I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 10
Capítulo 10- Anormal


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOI! aqui estou eu com novo capítulo. quero agradecer á Aida (fofa), Abby (que acabou de voltar) e a leitora nova e fofa, Almofadinhas! obrigada pelo carinho gente.



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–Eles não podem ter falado sobre isso. -neguei.

–Elas falaram. -insistiu.

–Elas quem? -estranhou Steve.

–As curandeiras asgardianas disseram que eu tinha o dom verde e que eu deveria voltar para a Terra e Loki disse que eu era especial.

Eu não era a louca aqui, nunca que alguém no mundo tivesse o domínio sobre a Terra. Se bem que Thor também não é desse planeta e é um deus. Eles disseram que meus olhos estavam verdes!

–Tente experimentar com a palmeira. -Bruce deu a ideia.

Tinha uma palmeira no canto da sala, em um vaso grande. Levantei do banco e me aproximei. Eu não sabia o que fazer. Agachei no chão, tocando a terra e nada aconteceu. Olhei para eles, desacreditada e impaciente. Era tudo bobo demais. Fiquei de pé.

–É loucura. Aquelas flores devem ter se multiplicado na minha mão porque tem dias que estão mortas e...

–Concentre Morozov. -Natasha me interrompeu.

Girei meu rosto para encará-la impaciente. Mas lembrei do que ela tem feito para mim, como se arriscar a vida para fugir, dirigir o avião e tentei ser gentil.

–Não vai funcionar.

–De novo, vá. -falou Bruce.

Bufei impaciente e agachei novamente. Toquei a terra, o tronco da árvore, as folhas nada aconteceu. Levantei furiosa. Stark saiu de trás do balcão e cruzou os braços.

–Mais uma vez vai. -pediu o bilionario.

–Não vou tentar de novo! -exclamo furiosa fechando o punho.

O vaso grosso de madeira da palmeira soa um barulho e cede uma parte, derramando terra no chão. Protejo minha cabeça com as mãos. A árvore havia crescido e tocava o alto teto da torre. Olho para minhas mãos, como eu podia provocar isso? Me ergo do chão com todos me olhando vitoriosos, eles estavam certos e eu errada. Limpo minha roupa da terra.

–Ok. E o que fazemos agora?

–Você precisa treinar, mas não hoje. Amanhã. -recomendou Bruce tocando meus ombros. -Belas mãos. -falou baixo.

Elas estavam com as veias marcadas de cor verde, aos poucos ia se clareando. Fecho minhas mãos rapidamente, antes que todos reparem e sorrio amarelo para o doutor. Eu me sentia bem, mesmo estando cansada e morta de fome. As plantas, talvez, podiam surtir um bom efeito em mim.

–Mandei preparar um banho para você. Vou mostrar seu quarto. -disse Pepper educadamente e se virou para Tony. -E você mostre o quarto de cada um e mande limpar essa bagunça.

Fiquei envergonhada por ter sujado a casa. Pepper era uma grande mãe de Tony, ele era um menino e a amava muito. Os dois combinavam perfeitamente. Entramos no elevador e direcionamos ao ao andar conhecido como Vingadores. Aquela torre realmente é demais e estava preparada para qualquer situação.

–Espero que goste. Qualquer coisa chame o Jarvis.

–Obrigada. E desculpa pela bagunça lá em cima, eu não queria provocar aquilo. -digo timidamente.

–Ah, sem problemas. Eu apenas gosto de mandar no Tony. -ela sorriu e se retirou.

Cantarolei o banho inteiro, ao sair também. Era incrível como não havia nenhuma cicatriz em meu corpo depois da facada que levei. Fiquei renovada e disposta a participar de uma maratona. Abro a cortina e vejo Nova York iluminada. Esse é o ar que eu gosto. Vesti uma calça comprida azul escura e blusa de manga média azul, um conjunto que Pepper me deu.

–Srta. Morozov, Bruce pediu que daqui a dez minutos você apareça no laboratório para fazer exames. -avisou Jarvis.

–Ok, obrigada. -respondo hesitando olhando para os lados.

Era estranho falar para o nada, não sei como Stark se acostuma. Resolvo andar enquanto espero. Saio do quarto e percebo que cada porta no corredor há um símbolo. No de Thor, que ficava em minha frente, era um martelo, do Clint, arco e flecha, do Capitão, seu escudo, da Natasha, uma aranha e do Bruce, um tubo de ensaio. Talvez porque ele não gostasse de assumir o Hulk. Bato na porta do Steve. Ao esperar um tempo, resolvo entrar.

–Steve? -chamo e percebo que ele está tomando banho.

Fecho a porta atras de mim e sento na beirada da cama. Os quartos eram grandes para visitas. Uma cama de casal, bela vista, televisão de plasma, frigobar, banheiro com closet e quadros espalhados para todos os lados.

–Flyer! -ele aparece molhado com uma toalha enrolado na cintura e vira de costas assim que me vê.

–Desculpa Steve! -fico sem graça e tampo os olhos. -Estou saindo.

–Não precisa. -falou ainda de costas, também sem graça.

Eu havia esquecido como homens daquela época eram preservados. Caminho cegamente para fora quando piso em seu sapato e quase tropeço.

–Cuidado. -alertou segurando meus braços.

–Estou tentando!

–Fique aqui Flyer, eu já volto. -ele pegou roupas na gaveta e entrou no banheiro.

