombro dele depois de um tempo em silêncio. – Você é meu melhor amigo e Harry é o de Hermione.

– Verdade. – ele sorri. – Ei, o dia da primeira tarefa está chegando, quem acha que vai ganhar?

– Não faço ideia...


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Notas finais do capítulo

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