Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 20
Prisioneiro de Azkaban- Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORAAAAA, mas realmente ta tudo mt corrido pra mim, e eu to escrevendo o mais rápido que posso.



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No dia seguinte, antes do café da manhã, vou até a cozinha, coisa que esqueci de fazer ontem, e encontro com Ella.

– Ella, minha querida, me desculpe! Não pude vir ontem aqui pegar as bombinhas. – digo toda apressada enquanto recebo um olhar quase mortal da minha elfa.

– Eu deveria nem ter comprado, pra primeiro de conversa, mas a senhorita é minha dona e eu devo obedecer. – ela rola os olhos e me entrega as bombas. – Só não se meta em encrenca!

– Pode deixar. – saio em disparada para tomar o café, sentando ao lado de Rony e de Neville.

Mal começo a comer e escuto Malfoy na mesa de trás reclamando sobre o braço coisas do tipo “Madame Pomfrey disse que se eu demorasse mais um pouco para ir até ela, provavelmente teria que arrancar” e ainda teve Pansy dizendo “oh Draquinho, você vai melhorar, você é forte!”.

– Argh, acho que vou vomitar. – reclamo revirando os olhos.

– ELE FOI VISTO! ELE FOI VISTO! – Simas chega gritando com o Profeta Diário em mãos.

– Quem foi visto? – digo enquanto me levanto curiosa.

– Sirius Black! E em uma cidade perto daqui. – ele aponta para o jornal.

– Não acham que ele viria para cá, acham? – Neville pergunta aflito.

– Ele já escapou dos dementadores uma vez, quem não garante que fará de novo? – Rony lembra.

– É como pegar fumaça. É como pegar fumaça com as mãos. – um garoto diz e nosso café da manhã desaparece da mesa, então nos dirigimos para nossa primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas do ano.

Logo que entramos na sala, o professor Lupin nos fala para deixar nossas bolsas no canto, pois hoje a aula será prática. Nos reunimos e ele nos diz que iremos enfrentar um bicho papão hoje.

– Alguém pode me dizer qual a forma de um bicho papão? – vejo Hermione levantar a mão ao meu lado e logo começa a falar.

– O bicho papão não tem forma definida, ele muda de acordo com o medo da pessoa que irá enfrenta-lo.

– Muito bem Hermione. Agora repitam comigo, sem as varinhas por favor, Riddikulus.

– Riddikulus! – dizemos em uníssono.

– Essa aula é ridícula. – escuto Malfoy resmungando.

– Você é ridículo. – digo e volto a prestar atenção no professor, que nos pede para formar uma fila para enfrentarmos nosso bicho papão.

A coisa que realmente pode matar o bicho papão é o riso, então Lupin diz para Neville imaginar seu maior medo, o professor Snape, com as roupas da vó do garoto, sendo elas um casaco verde de veludo, uma saia estampada e um grande chapéu acompanhado de uma bolsa vermelha. A cena faz o bicho papão ficar constrangido e a sala explode em risadas. Logo depois, é a vez de Rony, e seu bicho papão se transforma em uma grande aranha, que após o ruivo falar o feitiço, fica com patins nas patas e fica escorregando na tentativa de ficar em pé. Agora é minha vez, e óbvio que ele se transforma em uma cobra gigantesca, pronta para me atacar, e eu lanço o feitiço Riddikulus, fazendo a cobra enrolar o próprio pescoço e emitir barulhos de pato. A classe toda riu, e logo após foi a vez de Harry, que fez com que o bicho papão se transformasse em um Dementador, e por algum motivo, o professor Lupin se jogou na frente, obrigando a criatura a mudar sua forma novamente, mas dessa vez foi para uma lua cheia. Após o feitiço, ela virou uma bexiga esvaziando.

– É isso gente, a aula acabou por hoje. – todos reclamamos. – Eu sei que vocês queriam mais, mas o que é bom dura pouco. Até a próxima aula!

Pego minha bolsa e saio da sala junto com o trio, sendo parada nas escadas por Malfoy. Reviro os olhos e cruzo os braços.

– O que foi agora? Saiba que eu tenho bombinhas de tinta na mochila se você tentar alguma coisa.

– Não vai ser necessário. – ele diz isso, mas dá dois passos para trás.

– Então sai da minha frente, por favor.

– Não até você admitir que me acha bonito.

Ergo uma sobrancelha, negando a acreditar que ele realmente me perguntou isso, e então eu vejo o Zambini encarando-nos e segurando um riso.

– Você apostou isso com o Zambini não foi? – pergunto, direta.

– Eu? – a voz dele sai esganiçada e eu advirto-o com o olhar. – Ok, eu apostei.

– Quanto? – escuto Rony indo reclamar da minha atitude de quase concordar com isso, mas logo é interrompido por Hermione calando-o.

– Cinco sicles.

– Ok, isso vai valer o dobro. – limpo a garganta e começo o drama. – MALFOY! EU NÃO CONSIGO MAIS NEGAR, VOCÊ É LINDO E MARAVILHOSO! – todos ficam me encarando e ele fica vermelho. Reviro os olhos e volto a falar normalmente. – Agora saia da minha frente.

