POV Carter

Eu estava me sentindo muito mal, de uma forma que jamais havia ficado. Sabe, não é fácil ver a garota que sempre foi sua, com outra.

Não que Stephannie fosse realmente minha. Ela era uma grande amiga, crescemos juntos. Sempre era eu quem a abraçava, lhe consolava ou até mesmo nadava com ela. Mas agora havia outro em um lugar que era meu.

Cheguei em casa e minha mãe veio a meu encontro.

– Carter, a Phannie ligou e pediu pra você retornar a ligação para ela.

– Se ela ligar de novo, diga que não estou. - falei indo pro meu quarto.

– Vocês brigaram?! - minha mãe perguntou.

– Não, ela apenas tem outro para ficar ao lado dela agora, não precisa mais de mim. - falei e bati com força a porta me jogando na cama em seguida.

Por que vê-la com outro parece abrir um pedaço de mim? Por que dói? Ela é apenas a Phannie, minha amiga, minha irmã.

Fechei meus olhos e dormi em seguida.

Mas tive um sonho.

Um sonho ruim.

Stephannie estava chorando. Seus olhos vermelhos e inchados. Ela dizia algo que eu não consegui entender. Ela me abraçou, e de repente algo a tirou de mim. Então ela estava longe e eu estava sozinho em plena escuridão. Mas, eu via uma luz e essa luz, depois que cheguei perto, era Vitor. Ele trazia Stephannie em seus braços e a entregou a mim. Então ele sumiu.

Acordei assustado.

Pulei da cama e fui direto pro chuveiro tomar um banho gelado.

Depois de me vestir, desci e para minha surpresa Stephannie estava na sala com Vitor, minha mãe e meu pai.

– Então, tia Renata e tio Kendall é isso. - ela disse e meu pai riu.

– Qual o motivo da risada papai? - perguntei aparecendo e fazendo a menina se assustar.

– Nada Carter, Stephannie estava... - ela o interrompeu.

– Carter eu posso conversar com você?! - pediu.

– Você não tem nada a conversar comigo Phannie. Esta tudo bem. - falei - Desculpa ter sido estupido, eu só não imagina que vocês pudessem estar... - não continuei a frase e Stephannie riu.

– Carter, me da um abraço?! - ela pediu, esticando os braços.

Eu não resisti e a abracei.

Era tão bom ter ela em meus braços, sentir ela comigo, sentir que ela era minha. Parecia que nada podia tirar ela de mim. Ela era minha.

– Carter... Não respiro. - ela disse ofegante e então percebi que eu estava apertando-a muito.

– Desculpa pequena. - falei beijando-a na testa.

– Stephannie, desculpe, mas seu pai ligou disse que você tem que ir, tem uma reunião com a banda ou algo assim. - Vitor disse levantando-se.

– Ta bom. Carter, te vejo na aula amanhã?! - ela perguntou me olhando com seus olhos castanho brilhantes e aquele sorriso que só ela sabe dar.

– Sim. Se cuida meu amor. - falei e vi que Vitor ficou meio estranho.

– Boa noite tia Renata e tio Kendall. - Stephannie disse dando beijos e abraços em meus pais.

Logo ela saiu com Vitor na sua cola.

Me joguei no sofá e vi minha mãe sentar-se ao meu lado direito e meu pai do lado esquerdo.

– Desde quando você gosta dela Carter? - meu pai perguntou.

– O que?! Do que você esta falando? - olhei confuso pro meu pai.

– Filho, está na cara que você esta apaixonado pela Phannie. Da pra ver pelo modo que você fala com ela, como você a olha ou a abraça. E você está com ciúmes do Vitor, não é? - minha mãe disse passando a mão em meu cabelo.

Deitei minha cabeça no colo dela e ela continuou a me acariciar.

– Eu não sei se estou apaixonado por ela, eu só não gosto de vê ela com ele, e hoje quando fui na casa dela eles estavam quase se beijando e eu fiquei muito bravo. Não sei por quê. - desabafei.

– Você ficou bravo por que você está apaixonado, Carter. - meu pai disse.

Levantei do colo da minha mãe e olhei pro meu pai.

– Você andou bebendo senhor Knight?! - perguntei e meu pai riu.

– Eu não. Mas que você esta apaixonado está! Vamos abrir uma champanhe! Meu filho está apaixonado! - meu pai gritou.

– Você não é normal, pai. - falei e subi pro meu quarto.

Eu apaixonado?! Pela Stephannie?!