Licantropa escrita por fuckholmes


Capítulo 3
Capítulo O3 — Quadribol e Festa.


Notas iniciais do capítulo

ooooi espero que gostem do capítulo (: primeiro momento fofo de telanie.



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Dez semanas passaram até os testes de Quadribol. Eles me explicaram que o esquema mudara esse ano. Teriam dois times por casa, um masculino e feminino e nós jogaríamos a primeira partida entre as nossas equipes. Os melhores, entre meninos e meninas, iriam ser selecionados para disputar os jogos finais e quem ganhasse ficaria com a taça.

Eu fui selecionada para ser a apanhadora, exatamente o que eu queria. O lado ruim é, advinha quem era o selecionado do outro sexo? Isso mesmo, Ted. Era horrível concorrer com ele à vaga principal e o medo de perder, pois todos dizem que ele é muito bom. Porte físico ele tem afinal. Mas eu estava me aproximando dele nessas últimas semanas, já que tínhamos a maioria das aulas juntos. Ele parecia ser diferente dos garotos que eu havia conhecido na França, que sempre queria ser só o bem bom da história. Parecia ter sentimentos e era fofo e carinhoso. O maior problema era aquela amiguinha dele, Victoire Weasley. Toda vez que estávamos estudando ou tomando café da manhã juntos, ela vinha e sentava-se ao lado dele, começava a falar mil e uma bobeiras que nem as crianças fazem. Mas ele achava lindo. É claro que estava afim dela, quem não estaria? Loira de olhos claros e possuía um corpo bem definido, e excelentes notas. MELANIE PARE COM ISSO E SE CONCENTRE NO JOGO QUE TERÁ HOJE.

— Bom dia — G. disse sentando-se à mesa, bem ao meu lado.

— Só se for para você — respondi tensa e meio grossa.

— Parece que alguém não acordou bem hoje — Ted murmurou do outro meu lado.

— Não é isso — falei seca virando o rosto, emburrada.

— O que é? — ele fez uma cara de desentendido, apaixonante.

— É que... — tentei explicar, mas as palavras não saiam da minha boca. Ah, ótimo.

— Está com medo de perder, Harrington? — ele fez um bico, imitando criança.

— Não estou mesmo, Lupin — respondi brava, uma força percorria o meu corpo a todo o vapor. Quem ele pensa que é? Além de ser lindo, totalmente provocante e...

— Deveria — mostrou a língua e isso foi o ponto auge do meu estresse.

— Eu vou te massacrar, Ted. Você vai sair de lá chorando — me levantei e cruzei os braços. Parecíamos duas crianças fazendo birra.

— Isso nós iremos ver, Mel — ele deu um tapa de leve em minha cintura e arrepiei-me. Que ousadia!!!

— Tchau Gen, tchau Perdedor — andei para longe dali, emburrada, batendo os pés, que parecia agradá-lo.

— Nada como uma discussão matinal – ouvi ela dizer, rindo.

— Nada como – ele repetiu.

Caminhei até o meu quarto, queria aproveitar a minha hora livre antes do jogo. Queria tanto essa vaga, com ela tudo ficaria perfeito. Eu me encaixaria em um lugar finalmente. Só que é tão difícil tentar tirar a vaga do apanhador do ano passado, que ainda por cima é meu amigo, isso é horrível, mas pagaria qualquer preço por aquela vaga.

Faltando vinte minutos para o jogo começar, desci arrumada a caminho do campo. Alunos e mais alunos passavam por mim desejando “boa sorte” sem nem ao menos conhecer-me, ou pelo menos eu pensava isso. Afinal, eu estava sendo a meninas que corria igual a uma maluca vestida para jogar e provavelmente estava atrasada. Quando cheguei ao vestiário, acontecia uma grande discussão. Uma das meninas tentou me explicar, e eu, lerda, não consegui entender.

— Chega! — gritei irritada com aquelas vozes todas na minha cabeça, chamei mais atenção do que eu queria, mas ok.

— O que foi? — Vivian Wood e Sarah Duncan falaram juntas, respectivamente, goleira e batedora.

— Expliquem-me o que está acontecendo — falei olhando para elas. — Com calma — completei.

