I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 16
Capítulo 16- Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

simplesmente, o final é imperdível. amei esse capítulo, por isso até resolvi postar logo.
esse fim de semana talvez eu não vá postar, porque, eu tenho prova toda semana do ano, mas semana que tem eu tenho 7 PROVAS na mesma semana e eu estudo de manhã e a tarde!
minha escola querendo me matar. bom, ai está. aproveitem e comentem, eu mereço. ah, sim.



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Nós duas descemos do taxi rindo como velhas amigas, o segurança nos deixou passar sem hesitar. O meu vestido tubinho de paetê dourado machucava minha pele, mas nada importava naquela noite mais. Eu poderia beber até o fim. Por incrível que pareça, eles deixaram nós duas sairmos essa noite. Claro que a primeira reação foi:

–Vocês duas? Amigas? Juntas?

Depois eles perceberam que estavam falando da Natasha Romanoff e ela me vigiaria até o fim da vida dela.

–Você conhece alguém? -sussurrei no ouvido dela enquanto atravessávamos as pessoas.

Não estava lotado, o que me satisfez. Não sei se aguentaria tantas pessoas grudadas. Havia caras bonitos, vestidos como executivos, havia também os homens provavelmente casados e aqueles que querem ser solteiros para sempre e curtir a vida adoidado.

–Relaxa. Dois uísques.

O barman sorriu e foi preparar as bebidas. Talvez eu esteja paranóica e tímida. Natasha e eu tentamos fazer cachos nas pontas do meu cabelo, mas agora haviam poucos. Quase nenhuns. E a ruiva estava maravilhosa, nunca imaginei esse lado dela. Ela nem sempre era um robô do Furry.

–Como conseguiu esconder esse seu lado de todo mundo?

–Eu não escondo, apenas sou assim. -sorriu e eu ri pelo nariz.

O garçom colocou os dois copos sobre o balcão. Peguei o meu uísque e segurei o canudinho preto. Dei o primeiro gole, sentindo minha garganta arder. Devo ter feito uma careta, pois Natasha riu de mim.

–Isso é horrível! -reclamo e cheiro, parecia acetona amarelada.

–Não me faça rir mais! -pediu. -Vire tudo de uma vez.

–Não consigo. -faço cara triste e ela ri novamente tirando o canudo.

–Pronto.

Viro tudo de uma vez. Bebida? Nunca mais! Mas a ruiva insistiu pedindo vodca ao barman. Eu ainda sentia o arder daquela coisa. Então comecei a observar em volta. Precisávamos escolher o cara mais metido da boate e ele seria a nossa aposta. Eu tinha certeza que ele cederia logo aos nossos encantos.

–Típica bebida russa. Quem sabe se lembra de alguma coisa?

–Você já está louquinha.

Viramos novamente tudo de uma vez sem pensar, comecei a me divertir e sentir mais leve.

–Meu deus! Aquele cara é a vítima perfeita. –exclamou ela.

–Quem?

Ela apontou descaradamente para um homem do outro lado. Ele usava terno, com a gravata desfeita, tinha um olhar tedioso e nem fazia esforço para responder uma garota maravilhosa, bebendo ao seu lado. Aliás, ele nem estava de frente para ela.

–Esse será difícil. –digo e ela concorda.

Trocamos olhares e Natasha sai na minha frente. Desisto de tentar ultrapassá-la e continuo sentada no balcão. Vejo a ruiva passar na frente da vítima, ela balança o cabelo e ele acompanha o movimento do corpo dela com o olhar até ela sumir do seu campo de visão. A garota, que dava em cima dele, desiste e vai embora. A Romanoff me olha e pisca. Ela desfila até o outro bar e pede uma bebida extremamente sorridente. Então o cara vira o rosto pela primeira vez para olhá-la.

–Mais uma bebida? –oferece o garçom.

–Sim. Mais fraca por favor.

Quando volto a olhar para Natasha, ela sumiu! E a nossa vítima também. Fico boquiaberta. Desviei o olhar para o meio da pista. Realmente, era chato ficar sozinha. Vi um grupo de cinco caras, mais distante, rindo brincando de virar shots.

–Garçom, mais cinco tequilas. -pediu um dos caras e se sentou ao meu lado aguardando.

