I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 2
Capitulo 2- Fora de Controle


Notas iniciais do capítulo

ficou enorme, mas enfim, postei. quero agradecer ao comentário e as três novas leitoras.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468109/chapter/2

–Chame Os Vingadores, principalmente o Sr. Stark. -ordenou o tapa olho.

Dois enfermeiros entraram no laboratório e pediram para eu relaxar, pois faríamos alguns exames. O doutor Banner relia uma prancheta e discutia algumas informações com a ruiva baixinho.

–A pancada que ela recebeu criou sérias consequências ao cérebro dela. -disse o doutor.

–Dr. Banner, o sr. Stark chegou. -avisou um agente.

Furry apareceu com aquela capa preta e ao seu lado um homem charmoso, com óculos dourado, anéis e um terno bem chique. Ele sorria vitorioso e confiante, mesmo tendo acabado de chegar e não ter feito absolutamente nada.

–Dr. Banner. -o cumprimentou, parecendo bons amigos. -Agente Romanoff. -estendeu a mão a ruiva, que o encarou e ignorou o gesto. Ele recolheu a mão e olhou surpreso para mim. -Srta.Morozov! É um prazer tê-la aqui.

Era possível sentir a ironia em sua fala. Ele abaixou o óculos e me observou. Logo um outro homem chegou. Esse era alto, loiro, olhos azuis e usava um casaco de couro. Maravilhoso.

–Capitão Steve Rogers! -todos o cumprimentaram, menos Stark que continuava a me observar.

–Ok. -suspirei de saco cheio e olhando em seus olhos. -Tire-o daqui. -ordenei.

O doutor riu baixo e o Stark riu pelo nariz se afastando de mim. Exigi explicações sobre o que estava acontecendo, eles não podiam esconder nada de mim. O capitão chegou perto e todos os esperavam tomar devidas providencia. Era tão jovem e já era o capitão!

–Srta. Morozov, a senhorita perdeu a memória. -foi direto ao ponto, eu sabia sobre a amnésia, mas queria outras explicações. Eu abri a boca duas vezes para protestar, mas acabei me calando e abaixei a cabeça.-Seu nome é Flyer. -explicou o loiro gentilmente.

–Deve ter algo errado. E porque estou aqui? Não devia ter chamado meus pais? Nenhum de vocês aparentam ser meus parentes. -questionei e eles se entreolharam. Agente Romanoff cruzou os braços e me encarou, Stark a imitou e riu pelo nariz.

–Você e o Capitão são namorados. -Revelou dando tapas nas costas do loiro.

Todos franziram a testa para ele, até eu, confusos. Éramos namorados? Furry os chamou para uma reunião lá fora me deixando sozinha. Provavelmente discutiriam sobre mim e o porque eu era tão importante. Meu corpo gritava por algum movimento, aquela cama não fazia bem a mim.

–Água para você. -entregou a enfermeira.

Eu tentava prestar atenção lá fora. Todos discutiam com o Stark. Outro homem chegou com um arco nas costas. Quem usa arco e flecha? Meu olhar se voltou para o corpo atlético do Capitão, ombros largos, musculoso, mantinha um olhar serio e concentrado. Ele mesmo pareceu surpreso quando falaram sobre nosso suposto "namoro".

–Foi bem melhor, assim ela vai estar do nosso lado se ela for namorada do Capitão.

–Eu concordo com o Stark. -disse a agente e o arco e flecha.

Stark apontou para si, se achando cada vez mais. O Capitão cruzou os braços e percebeu que eu observava atentamente, ele entrou na frente do meu campo de visão e disse alguma coisa que gerou olhares de todos ao mesmo tempo.

–Tenho uma reunião na Índia agora. Namaste. -se despediu Stark curvando o corpo.

A Agente Romanoff revirou os olhos. Eu queria rir, Stark parecia uma boa companhia. O doutor Banner riu por mim e voltou ao laboratório. Ele sorria tranquilo e ficou ao meu lado. Checando meus batimentos e me olhando como se fosse um objeto.

–Precisa de alguma coisa? -ofereceu.

–Preciso tomar um ar. -digo.

–Sei que recebeu fortes notícias hoje, mas definitivamente não pode sair por muito tempo. -negou e eu suspirei olhando para os lados, decepcionada. -Vou pedir ao Furry, mas irá acompanhada.

Sorri, o Doutor era muito gentil. Stark passou na frente do laboratório e piscou para mim atrás do vidro. O doutor entregou a ele um celular grande e grosso. Bastante resistente e fez um pedido a ele. Eu já tinha visto isso em algum lugar antes. Furry apareceu e Stark apressou os passos indo embora.

–Srta. Mozorov, tem dez minutos para esticar as pernas e trocar de roupa. As enfermeiras vão te ajudar. O Capitão Steve Rogers estará aqui na porta aguardando com mais dois agentes. -estabeleceu o tapa olho.

Assenti. As enfeiras me entregaram uma muda de roupas, calça jeans e blusa de manga comprida cor creme. Levantei da cama com as pernas dormentes e se relaxando ao colocá-las no chão. Andei para o banheiro e me senti melhor. Troquei de roupa e encontrei o Capitão.