— Nós temos que ganhar esse jogo por questão de honra — Vivian começou a falar. — Minerva está aí fora, ela era da Grifinória também. É obvio que está torcendo por nós, mulheres, mas não pode admitir — ela ia aumentando o tom de voz a cada palavra que saia de sua boca.

— Ganhar não é importante aqui. Vocês hoje precisam jogar bem, porque ganhar não é sinônimo de jogar bem. Quantos jogadores são os melhores, porém já cansaram de perder? — sorri tentando encorajá-las. — Então entrem naquele campo e arrasem; os melhores irão estar no time. — Apontei para as duas e nesse momento o sinal tocou, alertando-nos que o jogo deveria começar.

As arquibancadas estavam lotadas, esse era o primeiro jogo da temporada. Teriam mais três e os times seriam montados para os “reais” jogos começarem. Levantei voo enquanto todos iam para os seus lugares no campo e a professora Hooch trazia a caixa com as bolas para o meu lado do campo.

— Eu quero um jogo limpo, Grifinória — ela disse.

— Não nos compare com a Sonserina — Vivian respondeu com um sorriso maroto e logo virou-se para mim com um sorriso no rosto; eles já haviam me explicado que sempre os sonserinos tentavam roubar nos jogos.

— Que o jogo comece! — colocou a varinha no pescoço e falou.

O céu estava nublado, o que dificultava achar o pomo rapidamente. Rodeei o campo algumas vezes e Ted parecia me seguir como um imã. Acho que a diversão dele era me ver preocupada com o jogo. O tempo passou tão devagar que só estava no campo há meia hora. Ignorei os comentários do membro da Lufa-Lufa no microfone sobre os lances e quase fui atingida por uma gole, desviando no último segundo.

— O céu está péssimo — Ted disse parado ao meu lado.

— Não é um problema — menti, provocando-o. Ele sorriu divertido.

Nesse momento o pomo passou diante dos meus olhos, indo para baixo. Inclinei-me e mergulhei sem olhar para trás, o pomo cada vez ia mais rápido na direção inferior das arquibancadas; era incrível sentir aquele vento na tensão de fazer uma manobra arriscada como essa, mas eu estava indo muito bem. Permiti-me olhar para trás para olhar Ted, mas nesse contratempo ele passou voando em direção para baixo da arquibancada.

— Ei, eu vi primeiro — aumentei a pressão sobre a vassoura. Tive que passar por baixo dos panos que cobriam as arquibancadas. Ele estava parado, a vassoura estava jogada no chão. — O que houve? — larguei a minha e corri até ele pensando que talvez estivesse machucado.

— Peguei — disse ele me mostrando um pequeno e relutante pomo dourado em suas mãos.

— Parabéns — sorri amigável, era verdade que nós estávamos ganhando, mas com o pomo a jogo viraria completamente. — O que está esperando para ir até lá?

— Eu não quero ganhar — disse se aproximando de mim.

— Como não? Você ganharia a vaga principal — falei tentando não me exaltar demais.

— Simplesmente não quero. Você deve aparecer com o pomo — então ele estava me deixando ganhar. Isso poderia ser considerado um roubo, não? E romântico, uma voz dentro de mim sussurrou. — Pegue-o e ganhe por mim, certo? — ele se aproximou, deixando o meu corpo perto do dele. Eu sentia seu perfume, podia sentir seu hálito refrescante de menta que me hipnotizava. Segurou minha mão e beijou-a de leve e depois depositou o pomo ali.

— Eu não posso — falei meio sem graça com que estava se passando.

— Eu não quero estragar o que nós temos por causa de uma vaga estúpida, Mel — colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, o que me fez morder o lábio e ficar arrepiada — Ganhe, por favor.

— Não vai estragar nada. Eu não o quero. Você vai perder a vaga principal, seu imbecil! — estava ficando irritada, coloquei de volta na mão dele.

—Eu não quero ganhar Melanie! — ele gritou. — Eu quero que você ganhe. Você! — colocou-o de volta em minhas mãos, e saiu voando por baixo. Certamente para que não desconfiassem. O que eu deveria fazer agora?