O olhei pelo canto do olho. Eu reconhecia aquele rosto de algum lugar. O homem olhou para mim e me flagrou o observando. Ele era idêntico ao Loki, porém de cabelo cortado, menos magro e olhar doce e azul. Na verdade, ele não se parecia nada com o Loki e tudo foi delírio meu.

–Olá. -acenou sorrindo.

–Oi. –sorrio e falo animada: -Você é muito parecido com um amigo meu!

–E onde ele está? Não é um ex namorado não, certo? -questionou divertido e eu sorri dando gole na minha bebida.

–Ele está bem longe. –enfatizo o longe. - Me beijou uma vez e depois enfiou um pedaço de madeira em mim. -deixei soltar.

Acho que estávamos tão chapados que começamos a rir, o cara nem tinha ligado para o que eu disse. Eu realmente estava sendo sociável?

–Qual é o seu nome? -perguntou,

–Flyer.

–Flyer, sou Davi. Deixe-me apresentar aos meus amigos. Garçom, mais uma tequila.

Sua mão pegou na minha, a dele era fria. Me levou a uma mesa com três caras loiros e um ruivo, Leonardo era o único moreno. Todos eram bonitos e não passavam dos trinta anos.

–Esse é Jackson, Philippi, Daniel e... -colocou a mão na testa pensativo fingindo esquecer o nome de um deles.

Começamos a rir.

–Vai se fuder. Sou Ryan! -apresentou um dos loiros.

–Prazer todo mundo, sou Flyer!

Davi soltou minha mão, para pegar as tequilas. Uma delas também era para mim. Eles pediram para que eu me sentasse junto com eles na mesa redonda.

–Você tem sotaque. É de onde? -perguntou o ruivo ao meu lado.

–Sério? Sou russa. -respondi.

–Russa? Tem cara de suíça, mas sotaque britânico. -Jackson loiro nos fez rir,

Davi chegou colocando as tequilas no centro da mesa e sentou ao meu lado.

–Hey Davi, Flyer é russa, tem sotaque britânico e aparência de suíça. Não concorda?

–Serio? -estranhou Leonardo sorrindo e eu assenti. -Vai nos acompanhar? -se referiu a tequila.

–Claro.

Natasha tinha razão novamente, era fácil se enturmar. Cada um com a tequila na mão, Daniel ruivo contou até três e viramos tudo de uma vez rindo. O gosto ruim já nem me incomodava mais. Estava preparada para enfrentar a próxima rodada se tivesse.

–Mais uma?

Depois da terceira, eles praticamente contavam os micos que cada um pagou no colégio. Eles estudaram juntos no ensino médio e resolveram de reunir dez anos depois. A maioria tinha 25 e Daniel 24 anos.

–Vamos dançar. –Davi puxa o meu braço.

Eu não hesitei, mas fiquei resentida. Porque eu me senti culpada por Steve. Eu não beijaria Davi devido a uma aposta ou qualquer outra coisa. E eu não via Natasha para inventar alguma desculpa.

–Você gosta de eletrônica? –tentei enrolar.

–Não. Detesto, mas essa música é boa. Sexy Back do Justin Timberlake.

Na boate entraram três homens enormes, um atrás do outro. Vestiam roupa do exército e reconheci o primeiro. Steve. Que diabos ele fazia aqui?

–É o Capitão América. -algumas meninas o reconheceram.

Droga. Esqueci como agora ele é famoso. Olhei para o corredor dos banheiros. A pista de dança em uma espécie de sub andar, ele perderia tempo descendo as escadas e eu poderia fugir para o banheiro.

–Preciso ir no banheiro ligar para uma amiga minha que sumiu. Posso apresentar ela aos meninos. Já volto. –dou a ideia, apenas fingindo. Davi pareceu acreditar e gostou.

Me dirigi até lá e ao olhar para trás, um dos companheiros do Steve me detectou. Desviei meu rosto rapidamente, eu não podia ir sem a Natasha. Então eu a encontrei, bem no fundo da boate, sentada na mesa sendo paparicada por nossa vítima da aposta.

–Flyer. Espere. –era Davi segurando minha mão.

–Minha amiga está ali. Ela fez um sinal indicando que devemos ir embora agora. –minto novamente com a voz decepcionada. –Parece que ela está cansada.

