Once upon a Love escrita por Anne Atten


Capítulo 12
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Notas iniciais do capítulo

Tenho uma nova leitora na fic :3 Espero que esteja gostando! Obrigada pelos comentários.



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–Preciso ir para casa. - falou Draco para Dumbledore.
–Receio não ter escutado direito.
–O senhor ouviu, preciso ir para minha casa. Preciso falar com a minha mãe.
Ele estava agitado depois de ter recebido uma carta da mãe, estava desesperado. Não iria suportar se alguma coisa acontecesse com ela.
–Mas você perderá aulas...
–Não me interessa, eu preciso ir, agora.
Dumbledore o olhou com pena, sabia toda a história sobre o garoto ser um comensal, não falaria, é claro, mas Snape tinha contado a ele. A mãe de Draco devia estar com algum problema.
–Você pode ir, então. Prefere ir como?
Draco quase soltou que iria pelo armário sumidouro.
–Sairei pelos portões e Snape poderá aparatar comigo.
–Bom, então vou chamá-lo...
–Não precisa! - o menino quase gritou. -Quero dizer, não precisa se incomodar, eu procurarei ele.
Dumbledore assentiu.
–Estou indo, então...obrigado.
–Não há de que. Feche a porta por favor.
–Sim, senhor.
Draco sentiu que ia vomitar. Não podia acreditar que teria mesmo que matar o bruxo, ele era uma boa pessoa, ele não tinha nada contra Dumbledore. Mas ou era o diretor, ou ele.
Subiu as escadarias até o galpão empoeirado cheio de coisas. Lá estava seu armário sumidouro. Abriu a porta e entrou, de repente viu o rosto de sua mãe com lágrimas, na sua frente. Ela o puxou e deu um abraço apertado.
–Meu filho!
–Mãe!
Ele não podia expressar o quão feliz estava por vê-la novamente, mas logo ficou preocupado. Sua mãe estava com um rosto abatido, com olheiras profundas, estava mais magra.
–Mãe, você anda se alimentando bem? Parece estar doente. O que anda acontecendo?
–Eu não consigo comer, Draco, isso aqui está uma loucura. Comensais indo e vindo a todo o momento. Eles torturam pessoas na nossa mesa de jantar! Eu não aguento mais tudo isso, eu não aguento mais.
Ela começou a chorar.
–Logo tudo isso vai acabar, mãe.
–Isso nunca vai acabar! Você não entende...o lorde das trevas tem que derrotar Harry e enquanto isso não acontecer, nossa casa vai servir de centro de tortura! Isso está fazendo mal a mim e eu não queria te envolver nessa história. Você é apenas um garoto, Draco, não merece nada disso que está acontecendo com você.
–Eu aceitei me tornar um comensal...
–Você foi forçado, Draco! Forçado! Você não é um garoto ruim e eu esperava que soubesse disso. Se você não aceitasse a missão, iria morrer. Eu deveria ter feito algo para evitar...
–Daí você iria morrer! - falou o garoto.
–Eu preferia morrer do que ver você sofrendo dessa maneira! Se você matar Dumbledore, isso vai te assombrar pelo resto dos seus dias...
–Eu não tenho opção.
–Deixe que Snape termine com isso tudo, por favor. Faça isso por mim. Nós fizemos um juramento, ele prometeu te proteger. - agora ela estava agarrando o braço do filho. -Deixe ele fazer isso, Draco. É perigoso demais. Você é importante para mim, muito importante.
Ele abraçou a mãe.
–A tarefa é minha, se eu não fizer isso, ele vai perceber...
–Escute, arme esse plano todo, mas no fim, deixe que Snape acabe com Dumbledore e depois eu não sei. Só não quero que você sofra.
Os dois permaneceram calados. Draco se levantou e andou pelo quarto. Em circunstâncias normais, adoraria estar de volta em casa, com a mãe. Mas não eram circunstâncias normais, as coisas estavam muito complicadas e deprimentes.
–Eu só não desisti da vida por sua causa, meu filho. - falou Narcissa.
–Nem me fale uma coisa dessas.
Ela balançou a cabeça, como se não tivesse falado nada.
–Como anda a escola?
Draco se sentou ao lado da mãe, uma conversa normal sobre como as coisas iam. Naquela momento não haviam comensais, não havia morte, não havia sofrimento nenhum.
–Bem o possível considerando as coisas que estão acontecendo.
–Alguma namorada? - perguntou ela com um sorriso.
Ele corou.
–Pode me contar, se quiser. A garota que namorar você, será uma garota de sorte. Espero que tudo isso tenha acabado e que possa me apresentar alguém especial um dia.
–Eu já falei dela para você antes, você já sabe...
–Hermione?
Ele assentiu.
–Estão namorando? Que bom fi...
–Não, mãe, nós não estamos namorando. Achei que deveria saber, afinal, ela correria perigo se ficasse comigo. Eu descobri que ela gosta de mim, eu me declarei para ela. - sua mãe abriu um largo sorriso. -Mas nada disso importa agora, agora estamos separados e não há nada entre nós. Somos os mesmos inimigos de sempre.
–Sinto muito.
–Tudo bem, não quero que ela corra perigo por minha causa...só tem um problema. Ela acha que eu larguei dela porque tenho vergonha dela.
Sua mãe franziu a testa.
–Como ela pôde pensar isso de você?
–Mãe, eu nunca fui uma boa pessoa com ela, sempre a maltratei, faz sentido ela pensar assim de mim. O problema é: como ganharei a confiança dela de novo?
Narcissa sorriu de novo.
–Isso, Draco! Não desista dela!
–Pô mãe, já disse que não vai rolar nada...só não quero que ela acha que sou um idiota.
Ela o olhou, pensativa, então começou a dar-lhe ideias. Umas, ele facilmente descartou, outras...ele colocaria em prática.
–Acho melhor você voltar para Hogwarts, lá é mais seguro. E outra coisa, tente se aproximar de Hermione, adoraria ver você sorrindo de verdade novamente.
Os dois foram até o armário sumidouro. Narcissa deu um beijo em sua testa.
–Independente do que aconteça, lembre-se que eu amo você.
–Também te amo, mãe. Se cuida.
–Você também.
Assim, ele retornou para Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?