Sai voando na tentativa de fingir que nada daquilo realmente havia acontecido. Relutantemente, ergui minhas mãos e o brilho dourado destacou-se. Um sorriso falso estampou-se no meu rosto e sorri tristemente para o moreno de olhos claros que me olhava. Dalton Spinet anunciou “O time das meninas ganhou” e as meninas desceram da vassoura e me deram um abraço em grupo.

— — — — — —

— Mel! — Laila gritava da porta do banheiro. — A festa já começou há tempos.

— Pronto — sai e olhei para ela. Estava com um vestido preto e vemelho aberto nas costas e com um decote gigante, juntamente com um scarpin preto, os longos cabelos castanhos presos num coque mal feito com uma coroa dourada, deixando com que fios caíssem levemente no seu rosto, que por sinal, possuía os olhos bem marcados em uma tonalidade escura. Senti-me uma santa ao ver seu corpo mais exposto.

— Nossa! — ela me olhou torto. Eu estava com coturnos combinando perfeitamente com uma saia, uma camisa rosa básica de gola v e uma jaqueta de couro. A única coisa realçada em mim eram as pernas, que estavam de fora devido ao uso da saia. Passei apenas um lápis escuro na linha d'água e um batom vermelho combinando com a camisa.

— O que foi? Meu rosto está sujo? — corri para o espelho.

— Não, é que você está... Sei lá — franziu o cenho — Linda.

— Obrigada — sorri encabulada. Ela assentiu sorrindo.

— Vamos logo, antes que o Whisky de fogo acabe — ela saiu andando às pressas me puxando consigo.

Descemos escondidas até a Sala Precisa, onde estava ocorrendo a nossa festa de comemoração do jogo. Estavam todos os alunos da Grifinória, tanto as meninas quanto os meninos. Havia alguns de outras casas, mas poucos. Ted estava no canto perto da lareira, conversando com algumas meninas, e confesso que uma ponta de ciúmes passou por mim. Fui até onde estavam as bebidas e peguei um copo de whisky de fogo. Essa noite eu queria me divertir e não ia me importar com a opinião dos outros.

Now I'm feelin so fly like a G6 — cantei junto com a música. Nunca tinha percebido como sou tão fraca para bebidas até me mover inconsciente no ritmo da batida. E eu normalmente não dançava. Com três copos eu já estava sem noção do que fazia, mas não queria parar; a sensação era viciante. Eu não fazia ideia alguma com quem estava dançando.

— Isso aqui está maravilhoso! — berrei para Gen , que estava perto de mim.

— Chega de bebida para você — e tirou o copo da minha mão.

— Aonde vai levar isso? É meu! — Tentei pegá-lo de volta, mas não consegui. Entre protestos, senti a boca de alguém se aproximando da minha orelha.

— Olá, Melanie — Ted disse passando as mãos em volta do meu ombro. Procurei por um copo em sua mão esperançosa.

— Você se importa de me dar isso? — apontei para a bebida, mordendo os lábios. Meu corpo apenas movia-se no ritmo lento do dele.

— Acho melhor não — disse sério olhando para o meu rosto. Minhas mãos alcançaram o ar quando tentei pegar dele. Isso me lembrou o pequeno pomo dourado.

— Por que não? — fiz bico, chateada, tentando ser fofa e convencê-lo.

— Porque parece que já bebeu demais — parecia preocupado e chateado comigo.

— Não importa. Posso conseguir de outro jeito — mal me virei, e ele puxou-me.

— Espera! — suas mãos alcançaram as minhas, e entrelaçaram-se como há dez semanas atrás. Eu vou te acompanhar até o Salão Comunal — soou decidido. Merda. — E nem tente escapar de mim, mocinha.

— Eu estou bem. E quem disse que vou para o salão? — mordi o lábio e soltei uma risada.

— Acho que é o melhor lugar pra você ir — ele me puxou para mais perto e segurou minha cintura com medo de que eu pudesse cair. O que eu poderia fazer? Não tinha como fugir dele e eu nem ao menos queria. Sua mão era enorme e eu gostava daquele toque. Sua presença era confortante e fazia com que eu me sentisse segura.

— Porque me deixou ganhar? — perguntei no meio do caminho, mas ele não respondeu. Então entrei na primeira sala que vi aberta, puxando-o para dentro. — Porque me deixou ganhar? — repeti séria.