Destampei meus olhos assim que escutei a porta do banheiro fechando. Me peguei sorrindo ao relembrar de sua barriga definida e aqueles enormes músculos, ombros largos... Steve voltou, vestido, sorrindo sem graça pela situação constrangedora.

–Como está se sentindo? -perguntou.

–Bem. Apenas é muita coisa para absorver. E não estou cansada! Passei a manhã com dores na perna, depois enfiaram uma estaca em minha barriga, quase morri e descubro que tenho o poder de controlar as plantas. Mundo louco. Você não se cansa? -ele ri pelo nariz mesmo eu não tendo feito uma piada.

–Não. Eu gosto de servir meu país.

Olho para Steve perplexa com seu senso de inocência.

–Ah, você é muito certinho. Vai me dizer que nunca fez nada de errado?

–Claro que fiz. Desrespeitei o general na guerra. Ele me mandou ficar, mas eu quis...

–Servir seu país. -completei e rimos. -Melhor desistir!

–Srta. Morozov, o doutor Banner está a sua espera no laboratório. -a voz de Jarvis surgiu.

Eu queria ficar ali para continuar a conversa, mas eu tinha que ir. Eu havia esquecido que estava sob estado de observação, ainda mais depois daquela descoberta. Os exames não parariam.

–Vou indo...

–Nos vemos mais tarde.

Sai do quarto e entro no elevador. As portas se abrem em um extenso laboratório. Eu não poderia imaginar outra coisa vindo do Tony. Muitas armaduras, varias mesas de trabalho, computadores, mãos mecânicas que o ajudavam no trabalho. Ele e Bruce conversaram seriamente, no entanto, eu não conseguia ouvir pois os vidros eram blindados.

–Jarvis, abra para mim, -pedi.

Sinto o ar gelado do interior do laboratório e me aproximo dos dois, que falavam baixo.

–Esta fazendo isso de novo. -diz Stark serio.

–Quem? -pergunto.

Os dois se entreolharam, eram confidentes de segredo.

–Er... Bruce descobriu que o nível de estabilidade da Terra quando você estava fora se alterou totalmente. Nos momentos em que você foi atacada ou passou mal, ocorreram terremotos...

Stark utilizou ologramas por toda sala, o que era um máximo. Eu visualizava escalas, vídeos amadores dos terremotos e apagões em varias cidades. Com simples ações, o bilionario extendia imagens e diminuía.

–E quando isso aconteceu. -abriu uma imagem com ma qualidade e escura. Mas pude enxergar dois corpos. Steve e eu, no depósito, nos beijando. Corei envergonhada e Tony sorriu maliciosamente. -A flora voltou ao normal.

–Suas emoções controlam a natureza. -simplificou Bruce ajeitando os óculos. -Vamos fazer exames rápidos e simples. Amanhã pensamos em treinar, não suas habilidades, mas suas reações.

Assenti meio atordoada. Era desesperador saber que cada decepção minha pode matar vida de milhares de pessoas. Sorri fingindo estar tudo ok. Bruce verificou meus batimentos e retirou uma pequena amostra do meu sangue.

–Sr. Stark, o entregador acabou de chegar. Posso encaminha-lo a subir? -anunciou Jarvis.

–Claro. -se virou para mim. -E você está liberada.

–Obrigada.

Pulei da maca e subi as escadas. Clint observava Nova York pela varanda e Thor acabou de voltar da cozinha com um copo de água. A sala foi limpa e me senti melhor por isso. Sentei no sofá e peguei uma das revistas da mesa de centro. A capa não era mais nem menos que Tony Stark, o bilionario do ano. Troquei de revista, eu queria tudo que pudesse me distrair e Tony não é uma boa ideia. Novamente a revista anunciava "EXCLUSIVO: entrevista com o revolucionário Anthony Stark".

–Não adianta, você não vai encontrar outra coisa que não fale do Tony. -avisou Clint.

–Perfeito.

As portas do elevador se abriram e o entregador saiu, mas imediatamente parou de andar assustado. Pensei que havia ficado maravilhado com a estrutura da Torre, porém encarava Thor, que tinha parado de beber água e também devolvia o olhar. O deus estava usando trajes asgardianos, o que assustou o pobre entregador.

–Pois não? -disse Thor. -O senhor Precisa de algo?

–Thor, é a pizza. -levantei do sofá e entrei na sua frente. -Obrigada.

–Ótimo! Você chegou. Aqui está rapaz. -Tony surgiu e estendeu o dinheiro ao garoto.

O garoto tentou sorrir e deu as costas, mas olhou pela ultima vez para Thor no meio do caminho. Ri pelo nariz e Clint me ajudou a carregar as caixas de pizza.

–Você assustou o garoto? -estranhou Tony.

–Não, eu nem mesmo o conheço.

–Jarvis chame Nathasha, Rogers e Pepper.

–Já os chamei senhor, eles estão a caminho.

Arrumamos a mesa satisfeitos, eu me sentia bem melhor. Acho que voltar a ter contato com a flora é uma das grandes razões para meu bem estar. Eu precisava anotar tudo no diário, principalmente essa refeição. Ela significava uma reunião, como se tudo pudesse voltar ao normal, agora eles eram a única família que eu tinha.


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Notas finais do capítulo

desculpa pelo final, mas juro que vou recompensar.
CADÊ AS LEITORAS GENTE? está na hora dos fantasmas aparecerem!



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