–Srta. Morozov, podemos ir? -perguntou e eu demorei um tempo para perceber que eu era a Srta. Morozov.

–Ah sim, desculpa. Eu esqueci quem sou eu.

O capitão assentiu sorrindo e andamos pelos corredores, com dois agentes atrás. Passamos por fileiras de laboratórios, eles pareciam chamar meu nome. Havia alguma sensação boa entre eu e máquinas só de passar na frente delas. Era engraçado como tudo aquilo parecia cena de filme e eu ser o objeto de estudo por ter perdido a memória.

–Está tudo bem? -perguntou o louro.

Por um momento havia esquecido que estava ao meu lado e que fomos namorados. Mas preferi não comentar no assunto sobre nós dois. Deixei-me levar pelos detalhes das salas, elas eram com certeza mais interessantes e menos estressantes.

–Sim. Quanto tempo estou aqui?

–Há quatro dias. -respondeu.

Dei de ombros e continuei a andar até chegarmos há uma porta revestida de metal ou qualquer material resistente com as siglas S.H.I.E.L.D. Eu queria abri-la, mas o Capitão segurou meu braço. Dei uma observada rápida pelo quadrado de vidro antes de ser puxada. Eu via o céu e uma longa pista com alguns aviões.

–Só podemos vir até aqui. -informou.

Fiquei furiosa e exigi voltar ao meu quarto naquele instante. A sensação de estar presa era terrível, eu me sentia sem ar. Sentei na cama e o Capitão ficou do lado de fora do quarto chamando o Dr. Banner. Logo ele apareceu preocupado, mas depois percebeu que era um simples ataque de fúria.

–Quer conversar? -ofereceu sentando na beirada da cama. -Conversar é importante para seu tratamento. Se quiser chamo a Agente Romanoff.

–Se eu me recuperar, posso ir embora? -perguntei.

–Quando recuperar totalmente. -completou consentindo.

–Ok. A conversa pode ser com você mesmo, a Agente parece querer enfiar uma faca em mim.

O doutor riu e eu sorri pela primeira vez. Eu encontrei meu ponto de apoio naquele local. Me senti confortável ao seu lado, antes mesmo de começarmos a conversar. Ele me esperou iniciar a seção, no entanto eu não sabia o que falar.

–Sou Bruce Banner. -estendeu a mão.

–Eu sou...

–Flyer Morozov. -completou e rimos.

–Me chame de Flyer para eu me acostumar.

–Por favor, me chame de Bruce. Doutor é formal demais.

Bruce, belo nome. Eu esperava depois do tratamento poder relembrar de tudo isso. Me imaginei recuperada, rindo de mim mesma por ficar admirada com a gentileza de Bruce e a minha opnião de cada um daqueles estranhos que me cercavam.

–Eu sou russa! Uau! -exclamo maravilhada, lembrando do que me falaram mais cedo. Meu pai, um agente russo.. -Você é amigo do Capitão, nós também éramos amigos antes disso tudo?

–Não. -balançou a cabeça. -Conheci você somente agora.

Seria bem mais fácil se nos dois fossemos namorados, ao invés do capitão. Eu queria saber mais sobre a minha vida, ela parecia interessante. Onde estavam meus pais? E ele realmente era um espião? Eu não queria acreditar no tapa olho, ele parecia estar brincando comigo com aquelas roupas, palavras e acessórios. Tudo parecia mentira, menos Bruce.

–Como me encontraram? Como eu era antes? Bruce. Eu preciso saber! Estou perdida, não sei como agir, não conheço ninguém. -fiquei desesperada.

–Eu sei como é. -falou cabisbaixo.

–Você também perdeu a memória?

–Outros motivos. Depois explico. Mas eu não posso dizer nada agora a você sobre você, também não te conheço.

Fiquei decepcionada e com raiva de mim mesma. Uma sirene começou a tocar causando um susto, um barulho alto de explosão e pessoas desesperadas começaram a correr. Furry entrou no laboratório.

–Stark ligou, disse que o celular da Srta. Morozov é muito potente e quase o matou! -contou bem tranquilo o tapa olho.

–E o que aconteceu? -os olhos de Bruce se desesperavam.

–Não sei, a ligação caiu. Tomaram controle de todas as máquinas do avião. Precisamos de você e do Stark, mas ele não sabe nossa localização. E não entrar em contato com ele.

Furry olhou para mim e no corredor a Agente, o Capitão e o arco e flecha nos esperavam. Eles estavam criando um plano. Todos pareciam lidar com aquilo muito bem, mas para mim, era uma loucura. Um ataque! Eu podia morrer. E definitivamente fiquei perdida.

–Senhor, dois aviões de caças estão vindo em nossa direção. Temos cinquenta minutos. -avisou a Agente Romanoff.

–Então usamos os nossos também.

–Esse é o problema senhor, os nossos aviões são automaticos e só eram liberados por computador. Perdemos o controle sobre tudo.

Droga! Meu sangue fervia, estávamos a ponto de morrer. Pensaram em chamar um tal de Thor, mas não havia como comunicar com ele com nossos computadores bloqueados.