Ele abre passagem e eu termino de descer as escadas. Quando piso no térreo, Harry puxa meu braço.

– O que diabos foi aquilo?!

– Primeiro, você vai largar meu braço porque eu não vou aturar você dando piti. – digo calma e ele retira a mão. Vejo Rony prendendo uma risada. – Segundo, o que importa?! Quem pagou o mico fui eu, e era uma aposta. Olha bem pra mim e vê se eu tenho cara de quem gosta do Malfoy!

O moreno fica sem jeito e Rony vê a oportunidade perfeita para piadinha.

– Eu acho que você vai achar o Malfoy bonito um dia. – dou um tapa na cabeça dele. – Ei!

– Você mereceu. E fique sabendo que eu espero muito que a sua irmã se interesse por ele, então você terá que aturá-lo para o resto de sua vida. – retruco e faço uma careta pelo pensamento de Gina e Malfoy. Rony fica mais vermelho do que seu cabelo. – Tenho que fazer umas coisas agora, depois encontro vocês.

E então eu saio procurando um corredor vazio para poder usar o Mapa Maroto. Quando acho um, digo as palavrinhas mágicas “eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom” e as linhas começam a aparecer no pergaminho. Percorro os olhos no mapa e avisto Pirraça perto do gabinete do Snape. Começo a me dirigir até lá, após dizer “malfeito feito” e guardar o pergaminho, e logo chego à virada do corredor. Pego uma das bombinhas e miro bem no poltergeist, acertando-o em cheio. No momento em que ele se vira para ver o que o atingiu, eu me escondo, mas acho que uma mecha do meu cabelo ficou sobrando.

– HEY SN...

– Shhhhh. – o interrompo para ele não gritar meu nome ao lado do gabinete do Snape.

– Por que você jogou em mim?! Geralmente sou eu quem jogo nas pessoas.

– Eu atirei em você porque você jogou um balde em mim de tinta no primeiro dia!

– Ah, aquilo. Foi uma encomenda de longa data. – ele dá de ombros e eu semicerro os olhos.

– De quem?

– Não posso dizer. – seus olhos caem em minha bolsa. – Você tem mais das bombinhas ai?

– Por que a pergunta? – olho desconfiada enquanto coloco a mão em minha bolsa, protegendo as restantes.

– Nós estamos do lado do gabinete do Snape, iria ser uma pena se ele ficasse todo colorido, não?

Sorrio marota e pego as oito bombinhas na mão, dando quatro para ele e fico com as restantes. Entramos com cuidado no gabinete e começamos a festa. Meu Merlin, nem quero ver o quão bravo Snape vai ficar. Assim que terminamos de jogar, saímos devagar e ouvimos uns passos chegando pelos corredores.

Pirraça saí o mais rápido que pode e pisca para mim antes. Abro a boca em choque, ele me deixou para tomar a culpa sozinha! Olho desesperada para os cantos para ver se tem algum lugar para me esconder e então ouço Pirraça interceptando a pessoa que estava vindo. Entendo a deixa e saio o mais rápido possível daquele corredor.

Preciso agradecer ele depois, acho que aquele poltergeist nunca ajudou ninguém.

–----------

Depois do jantar, já estamos no quarto feminino e eu reparo novamente naquele colar de Hermione. A impressão de já tê-lo visto em algum lugar antes volta. A corrente do colar é dourada, longa, e tem um tipo de pingente pendurado, cerca de três rodelas com uma ampulheta no meio. Dou de ombros e volto a ler o livro de Artefatos Mágicos, que ganhei da própria Hermione. Em seu sumário, vejo uma foto do colar dela, e é então que me lembro de onde eu conheço aquele objeto.

– Hermione. – chamo-a e ela me encara. – Pode vir aqui, por favor?

A garota anda até mim e eu começo a sussurrar, para o caso de uma das meninas subirem.

– Quando você ia me contar que tem um vira-tempo? – bato nela com um dos travesseiros.

– Ouch. – ela tentou se defender do ataque e gagueja quando tenta se explicar. – E-eu não tenho um vira-tempo, você sabe que é proibido um deles e...

– Hermione nem vem com essa, eu vi seu colar e você me deu um livro com a mesma foto dele.

– Droga. – ela diz vencida e fala a verdade. – A Minerva me deu no começo do semestre para eu poder acompanhar todas as aulas, por isso eu apareço do nada nos lugares.

– Ah, isso faz sentido.

– Mas não conte para os meninos, por favor! – ela suplica. – Eles vão querer usar e a McGonagall disse que não era para ninguém saber, então você vai ficar de bico calado, ouviu?

– Pode deixar. – bato continência e ela ri. – Mas da próxima vez, você vai me contar se tiver um artefato muito legal, fechado? – estendo minha mão para um acordo.

– Fechado. – ela aperta minha mão e eu decido tomar um banho. Amanhã cedo nós iremos até Hogsmeade. Não que eu já não tenha ido, mas oficialmente vai ser a primeira vez.


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Notas finais do capítulo

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