Benvenuto, Miss America escrita por Luh


Capítulo 6
Capítulo 6- Papos de costura


Notas iniciais do capítulo

Oi gente tudo bom??? Demorei MUITOO, mas cheguei, é isso o que importa, né? hahhaha.

Mil desculpas por ter demorado tantooo para posta. só que essas últimas semanas foram bem difíceis para mim. Tanto com a vida pessoal quanto academicamente, afinal, curso o 9 ano ( já estou com o pé no ensino médio ~frio na barrida~) Mas agora estou de férias :DDD
Amei cada comentário que vocês me mandaram, logo irei responde-los:D Agradeço muito pelo carinho de vcs por mim!! Muito obrigado a as meninas que mandaram MPs para mim. E gente, eu NÃO irei abandonar a fic,ok? :)))
Desculpe qualquer erro.



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–Nicoletta, acredito que esse é um ótimo plano. Mas você acha mesmo que esse é o momento certo para usa-lo?-falo, já com um tom profissional que não sabia que existia em mim.– Quero dizer, só temos uma chance, apenas uma carta na manga e não queremos e, nem podemos desperdiçá-la.– Nossa, salva de palmas para a Silvia. Quem diria que aquela eternidade passada no Salão das Mulheres com ela falando o tempo todo como falar em público e como fazê-lo acreditar em você iria me ajudar. Eu nem sabia que estava prestando atenção, e agora cá estou dando conselho para uma princesa.

–Bem, America. Não é isso que você gostaria?-ela pergunta.

– Se eu quero que ele seja humilhado? Se eu quero ser vingada? Nicoletta, é o que é mais quero. Mas acho que podemos usar essa informação de um modo muito mais eficaz daqui um tempo, provavelmente, quando você assumir o trono será a hora exata. Podemos não só me vingar e sim ajudar o povo de Illéa. E de brinde você ganharia um país.

–Mas por que esperar, America?– Nicoletta pergunta.

–Mesmo tendo os rebeldes, o governo de Clarckson ainda é estável e seria muito difícil tomar o poder com a maioria do povo ainda o apoiando. Temos que mexer com a população também, sei que isso é errado, mas é o necessário para eles terem um futuro. Para ai, até os burgueses, ficarem contra o governo.

–Para o bem maior há sempre o sacrifício. – Nicoletta pensa alta.

–Exato.– falo empolgada. Sei o que estou propondo é horrível, porém sei que a única coisa que podemos fazer para depois beneficiá-los.

– E como poderemos fazer isso?–Nicoletta fala.

– Daqui alguns dias, irei falar com você. Ainda tenho que reunir algumas informações para ver se o que estou pensando dará certo. Tudo precisará ser calculado milimetricamente para que o povo de Illéa não sofra em vão.

–Claro, esperarei ansiosa. – ela fala com um sorriso no rosto.–Bem Meri, irei chamar suas criadas de volta para você se arrumar para o café da tarde. Lá você conhecerá meus pais.- Ao ver minha cara de preocupação, ela coloca mão em meu ombro e fala.– Fique tranquila, eles podem ser o rei e a rainha, mas ainda são pessoas. E pessoas podem ser conquistadas por outras. E você tem um carisma que facilita muito isso.

Nicoletta se levanta do sofá e vai em direção à porta, mas não sem antes se despedir de mim:

–Arrivederci, Meri!

–Ciau, Nicoletta!- falo, tentando mostrar meu italiano ainda precário. Com certeza terei que me esforçar muito para aprender rapidamente essa língua.

***

Dio mio!– Flora exclama com vários alfinetes nas mãos e encarando vários em meu vestido. - As medidas estão todas erradas!

Eu engordei, é isso?- pergunto. Socorro, sabia que a minha despedida de Illéa ia me custar alguma coisa! Eu não devia ter comido tanto.

–Pelo contrário senhorita. Você emagreceu e bastante.– fala ela, olhando exausta para o tecido sobrando. - Ou nos mandaram as medidas totalmente erradas!!- ela coloca os alfinetes em uma mesinha perto de onde estou em pé, e vai em direção ao grande armário de meu quarto. –Passamos dias fazendo todos esses vestidos E agora vamos ter que modifica-los por inteiros.– fala ela cabisbaixa.

–Flora, isso não é problema. Iremos fazer isso. O problema é que precisamos aprontar a senhorita a tempo. Mas apenas nós duas não damos conta de fazer a tempo.– Lea fala.

A minha primeira impressão dessas duas era que Flora seria a mais calma e Lea a mais agitada, mas não. Nessas poucas duas horas que já passei com elas, percebi o contrário. Também percebi que elas são pessoas maravilhosas e acho que nos daremos bem como aconteceu em Illéa com minhas criadas. Que saudade delas... Como elas devem estar aguentando aquela Kriss com hormônios a flor da pele?

–Bem, eu sei costurar um pouquinho, será que eu poderia ajudar?– falo.

–De jeito nenhum, senhorita! Esse é o nosso trabalho. – Flora fala.

– E ainda por cima você pode se ferir.– Lea complementa.

– Eu insisto. – falo já pegando o material de costura que estava disposto na mesinha de centro da sala e me sentando em um dos dois lugares do sofá. – Por onde começamos?

–Já que insiste. – Flora fala.– Primeiro precisamos do vestido.– as duas me olharam por um instante e logo percebi.

–Ah, sim.– falo me levantando e indo para o quarto para pegar uma muda de roupa de minha mala.Aii America!! Como consegue ser tão boba? Já, novamente, na sala com o vestido em mãos:– Não ia dar nada certo eu costurando com o vestido em mim. Ai sim eu teria me furado, na verdade, teria costurado ele no meu corpo.