–Me dê seu telefone.

–Eu não tenho, mas tenho um fixo da casa do meu tio. Porém estou me mudando logo para Rússia, talvez não vá me encontrar.

–Sério? –diz decepcionado. -Porque não deixamos sua amiga na casa dela e depois damos um passeio. Eu vou com vocês, estou de carro.

–Ela vai ir embora agora. -escutei aquela voz atrás de mim.

A mesma voz que eu estava evitando e não queria escutar. Aquela que veio com a roupa das forças armadas a minha procura. A mesma que sacrificou por minha liberdade e agora eu não teria como fugir dela.

–O que está fazendo aqui? -virei de frente ao Steve.

–Procurando você.

–Capitão! -exclamou Natasha animada.

–Agente Romanoff. -olhou normal para ela e depois voltou a me encarar. - Vamos embora Flyer!

Fiquei boquiaberta me segurando para não rir dessa pose autoritária, foi legal da parte dele, mas quem ele pensa que é? Olhei para Davi, ele franziu a testa com as mãos no bolso apenas me aguardando. E Natasha, seu cabelo estava bagunçado, dava para prever que ela passou um bom tempo com alguém.

–Esta brincando comigo Capitão? Eu vou ficar, você não manda em mim. -o encarei furiosa.

As mãos dele foram ágeis, me carregou e jogou meu corpo em suas costas, como um bebê. Olhei para frente e todos olhavam para nós. Bati em suas costas na tentativa frustrante de ser colocada no chão.

–Você, fique longe dela. -provavelmente falou com Davi. -Nos vemos mais tarde agente.

–Steve! Me solta! -gritei.

Comecei a xinga-lo em russo tentando provocá-lo. Ele continuou andando para a saída, com os dois soldados atras escoltando.

–Russo não vai adiantar em nada Flyer. -falou.

Ele estava bem até demais no exército, não é qualquer um que é escoltado por duas pessoas. Talvez o peso na consciência que eu sentia pudesse diminuir um pouco... E claro, me irritou ainda mais. Saímos da boate e desisti de me soltar. Eu seria "A Ridícula" de qualquer jeito. Steve parou de andar.

–Podemos ir Rogers? -perguntou um cara.

–Claro. Obrigado por hoje. -agradeceu Steve dando tapas nos ombros deles.

–Tchau Flyer, seja uma boa garota. -gozaram.

–Sempre fui. -digo sem animo. -Posso descer?

Rogers continuou andando. Ele não pretendia ir até a Torre Stark a pé? Espero que não. Demoramos dez minutos de táxi para vir para cá, a pé demoraria meia hora. E porque ninguém tentava me ajudar? Eu poderia estar sendo sequestrada. Apenas porque Steve é do exército, não significava nada.

–Ainda não. -respondeu e pude ver que sorria.

–Para onde estamos indo? Estou ficando sem ar desse jeito.

Descíamos uma escada. Entramos em uma área iluminada, com placas, mapas e paredes de azuleijos brancos velhos. Era um metrô. Steve me colocou no chão, meu corpo ficou tonto com a diferença de pressão e vi meu rosto vermelho pelo reflexo de um quadro de avisos.

–Onde estamos indo? -pergunto novamente ajeitando meu vestindo ficando sem graça por estar arrumada demais.

–Brooklyn. -respondeu diretamente e comprou duas passagens pela máquina.

–O que quer comigo?

–Quem era aquele cara?

–Eu perguntei primeiro! -justifiquei nervosa.

–Eu vi primeiro.

–Não vou responder sua pergunta. Tudo o que você disse para mim esse tempo todo foi mentira. Você sabia quem eu era e ficava me paquerando apenas para eu te contar coisas. -digo revoltada.

Cruzei os braços e ele me puxou para atravessar a roleta. Rogers continuou a me puxar percebendo que eu não andaria por conta própria. Escutamos o barulho dos trilhos rangendo, um metro havia chegado. Ele acelera o passo.

–Não vou ir até me explicar o que...

Seus braços me jogaram em sua costas novamente.


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Notas finais do capítulo

e ai? quem gostou dessa pose durão do Steve? quem dera um cara desse aparecesse para mim assim! eu deixaria ele me levar para onde quisesse, haha. espero comentários.



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