–Eu posso ajudar. -minha voz sobressaiu. -Acho que sei mexer em computadores.

–Não! -exclamou a ruiva. -Não podemos confiar nela.

–Concordo. -disse o arco e flecha.

–Rogers? -Furry pediu a opinião do Capitão.

–Morozov e Banner tentam controlar os computadores. Eu e Clint tentamos derrotar os aviões. Se não der certo, teremos que pedir ajuda ao Hulk. -concluiu o Capitão.

Bruce recebeu olhares e ficou perplexo. Hulk? O que tinha de tão mal? Nos dividimos. Furry nos levou ao computador central. Ele se localizava no centro de uma sala com a mais alta tecnologia sem teclados, simplesmente digital e a base de sensores de movimento.

–O que é isso? -apontei para vidraceira em nossa frente. Não conseguia enxergar terra ou qualquer outro prédio visinho. Debaixo de nós havião nuvens e nuvens.

–Estamos voando. -respondeu Bruce e em seguida apontou para o computador. -Consegue mexer?

–Sim! -assenti enfatizando.

Eu sabia mexer. Toquei a tela de cristal e surgiu uma imagem digital de chamas. O que é que tenha feito isso, provavelmente deve ser bastante poderoso. E porque nós acertariam? Relembrei do 11 de Setembro. Parecia coisas de ataques terroristas.Tentei localizar o comando central, onde ficavam os fios. Mas eu não conseguia encontrar.

–Bruce! -o chamei, ele conversava com um funcionário na frente da tela de um computador.

O Capitão apareceu vestindo um traje de super herói vermelho e azul. Abri os olhos bem, ele ficava bonito. Estava com um enorme escudo no braço. Então, que tipos de pessoas eram aquelas? Balancei a cabeça, tentando não me distrair com esses pensamentos.

–Temos quarenta minutos. -avisou o Capitão me observando em pé ao lado do Furry.

–Flyer. -o doutor chegou.

–Me empresta. -peguei seu óculos, eu enxergava melhor com eles.

Olhei ao redor e encontrei o sistema central debaixo de meus pés. O chão era feito por um vidro extremamente resistente, eu chutava, mas não se desfazia. Puxei o Capitão e ele franziu a testa para mim, tentando compreender o que tentava fazer. Ele não parecia entender sobre tecnologia.

–Jogue seu escudo aqui. -pedi apontando a área com o pé.

O capitão olhou para Furry que lançou um olhar impaciente. O escudo bateu no chão criando uma grande cratera e com o pé terminei de quebrar os outros pedaços do chão. Localizei uma espécie de porão, escuro, com algumas caixas espalhadas e muitos fios.

–Precisa de ajuda? -o Capitão ofereceu sua mão e me ajudou a descer sem machucar.

Sua mão era quente e macia. Coloquei os pés no chão em uma área onde controlava a aeronave inteira. O calor era sufocante e o barulho do motor de nosso avião era forte. Pedi luz e Bruce, do alto, me guiava com a lanterna. Com o pé quebrei uma caixa de vidro que protegia alguns cabos em uma parede. Cortei todos os fios. Rogers me ajudou a subir.

–Os aviões não serão controlados automaticamente como antes, apenas manualmente. -digo recuperando o fôlego. -Precisam de pilotos.

–Eu posso dirigir. -a Agente Romanoff se ofereceu.

Chamaram mais alguns pilotos e tínhamos apenas dezoito minutos. Fomos para a pista de que ventava freneticamente. Foi um choque ao perceber que não estávamos em um simples avião e sim em, praticamente, uma ilha flutuante. Vários agentes se juntaram observando, esperançosos, os aviões serem dirigidos. Quando o primeiro deles ligou, o aperto maior se passou. O problema seria atingir os aviões inimigos.

–Você conseguiu. -Bruce colocou o braço em meu ombro.

–Nós conseguimos! -o abracei forte.

Eu me senti tão bem nos braços do doutor! Abraço é a melhor sensação do mundo. Entreguei seu óculos e ao lado de Furry olhamos os aviões voarem em uma velocidade extrema. De longe, pelo binóculo, avistamos o primeiro caça inimigo. Não era dirigido por ninguém. Felizmente nossos aviões atingiram todos. Foi um alívio geral e até Furry veio falar comigo pessoalmente.

–Parabéns Morozov, você conseguiu.

–Parabéns! -Clint, o arco e flecha, me cumprimentou pela primeira vez.

Estava frio e entrei logo para dentro, ainda acompanhada por dois agentes e logo pelo Capitão. Que sorriu. O sorriso mais bonito que já vi.

–Morozov, você foi muito bem. Parabéns!

–Esta bem. Agora temos um longo trabalho para consertamos todos os computadores. -digo entusiasmada para voltar as máquinas, agora que conquistei parte de sua confiança.

–Deixe para o Stark. Você deve descansar se lembra? -Bruce cortou meu animo.

–Ok, eu vou desta vez. -emburrei. -Mas da próxima vez, chamem Stark quando controlarem os computadores de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Ficou muito grande? Da próxima vez faço um mais curto.

Não esqueçam de comentar, por favor!
Se tudo der certo, posto amanhã.