— Já te disse, não quero estragar o que nós temos — disse calmo.

— E o que nós temos? — eu bufei de raiva dele naquele momento

— Eu não sei — acariciou minha mão de leve.

— Eu sei — não de que lugar tirei coragem. Segurei o rosto dele, empurrando-o para parede. — Sei pelo menos o que eu quero ter — me aproximei, encostando meus lábios nos dele. Surpreendi-me quando ele retribuiu. Nossas línguas faziam uma dança harmoniosa e um tanto fervorosa. Era vicioso, e suas mãos bagunçavam meu cabelo ainda mais, em seguida, indo em direção a minha cintura, e eu não fazia ideia de como havíamos chego à mesa do professor. Ele me pôs sobre ela. Passei minhas unhas em seu pescoço arrancando-lhe um gemido. Como resposta, ele mordeu meu lábio inferior de leve e sorriu marotamente quando suspirei involuntariamente. Foi quando seus olhos fitaram os meus que ele parou ofegante e disse:

— Não podemos.

— Oh, saquei. Você não quer isso... — tentei me levantar. — Você deve estar com alguma daquelas meninas que estava conversando — meus olhos se encheram de lágrimas e eu culpo totalmente o álcool.

— Não é isso — disse pressionando seu corpo sobre o meu, impedindo minha saída. — Você está bêbada, amanhã não vai se lembrar de nada e eu realmente não quero me aproveitar disso — balancei a cabeça negativamente e ri.

— Ted — sussurrei.

— Que? — sussurou em resposta.

— É que eu... eu.... eu — gaguejei algumas vezes. — Acho que estou me apaixonando por você — arrumei meu cabelo totalmente despenteado, meio tímida. Eu nunca havia me “declarado” para alguém. — Eu acho é isso. Além do que, até mesmo bêbada eu poderia ser capaz de afirmar isso. Acredite em mim — um sorriso foi surgindo em seu rosto.

— Você pode repetir isso? — falou zonzo.

— Eu acho amo você Ted Lupin, e irei entender se não sentir o mesmo, mas não pense em nenhum segundo que irei desistir fácil — olhei-o profundamente e ele simplesmente me agarrou de novo. Ok, eu o agarrei da primeira vez, mas quem realmente se importa? Tudo estava perfeito. Novamente nossos lábios se encontraram, numa mescla de gentileza e desespero, e encaixavam-se perfeitamente. As mãos dele já haviam alcançado minhas coxas e me causavam mil sensações ao mesmo tempo. Livrei-me do blazer dele, passando a mão o seu abdômen impecável.

— Eu só queria ter dito primeiro — sussurrou com os lábios ainda nos meus.

— Então...

— Eu acho que te amo, garota cujo os nomes não importam — enchi o rosto dele de beijos enquanto ele ria baixo. Estávamos ofegantes e notei o quão rápidos estavamos indo. Respirei profundamente e roubei-lhe mais alguns beijos.

— Temos que ir dormir — disse triste por acabar com aquele momento.

— Iremos nós ver amanhã no café? — e fez cara de cachorro sem dono.

— Não duvide disso — sorri e dei-lhe um beijo no topo da cabeça.

— Eu vou acompanhá-la até o salão — murmurou.


Subimos a passos lentos trocando alguns beijos no meio do caminho, subi correndo assim que entramos, deixando-o lá parado. Parei somente nos degraus que ainda podia vê-lo, admirando-o. Sorri boba e segui até meu quarto com o coração pulsante. Deitei-me pensando em como era incrível que quando eu estava com ele meus problemas desapareciam; eu esquecia quem eu era completamente e o quanto isso me fazia bem. Mas depois sempre vinha a culpa, ainda mais depois de ele assumir que me amava. Quando eu lhe contaria a verdade? Como seria a reação dele? Procurando respostas para essas perguntas, dormi tranquilamente

Roupa da Melanie | Roupa da Laila


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Notas finais do capítulo

vou tentar postar pelo menos um capítulo por semana, qualquer coisa podem entrar em contato comigo pelo twitter (@whyloker), no meu blog (bulhufasdanath.blogspot.com) ou no tumblr (11n04) (retratosdoacaso). beijos!!!!



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