I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 46
Capítulo 46- Vem


Notas iniciais do capítulo

quem queria momento Flyer e Steve juntos? bom, vai finalmente acontecer um climinha...



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Thor e Steve foram na frente, livrando os móveis quebrados, pedaços destroçados do caminho. E encontramos um pequeno hotel, não tão destruído para passarmos a noite. Havia máquina de refrigerante e máquina de chips, balas e chocolates.

—E novamente Nova York atacada. –Steve se apoia na parede parecia cansado.

Eu sento no chão do lado da máquina.

—Sim...

—E Loki estava a solta o tempo todo. Eu realmente não consigo imaginar qual falha tivemos em Asgard para ele sair.

—Não precisa se preocupar. Ele com certeza teve ajuda. Ele é o rei da Trapaça.

—E eu não o vi desde...

—A intrusa. –eu completo e os dois me olham rapidamente. –Ele a beijou e a atacou.

— Sim. Mas ainda sim, foram falhas nossas... E que podem gerar... Futuros problemas.

Thor diz concentrado em abrir a lata de refrigerante e abre um buraco no alumínio fazendo espuma e refrigerante caírem e parte em meu cabelo. Já que eu estava sentada no chão e ele na bancada.

—Desculpe-me Flyer. Por favor. Sou desastrado.

—É. Você realmente é. –digo tentando me secar.

Eu ficaria mais suja ainda.

—Vou dormir. –digo de mau humor.

Eu só queria ficar sozinha. Como não podíamos ligar luz, precisava tentar enxergar tudo no escuro. Consigo me lavar com a água da pia. E me deito no quarto mais luxuoso que escolhemos. Eram quatro camas de solteiro. Tento dormir. Realmente. Mas minha mente não parava de pensar no meu pai e sobre como ele estava bem, até demais.

—Flyer? –Steve me chama abrindo a porta do quarto de leve.

Finjo estar dormindo e o ignoro.

—Sei que está acordada e que não consegue dormir. –ele se aproxima. –Eu te entendo. Você está perdida. Você não se reconhece mais. Não sei se você sabe, mas fiquei congelado...

—Eu sei sua história. Todos sabem. –eu o corto.

Steve senta na beirada da minha cama.

—Você sabe minha história, mas talvez não saiba o quando eu fiquei perdido também. O quanto eu me perdi. Eu não tinha ninguém comigo. Eu sei exatamente como você se sente agora.

Talvez eu deva dar uma chance a ele. Me ajeito melhor na cama e me sento, eu conseguia ver parte de seu rosto devido a iluminação muito fraca que vinha dos poucos postes que sobraram lá fora.

—Winter, você não pode se fechar. Precisa saber que as pessoas querem te ajudar. E quando você estiver preparada o suficiente, pode tomar suas próprias decisões. É como crescer de novo.

—Eu não quero isso Steve. Eu tive minha vida. Só quero voltar para Vladvostok. Ver minha mãe. Sair com meus amigos. Falar russo.

Seu olho direito brilha por causa da luz fraca, parte de seu rosto estava com leves arranhões e um pequeno machucado no queixo. Olho para seu lábio, estava perfeitamente intacto.

—Você precisa tentar, se não se esforçar. Não vai melhorar. E se quiser, pode falar russo comigo.

Ás vezes quero beijá-lo, mas você começa agir como um pai.—digo em russo já que ele deixou e toco seu rosto.

—O que?

Vem. –levanto da cama o chamando.

—Onde você vai?

Vem!

Pego a sua mão. Vi que ele estava confuso e ele repete baixo o que eu havia dito em russo. Pego um papel, molho na pia do banheiro e ele me esperava de baixos cruzados. Mas precisávamos de um lugar iluminado.

—Onde pretende ir?

Preciso de luz.

Acho as escadas de emergência, subimos alguns andares e chegamos ao terraço. Não havia muita iluminação, mas a da lua servia bem.

Senta.

—O que?

Senta. Steve.—eu o empurro para sentar no banco e começo a cuidar de seus ferimentos que curariam rapidamente, já que ele era um super soldado. –Não tem nada grave que você precise se preocupar.

—Essa ideia de você falar russo foi uma loucura, mas estou gostando. Да.

Eu rio e fico surpreendida por ele saber uma palavra em russo “sim”.

—Nunca, na minha vida, conseguiria imaginar que Nova York poderia ficar silenciosa. –ele diz quando eu sento ao seu lado.

Eu gosto disso. Mas apesar de agitação combinar com a minha vida.

—Mas tudo me deixa extremamente confuso e despreparado. Não consigo imaginar o que eles estão articulando. Eu só queria que tudo isso acabasse logo.

E você não faz ideia do quanto eu também.

—Eu realmente te entendo quando você diz que quer sua vida normal de volta. Gosto de servir as pessoas, de ajuda-las. Mas as vezes eu também preciso de ajuda.

Olho para ele. Era incrível como ele era humano, normal. Por toda a minha vida eu escutei que ele era um ator, uma farsa. Depois no diário percebi como ele era simplesmente perfeito e todos o consideravam um herói. Mas ele era tinha seus problemas como toda pessoa e isso o tornava melhor ainda para mim.

—O que? –ele me olha.