–Com certeza.– diz Lea, rindo e Flora a acompanhava.

Então, vamos ao trabalho. - falo sorrindo.

Quase que imediatamente, Lea e eu nos sentamos lado a lado no sofá e Flora, logo ao nosso lado, sentada em uma das poltronas. Quando eu já tinha me acomodado, Lea começa a falar:

– A senhorita está vendo esse tecido sobrando, bem no lado do vestido? Teremos que corta-lo e costura-lo.

– Sim, acho que caberia duas de mim ai.– falo rindo.

– Eu pensei a mesma coisa quando estávamos costurando suas roupas. Sério, pelas fotos você parecia tão magrinha. – fala Flora.

– Vocês viram fotos minhas?– pergunto.

–Espero que não tenha nenhum problema, senhorita. É que nós precisávamos ver como você era para elaborar os modelitos e logo costurá-los, antes que chegasse. – fala Lea.

– Vocês que desenharam todas aquelas roupas?– falo, indicando com a cabeça o guarda-roupa aberto.

Já tive a oportunidade de dar uma olhada lá e todas as roupas eram magníficas. Desde vestidos de festa a, pasmem, shorts jeans. Eu vou poder usar shorts!! Mas ainda eles eram diferentes de tudo o que eu tinha. E os vestidos, só de olhar, deu para ver que eram de um tecido ainda mais superior dos que eu usei no castelo de Illéa, imagine só em relação às roupas que estão guardadas no armário de casa.

– Bem, a maioria. As coisas mais básicas foram compradas em lojas normais. – Flora fala.

E também há algumas peças que a princesa encomendou em estilistas italianos e de outros países. A senhorita tem que ver o casaco Valentino. Simplesmente magnífico!– Lea fala.

–Valentino?– falo chocada. Um casaco desses deve custar o mesmo valor do meu salário de 3 meses. Seu antigo salário, America. Nunca sonharia em usar um Valentino. Valentino. Valentino. Jesus, não consigo para de pensar em Valentino!!

– Valentino, Prada, Channel, Dolce&Gabanna e outras grifes mais novas. – fala Lea.– A senhorita está bem de roupas.

– Eu nunca imaginei que um dia ia chegar a usar uma blusa se quer de grife.- falo.

– Mas você parece ter tanta classe, como nunca usaria?– Flora pergunta.

– Pelo contrário que as pessoas dizem: nós podemos adquirir classe durante a vida. Vocês acham que nasci em berço de ouro?– falo olhando para elas.– Muito pelo contrário, já passei fome e muitas vezes.

–Mas Illéa parece um país que não há esse tipo de coisa... – Lea pensa alto.

– É assim que o meu país é mostradoao exterior? Digo, com zero pobreza, zero violência? – pergunto. É impossível Clarckson conseguir manipular tão bem a imagem para fazer as pessoas acreditarem que Illéa era um lugar perfeito.

– Fala-se que é um lugar onde o governo governa de um modo onde o bem-estar da população está sempre em primeiro lugar. – Lea complementa.

– Um governo perfeito. – resmungo mais para mim mesma do que para outra pessoa. Ai está um problema que terei que anotar. Para executar o plano de Nicoletta e meu, precisaremos primeiro acabar com toda essa imagem de país perfeito.

Começamos a costurar, Flora e eu encarregadas da cintura para cima do vestido, Lea da saia. Trabalhamos rapidamente. Surpreendo-me com a agilidade que nem sabia que tinha. A agulha vai e vem diversas vezes no tecido como se fosse uma máquina costurando, mas na verdade era eu. Não foi minha mãe nem ninguém de minha província que me ensinou a costurar e bordar. A aula de trabalho manual era obrigatória no palácio e foi lá que pela primeira fez costurei alguma coisa decente. Nunca me fez sentido aquela ela, como a maioria das outras, por que uma rainha precisava saber costurar? Ela sempre teria uma centena de criadas a sua disposição para costurar e fazer o que ela quisesse. Só se desse a louca, e eu quisesse costurar o meu próprio vestido de casamento que eu iria precisar daquilo. Afinal, eu era uma Cinco especializada em canto, por que iria querer saber o que era um ponto tipo overloque?

Porem é nesse exato momento, minhas novas criadas e eu sentados em sofás na Itália, que percebo qual a função de tudo aquilo. Era nos preparar para uma vida após o palácio. Afinal, apenas uma iria continuar lá. E o resto voltaria para sua vida, mas nunca seria a mesma. Muito mais agitada com muitos compromissos, desde jantares a cafés da manhã com pessoas importantes. Todas aquelas aulas foram oferecidas com um intuito de nos preparar para a vida dali para frente.

Afinal, quem participa da Seleção sempre será uma selecionada, mesmo estando do outro lado do muro do palácio ou, como no meu caso, no outro lado do mundo. Nós temos a responsabilidade com nosso país, a partir que pisamos naquele palácio pela primeira vez. E cá estou eu, na Itália, a caminho de um chá com seus governantes e planejando um plano que mal calculado, pode destruir Illéa e seu povo junto. Que grande selecionada eu sou...


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Odiaram? Podem falar, eu não mordo. Espero por reviews seus. Se tiverem qualquer crítica ou sugestão é só falar, não precisam ter medo da autora :)
POR FAVORZINHO MANDEM REVIEWS :))) Adoro le-los e responde-los

O que será que a America tá aprontando para o futuro?? E afinal, QUAL SERÁ O FUTURO DE AMERICA?



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