E como era inevitável, surgiu uma tensão entre nós. Mais cedo ele havia dito que me amava. Steve se aproxima lentamente de mim. Senti um calafrio assumir meu coração, como uma menina de 12 anos dando seu primeiro beijo com o garoto que gostava. Fecho meus olhos e apenas sinto sua respiração bater na minha bochecha. Abro meus olhos e o beijo no canto dos lábios.

Precisamos ir dormir.—sussurro baixo.

Ele me olha tentando decifrar o que eu havia dito, se era alguma coisa sobre o nosso quase beijo.

Só quero que as coisas vão devagar.Não sei se estou pronta para me decepcionar de novo.—acaricio o seu cabelo.-Vem. Vamos.

Vem. –ele havia se lembrado.

Descemos as escadas e deparamos com o Thor dormindo tranquilamente na cama que parecia pequena para ele. Steve e eu nos viramos juntos, abraçados, em uma cama de casal em outro quarto.

(...)

—Flyer. –alguém me sacode levemente.

Levanto um pouco assustada, em um salto. Lembrei do meu pai e Loki juntos e que eu estava no meio de Nova York distruída junto com os Vingadores.

—Ei. Calma. –Steve diz.

—O que foi?

—Está tocando desde cedo.

Era meu comunicador com Klaus. Leio as mensagens que estavam em russo, já que Klaus não sabia falar inglês. Steve e Thor esperavam minha tradução perto da cama onde eu estava deitada.

—Que horas são?

—São 5:13.

—Precisamos evacuar a cidade em 47 minutos, porque os caças estão sendo enviados para bombardear aqui novamente e depois eles irão para algum prédio da ALRS que não sabem a localização certa.

—O que? –Steve pega o comunicador da minha mão e xinga porque não entende os caracteres. –Vou ligar para Fury agora.

Steve se afasta. Olho para Thor. Entro no banheiro e jogo água no meu rosto para me manter acordada.

—Precisamos avisar os outros não? –pergunto a Thor.

—Eu já fiz isso. Vamos descer?

—E Steve?

—Ele está vindo.

Descemos correndo. Eu estava um pouco cansada porque havia dormido pouco. Estavam todos lá em baixo, alguns já discutindo: Natasha, Steve e Tony Stark. Alguma coisa tinha acontecido de errado.

—Porque não estamos fugindo? –digo.

—Porque Tony quer pegar uma coisa antes da Torre Stark. –Bruce me responde.

Reviro os olhos. Tony Stark novamente. Eu votava por ir embora e deixa-lo. Mas Steve era certinho demais e dizia que precisávamos estar unidos como uma equipe. Bom, iriamos morrer em 30 minutos se não fugíssemos.

—Já perdemos dez minutos.

—Ok. Vá Tony. –Steve desiste.

—Preciso de Bruce comigo.

—O que? –Thor diz.

—Não posso ir sozinho. Preciso de alguns materiais importantes que estão lá. Coisas que podem me matar. E sabemos que Bruce é imortal. –ele diz.

—Que tipo de coisas, seja específico. –pede Bruce.

—Substancias venenosas.

—Não queremos o Hulk agora.

Todos voltaram a discutir. Dessa vez entrei na confusão. O que era tão importante assim? Precisávamos ir logo. E se essa substancia venenosa afetasse o Dr. Banner e ele virasse o Hulk? Não queria mais problemas.

—Vocês lembram quando a ALRS tinha aquela arma venenosa que quase matou a Flyer e quase me matou também? E se precisarmos do antidoto? Ele está lá. –Tony explicou.

—Ei. Qual arma? –estranho.

—Não sabemos exatamente o nome, mas tem cor laranja.

—AKO-04. Chamamos de morte lenta. Eu posso pegar. Quer dizer, só preciso entrar em contato com a terra depois que melhoro. Sou tecnicamente imortal.

Todos me encaram como uma alienígena, apenas Bruce sorri orgulhoso. Ao menos me sentia útil em algo.

—Ok. Então vamos. –Stark diz.

Jogo a chave do carro que eu tinha roubado ontem para Natasha. Eles iam precisar. Tony coloca sua armadura, me segura pela cintura e em poucos minutos nossos pés saem do chão rapidamente. Eu não entendia onde iríamos encontrar seu laboratório, já que a torre Stark estava destruída. Mas em segundos, o braço direito da sua armadura aponta para um chão e abre um buraco no único andar intacto. O laboratório se localizava no subterrâneo.

—Chegamos. –ele diz. –Eu acho.

Parecia que havia algo grande que a cortou exatamente na metade e todos os níveis receberam lança chamas. O cheiro de queimado era muito forte.

—Bom.

—Sei que gostou disso.

Eu sorrio. Tinha gostado. Descemos juntos e começamos a procurar a substancias nos diversos frascos. Mas não conseguimos achar exatamente, porque estava tudo muito confuso. Tudo espalhado. E tínhamos 18 minutos.

—Droga! –murmuro irritada.

—Você não sabe a cura?

—Sou boa com ciência, mas morte lenta é extremamente complicada. Tenho sorte que a quando entro em contato com a Terra me sinto renovada, porque se não...

Paro para pensar. Eu era praticamente imortal se estivesse em contato com a Terra. Era isso. Olho para Stark.

—Já sei o que vamos fazer. É loucura, mas... O Capitão Rogers vai querer me matar com as próprias mãos.

—Eu duvido.


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Notas finais do capítulo

lá veeeeem discussão... para os próximos capítulos.
xx



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